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Desenvolvimento de Sistema para Gestão de TI - Fatec

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6SumárioParte 1: Gerenciamento <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> ............................................................................... 8Introdução ..................................................................................................................................... 91. O que é Serviço .....................................................................................................................112. Serviços <strong>de</strong> Tecnologia ..........................................................................................................132.1. Serviço <strong>de</strong> Continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios .............................................................................132.2. Serviço <strong>de</strong> Segurança e Privacida<strong>de</strong> ...............................................................................132.3. Serviços <strong>para</strong> usuários finais ..........................................................................................142.4. Serviços <strong>para</strong> Servidores e Armazenamento <strong>de</strong> Dados ...................................................152.5. Serviços <strong>de</strong> comunicação e telefonia ..............................................................................152.6. Serviços <strong>de</strong> Manutenção e suporte técnico ....................................................................162.7. Serviços <strong>de</strong> OutSourcing - Terceirização .........................................................................163. Ferramentas <strong>de</strong> Mercado <strong>para</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Serviço.....................................................183.1. HP Service Manager .......................................................................................................183.2. IBM Tivoli Maximo .........................................................................................................203.3. BMS Remedy IT Service Management ............................................................................223.4. CA Service Desk Manager...............................................................................................234. I<strong>TI</strong>L – Information Technology Infrastructure Library .............................................................255. COBIT – Control Objectives for Information and related Technology ......................................286. ISO/IEC 20.000 ......................................................................................................................307. Outras metodologias relacionadas a gerenciamento <strong>de</strong> serviços ...........................................327.1. ValIT ..............................................................................................................................327.2. eSCM-SP ........................................................................................................................337.3. PMBOK ..........................................................................................................................337.4. BSC ................................................................................................................................347.5. Seis Sigma ......................................................................................................................35Parte 2: Gerenciando Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> ...................................................................................... 388. Estratégia <strong>de</strong> Serviços ............................................................................................................398.1. Valor <strong>de</strong> serviços ............................................................................................................398.2. Pacotes <strong>de</strong> Serviço e Pacotes <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> serviço ..........................................................408.3. Gerenciamento do Portfólio <strong>de</strong> Serviços ........................................................................408.4. Gerenciamento Financeiro .............................................................................................42


78.5. Gerenciamento <strong>de</strong> Demanda .........................................................................................429. Desenho <strong>de</strong> Serviços..............................................................................................................449.1. Gerenciamento <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Serviço................................................................................459.2. Gerenciamento do Catálogo <strong>de</strong> Serviços ........................................................................479.3. Gerenciamento da Capacida<strong>de</strong> ......................................................................................489.4. Gerenciamento da Disponibilida<strong>de</strong> ................................................................................499.5. Gerenciamento da Segurança da Informação .................................................................5010. Transição <strong>de</strong> Serviços .........................................................................................................5210.1. Gerenciamento do Conhecimento..............................................................................5310.2. Gerenciamento da Configuração ................................................................................5410.3. Gerenciamento <strong>de</strong> Mudanças ....................................................................................5610.4. Gerenciamento <strong>de</strong> Liberação .....................................................................................5811. Operação <strong>de</strong> Serviços ........................................................................................................6011.1. Gerenciamento <strong>de</strong> Inci<strong>de</strong>ntes ....................................................................................6111.2. Gerenciamento <strong>de</strong> Problemas ....................................................................................6311.3. Cumprimento <strong>de</strong> Requisição ......................................................................................6412. Melhoria Contínua do Serviço ............................................................................................6612.1. Gerenciamento <strong>de</strong> Indicadores e Relatórios ...............................................................66Parte 3: Estudo <strong>de</strong> Caso e Conclusão .................................................................................... 6813. Estudo <strong>de</strong> Caso: Grupo Carrefour Brasil .............................................................................6914. Conclusão ..........................................................................................................................71Referências ...................................................................................................................................72


Parte 1: Gerenciamento <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>8


9IntroduçãoO mercado <strong>de</strong> trabalho relacionado a área <strong>de</strong> tecnologia vêm crescendo <strong>de</strong> formaacelerada nos últimos anos. Isto é justificado <strong>de</strong>vido a <strong>de</strong>manda por recursos tecnológicos,que se torna essencial <strong>para</strong> a operação e manutenção das mais diversas áreas <strong>de</strong> negócio.As corporações tem ampliado, <strong>de</strong> forma constante, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursoshumanos e financeiros <strong>para</strong> garantir a sustentabilida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> tecnologia e garantira viabilida<strong>de</strong> dos negócios. Vemos que, atualmente, a tecnologia da informação não po<strong>de</strong>ser consi<strong>de</strong>rada suporte aos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio: ela está totalmente inserida e tem setornado, cada vez com maior frequência, parte vital das organizações.O mercado financeiro, por exemplo, é completamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da tecnologia dainformação. Milhares <strong>de</strong> transações financeiras que ocorrem a cada minuto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>recursos tecnológicos. Estes recursos possuem vida útil, e po<strong>de</strong>m, a qualquer momento, ficarindisponíveis. Este impacto po<strong>de</strong> causar prejuízos financeiros significativos <strong>para</strong> as maisdiversas corporações.O mercado <strong>de</strong> varejo, por exemplo, não possui a mesma característica do mercadofinanceiro, entretanto, sua utilização já não é consi<strong>de</strong>rada diferencial <strong>de</strong> negócio: gran<strong>de</strong>parte, até mesmo <strong>de</strong> micro-empresas como açougues e padarias, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> recursostecnológicos, como pagamento eletrônico.Diante <strong>de</strong>ste cenário, po<strong>de</strong>mos observar que as empresas <strong>de</strong> Tecnologia daInformação e os <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> <strong>TI</strong> das organizações estão crescendo em ritmo acelerado,as <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> negócio tem aumentado consi<strong>de</strong>ravelmente. Contudo, este crescimentoocorre <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sorganizada. Os executivos não possuem indicadores exatos da operaçãodas áreas <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, o planejamento anual raramente é executado da forma em que foiconcebido e o investimento em tecnologia constantemente é subestimado.A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> buscar métodos e procedimentos operacionais que auxiliem aredução <strong>de</strong> custos originados pela má administração <strong>de</strong> recursos relacionados à tecnologianão é recente. Diversos órgãos em todo o mundo vêm estudando e aplicando metodologiasque possam reduzir gastos tangíveis, como indisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços tecnológicos, eintangíveis, como a satisfação do cliente com o serviço prestado.Exemplo disso é o framework CobiT (Control Objectives for Information and RelatedTechnology), criado em 1994 pela ISACF (Information Systems Audit and ControlFoundation), que busca não somente a criação <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, mas tambéma inserção <strong>de</strong>stes na estratégia e objetivos das organizações.O framework ValIT (IT Value Delivery), elaborado pelo ITGI (Information TechnologyGovernance Institute) foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>vido a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentar <strong>de</strong> forma clara oROI (Return On Investment – Retorno sobre investimento) que <strong>TI</strong> fornece ao negócio.


10O Information Technology Infrastructure Library (I<strong>TI</strong>L) foi <strong>de</strong>senvolvido pelo CCTA(Central Computer and Telecommunications Agency) no final dos anos 80, concebido comouma abordagem das melhores práticas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da área <strong>de</strong> negócio, <strong>para</strong> controlar <strong>de</strong>maneira eficiente os recursos <strong>de</strong> <strong>TI</strong>.No ano 2000 a BSI (British Standards Institution) publicou a norma BS 15000 (BritishStandards Institution’s Standard of IT Service Management), consi<strong>de</strong>rado o primeiro padrãomundial especificamente concebido <strong>para</strong> o Gerenciamento <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Esta norma,então alinhada com as diretrizes da I<strong>TI</strong>L, foi reescrita a partir <strong>de</strong> recomendações dosprimeiros usuários, e publicada uma nova versão no ano <strong>de</strong> 2002. Pelo fato <strong>de</strong> ser umanorma britânica, até 2005 haviam apenas 50 empresas certificadas, e através <strong>de</strong>ste cenário aInternational Organization for Standardization (ISO) juntamente com o InternationalEletrotechnical Comission (IEC) evoluiu a norma BS 15000 <strong>para</strong> o padrão internacionalISO/IEC 20.000, tornando-se mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência <strong>para</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>.Este trabalho tem por objetivo apresentar o gerenciamento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> baseadono framework I<strong>TI</strong>L. Este framework é amplamente aceito e adotado no mercado nacional,sendo utilizado por diversas organizações <strong>de</strong> diferentes ramos <strong>de</strong> negócio.A primeira parte será <strong>de</strong>stinada a <strong>de</strong>talhar os conceitos gerais <strong>de</strong> serviço, ofertas <strong>de</strong>serviço, gerenciamento e ferramentas (Aplicações) atualmente disponibilizadas <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>ra <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. A segunda parte possui foco direcionado àsações necessárias <strong>para</strong> efetuar o gerenciamento eficaz, <strong>de</strong> acordo com as melhores práticasdivulgadas. Serão analisadas as competências relacionadas à Estratégia <strong>de</strong> Serviços, oDesenho <strong>de</strong> Serviços, Transição <strong>de</strong> Serviços, Operação <strong>de</strong> Serviços e Melhoria Continuada. Aterceira e última parte irá apresentar uma solução <strong>de</strong> mercado reconhecida em todo omundo, <strong>de</strong>stinada a auxiliar na Operação e Transição <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Para finalizar, seráapresentado um estudo <strong>de</strong> caso referente a implementação <strong>de</strong>sta ferramenta, <strong>para</strong>gerenciar uma das maiores re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> hipermercados presente no Brasil.


111. O que é ServiçoA <strong>de</strong>finição oficial <strong>para</strong> Serviço é “Um meio <strong>de</strong> agregar valor ao cliente permitindoque estes consigam alcançar seus objetivos sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arcar com custos e riscosintrínsecos”.O Exemplo que ilustra claramente este conceito são os serviços prestados pelosrestaurantes. O cliente do restaurante espera, como objetivo, obter sua refeição com amelhor qualida<strong>de</strong> e no menor prazo possível, sem que <strong>para</strong> isso seja necessário selecionar osingredientes, prepará-los, cozinhá-los e após a refeição realizar a limpeza da cozinha. Oconhecimento <strong>de</strong> culinária relacionado a pre<strong>para</strong>ção também po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado comoum diferencial <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviço. Os custos relacionados a estas ativida<strong>de</strong>s, vitais <strong>para</strong>garantir a entrega da refeição, estão diluídos no preço do prato; riscos como alimentos comvalida<strong>de</strong> vencida ou insatisfação do cliente são assumidos pelo fornecedor do serviço, nestecaso o restaurante. Caso o produto entregue não esteja conforme o acordado, o clientepo<strong>de</strong>rá solicitar a <strong>de</strong>volução do dinheiro ou, mais comumente, a execução <strong>de</strong> uma novarefeição em substituição à anterior.Um Serviço po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido através das seguintes variáveis:1. Valor: Quanto o cliente está disposto a pagar?2. Formato e função: O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> serviço proposto, como foi criado e como éoperado;3. Experiência: O grau <strong>de</strong> conhecimento observado pelos clientes;4. Resultados: Os resultados, garantidos ou assumidos, que será fornecido aocliente.No ambiente <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar como serviços todas as ativida<strong>de</strong>s relativas atecnologia, que suportam as áreas <strong>de</strong> negócio buscarem seus objetivos. Atualmente existeuma clara necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “alinhar <strong>TI</strong> ao negócio”. Este termo vem constantemente sendoempregado, em diferentes níveis executivos, <strong>para</strong> garantir que a estratégia <strong>de</strong> negócios sejaefetivada com sucesso. Apesar disso, o ato <strong>de</strong> alinhar <strong>TI</strong> ao negócio é altamente complexo eraramente alcançado com efetivida<strong>de</strong>. Este processo <strong>de</strong> alinhamento po<strong>de</strong> levar muitosanos, consi<strong>de</strong>rando todo o mapeamento e implementação <strong>de</strong> procedimentos necessários<strong>para</strong> garantir a criação uma estrutura sólida <strong>de</strong> serviços e sua manutenção periódica.O ciclo <strong>de</strong> vida do serviço é caracterizado por cinco fases:1. Estratégia <strong>de</strong> serviçoNesta fase são <strong>de</strong>terminadas as priorida<strong>de</strong>s, necessida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>mandas e grau <strong>de</strong>importância <strong>de</strong> um serviço. Determina o valor agregado que a prestação <strong>de</strong> um serviço po<strong>de</strong>gerar, bem como os custos necessários <strong>para</strong> realizar o <strong>de</strong>senho, entrega e suporte.2. Desenho <strong>de</strong> serviço


12Fase responsável por <strong>de</strong>senhar os serviços <strong>de</strong>terminados na fase <strong>de</strong> estratégia, osprocedimentos e recursos necessários <strong>para</strong> garantir que o serviço seja oferecido conforme ograu <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> necessário <strong>para</strong> o cliente.3. Transição <strong>de</strong> ServiçoFase responsável por garantir que os requisitos técnicos e funcionais dos serviçosprestados estão <strong>de</strong> acordo com a necessida<strong>de</strong> do cliente.4. Operação <strong>de</strong> ServiçoFase que garante que os serviços prestados estão <strong>de</strong> acordo com os critérios <strong>de</strong>disponibilida<strong>de</strong>. Caso exista uma interrupção que afete a prestação <strong>de</strong> serviço, esta <strong>de</strong>verá sertratada no menor tempo possível, reestabelecendo a disponibilida<strong>de</strong> com o menor impacto possível.5. Melhoria contínua do serviçoFase que gera indicadores <strong>de</strong> performance, <strong>para</strong> mapear o <strong>de</strong>sempenho e qualida<strong>de</strong> dosserviços prestados. O Plano <strong>de</strong> Melhoria é <strong>de</strong>senvolvido e implementado <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r o resultadoesperado pelo cliente.


132. Serviços <strong>de</strong> TecnologiaOs serviços prestados pelas áreas <strong>de</strong> <strong>TI</strong> sofrem constantes modificações, queacompanham a evolução do mercado, ofertas <strong>de</strong> novos produtos e concorrência comserviços prestados por outras prestadoras. Um exemplo claro é a utilização <strong>de</strong> ambientesvirtualizados. A virtualização é uma tecnologia que surgiu recentemente através <strong>de</strong> produtosespecíficos. Houve gran<strong>de</strong> aceitação por parte das organizações pois o retorno sobre oinvestimento é evi<strong>de</strong>nte: Economia <strong>de</strong> espaço físico, economia <strong>de</strong> energia elétrica, requer autilização <strong>de</strong> uma quantida<strong>de</strong> menor <strong>de</strong> profissionais e melhor gerenciável. O risco <strong>de</strong>impacto ao negócio é pequeno se com<strong>para</strong>do aos ganhos proporcionados pela tecnologia.Segue abaixo alguns exemplos <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> utilizados no mercado atual:2.1. Serviço <strong>de</strong> Continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negóciosOs serviços <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios são utilizados <strong>para</strong> garantir que o ambiente<strong>de</strong> <strong>TI</strong> esteja disponível 100% do tempo previsto no acordo <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> serviço. O Acordo <strong>de</strong>nível <strong>de</strong> serviço é criado <strong>para</strong> garantir que os serviços prestados são realizados conformecontratado. Este ponto será tratado em <strong>de</strong>talhes na parte 2: Gerenciamento do Nível <strong>de</strong>Serviço.A continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios é consi<strong>de</strong>rada vital <strong>para</strong> serviços que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>recursos tecnológicos. Entida<strong>de</strong>s financeiras que utilizam sistemas <strong>de</strong> Crédito e Débito (C/D),por exemplo, <strong>de</strong>vem garantir que os serviços <strong>de</strong> pagamento fiquem disponíveis 24 horas pordia, 7 dias por semana. Cada minutos em que um sistema <strong>de</strong>ssa natureza fique indisponívelpo<strong>de</strong> gerar milhões <strong>de</strong> dólares <strong>de</strong> prejuízo. Consi<strong>de</strong>rando que os recursos tecnológicospo<strong>de</strong>m enfrentar interrupções programadas e não programadas, um plano <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong><strong>de</strong>ve ser criado. Existem serviços que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ste plano não somente pelo risco donegócio, mas também <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r às regulamentações governamentais estabelecidas.São serviços <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios:1. Serviços <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> infra-estrutura;2. Serviço <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> gerenciada;3. Monitoração e gerenciamento <strong>de</strong> riscos;2.2. Serviço <strong>de</strong> Segurança e Privacida<strong>de</strong>Serviços <strong>de</strong> segurança são atualmente utilizados em larga escala em todo o mundo.Usuários domésticos, inclusive, utilizam serviços <strong>de</strong> segurança, através do mo<strong>de</strong>lo SaaS(Software as a Service, ou Software como Servico) utilizando assinaturas <strong>de</strong> softwareantivírus anuais e renovadas ao fim do prazo estabelecido.Apesar disso, o risco <strong>de</strong> um usuário doméstico receber um ataque <strong>de</strong> um grupohacker é muito pequeno, <strong>de</strong>vido a enorme quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usuários domésticos e viabilida<strong>de</strong>


14“comercial” <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>ssa natureza. As principais ameaças enfrentadas por usuáriosdomésticos são perda <strong>de</strong> dados ocasionada por vírus e problemas <strong>de</strong> lentidão e performanceocasionadas por malwares.Para organizações, os serviços <strong>de</strong> segurança são essenciais <strong>para</strong> garantir a operaçãodos negócios. Riscos <strong>de</strong> segurança po<strong>de</strong>m gerar impactos financeiros e mercadológicos,como <strong>de</strong>svalorizar uma marca. Um exemplo recente <strong>de</strong>ste cenário ocorreu no ano <strong>de</strong> 2011,quando a re<strong>de</strong> PSN (PlayStation Network da SONY Entertainment Corp.), uma das principaisre<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o-games do mundo, sofreu um ataque <strong>de</strong> hackers, e milhares <strong>de</strong> números <strong>de</strong>cartões <strong>de</strong> crédito, com suas respectivas senhas e códigos <strong>de</strong> segurança, foram expostos.Após a recuperação do serviço <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> jogos OnLine, sua utilização foi completamenteafetada, <strong>de</strong>sestabilizando a marca PSN. Como ação, a SONY foi levada a se <strong>de</strong>sfazer da marcaPSN e criou uma nova re<strong>de</strong> chamada SEN (SONY Entertainment Network).Po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar serviços <strong>de</strong> Segurança e privacida<strong>de</strong>:1. Serviços <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong>, gerenciamento <strong>de</strong> riscos e governança <strong>de</strong>segurança;2. Segurança da infraestrutura <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s;3. Segurança física e monitoramento em ví<strong>de</strong>o;2.3. Serviços <strong>para</strong> usuários finaisRecursos humanos po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como alicerce fundamental dasorganizações atuais. Todos os funcionários, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Estagiário até o presi<strong>de</strong>nte, são usuáriosfinais. Usuário final são as pessoas <strong>para</strong> quem os serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> são oferecidos. Tanto opresi<strong>de</strong>nte como os estagiários precisam acessar emails, utilizar a internet, se comunicarcom outros funcionários, acessar sistemas como intranet, RH, e <strong>de</strong>sempenhar suasativida<strong>de</strong>s através <strong>de</strong> ferramentas.Os serviços <strong>para</strong> usuários finais são oferecidos baseados nas necessida<strong>de</strong>s dosfuncionários, não pelo cargo que ocupam, mas pelas operações mais básicas <strong>de</strong> queprecisam <strong>para</strong> <strong>de</strong>sempenhar seus papéis. Obviamente que existem sistemas (entre outrasações) que somente o presi<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong>rá acessar e os estagiários não, contudo assolicitações dos acessos, tanto pelo presi<strong>de</strong>nte quanto pelo estagiário, utilizam o mesmoprocesso e são efetivadas através do mesmo serviço.Serviços relacionados ao usuário final:1. Serviços <strong>de</strong> comunicação (Email e Instant Messaging);2. Suporte Local (Onsite Support);3. Service Desk – Responsável pelo atendimento e correção <strong>de</strong> rupturas naentrega do serviço;


152.4. Serviços <strong>para</strong> Servidores e Armazenamento <strong>de</strong> DadosPor todo o mundo, a última década foi marcada pelo aumento exponencial dautilização da tecnologia da informação <strong>para</strong> garantir a excelência nas operações <strong>de</strong> negócio.Softwares, cada vez mais, sendo <strong>de</strong>senvolvidos <strong>para</strong> suportar a <strong>de</strong>manda do negócio,aumento constante <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> recursos <strong>para</strong> emails, automação e integração <strong>de</strong>sistemas <strong>para</strong> garantir velocida<strong>de</strong> e disponibilização <strong>de</strong> acesso interno e externo. A utilização<strong>de</strong> servidores <strong>de</strong>scentralizados (por <strong>de</strong>partamento, por exemplo) influenciam diretamente ocusto <strong>de</strong> administração e suporte.Estes recursos, cada vez mais sendo utilizados <strong>para</strong> suportar o aumento dos negócios,<strong>de</strong>mandam maiores recursos <strong>para</strong> armazenamento <strong>de</strong> dados.Para que este cenário seja efetivamente alcançado, alguns serviços foram<strong>de</strong>senhados <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong> dos usuários e do negócio:1. Gerenciamento <strong>de</strong> Servidores;2. Gerenciamento <strong>de</strong> Armazenamento <strong>de</strong> dados;3. Otimização e virtualização <strong>de</strong> servidores.2.5. Serviços <strong>de</strong> comunicação e telefoniaAtualmente, com as capacida<strong>de</strong>s dos recursos <strong>de</strong> comunicação e re<strong>de</strong>s, ascompanhias observaram uma série <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> criar vantagens <strong>de</strong> negócios, on<strong>de</strong>estes po<strong>de</strong>m ser realizados sem restrição <strong>de</strong> hora e local. Um exemplo são as corporaçõesinternacionais que realizam treinamentos <strong>de</strong> funcionários com instrutores <strong>de</strong> diversos locaisdo mundo, através <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>oconferência <strong>para</strong> um número virtualmente ilimitado <strong>de</strong> usuáriosfinais.Estes recursos <strong>de</strong> comunição continuam sofrendo atualizações e adaptações, comopor exemplo as novas gerações <strong>de</strong> “celulares inteligentes” (Smartphones), que permitem aconsulta e envio <strong>de</strong> emails via re<strong>de</strong> <strong>de</strong> celulares 3G, reduzindo ainda mais a restrição <strong>de</strong>local.São consi<strong>de</strong>rados Serviços <strong>de</strong> comunicação e telefonia:1. Serviços <strong>de</strong> comunicação convergente, por exemplo, acesso remoto;2. Serviços <strong>de</strong> otimização e administração <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s;3. Serviços <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s e mobilida<strong>de</strong> sem fio (wireless).


162.6. Serviços <strong>de</strong> Manutenção e suporte técnicoOs softwares e equipamentos utilizados atualmente serão em breve substituídos,<strong>de</strong>vido a dois fatores possíveis: Apresentarão <strong>de</strong>feitos ou ficarão obsoletos. Em qualquercaso, po<strong>de</strong>rá haver impacto ao negócio, consi<strong>de</strong>rando que a produção <strong>de</strong> trabalho por partedos colaboradores ficarão prejudicadas.Por outro lado, atualização <strong>de</strong> tecnologia constantemente se torna mais rápida doque a curva <strong>de</strong> aprendizagem e domínio técnico dos funcionários, ou seja, os sistemas(softwares) e equipamentos (hardware) ficam obsoletos enquanto os funcionários dasorganizações ainda estão apren<strong>de</strong>ndo como utilizá-los. Esta realida<strong>de</strong> cria uma barreiraentre o recurso humano <strong>de</strong>stinado a utilizar uma ferramenta, neste caso, a tecnologia.Numa analogia, seria como se o pedreiro não soubesse como utilizar um novo martelo.Para reduzir o abismo entre tecnologia e pessoas, serviços <strong>de</strong>stinados a atualizar oambiente operacional <strong>de</strong> <strong>TI</strong> e auxiliar os usuários a operarem as ferramentas foram criados<strong>de</strong> forma a suprir a necessida<strong>de</strong> do negócio <strong>de</strong> atualizar o conhecimento e infra-estrutura <strong>de</strong>tecnologia nas corporações.Serviços comumente oferecidos <strong>para</strong> mautenção e suporte técnico são:1. Serviço <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> equipamentos;2. Serviço <strong>de</strong> suporte gerenciado – MTS (Managed Technical Support);3. Suporte Técnico Multifornecedores – TSO (Technical Support Outtasking);2.7. Serviços <strong>de</strong> OutSourcing - TerceirizaçãoAtualmente a tecnologia está inserida no “sistema nervoso” das organizações, isto é,toda informação, histórico, conhecimento e previsões estão armazenadas ou são geradasatravés <strong>de</strong> recursos tecnológicos.Estes recursos precisam ser gerenciados, atualizados, automatizados eprincipalmente suportados. Sem que estas ativida<strong>de</strong>s sejam realizadas <strong>de</strong> forma eficaz, orisco <strong>de</strong> que informações vitais <strong>para</strong> os negócios não sejam geradas ou localizadas <strong>de</strong>ntro doprazo esperado. O investimento necessário <strong>para</strong> que recursos tecnológicos sejamgovernados com qualida<strong>de</strong> é alto. Em muitos casos, organizações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>stes recursos<strong>para</strong> a manutenção do negócio, porém o negócio não possui relação direta com a tecnologia.Por exemplo, consi<strong>de</strong>remos uma empresa varegista no ramo <strong>de</strong> vestuário: existe anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se utilizar a tecnologia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os sistemas <strong>de</strong> pagamentos via cartão até acriação <strong>de</strong> relatórios gerenciais <strong>para</strong> auxiliar a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Entretanto, como o “corebusiness” (negócio central) não é diretamente relacionado a tecnologia. Supondo umcenário on<strong>de</strong> todos os recursos tecnológicos fiquem indisponíveis, essa organização seráafetada, porém o seu core business continuará operando, ou seja, as vendas <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong>vestuário continuarão existindo.


17Saindo do universo do varejo <strong>de</strong> vestuário, consi<strong>de</strong>remos então uma organizaçãofinanceira, como um banco: os recursos tecnológicos são imprescindíveis <strong>para</strong> a operaçãodo negócio. Durante a década <strong>de</strong> 60, os bancos utilizavam enormes arquivos (equipamentoraramente utilizado, em geral feito <strong>de</strong> ferro com gavetas que guardavam pastas) com fichasque representavam as contas correntes dos clientes. Quando um cliente realizava um saqueou um <strong>de</strong>pósito, o funcionário do banco localizava sua conta corrente, calculava o saldo apósa operação e realizava o preenchimento da informação. O registro <strong>de</strong> conta corrente empapel era novamente armazenado no arquivo. Este processo ocorria inúmeras vezes ao dia,por inúmeros funcionários. Obviamente que o risco <strong>de</strong> erro humano era muito alto, bemcomo a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada operação era muito baixa (com<strong>para</strong>tivamente com os padrõesatuais). Hoje em dia, todo processo <strong>de</strong> saque é automatizado: equipamentos <strong>de</strong>nominadosTerminais <strong>de</strong> Auto-Atendimento permitem que os clientes realizem operações financeiras eestas são automaticamente atualizadas no sistema <strong>de</strong> conta-corrente. Percebemosclaramente que o processo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da tecnologia: Caso o terminal <strong>de</strong> auto-atendimento,ou o seu servidor, ou suas conexões <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, ou o sistema <strong>de</strong> conta-corrente estejamindisponíveis milhares <strong>de</strong> clientes em todo território nacional po<strong>de</strong>rá ser afetado.Os serviços <strong>de</strong> terceirização surgiram com muita força no início da última década.Empresas que não possuíam <strong>TI</strong> como core business, mas que <strong>de</strong>pendiam <strong>de</strong>la, realizaramterceirizações totais ou parciais com o objetivo <strong>de</strong> reduzir custos ou garantir, muitas vezesatravés <strong>de</strong> contratos, a qualida<strong>de</strong> na prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> tecnologia.Exemplos muito utilizados <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> outsourcing são:1. BPO – Business Process Outsourcing;2. ITO – Information Technology Outsourcing;3. KPO – Knowledge Process Outsourng.


183. Ferramentas <strong>de</strong> Mercado <strong>para</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> ServiçoCom a crescente <strong>de</strong>manda pelo gerenciamento <strong>de</strong> serviços como estes citados nocapítulo 2, diversos sistemas foram <strong>de</strong>senvolvidos <strong>para</strong> suprir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle dosambientes tecnológicos. Utilizando sempre a metologia I<strong>TI</strong>L <strong>para</strong> <strong>de</strong>finir a estrutura base<strong>de</strong>ssas aplicações, gran<strong>de</strong>s corporações <strong>de</strong>senvolveram não somente sistemas mas tambémauxiliaram na maturação dos processos <strong>de</strong> gerenciamento.Apesar <strong>de</strong> ser recente o surgimento <strong>de</strong> metodologias que facilitem o gerenciamento,ferramentas já existem a pelo menos 20 anos. Algumas, inicialmente <strong>de</strong>senhadas <strong>para</strong>ambientes <strong>de</strong> alta plataforma (Mainframe), evoluíram <strong>para</strong> que hoje possam ser utilizadasinclusive via celulares equipados com sistemas iOS (Apple – Iphone, Ipad, Ipod) e Android(Google – Diversos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> celulares e tablets). A princípio, o objetivo não eraespecificamente gerenciamento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, mas serviços em geral, como serviços<strong>de</strong>mandados por área <strong>de</strong> Recursos Humanos, Financeiras e Condomínio. Apesar disso, com acrescente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos em tecnologia, a visão <strong>de</strong> softwares <strong>para</strong>gerenciamento <strong>de</strong> Serviços ficou voltada exclusivamente <strong>para</strong> <strong>TI</strong>.Algumas das ferramentas atualmente evi<strong>de</strong>ntes no mercado são:1. HP Service Manager;2. IBM Tivoli Maximo;3. BMS Remedy IT Service Management;4. CA Service Desk Manager.3.1. HP Service ManagerNa década <strong>de</strong> 80, um grupo <strong>de</strong> ex-funcionários <strong>de</strong>senvolvedores na área <strong>de</strong> banco <strong>de</strong>dados DB2 da IBM fundaram uma empresa chamada Peregrine Systems Inc. na Califórnia,Estados Unidos. Esta empresa tinha por objetivo criar sistemas com o objetivo <strong>de</strong> gerenciarservidores e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computadores. Em 1981, foi lançado o produto PNMS (PeregrineNetwork Management System) especificamente <strong>para</strong> o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> computadores IBM SeriesOne. Ainda neste ano, o sistema foi então melhorado e lançada sua versão 2 (PNMS II), quejá possuía módulos <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> inventário, gerenciamento <strong>de</strong> problemas egerenciamento <strong>de</strong> mudanças. Neste ano, a corporação já possuía <strong>de</strong> 100 a 200colaboradores.Até o ano <strong>de</strong> 1985, a Peregrine cresceu através da venda <strong>de</strong> produtos da linha PNMSII. Já na década <strong>de</strong> noventa, o produto era integrável com diversas ferramentas <strong>de</strong>monitoração <strong>de</strong> diversos fornecedores, como IBM NetView e HP OpenView, provendo aabertura automática <strong>de</strong> tickets <strong>para</strong> re<strong>de</strong>s SNA, TCP/IP e Novell, notificando sobre serviçosque ficassem indisponíveis e garantindo um suporte automatizado. Até este período, aferramenta já trabalhava com módulos <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Problemas, Gerenciamento <strong>de</strong>


19Inventário, Gerenciamento <strong>de</strong> Mudanças, Gerenciamento <strong>de</strong> Requisições e GerenciamentoFinanceiro.Em 1997, observando uma gran<strong>de</strong> evolução <strong>de</strong> sistemas operacionais <strong>de</strong> baixaplataforma, disponibilizou-se no mercado a ferramenta Peregrine Service Center,inicialmente na versão 1.4, especificamente <strong>para</strong> ambientes UNIX e Windows NT.Em 1998 a versão 2 foi disponibilizada, com algumas melhorias em relação a versão1.4. Em 1999 a versão 3 foi liberada. Esta versão já possuía GUI (Graphic User Interface –Interface Gráfica <strong>de</strong> Usuário), com recursos em HTML e utilizando tecnologia Java(característica preservada até os dias atuais).Em 2002, a corporação foi acusada <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> por parte dos principais executivos.Após julgamento e con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte do grupo executivo, a empresa ven<strong>de</strong>uparte da área <strong>de</strong> software <strong>para</strong> BMS Corp.Em 2004 a empresa lançou a versão 6 do seu principal sistema, o Peregrine ServiceCenter, porém em 2005 a divisão <strong>de</strong> Software da HP (Hewlett-Packard) comprou a empresaPeregrine Systems Inc. por 425 Milhões <strong>de</strong> dólares.Já pela HP, houve uma mudança do nome do produto, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> já existir umaferramenta <strong>de</strong>senvolvida pela HP, conhecida como HP Service Desk: HP Service Manager.Baseando-se no versionamento realizado pela Peregrine, A primeira versão lançada, em2007, foi o HP Service Manager 7, utilizando a gran<strong>de</strong> maioria das funcionalida<strong>de</strong> da versão e<strong>de</strong>scontinuando o produto HP Service Desk.Em 2011 foi lançada a versão 9.30, com uma série <strong>de</strong> modificações em relação aversão 7, incluindo portais web e aplicativos <strong>para</strong> utilização via celular (iOS e Android).As principais funcionalida<strong>de</strong>s da ferramenta são:1. Gerenciamento <strong>de</strong> interações com os usuários;2. Disponibilização e gerenciamento do conhecimento;3. Gerenciamento <strong>de</strong> Inci<strong>de</strong>ntes e rupturas na entrega <strong>de</strong> serviço;4. Gerenciamento <strong>de</strong> mudanças no ambiente tecnológico;5. Resolução <strong>de</strong> problemas e busca <strong>de</strong> causa raiz;6. Registro <strong>de</strong> Acordo <strong>de</strong> Níveis <strong>de</strong> Serviço (SLA) e extração <strong>de</strong> relatórios;7. Gerenciamento da configuração e contratos <strong>de</strong> fornecedores.


20Figura 1: Tela <strong>de</strong> encerramento <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>nte na ferramenta HP Service Manager3.2. IBM Tivoli MaximoConhecido mundialmente como Maximo, a ferramenta <strong>de</strong>sponta como um dos maiseficientes softwares <strong>para</strong> gerenciamento <strong>de</strong> infra-estrutura e inventário. Inicialmente criadapela MRO Software Inc., já possuía uma série <strong>de</strong> clientes como petrolíferas etransportadoras, foi adquirida pela IBM em 2006.Apesar do foco, até então, ser direcionado <strong>para</strong> gerenciamento <strong>de</strong> ativos, inventário,gerenciamento <strong>de</strong> contratos e gerenciamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, a IBM vem, a cada versão,adaptando sua aplicação <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r os requisitos <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços eprocessos relacionados a governança <strong>de</strong> <strong>TI</strong>.


21Figura 2: Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gerenciamento utilizando IBM Tivoli MaximoEsta ferramenta suporta todos os principais conceitos <strong>de</strong> gerenciamento, baseandoseem três aspectos:1. AtivosO IBM Tivoli Maximo administra e controla todos os ativos ou peças quenecessitam <strong>de</strong> manutenção. É possível verificar todos os componentes e suasmanutenções, programadas ou não.2. ProcessosA ferramenta permite que sejam gerenciados todos os processos relacionadosaos clientes, como gerenciamento do trabalho (horas trabalhadas), ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>suporte ao usuários e acordo <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> serviço.3. PessoasA aplicação gera relatórios precisos sobre as solicitações <strong>de</strong> manutenção,falhas ou inci<strong>de</strong>ntes, <strong>para</strong> facilitar o trabalho dos funcionários que atuam naoperação <strong>de</strong> <strong>TI</strong>.


223.3. BMS Remedy IT Service ManagementO software Remedy IT Service Management surgiu em meados da década <strong>de</strong> 90,então <strong>de</strong>senvolvido pela Remedy Corporation, chamado inicialmente <strong>de</strong> Action RequestSystem. Esta ferramenta tinha por objetivo auxiliar no gerenciamento <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s locais,automatizar funções como help <strong>de</strong>sk e solução <strong>de</strong> problemas relacionados a infra-estrutura<strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Observamos claramente que durante este período, houve também um crescimento daferramenta Peregrine Service Center, criando então uma das primeiras gran<strong>de</strong>sconcorrências <strong>para</strong> o mercado <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços.Até o início dos anos 2000, a ferramenta obteve significativo “market share” (ou, emoutras palavras, “fatia <strong>de</strong> mercado”). Observando a movimentação do mercado, em 2001 aPeregrine Systems Inc. adquiriu a Remedy Corp., como estratégia <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong>vido osurgimento <strong>de</strong> outros concorrentes; Dessa maneira, aliando a base <strong>de</strong> clientes da aplicaçãoService Center com a clientela do Remedy Action Request System, seria consi<strong>de</strong>rada umadas maiores frentes do mercado <strong>de</strong> software <strong>para</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviço.Entretanto, em 2002, a Peregrine Systems Inc. foi acusada <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> por <strong>de</strong>sviarmilhões <strong>de</strong> dólares; a divisão Remedy, recém adquirida, foi vendida <strong>para</strong> a BMS Corporation.Anos <strong>de</strong>pois a própria Peregrine Systems Inc. foi adquirida pela área <strong>de</strong> Software da HP,conforme mencionado acima.Des<strong>de</strong> então, sob a marca BMS Remedy, o software se consolidou no mercado e até2003 já possuía mais <strong>de</strong> 6000 clientes em todo mundo, <strong>de</strong>vido ao preço baixo e esimplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operação, tornando-se uma opção bastante atrativa <strong>para</strong> o mercado <strong>de</strong>pequenas e médias empresas.Atualmente a ferramenta se apresenta como um dos lí<strong>de</strong>res do segmento <strong>de</strong>gerenciamento <strong>de</strong> serviços, sendo disponibilizado inclusive através do mo<strong>de</strong>lo “Software-asa-Service”(Software como serviço). Dentre os principais diferenciais em relação aosconcorrentes, a aplicação possui diversos módulos que auxiliam na gestão estratégica nãosomente <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, mas <strong>de</strong> toda organização:1. Planejamento Financeiro (Financial Planning);2. Gerenciamento <strong>de</strong> Custos (Service Cost Management);3. Business Intelligence (Dashboards and Analytics);


23Figura 3: Gerenciamento <strong>de</strong> Problemas no Software BMC Remedy IT Service Management3.4. CA Service Desk ManagerO Software disponibilizado pela Computer Associates Corporation (CA) também temse firmado, nos últimos anos, como uma das principais opções do mercado relacionado aferramentas <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços <strong>para</strong> <strong>TI</strong>. Atualmente na versão 12.5, a aplicaçãopossui foco nos processos <strong>de</strong>scritos no I<strong>TI</strong>L e na automação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, garantindovelocida<strong>de</strong> e melhores tempos <strong>de</strong> reposta no tratamento <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes e problemas.No início dos anos 90, a empresa Networx Inc. <strong>de</strong>senvolvia e disponibilizava umproduto conhecido como Paradigm, voltado <strong>para</strong> service <strong>de</strong>sk e atendimento ao usuário. Em1993, a Legent Corporation comprou a Networx e passou a distribuir o Paradigm, recebendodiversos prêmios <strong>de</strong> revistas especializadas.Em 1995, a CA adquiriu a Legent Corporation, já prevendo o crescimento do mercado<strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços e se posicionando com um produto reconhecido. Inicia-seentão, a partir <strong>de</strong> 1996, a venda do produto Paradigm pela CA, até que em 1999 a aplicaçãopassou a ser conhecida como ServiceIT Enterprise Edition.


24A partir <strong>de</strong> 2001, a CA modifica sua estratégia <strong>de</strong> produtos e resolve por unificar doisprodutos em que os principais concorrentes já comercializavam como um pacote único: oServiceIT Enterprise Edition e o Unicenter TNG, criando então uma suíte única <strong>de</strong> produtosconhecidos como Unicenter ServicePlus. Este pacote consistia em 5 módulos: UnicenterServicePlus Service Desk, Unicenter ServicePlus Customer Service, Unicenter ServicePlusKnowledge Tools, Unicenter ServicePlus Collaboration Tools e Unicenter ServicePlusPredictive Tools.Em 2005, a Computer Associates atualiza seu pacote <strong>de</strong> produtos, incluindo oUnicenter Service Desk Dashboard, Unicenter Service Intelligence, Unicenter Service Catalogentre outros. A partir <strong>de</strong>ste ano, a aplicação possui suporte ao Microsoft SQLServer, um dosbancos <strong>de</strong> dados mais utilizados no mundo.Atualmente o pacote compreen<strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> produtos, <strong>de</strong>ntre eles:CA Spectrum Automation ManagerCA Change Manager Enterprise WorkbenchCA CMDBCA Service CatalogCA Business Service InsightFigura 4: Visão do CA Service Catalog


254. I<strong>TI</strong>L – Information Technology Infrastructure LibraryO Information Technology Infrastecture Livrary (I<strong>TI</strong>L) é um conjunto <strong>de</strong> melhorespráticas <strong>para</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> que consiste em alinhar os serviços <strong>de</strong>tecnologia com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio. Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>screve procedimentos eativida<strong>de</strong>s necessários <strong>para</strong> que a organização consiga atingir um nível mínimo <strong>de</strong> excelênciana prestação dos serviços.Inicialmente i<strong>de</strong>alizado por funcionários da IBM, na década <strong>de</strong> 70, através <strong>de</strong>pesquisa <strong>para</strong> a área <strong>de</strong> “Quality Assurance” (Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>), o mo<strong>de</strong>lo conhecidoInformation Systems Management Architecture (ISMA) foi <strong>de</strong>senhado com o objetivo <strong>de</strong>auxiliar o trabalho relativo a gerenciamento <strong>de</strong> sistemas. Este mo<strong>de</strong>lo prosseguiu evoluindoaté que, em 1980, a IBM publicava o primeiro volume <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> livros intitulada “Amanagement System for the Information Business” (Um sistema <strong>de</strong> gerenciamento <strong>para</strong>informações <strong>de</strong> negócios), consi<strong>de</strong>rada então a primeira publição sobre o ISMA.Em 1986, o CCTA (Central Computer and Telecommunications Agency – Agência <strong>de</strong>Computação Central e Telecomunicações do Reino Unido) inicia um programa <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma orientação operacional, a partir da solicitação do governobritânico, <strong>de</strong>vido a insatisfação com a qualida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> prestados. Durante doisanos, a agência permaneceu focada com o objetivo <strong>de</strong> criar uma abordagem <strong>de</strong>gerenciamento eficiente, que fosse in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> fornecedores e aplicável aorganizações com necessida<strong>de</strong>s técnicas e <strong>de</strong> negócio distintas. Como resultado, em 1988 aagência publicou a “Government Infrastructure Management Method (GITMM)”, com focoprincipalmente no Gerenciamento <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Serviço.Os resultados <strong>de</strong>ste trabalho foi encarado <strong>de</strong> forma positiva e a equipe <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento foi expandida, focando em outras áreas como gerenciamento <strong>de</strong> custos,capacida<strong>de</strong> e disponibilida<strong>de</strong>. Um ano mais tar<strong>de</strong>, o governo britânico se <strong>de</strong>svincularia domo<strong>de</strong>lo, renomeando-o <strong>para</strong> I<strong>TI</strong>L. Os primeiros livros lançados foram Service levelManagement (Gerenciamento <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Serviço), Help Desk, Contingency Planning(Planejamento <strong>de</strong> Contingência) e Change Management (Gerenciamento <strong>de</strong> Mudança).Durante a década <strong>de</strong> 90, uma série <strong>de</strong> livros foram lançados, especificando práticas<strong>de</strong> gerenciamento <strong>para</strong> diversas áreas <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Contudo, o crescimento ocorreu <strong>de</strong> forma<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada e poucas pessoas tinham acesso aos livros.Com isso, no ano 2000 o CCTA, a partir <strong>de</strong> então incorporado ao Office ofGovernment Commerce (OGC), lança o I<strong>TI</strong>L V2, que nada mais é do que uma versão revisadae reorganizada <strong>de</strong> todos os livros lançados, com conceitos agrupados conforme seusrelacionamentos, simplificando o entendimento e aplicação. O I<strong>TI</strong>L V2 possui 10 livros:1. Service Support (Suporte <strong>de</strong> Serviços);2. Service Delivery (Entrega <strong>de</strong> Serviços);


263. ICT Infrastructure Management (Gerenciamento <strong>de</strong> Infraestrutura);4. Security Management (Gerenciamento da Segurança);5. Application management (Gerenciamento <strong>de</strong> Aplicações);6. Software asset Management (Gerenciamento <strong>de</strong> licenças);7. Business Perspectives I (Perspectivas <strong>de</strong> Negócio I)8. Business Perspectives II (Perspectivas <strong>de</strong> Negócio II)9. Planning to implement service management (Planejamento <strong>de</strong>Implementação <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> Serviços);10. I<strong>TI</strong>L Small-Scale implementation (Implementação I<strong>TI</strong>L em pequenaescala).Apesar da disponibilização dos livros, o mesmo problema enfrentado pela primeiraversão permanecia: as organizações utilizavam parte dos conhecimentos <strong>de</strong>scritos nos livros.Os dois primeiros livros (Service Support e Service Delivery) fizeram um estrondoso sucesso,sendo aceito em inúmeras empresas e tornando-se padrão <strong>de</strong> mercado. Entrentanto, esteslivros abordavam unicamente componentes operacionais do gerenciamento <strong>de</strong> serviços, ouseja, a visão estratégica acabava não sendo empregada.Um exemplo que <strong>de</strong>monstra claramente este cenário, foram os serviços prestadospelas empresas <strong>de</strong> telefonia, na última década. O mo<strong>de</strong>lo I<strong>TI</strong>L havia sido implantado emmuitas organizações <strong>de</strong> telecomunicações, entretanto uma série <strong>de</strong> fatores apresentavam ogerenciamento enfraquecido:1. Visão estratégica do ambiente <strong>de</strong> <strong>TI</strong> limitada, pois:a. Gerencimento da Capacida<strong>de</strong> pouco efetivo;b. Níveis <strong>de</strong> Serviços não cumpridos;c. Novos produtos eram <strong>de</strong>senhados sem que houvessegerenciamento da <strong>de</strong>manda;2. A atuação na solução dos problemas relatados pelos usuários ineficaz;3. Equipe técnica apresentando pouco conhecimento técnico;4. Reincidência <strong>de</strong> erros ocasionados pela falta <strong>de</strong> gerenciamento doconhecimento.Observando este cenário, em 2007 o OGC lança o I<strong>TI</strong>L V3, totalmente revisto econsolidado em apenas 5 livros:1. Service Strategy;2. Service Design;3. Service Transition;4. Service Operation;5. Continual Service Improvement.Nesta estrutura, todos os conceitos que envolvem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a concepção e processo <strong>de</strong>melhoria dos serviços são apresentados, <strong>de</strong> forma didática e clara <strong>para</strong> todas as funções


27envolvidas no mercado <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Des<strong>de</strong> então, inúmeras organizações em todo mundo vêm seadaptando <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r as premissas <strong>de</strong> gerenciamento e garantir a qualida<strong>de</strong> dos serviços<strong>de</strong> <strong>TI</strong> entregues aos seus clientes finais. O primeiro gran<strong>de</strong> case <strong>de</strong> adoção da nova estruturafoi o The Walt Disney Company, na divisão <strong>de</strong> Tecnologia <strong>para</strong> Resorts e Parques temáticos,gerenciando no total 11 parques <strong>de</strong> diversão, 2 parques aquáticos 42 Resorts e 2 CruzeirosMarítimos.Em 2011, o OGC realizou pequenos ajustes, conforme os “feedbacks” fornecidospelas organizações que já utilizam as práticas apresentadas.Figura 5: Mo<strong>de</strong>lo I<strong>TI</strong>L Versão 3, com todas as áreas <strong>de</strong> gerenciamento.


285. COBIT – Control Objectives for Information and related TechnologyO COBIT é um “framework” criado em 1996 pela Information Systems Audit andControl Association (ISACA) em conjunto com o IT Governance Institute (ITGI), com oobjetivo <strong>de</strong> “Pesquisar, <strong>de</strong>senvolver, publicar e promover objetivos <strong>de</strong> controleinternacionalmente aceitos e atualizados <strong>para</strong> serem utilizados no dia a dia <strong>de</strong> gerentes <strong>de</strong>negócios e auditores”.Além disso, um dos principais focos <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo é aproximar, tanto quantopossível, os objetivos <strong>de</strong> <strong>TI</strong> com os <strong>de</strong> negócios, garantindo métricas <strong>para</strong> medir osresultados e i<strong>de</strong>ntificar responsabilida<strong>de</strong>s relativas aos processos <strong>de</strong> <strong>TI</strong> e <strong>de</strong> negócio. Omo<strong>de</strong>lo foi <strong>de</strong>senvolvido alinhado aos principais padrões <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, como I<strong>TI</strong>L, ISO 27000, CMMIe PMBOK; o COBIT, na prática, age como um integrador <strong>de</strong>stes diferentes guias,consolidando todos os indicadores sob um único mo<strong>de</strong>lo, “amarrando” as melhores práticasrealizadas pelos profissionais <strong>de</strong> <strong>TI</strong> com a governança e o negócio.Apesar do gran<strong>de</strong> reconhecimento que tem ocorrido nos últimos anos, o COBIT foicriado em 1996, com os componentes:- Mo<strong>de</strong>lo: Alinhamento com o negócio e objetivos <strong>de</strong> governança <strong>de</strong> <strong>TI</strong>;- Descrição do Processo: Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência sob uma linguagem acessível atodas as pessoas na organização;- Objetivos <strong>de</strong> controle: Requerimentos necessários <strong>para</strong> conseguir um controleefetivo <strong>de</strong> cada processo <strong>de</strong> <strong>TI</strong>;- Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Maturida<strong>de</strong>: Avaliação da maturida<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong> alcançada por cadaprocesso e en<strong>de</strong>reçamento das falhas observadas.Até então, o principal foco eram auditorias. Em 1998, a segunda versão foi lançada,incluindo um novo componente:- Diretrizes <strong>de</strong> gerenciamento: Permite que sejam atribuídas responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>acordo com os objetivos <strong>de</strong> controle, facilitando a avaliação <strong>de</strong> performance erelacionamento com <strong>de</strong>mais processos.Com isso, a visão efetiva <strong>de</strong> controle começa a se tornar mais clara e sua adoçãocomeça a se expandir com velocida<strong>de</strong>. Em 2003, já na terceira versão do mo<strong>de</strong>lo, o ISACAdisponibiliza uma edição online, aumentando ainda mais o número <strong>de</strong> profissionaisalinhados com as práticas e empregando-as em suas organizações.No ano <strong>de</strong> 2005 a versão Quatro é lançada com uma série <strong>de</strong> atualizações, tornandomais dinâmico o relacionamento dos diferentes níveis hierárquicos, dando o suportenecessário <strong>para</strong> as esferas executivas e otimizando os investimentos em <strong>TI</strong>. Nesta versão, há


29também um apelo muito forte referente a conformida<strong>de</strong> com as regulamentações e seuspadrões já são consi<strong>de</strong>rados totalmente alinhados a mo<strong>de</strong>los como COSO (Comittee ofSponsoring Organizations of the Treadway Comission, organização com um frameworkdirecionado a gerenciamento <strong>de</strong> riscos), I<strong>TI</strong>L e ISO/IEC 17799.Em Abril <strong>de</strong> 2012, é disponibilizados a versão 5, que possui os frameworks ValIT eRiskIT integrados e total conformida<strong>de</strong> com o padrão internacional <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong>serviços (ISO). A versão 5 parte cinco princípios básicos, representados abaixo (em inglês):Figura 6: COBIT versão 5 e seus princípios básicos


306. ISO/IEC 20.000Inicialmente publicada pela British Standards Institution (BSI) no ano 2000, a normaBS 15000 foi o primeiro padrão mundial <strong>para</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Alinhada comos conceitos do I<strong>TI</strong>L, esta norma tinha especial apelo nos processos <strong>de</strong> suporte e entrega <strong>de</strong>serviços. Isto fica evi<strong>de</strong>nte quando observamos a aceitação dos livros publicados pelo OGCdo I<strong>TI</strong>L V2, durante este mesmo ano, on<strong>de</strong> os dois primeiros livros fizeram gran<strong>de</strong> sucesso etodos os <strong>de</strong>mais acabaram sendo sub-utilizados.Em 2002 houve uma reestruturação e nova publicação da norma BS 15000, a partir<strong>de</strong> recomendações das organizações que já estavam utilizando-a. Sua estrutura foireformulada, apresentando duas partes: Especificação e Código Prático. Apesar disso, suaaceitação continuava restrita, pelo fato <strong>de</strong> ser uma normal britânica, e até 2005 haviamapenas 50 empresas certificadas.Observando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> disponibilizar um padrão aceito mundialmente <strong>para</strong>gerenciamento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, a International Organization for Standardization (ISO), emconjunto com a (International Eletrotechnical Comission (IEC) promoveram a norma BS15000 <strong>para</strong> o padrão internacional ISO/IEC 20.000 no final do ano 2005. Com isso, a normase torna mais relevante <strong>para</strong> inúmeras empresas <strong>de</strong> outros mercados, como Estados Unidose América Latina.A norma permanece estruturada em duas partes, conforme a BS 15000, e dividida em10 seções:1. Escopo2. Termos e Definições3. Requisitos <strong>para</strong> um sistema <strong>de</strong> gestãoa. Responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Administraçãob. Requisitos <strong>de</strong> documentaçãoc. Competência, conscientização e treinamento4. Planejando e Implementando o gerenciamento <strong>de</strong> serviço5. Planejando e Implementando serviços novos ou modificados6. Processos <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> serviçoa. Gerenciamento <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> serviçob. Relato <strong>de</strong> serviçoc. Gerenciamento <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> e disponibilida<strong>de</strong> do serviçod. Orçamento e contabilização <strong>para</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>e. Gerenciamento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>f. Gerenciamento <strong>de</strong> segurança da informação7. Processos <strong>de</strong> relacionamento8. Processos <strong>de</strong> resoluçãoa. Gerenciamento <strong>de</strong> Inci<strong>de</strong>ntes


31b. Gerenciamento <strong>de</strong> problemas9. Processos <strong>de</strong> controlea. Gerenciamento <strong>de</strong> configuraçãob. Gerenciamento <strong>de</strong> mudanças10. Processos <strong>de</strong> liberaçãoa. Gerenciamento <strong>de</strong> liberaçãoFica explícito que a norma é totalmente a<strong>de</strong>rente aos processos <strong>de</strong>finidos pelo OGCatravés do I<strong>TI</strong>L, permitindo que organizações já a<strong>de</strong>rentes a este mo<strong>de</strong>lo po<strong>de</strong>m se certificarpela norma ISO 20000. Indo além, a normal ISO/IEC 20.000 po<strong>de</strong> ser adotada em conjuntocom a norma ISO 9000, nos requisitos relativos a realização do produto (item 7), <strong>de</strong> acordocom o contexto <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviço.Além <strong>de</strong> certificações com foco organizacional, é possível também obter certificaçõesindividuais, <strong>de</strong> acordo com o objetivo operacional <strong>de</strong> cada profissional:1. Fundamentos: certificação mais básica, atesta o conhecimento sobreum sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> serviços e sobre requisitos mínimos <strong>para</strong> prestação <strong>de</strong>serviços, sendo mandatória <strong>para</strong> as <strong>de</strong>mais certificações.2. Nível Profissional: Certificação organizada por especialida<strong>de</strong>s, sendoelas:a. Suporte a Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>;b. Controle <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>;c. Gerenciamento e Melhoria <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>d. Entrega <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>;e. Ainhamento entre o Negócio e a <strong>TI</strong>.3. Gerenciamento: Certificação orientada <strong>para</strong> profissionais com carreira<strong>de</strong> gerenciamento ou consultoria:a. Certificação como Gerente/Consultor;b. Certificação como Gerente/Consultor Sênior;4. Auditoria: Certificação <strong>de</strong> profissionais orientados a auditoria:a. Certificação como Auditor Interno;b. Certificação como Auditor Lí<strong>de</strong>r.


327. Outras metodologias relacionadas a gerenciamento <strong>de</strong> serviçosAtualmente temos observado que os mo<strong>de</strong>los I<strong>TI</strong>L, COBIT e ISO/IEC 20000 têm setornado padrão mundial. Estes mo<strong>de</strong>los, em conjunto, garantem a qualida<strong>de</strong> dos serviçosprestados e permitem que os investimentos <strong>de</strong>stinados a <strong>TI</strong> sejam utilizados da melhormaneira possível, reduzindo riscos e sendo atualizados frequentemente. Apesar disso, estesmo<strong>de</strong>los não cobrem todos os processos utilizados por <strong>TI</strong>: existem casos específicos que são<strong>de</strong>scritos por metodologias não menos importantes, relacionadas indiretamente aogerenciamento <strong>de</strong> serviço.Além <strong>de</strong>ssas metodologias, Existem também processos que não são especificamenterelacionadas a <strong>TI</strong>, mas a administração empresarial em geral. Um exemplo é ogerenciamento <strong>de</strong> projetos. Existem projetos que po<strong>de</strong>m estar relacionados a <strong>TI</strong>,parcialmente relacionados a <strong>TI</strong> ou completamente segregados <strong>de</strong> <strong>TI</strong>.Algumas metodologias mundialmente reconhecidas, que atuam indiretamente nogerenciamento <strong>de</strong> serviços são:1. ValIT;2. eSCM-SP;3. PMBOK;4. BSC – Balanced ScoreCard;5. Seis Sigma.7.1. ValITO ValIT é um framework usado <strong>para</strong> garantir que os investimentos em <strong>TI</strong> sejamutilizados da melhor maneira possível, através <strong>de</strong> um custo acessível e nível <strong>de</strong> riscoaceitável. Seu objetivo é i<strong>de</strong>ntificar as oportunida<strong>de</strong>s estratégicas <strong>de</strong> investimento emtecnologia através da previsão <strong>de</strong> resultado <strong>para</strong> o negócio; Avaliar e priorizar investimentoscom base no seu potencial <strong>de</strong> risco e que estejam <strong>de</strong> acordo com com os objetivosestratégicos da organização; gerenciar a aplicação e execução dos investimentos, através <strong>de</strong>todo o ciclo <strong>de</strong> vida, <strong>de</strong> forma que garanta a entrega <strong>de</strong> valor agregado ao negócio.Desenhado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>para</strong> estar sempre alinhado ao COBIT, o ValIT integra umasérie <strong>de</strong> <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> governança <strong>de</strong> <strong>TI</strong> que possuem por objetivo dar o suporte necessárioaos conselhos diretores, corpo executivo e lí<strong>de</strong>res <strong>para</strong> garantir que os investimentos emtecnologia não sejam <strong>de</strong>sperdiçados. Uma pesquisa recente realizada pela IBM em 2004,entrevistando os mil Chief Information Officers (CIOs) listados na revista Fortune, i<strong>de</strong>ntificouque, em média, 40% <strong>de</strong> todos os investimentos <strong>de</strong> <strong>TI</strong> não geraram o retorno esperado <strong>para</strong>suas organizações.Esta metodologia é estruturada em três principais áreas <strong>de</strong> gerenciamento:1. Value Governance (Governança <strong>de</strong> valor);


332. Portfolio Management (Gerenciamento do Portfolio);3. Investiment Management (Gerenciamento do Investimento).7.2. eSCM-SPO “The eSourcing Capability Mo<strong>de</strong>l for Service Provi<strong>de</strong>rs”, mais conhecido comoeSCM-SP é um mo<strong>de</strong>lo criado pelo Information Technology Services Qualification Center(ITsqc), da universida<strong>de</strong> Carnegie Mellon, <strong>de</strong> Pittisburgh, Estados Unidos. Orientado <strong>para</strong>provedores <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> outsourcing (serviços realizados por mão-<strong>de</strong>-obra terceirizada),este mo<strong>de</strong>lo foi concebido com o objetivo <strong>de</strong> fornecer meios <strong>para</strong> que fornecedores <strong>de</strong>serviço possam melhorar sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrega <strong>de</strong> serviço, garantir que clientes possamavaliar estas capacida<strong>de</strong>s e criar um padrão, sendo um diferencial competitivo <strong>de</strong> mercado.Este mo<strong>de</strong>lo possui 84 práticas divididas em quatro fases, sendo estas:- Ongoing: Gerenciar pessoas envolvidas na entrega do serviço, melhorar orelacionamento com clientes através da medição e revisão dos serviços prestados, reduzindoo risco da queda <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e insatisfação da organização;- Iniciação: Negociação dos critérios <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviço, como recursoshumanos, tecnológicos e valores <strong>de</strong> investimento necessários. Avaliando a necessida<strong>de</strong> docliente e criando um acordo formal <strong>para</strong> iniciar a execução, criar mecanismos <strong>de</strong> garantia daentrega dos serviços conforme contrato.- Entrega: Planejar e controlar a entrega dos serviços, executando treinamentos <strong>para</strong>que os usuários finais possam aproveitar toda a capacida<strong>de</strong> dos serviços prestados. Seránecessário também, nesta fase, avaliar os aspectos financeiros e i<strong>de</strong>ntificar possíveismudanças no serviço executado; avaliar problemas que possam afetar a satisfação do clientee tomar ações corretivas e preventivas.- Encerramento: Gerenciar a transferência <strong>para</strong> outro fornecedor <strong>de</strong> serviços,garantindo a continuida<strong>de</strong> e transferindo o capital intelectual necessário <strong>para</strong> execução dasativida<strong>de</strong>s.7.3. PMBOKCriado pelo Project Management Institute (PMI) o PMBOK é um guia <strong>de</strong> quei<strong>de</strong>ntifica um subconjunto do conjunto <strong>de</strong> conhecimentos <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> projetosreconhecidos mundialmente como melhores práticas. A primeira versão foi criada em 1996,atualizada em 2000 e revista em 2004, sendo esta versão utilizada atualmente no mundointeiro.O PMBOK é estruturado em nove área do conhecimento <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong>projetos, sendo estas:1. Gerenciamento <strong>de</strong> Integração do Projeto;


342. Gerenciamento dos Custos do Projeto;3. Gerenciamento das Comunicações do Projeto;4. Gerenciamento do Escopo do Projeto;5. Gerenciamento da Qualida<strong>de</strong> do Projeto;6. Gerenciamento dos Riscos do Projeto;7. Gerenciamento do Tempo do Projeto;8. Gerenciamento dos Recursos Humanos do Projeto;9. Gerenciamento <strong>de</strong> Aquisições do Projeto.Estas nove áreas são relacionadas através dos processos <strong>de</strong> execução do projeto.Estes processos são organizados em cinco gran<strong>de</strong>s grupos, sendo eles:- Grupo <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> iniciação: Processos necessários <strong>para</strong> <strong>de</strong>finir ou autorizar oinício <strong>de</strong> um projeto ou uma nova fase;- Grupo <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> planejamento: Processos que <strong>de</strong>finem os objetivos e guiamo planejamento das ações necessárias <strong>para</strong> alcançar os objetivos e o escopo do projetoinicialmente i<strong>de</strong>alizado;- Grupo <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> execução: processos responsáveis por integrar os recursosnecessários <strong>para</strong> viabilizar a execução do projeto previamente i<strong>de</strong>alizado e planejado;- Grupo <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> monitoramento e controle: Processos que me<strong>de</strong>m emonitoram o andamento do projeto, i<strong>de</strong>ntificando variações no planejamento realizado eviabilizam a tomada <strong>de</strong> ações corretivas;- Grupo <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> encerramento: Processos que formalizam a entrega ouaceitação do produto, serviço ou resultado final.7.4. BSCO Balanced ScoreCard foi criado em 1990 pelo Nolan Norton Institute quando eraparte da Prestadora <strong>de</strong> Serviços KPMG. Este mo<strong>de</strong>lo foi concebido <strong>de</strong>vido a crença <strong>de</strong> que amedição <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho consi<strong>de</strong>rando unicamente o fator financeiro estava obsoleta: <strong>para</strong>que as organizações pu<strong>de</strong>ssem criar valores econômicos futuros, a análise exclusivamentefinanceira <strong>de</strong>veria ser revisada e agregar novas variáveis.O estudo realizado <strong>para</strong> <strong>de</strong>finir estas variáveis reuniu representantes <strong>de</strong> diversasempresas, como Apple Computer, HP, General Eletric e Shell Canadá. Como resultado, foramreunidos indicadores que não se restringem unicamente a perspectiva econômica, mastambém da perspectiva do cliente, <strong>de</strong> processos internos e <strong>de</strong> aprendizado e crescimento.O Nome Balanced Scorecard (que, por uma tradução livre, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar“pontuação balanceada”), foi escolhido por refletir o balanço entre objetivos <strong>de</strong> curto e


35longo prazo, medidas financeiras e não financeiras, indicadores <strong>de</strong> resultados e <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho e, por fim, perspectivas internas e externas.O objetivo do mo<strong>de</strong>lo é criar um ambiente <strong>de</strong> gestão estratégica on<strong>de</strong> se possatraduzir a estratégia da empresa em termos operacionais; manter o foco direcionado aestratégia da organização; permitir que todos os envolvidos estejam alinhados com aestratégia escolhida; tornar este alinhamento um mo<strong>de</strong>lo cultural, ou seja, torná-locontínuo.7.5. Seis SigmaFigura 7: Desenho do mo<strong>de</strong>lo Balanced ScorecardO Seis sigma é uma metodologia que visa garantir a qualida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> um produtoou serviço. O conceito, apesar <strong>de</strong> muito mo<strong>de</strong>rno, foi criado na década <strong>de</strong> 30 com WalterShewhart. Naquela época, ele <strong>de</strong>monstrou que a partir <strong>de</strong> três <strong>de</strong>svios padrões (ou trêssigmas) da média, o processo necessita <strong>de</strong> correção. Este trabalho foi o precursor domovimento da qualida<strong>de</strong> total, li<strong>de</strong>rado posteriormente por Edward Deming.Em 1986, o então engenheiro da Motorola Inc. Bill Smith, criou o nome Seis Sigma(ou, em inglês “six sigma”), elaborado <strong>de</strong>vido a gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reclamações <strong>de</strong> uso dagarantia. Com isso, o então CEO da Motorola Inc. Bob Galvin lançou o programa seis sigma,em que visava reduzir os equipamentos com <strong>de</strong>feitos <strong>para</strong> 3,4 por milhão, tendo como metaatingir este resultado em 1991 (cinco anos) e utilizando <strong>de</strong> base a metodologia Seis Sigma.Como resultado, a Motorola obteve estrondoso sucesso chegando até a receber, em1988, um prêmio pela qualida<strong>de</strong> dos produtos fabricados. Devido a isso, em 1992 inúmerasempresas <strong>de</strong> diversos segmentos, como financeiro e saú<strong>de</strong>, a<strong>de</strong>riam a metodologia. Em 1999a Motorola University iniciou cursos <strong>para</strong> outras organizações na sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor, como


37lançamento. Se observarmos o final da década <strong>de</strong> 90, estes produtos permaneciam emevidência por um tempo muito maior. Além da excelência em qualida<strong>de</strong> dos produtos,também po<strong>de</strong>mos verificar a excelência na concepção <strong>de</strong> novos equipamentos: clientesfazem filas nas portas das lojas <strong>para</strong> obterem os primeiros celulares disponibilizados, pois jápossuem alto grau <strong>de</strong> confiança nos produtos <strong>de</strong>sses fornecedores.A tabela abaixo apresenta os objetivos a serem alcançados através <strong>de</strong> cada sigma:Sigma Qualida<strong>de</strong> Defeitos por milhão6 99,9997% 3,45 99,9767% 2334 99,379% 62103 93,32% 668072 69,1% 3085371 31% 690000Tabela 1: Níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> Seis Sigma


Parte 2: Gerenciando Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>38


398. Estratégia <strong>de</strong> ServiçosEstratégia <strong>de</strong> Serviços é uma fase do gerenciamento <strong>de</strong> serviços que objetiva<strong>de</strong>senhar, <strong>de</strong>senvolver e implementar os serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> como um ativo estratégico, ou seja,torná-lo valioso <strong>para</strong> a organização. Em muitos casos, serviços equivocadamente<strong>de</strong>senvolvidos e implementados são <strong>de</strong>scartados pelos usuários finais por diversos motivos,como dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> operação e falta <strong>de</strong> treinamento a<strong>de</strong>quado. Estes serviços consomemrecursos, como pessoas e equipamentos, e mal empregados criam um valor negativoperante o cliente ou usuário final.Um exemplo que ilustra claramente esta situação são os controles remotos atuais.Em muitos casos, percebemos que há um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> conhecimento e tecnologia,pois raramente são utilizados todos os botões. Em geral, temos controles remotos <strong>para</strong> oTelevisor, o receptor <strong>de</strong> TV a Cabo, aparelhos <strong>de</strong> DVD, MicroSystem e outros equipamentos,entretanto são utilizados os botões convencionais, como controle <strong>de</strong> volume e <strong>de</strong> canais,enquanto os <strong>de</strong>mais são inutilizados. Observamos que estes controles utilizam tecnologias erecursos (como plásticos e circuitos eletrônicos) <strong>de</strong>scartados pelos seus usuários: estesrecursos não geraram valor ao cliente final.8.1. Valor <strong>de</strong> serviçosAtualmente existe uma gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>para</strong> provedores <strong>de</strong> serviços: entregar osserviços conforme estes foram negociados. Para que essa situação seja minimizada, algunspontos no momento da negociação <strong>de</strong>vem ser levantados:Evitar com<strong>para</strong>ções com serviços prestados que não tem relação com oserviço em negociação;Comunicar claramente com o cliente sobre as expectativas <strong>de</strong> entrega dosserviços;Estas ações permitirão que o provedor <strong>de</strong> serviço possa distinguir suascapacida<strong>de</strong>s e diferenças dos <strong>de</strong>mais concorrentes.Uma das principais dificulda<strong>de</strong>s é realizar a “tradução” da linguagem técnica <strong>para</strong> avisão do cliente, ou seja, a comunicação com o futuro usuário do serviço não ocorre <strong>de</strong>forma clara e precisa, criando um “vazio” entre a oferta e expectativa. Algumas questõespo<strong>de</strong>m ser respondidas <strong>para</strong> que essa situação seja amenizada:1. Utilida<strong>de</strong>:a. A performance oferecida aten<strong>de</strong> a necessida<strong>de</strong> do cliente?b. Situações que possam causar constrangimento ao cliente forammapeadas?c. O Serviço a ser prestado aten<strong>de</strong> completamente a necessida<strong>de</strong> do cliente?2. Garantia:a. A disponibilida<strong>de</strong> do serviço é suficiente?


40b. Os recursos humanos e tecnológicos são <strong>de</strong>vidamente capacitados?c. Há continuida<strong>de</strong> do serviço?d. É seguro?Neste mo<strong>de</strong>lo, po<strong>de</strong>mos concluir que A garantia do serviço somada a sua utilida<strong>de</strong>resultarão no valor do serviço.8.2. Pacotes <strong>de</strong> Serviço e Pacotes <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> serviçoO pacote <strong>de</strong> serviços é um grupo <strong>de</strong> serviços oferecidos em conjunto, que aten<strong>de</strong>m anecessida<strong>de</strong> do cliente conforme sua necessida<strong>de</strong> ou sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aquisição. Ospacotes são oferecidos através <strong>de</strong> três subgrupos <strong>de</strong> serviços: Pacote <strong>de</strong> serviços básicos(Core Services Package), Pacote <strong>de</strong> serviços auxiliares (Supporting Services Package) ePacotes <strong>de</strong> Níveis <strong>de</strong> Serviço (Service Level Package).O mercado <strong>de</strong> Cloud Computing ou Computação em vem, que atua na hospedagem<strong>de</strong> servidores e disponibilização <strong>de</strong> Links <strong>de</strong> comunicação, é um exemplo muito claro daoferta <strong>de</strong> pacotes <strong>de</strong> serviços. Existem vários pacotes oferecidos, entretanto todos seguem amesma estruturação: Serviços básicos, como Transferência <strong>de</strong> dados, espaço em disco e<strong>Sistema</strong> Operacional são comuns a todos; Os serviços auxiliares, como velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>processamento, memória Ram e velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conexão são maiores a medida que o pacotemuda <strong>de</strong> categoria.Figura 9: Pacotes <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Cloud Computing disponibilizados por um dos maiores fornecedores brasileiros8.3. Gerenciamento do Portfólio <strong>de</strong> ServiçosO Objetivo principal do gerenciamento <strong>de</strong> portfólio <strong>de</strong> serviços é prover umdirecionamento estratégico e gerenciamento dos investimentos <strong>para</strong> Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> quegarantam um excelente portfólio <strong>de</strong> serviços que seja continuamente mantido.


41Para que um serviço possa ser incluído no portfólio, é necessário que algumasperguntas sejam satisfatoriamente respondidas:Por qual razão o cliente <strong>de</strong>veria comprar este serviço?Por qual razão ele irá comprar este serviço <strong>de</strong> nós e não <strong>de</strong> outro fornecedor?Qual é o preço e o retorno <strong>para</strong> o cliente?Quais são seus pontos fortes e fracos, priorida<strong>de</strong>s e riscos?Como os recursos serão alocados?Os serviços são administrados no portfólio através <strong>de</strong> três situações: Canalização <strong>de</strong> serviços(Service Pipeline), Catálogo <strong>de</strong> Serviços (Service Catalogue) e Serviços Removidos (RetiredServices).Os métodos <strong>de</strong>finidos nas melhores práticas <strong>de</strong> mercado <strong>para</strong> o gerenciamento do portfólio<strong>de</strong> serviços são:1. Definição: Usado <strong>para</strong> <strong>de</strong>finir os dados do portfólio. Trata-se <strong>de</strong> uma avaliação dosinvestimentos em termos <strong>de</strong> benefícios potenciais e recursos humanos, tecnológicose financeiros necessários <strong>para</strong> provisão e manutenção dos serviços.2. Análise: Maximização do portfólio. Esta fase envolve a estratégia global daorganização, em que <strong>de</strong>vem ser feitas as perguntas:a. Quais são os objetivos <strong>de</strong> longo prazo da organização?b. Quais serviços são necessários <strong>para</strong> atingir estes objetivos?c. Quais capacitações e recursos são necessários <strong>para</strong> entregar e suportar estesserviços?d. Qual o meio <strong>de</strong> atingir este cenário?3. Aprovação: Finalização do portfólio e autorização dos recursos <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r as<strong>de</strong>mandas dos serviços.4. Acompanhamento: Planeja e acompanha o progresso dos investimentos em serviçosatravés do portfólio <strong>de</strong> serviços e alocação dos recursos necessários. Usado <strong>para</strong>gerenciar o Desenho, Transição, Mudança e remoção <strong>de</strong> serviços.Os investimentos em serviços são dividos também em três categorias, sendo estas:Serviços que transformam o negócio: investimentos focados em iniciativas quebuscam atingir novos mercados com novas capacitações sendo <strong>de</strong>senvolvidas.Investimentos <strong>de</strong> risco;Serviços que apoiam o crescimento do negócio: Investimentos em serviços queobjetivam auxiliar no crescimento e aumento dos negócios.Serviços que sustentam os negócios: Investimentos em serviços que são necessário<strong>para</strong> que o negócio permaneça em funcionamento.


428.4. Gerenciamento FinanceiroO Objetivo do Gerenciamento Financeiro é administrar <strong>de</strong> forma eficiente os custosrelacionados aos ativos <strong>de</strong> <strong>TI</strong> e os recursos financeiros usados <strong>para</strong> prover serviços. Alémdisso, tem também por objetivo garantir tanto ao negócio quanto a <strong>TI</strong> um discernimentoefetivo sobre o valor dos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, seus custos operacionais, <strong>de</strong> ativos e o suporte. Umgerenciamento financeiro efetivo permite visualizar as perspectivas entre a necessida<strong>de</strong> donegócio e a capacida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, ou seja, garante que o negócio seja maisconsciente dos recursos <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, que são finitos e precisam ser gerenciados, bem como <strong>TI</strong> sejaalinhada ao negócio.O gerenciamento financeiro tem crescido <strong>de</strong> forma acentuada nos últimos anos,auxiliando organizações e criando uma série <strong>de</strong> benefícios, entre eles:Suporte a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;Gerenciamento <strong>de</strong> portfólio efetivo;Controle sobre investimentos e custos;Menor propensão a risco <strong>de</strong> frau<strong>de</strong>s;Demonstração real dos valores dos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>.Três ativida<strong>de</strong>s fundamentais <strong>para</strong> o gerenciamento financeiro são:1. Financiamento (Funding): Previsão <strong>de</strong> futuros requerimentos <strong>de</strong> investimentos <strong>para</strong>entrega <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>vido ao crescimento natural da <strong>de</strong>manda ou crescimento donegócio. Garante que os investimentos <strong>para</strong> financiar a área <strong>de</strong> <strong>TI</strong> estão disponíveis e sãodirecionados <strong>para</strong> os projetos <strong>de</strong> <strong>TI</strong> e novas iniciativas.2. Contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>TI</strong> (IT Accounting): Permite que organização tenha visibilida<strong>de</strong> clara <strong>de</strong>como os recursos financeiros <strong>de</strong>stinados a <strong>TI</strong> são utilizados. Os Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Custospo<strong>de</strong>m ser usados <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar custos por clientes, por serviço, por ativida<strong>de</strong> ououtros grupos. Esta ativida<strong>de</strong> garante que os recursos financeiros são empregadoscorretamente, e o método <strong>de</strong> cobrança e pagamento é simples, justo e realista.3. Retorno Financeiro (ChargeBack): Esta ativida<strong>de</strong> é opcional e, em geral, organizações quenão atuam com terceirização raramente a utilizam. O Objetivo é cobrar os clientes e/ou<strong>de</strong>partamentos sobre a utilização dos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Há muitas formas <strong>de</strong> implementar acobrança dos serviços, porém o objetivo final normalmente é forçar com que os usuáriosfaçam uso dos serviços <strong>de</strong> Ti <strong>de</strong> forma eficiente. A cobrança notificatória é uma opção <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>lo em que os clientes são notificados dos serviços e seus valores, porém não hápagamento efetivo.8.5. Gerenciamento <strong>de</strong> DemandaO objetivo do Gerencimento <strong>de</strong> Demanda é auxiliar o provedor <strong>de</strong> serviços ementen<strong>de</strong>r e negociar com o cliente as <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> serviços e provisão <strong>de</strong> recursos <strong>para</strong> elas.A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Padrões <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Negócio (Pattern Business Activity – PBA), análise


43<strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> usuários que criam novas <strong>de</strong>mandas e a negociação <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas que possamextrapolar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução são algumas das ativida<strong>de</strong>s da área <strong>de</strong> Gerenciamento<strong>de</strong> Demandas.Uma particularida<strong>de</strong> do Gerenciamento <strong>de</strong> Demandas é que ele <strong>de</strong>ve ser direcionado<strong>para</strong> a área <strong>de</strong> negócio em que atua. Por exemplo, as <strong>de</strong>mandas geradas por umaorganização financeira, como um banco, são, na maioria das vezes, <strong>para</strong> sustentar o negócioe expandi-lo. Já <strong>para</strong> uma empresa <strong>de</strong> varejo, apesar <strong>de</strong> existirem muitas <strong>de</strong>mandas geradas<strong>para</strong> garantir a sustentação do negócio, a maioria possui enfoque <strong>de</strong> marketing ou da área<strong>de</strong> vendas. O gerenciamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas normalmente é executado por analistas <strong>de</strong>negócio, já que as ativida<strong>de</strong>s envolvem relacionamento com os clientes ou áreas <strong>de</strong> negócio.O gerenciamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas trabalha em conjunto com uma série <strong>de</strong> áreas dociclo <strong>de</strong> vida do serviço, pois <strong>de</strong>ve garantir que a necessida<strong>de</strong> do cliente seja atendida e oalinhamento com o negócio esteja sempre em conformida<strong>de</strong>. Alguns dos relacionamentosmais comuns são:Desenho <strong>de</strong> Serviços: Gerenciamento da Capacida<strong>de</strong> e Disponibilida<strong>de</strong>, auxiliando aotimizar o <strong>de</strong>senho dos serviços e a<strong>de</strong>quar-se aos padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda.Melhoria Contínua: I<strong>de</strong>ntifica possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consolidar a <strong>de</strong>manda por novosserviços.


449. Desenho <strong>de</strong> ServiçosA fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> Serviços concentra uma série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que sustentam amovimentação do negócio, ou seja, garante que o portfólio <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> acompanhem anecessida<strong>de</strong> do negócio, seja através da criação das novas <strong>de</strong>mandas ou modificação dosserviços já existentes.Os principais objetivos da fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> serviços, observando <strong>de</strong> maneiragenérica, são:1. Converter os objetivos estratégicos <strong>de</strong>finidos durante a Estratégia <strong>de</strong> Serviços emServiços ou portfólio <strong>de</strong> serviços;2. Utilizar uma visão holística <strong>para</strong> <strong>de</strong>senhar serviços integrados com o negócio,agregando valor e maximizando os aspectos qualitativos e funcionais;3. Garantir que todos os serviços <strong>de</strong>senhados, sejam estes criados ou modificados,atendam um padrão único e consistente.No momento <strong>de</strong> efetivamente realizar o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> um serviço é necessário,sempre, consi<strong>de</strong>rar cinco aspectos indispensáveis:Portfólio <strong>de</strong> Serviços: O portfólio <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>ve ser adminsitrado e mantidoatravés <strong>de</strong> um sistema ou ferramenta <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços. A atualização <strong>de</strong>um serviço implica em atualizar o mapeamento existente e documentar todas asações necessárias <strong>para</strong> a disponibilização do serviço.Soluções do Serviço: Deve ser mantido um controle sobre todos os requerimentosfuncionais, recursos humanos e tecnológicos necessários <strong>para</strong> disponibilização doserviço.Arquitetura tecnológica: Toda estrutura tecnológica, como software e hardwarenecessário <strong>para</strong> prover o serviço.Processo: Definição do processo necessário <strong>para</strong> <strong>de</strong>senhar, realizar a transição <strong>para</strong>ambiente produtivo, operar e melhorar o serviço.<strong>Sistema</strong>s <strong>de</strong> medição: Gerenciar mecanismos necessários <strong>para</strong> mensurar e criarmétricas sobre a utilização da arquitetura e os componentes que a constituem.Os processos relacionados a fase <strong>de</strong> Desenho <strong>de</strong> Serviços são:Gerenciamento <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Serviço;Gerenciamento do Catálogo <strong>de</strong> Serviços;Gerenciamento da Capacida<strong>de</strong>;Gerenciamento da Disponibilida<strong>de</strong>;Gerenciamento da Segurança da Informação.


459.1. Gerenciamento <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> ServiçoA função básica do gerenciamento <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Serviço é garantir que todos osacordos <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> serviço (ANS; do inglês Service Level Agreements – SLA) po<strong>de</strong>rão sercumpridos pelos fornecedores <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, bem como novos serviços que <strong>de</strong>verãopossuir acordos <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> serviços factíveis, ou seja, acordos que po<strong>de</strong>m ser atendidospelos fornecedores <strong>de</strong> <strong>TI</strong> e que garantam o melhor apoio possível ao negócio.Dessa forma, o Gerenciamento <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong>ve agir como uma ponte entre anecessida<strong>de</strong> do negócio e os serviços prestados pela área <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Por exemplo, muitosserviços bancários <strong>de</strong>vem estar disponíveis <strong>para</strong> todos os clientes a qualquer hora do dia,como operações <strong>de</strong> Tranferência Eletrônica Financeira (TEF), conhecimento vulgarmentecomo sistema <strong>de</strong> crédito/débito. No entanto, alguns serviços não precisam,necessariamente, estarem disponíveis a qualquer momento, como sistemas <strong>de</strong>investimentos: Em termos gerais, estes sistemas <strong>de</strong>vem ficar disponíveis somente no horáriocomercial. Consi<strong>de</strong>remos então que, hipoteticamente, uma instituição bancária faça umacordo <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> serviço com um fornecedor <strong>de</strong> <strong>TI</strong>: Todos os inci<strong>de</strong>ntes que causemindisponibilida<strong>de</strong> nos sistemas da instituição <strong>de</strong>vem ser solucionados num prazo máximo <strong>de</strong>15 minutos. Po<strong>de</strong>mos observar que este acordo po<strong>de</strong> ser viável sob a perspectiva do sistema<strong>de</strong> Transferência Eletrônica Financeira, entretanto, inviável <strong>para</strong> os sistemas <strong>de</strong>investimentos, pelos seguintes motivos:Os sistemas <strong>de</strong> investimentos <strong>de</strong>vem operar diariamente, das 09:00h ás 18:00h;Caso um inci<strong>de</strong>nte indisponibilize um <strong>de</strong>stes sistemas, será necessário alocar umespecialista <strong>para</strong> tratá-lo;O fornecedor <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong>verá manter o mesmo número <strong>de</strong> recursos humanosdisponíveis fora do horário comercial, que <strong>de</strong>verá tornar o serviço <strong>de</strong> suportemais caro;O atendimento <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>nte fora do horário comercial <strong>para</strong> sistemas <strong>de</strong>investimentos não gerará impacto financeiro, visto que os usuários não po<strong>de</strong>rãoutilizá-lo, entretanto, o custo do atendimento será maximizado, <strong>de</strong>vido ao prazoagressivo <strong>de</strong> solução;Caso dois inci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> indisponibilida<strong>de</strong> ocorram ao mesmo tempo, sendo umrelacionado a um sistema crítico e o outro a um sistema não crítico, o fornecedor<strong>de</strong>verá dividir sua força <strong>de</strong> trabalho <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r ambos os casos.Durante o ciclo <strong>de</strong> vida do Desenho <strong>de</strong> Serviços, o Gerenciamento <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Serviço<strong>de</strong>verá:1. Desenhar e planejar o processo <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Serviço e seus respectivos acordos;2. Determinar os Requerimentos <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Serviço (Service Level Requeriments –SLR);


463. Negociar com o a área usuário os prazos que viabilizem os objetivos <strong>de</strong> negócio<strong>para</strong> produzir os ANS;4. Negociar com fornecedores <strong>de</strong> serviços os Acordos <strong>de</strong> Nível Operacional (ANO; doinglês Operational Level Agreements - OLA) e contratos subjacentes.Os ANSs po<strong>de</strong>m ser criados a partir <strong>de</strong> três perspectivas: Baseado no Serviço,baseado no Cliente ou Multi-Nível:Figura 10: ANS baseado no cliente (linha pontilhada) e no serviço (linha contínua).Figura 11: ANS baseado em níveis <strong>de</strong> hierarquia.


479.2. Gerenciamento do Catálogo <strong>de</strong> ServiçosO catálogo <strong>de</strong> serviços é uma relação <strong>de</strong> todos as ofertas <strong>de</strong> serviços relacionados aousuário final que po<strong>de</strong>m ser solicitados e executados conforme os acordos firmados com osfornecedores <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Analogamente, seu funcionamento é como um cardápio <strong>de</strong> umrestaurante: nele constam todas as ofertas relacionadas ao serviço <strong>de</strong> alimentação. O clientepo<strong>de</strong>rá solicitar qualquer uma das opções, conforme os termos pré-estabelecidos, comoprazo <strong>de</strong> preparo, valor e quantida<strong>de</strong>. Caso este cardápio não existisse, o cliente não teriauma visão clara <strong>de</strong> todas as ofertas existentes e tornaria a tarefa <strong>de</strong> escolha do prato muitomais complexa.No universo <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, existe uma série <strong>de</strong> ofertas que po<strong>de</strong>m ser realizadas <strong>para</strong> ousuário final. Essas ofertas <strong>de</strong>vem ser gerenciadas na fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho dos serviços, ou seja,<strong>de</strong>verá ser avaliadas todas as opções que os usuários finais po<strong>de</strong>rão solicitar relativas aonovo serviço que está sendo <strong>de</strong>senhado.O Serviço <strong>de</strong> Email, por exemplo, po<strong>de</strong> conter ofertas como criação <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço <strong>de</strong>email, aumento <strong>de</strong> espaço da caixa postal, criação <strong>de</strong> grupo, alteração <strong>de</strong> responsável porgrupo, remoção <strong>de</strong> grupo, inativação <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reço, entre outros.O gerenciamento do Catálogo <strong>de</strong> Serviços tem como objetivo primário garantir queas ofertas estejam alinhadas com os serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> e respeitem os prazos e preços conforme<strong>de</strong>finido no gerenciamento <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> serviço. Deve garantir também que o acesso asofertas ocorra somente pelas pessoas autorizadas, ou seja, ofertas que, por exemplo, sejam<strong>de</strong>stinadas a gerentes não fiquem disponíveis aos funcionários e coor<strong>de</strong>nadores.O Catálogo <strong>de</strong> serviços po<strong>de</strong> ser divido em duas partes, sendo elas:Catálogo <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> negócio:Catálogo disponível ao usuário final que possui ofertas que são realizadas <strong>para</strong>aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> negócio; este <strong>de</strong>ve ser amigável ao usuário, isto é, evitar linguagemtécnica ou <strong>de</strong> difícil entendimento <strong>para</strong> o cliente.Catálogo <strong>de</strong> Serviços Técnico:Contém ofertas <strong>de</strong> serviços que atendam indiretamente o usuário final, porémcontém linguagem técnica e normalmente fica indisponível ao cliente; são as solicitaçõesque partem, em geral, da área <strong>de</strong> <strong>TI</strong> <strong>para</strong> a própria área <strong>de</strong> <strong>TI</strong> com o objetivo <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r uma<strong>de</strong>manda do usuário final. Por exemplo, quando um usuário solicita <strong>para</strong> o administrador <strong>de</strong>sistema a disponibilização <strong>de</strong> um novo relatório: em alguns casos, será necessário solicitar aequipe <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> dados uma criação <strong>de</strong> view <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r anecessida<strong>de</strong> do cliente.


48Esta estrutura geralmente não é visível, sendo criada <strong>de</strong> forma homogênea e asrestrições <strong>de</strong> acesso <strong>de</strong>limitam o que trata especificamente do Catálogo Técnico e doCatálogo <strong>de</strong> Negócio. Apesar disso, organizações com nível <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciamento<strong>de</strong> serviços mais baixo costumam utilizar dois catálogos segregados.Em termos gerais, o Gerenciamento do Catálogo <strong>de</strong> Serviços possui as seguintestarefas:Definição das ofertas <strong>de</strong> serviços a serem disponibilizadas;Produção e manutenção das informações do catálogo;Manutenção das <strong>de</strong>pendências entre o Catálogo <strong>de</strong> Serviços e o Portfólio <strong>de</strong>Serviços;Definição das relações <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência entre o Catálogo <strong>de</strong> Serviços e ogerenciamento da configuração.9.3. Gerenciamento da Capacida<strong>de</strong>Área responsável por garantir que a capacida<strong>de</strong> atual e futura dos recursostecnológicos <strong>de</strong>mandados pelas áreas <strong>de</strong> negócios são entregues <strong>de</strong> maneira efetiva e com omenor custo possível. O Comportamento reativo <strong>de</strong> gerenciamento da capacida<strong>de</strong> faz comque os recursos tecnológicos sejam atualizados somente quando estes se tornarem umgargalo <strong>para</strong> a operação do negócio.O Gerenciamento da Capacida<strong>de</strong> possui três sub processos:Gerenciamento da Capacida<strong>de</strong> do Negócio: Gerencia a capacida<strong>de</strong> <strong>para</strong>garantir que o crescimento do negócio não seja impacto pelos recursostecnológicos; I<strong>de</strong>ntifica mudanças que ocorrem no negócio e avalia qual oimpacto na performance dos serviçcos <strong>de</strong> <strong>TI</strong>; Planeja e implementa alteraçõesna capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um prazo aceitável <strong>para</strong> o negócio.Gerenciamento da Capacida<strong>de</strong> do Serviço: Possui foco em gerenciar aperformance dos serviços, <strong>de</strong> acordo com os Acordos <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Serviço;Estabelece linha <strong>de</strong> base e perfis <strong>de</strong> uso dos serviços, incluindo componentesque possam afetar a experiência do usuário. Gerenciamento da Capacida<strong>de</strong> do Componente: Gerencia todos oscomponentes <strong>de</strong> <strong>TI</strong> individualmente, como utilização <strong>de</strong> CPU, Disco, Re<strong>de</strong> ecarga dos servidores; Avalia novas tecnologias e como estas po<strong>de</strong>m serimplementadas; Realiza o balanceamento da carga entre recursostecnológicos <strong>para</strong> garantir a melhor performance possível.As principais ativida<strong>de</strong>s do gerenciamento da Capacida<strong>de</strong> são:


491. Monitoração e Performance: monitorar e avaliar a performance doscomponentes <strong>de</strong> <strong>TI</strong>;2. Gerenciamento da Demanda: Implementações reativas, <strong>de</strong> curto-prazo, <strong>para</strong>aten<strong>de</strong>r a solicitação estratégica;3. Dimensionamento <strong>de</strong> Aplicações: Determina a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hardware ecomponentes <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>para</strong> suportar novas aplicações ou alterações nasaplicações existentes;4. Mo<strong>de</strong>lagem: Avalia condições da infraestrutura <strong>de</strong> <strong>TI</strong> sob aspectos específicos,como aumento <strong>de</strong> usuários ou queda <strong>de</strong> link <strong>de</strong> re<strong>de</strong>;5. “Tuning”: Realiza modificações na infraestrutura <strong>para</strong> melhorar a utilização;6. Planejamento da Capacida<strong>de</strong>: Realiza estudos sobre a melhor forma <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>ras <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> negócio utilizando o menor custo possível;7. Relatórios: Gerencia relatórios e notifica o corpo executivo sobre a situação dainfraestrutura da organização.9.4. Gerenciamento da Disponibilida<strong>de</strong>O Objetivo principal do gerenciamento da Disponibilida<strong>de</strong> é garantir que o nível <strong>de</strong>serviço <strong>de</strong> todos os serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> está sendo cumprido ou sendo excedido e qual po<strong>de</strong> ser oimpacto financeiro <strong>para</strong> o negócio. Deve atuar na redução <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes que possamimpactar a disponibilida<strong>de</strong> dos serviços e manter um plano <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> dos serviçosque são indispensáveis pela organização.A disponibilida<strong>de</strong> dos serviços está diretamente relacionada com a satisfação dousuário. <strong>Sistema</strong>s fora do ar geram situações <strong>de</strong> stress tanto <strong>para</strong> aqueles que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m dofuncionamento do sistema como os que precisam restaurar sua operação no menor tempopossível. Um gerenciamento efetivo da Disponibilida<strong>de</strong> garante que problemas <strong>de</strong>indisponibilida<strong>de</strong> sejam reduzidos e tendam a zero.Figura 12: Gerenciamento da Disponibilida<strong>de</strong>: reduzir interrupções no serviço.


50são:As principais métricas utilizadas <strong>para</strong> realizar os levantamentos <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>Tempo Médio entre Falhas (Mean time between failures – MTBF):Tempo médio entre a restauração <strong>de</strong> um serviço indisponibilizado por um inci<strong>de</strong>nte ea ocorrência <strong>de</strong> um novo inci<strong>de</strong>nte.Tempo Médio <strong>para</strong> Restauração <strong>de</strong> um Serviço (Mean time to RestoreService – MTRS)Tempo médio <strong>para</strong> recuperar um serviço que tenha ficado indisponível. Tempo Médio entre Inci<strong>de</strong>ntes (Mean Time between System Inci<strong>de</strong>nts –MTBSI)Tempo entre dois inci<strong>de</strong>ntes. Calculado através da soma do MTBF e MTRS. Relação entre estes termos:• Valor alto <strong>para</strong> MTBF/MTBSI indica que há pequenas quedas com gran<strong>de</strong>recorrência;• Valor baixo <strong>para</strong> MTBF/MTBSI indica que há quedas significativas com poucarecorrência.Outros elementos relacionados ao gerenciamento <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> são: Tempo <strong>de</strong>Detecção, Tempo <strong>de</strong> diagnóstico, Tempo <strong>de</strong> Reparo e Ponto <strong>de</strong> Restauração.9.5. Gerenciamento da Segurança da InformaçãoO Gerenciamento da Segurança da Informação garante que as diretivas <strong>de</strong> segurança<strong>de</strong> <strong>TI</strong> estão <strong>de</strong> acordo com as diretivas <strong>de</strong> segurança do Negócio, assim como permite que asinformações estejam disponíveis e sejam utilizadas quando necessárias, e os sistemas quefornecem este acesso possuem mecanismos contra ataques. Uma das principais atribuiçõesé garantir que a informação seja acessada unicamente pelo usuário que tem permissão <strong>de</strong>saber, e a informação é completa e protegida contra modificações não autorizadas.De forma geral, o Gerenciamento da Segurança da informação <strong>de</strong>ve garantir que aconfi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong>, integrida<strong>de</strong> e disponibilida<strong>de</strong> das informações dos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> estejam<strong>de</strong> acordo com as normas <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> intelectual da organização e não sejamcorrompidas ou utilizadas por pessoas não autorizadas.O gerenciamento efetivo da segurança da informação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> também damaturida<strong>de</strong> do gerenciamento <strong>de</strong> serviços da organização:


51Figura 13: Caminho da maturida<strong>de</strong> da Segurança da Informação‣ Segurança Reativa: Não existem métricas relativas a Segurança da Informaçãoe os investimentos são realizados com base em análises <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>s;‣ Políticas, Normas e Acordos: São estabelecidas documentações que permitem<strong>de</strong>finir diretivas <strong>de</strong> segurança e mudanças comportamentais nos funcionários:o enfoque torna-se muito mais administrativo do que essencialmentetecnológico.‣ Análise <strong>de</strong> Risco: Nesta fase a análise leva em consi<strong>de</strong>ração os ativos eprocessos <strong>de</strong> negócio, avaliando o possível impacto <strong>para</strong> a organização. Comisso, é possível priorizar investimentos conforme a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio.‣ Gestão <strong>de</strong> Risco: Permite avaliar com uma visão holística os riscos queexistem na organização, como proce<strong>de</strong>r <strong>para</strong> mitigá-los e, caso não sejapossível, permitir que o risco seja mapeado e mantido por um prazo, <strong>de</strong>finidoou não.‣ Gestão da Segurança da Informação: Nesta fase é possível realizar umgerenciamento efetivo da segurança da informação, analisando possíveisfalhas e realizando auditorias <strong>de</strong> segurança.


5210.Transição <strong>de</strong> ServiçosO objetivo da fase <strong>de</strong> Transição <strong>de</strong> Serviços é criar um relacionamento entre oDesenho <strong>de</strong> Serviços e a Operação <strong>de</strong> Serviços. A operacionalização do Serviço criado na fase<strong>de</strong> Desenho <strong>de</strong> Serviços po<strong>de</strong> conter erros que geram impacto direto ao negócio. A fase <strong>de</strong>Transição <strong>de</strong> Serviços busca garantir que nenhum problema <strong>de</strong>verá ocorrer quando o serviçoestiver disponibilizado e sendo entregue ao cliente.Dessa maneira, observamos que a transição <strong>de</strong> serviços é responsável por garantirque os novos serviços que <strong>de</strong>vem suportar o negócio serão efetivamente implantados, assimcomo os serviços já existentes e que necessitam <strong>de</strong> alteração sejam efetivamentemodificados.Para que a transição <strong>de</strong> serviços ocorra <strong>de</strong> forma efetiva e obtenha resultadospositivos, algumas ações são necessárias:1. Definir e Implementar uma política formal <strong>para</strong> Transição <strong>de</strong> Serviços;2. Implementar todas as mudanças nos serviços através da Transição <strong>de</strong> Serviços;3. Adotar um mo<strong>de</strong>lo padrão <strong>de</strong> Transição <strong>de</strong> Serviços <strong>para</strong> todos os envolvidos;4. Maximizar o reuso dos processos e sistemas já estabelecidos;5. Alinhar os planejamentos <strong>de</strong> Transição <strong>de</strong> Serviços com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio;6. Estabelecer e manter os relacionamentos com as partes interessadas;7. Estabelecer controles efetivos;8. Prover sistemas <strong>para</strong> transferência <strong>de</strong> Conhecimento e suporte a <strong>de</strong>cisão;9. Planejar a liberação e implantação por pacotes;10. Gerenciar correções do Desenho <strong>de</strong> Serviços <strong>para</strong> sua operacionalização;11. Gerenciar proativamente os recursos a serem alocados através da transição;12. Garantir, o mais cedo possível, o envolvimento da transição do serviço no ciclo <strong>de</strong>vida do serviço;13. Garantir a qualida<strong>de</strong> na criação ou alteração do serviço.14. Incrementar proativamente a qualida<strong>de</strong> da transição <strong>de</strong> serviço.Os processos que fazem parte da Transição do Serviço são:Gerenciamento <strong>de</strong> Conhecimento;Gerenciamento da Configuração;Gerenciamento <strong>de</strong> Mudanças;Gerenciamento <strong>de</strong> Liberação.


5310.1. Gerenciamento do ConhecimentoO gerenciamento do conhecimento garante que todas as tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãogerenciais que afetam o negócio sejam documentadas e armazenadas, permitindo que oconhecimento não seja individualizado e todo o processo <strong>de</strong> estudo e pesquisa não sejaperdido. O termo popularmente conhecido como “reinventar a roda” se aplicaperfeitamente nesta situação: Consi<strong>de</strong>remos, <strong>para</strong> ilustração, um problema <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhoque afeta o banco <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> diversas aplicações em uma organização. O administrador <strong>de</strong>banco <strong>de</strong> dados realizou um estudo e i<strong>de</strong>ntifica a causa raiz que originou este problema;<strong>de</strong>senvolveu uma solução e a aplicou, garantindo novamente que os serviços afetadosvoltassem a sua operação normal. No ano seguinte, uma nova aplicação foi adquirida pelaorganização <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r uma <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> negócio e após sua implantação forami<strong>de</strong>ntificados problemas similares aos que foram solucionados pelo administrador <strong>de</strong> banco<strong>de</strong> dados; entretanto, este administrador pediu <strong>de</strong>missão.Esta situação <strong>de</strong>monstra como o gerenciamento <strong>de</strong> conhecimento po<strong>de</strong> auxiliar namanutenção das informações <strong>para</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Caso a organização possua umregistro <strong>de</strong> todos os procedimentos adotados pelo administrador <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> dados, o novoproblema será resolvido num prazo curto e a operação da nova aplicação não seráimpactada. Por outro lado, caso não exista uma documentação <strong>para</strong> o problema ocorridoanteriormente, todo o trabalho <strong>de</strong> estudo e pesquisa <strong>para</strong> encontrar a solução do problema<strong>de</strong>verá ser novamente realizado. O profissional que po<strong>de</strong>ria estar trabalhando em outrasfrentes, <strong>de</strong>verá realizar o retrabalho <strong>de</strong> pesquisa e a organização <strong>de</strong>verá recriar uma novasolução <strong>para</strong> um problema já solucionado.Os gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios <strong>para</strong> criar um gerenciamento <strong>de</strong> conhecimento efetivo são:alocar recursos ou horas <strong>de</strong> trabalho <strong>para</strong> registrar o conhecimento; manter a base <strong>de</strong>conhecimento atualizada, isto é, remover os registros que já não são mais relevantes ou nãotraduzem a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>TI</strong>; Desenhar um sistema capaz <strong>de</strong> administrar todo conhecimentotendo em vista o crescimento da organização.A etapa inicial <strong>para</strong> gerenciar o conhecimento é reunir os dados: muitas organizaçõescapturam gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados todos os dias. Em seguida, é necessário transformarestes dados em informação: avaliar em qual contexto esses dados se encaixa <strong>para</strong> quepossam ser traduzidos em algo relevante. Em seguida, reunindo essas informações erelacionando-as, obtém-se o conhecimento, que é composto por experiências, idéias ejulgamentos individuais. O discernimento final do conhecimento, <strong>de</strong>finindo sua aplicação e osenso comum <strong>de</strong> seu contexto, cria então a sabedoria: seu uso permite que as organizaçõesdirecionem suas estratégias e cresça <strong>de</strong>ntro da competitivida<strong>de</strong> do mercado.


5410.2. Gerenciamento da ConfiguraçãoO gerenciamento da configuração <strong>de</strong>ve documentar e manter o controle <strong>de</strong> todos osItens <strong>de</strong> configuração que compõem o serviço durante seu ciclo <strong>de</strong> vida. Os itens <strong>de</strong>configuração po<strong>de</strong>m ser todos os equipamentos físicos e lógicos que são utilizados <strong>para</strong>efetivar a prestação <strong>de</strong> serviço, como servidores, links <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, estações <strong>de</strong> trabalho,impressoras, softwares aplicativos, softwares básicos, softwares utilitários, roteadores,instâncias <strong>de</strong> bancos <strong>de</strong> dados e switches.O gerenciamento da configuração utiliza um repositório <strong>de</strong> dados conhecido comoBanco <strong>de</strong> Dados do Gerenciamento da Configuração – BDGC (do inglês ConfigurationManagement DataBase – CMDB). Este repositório <strong>de</strong> dados é composto pelos itens <strong>de</strong>configuração que se relacionam por um mo<strong>de</strong>lo lógico, normalmente estruturado noformato <strong>de</strong> “árvore”, partindo inicialmente <strong>de</strong> um Serviço.Figura 14: Ferramenta <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> um BDGC.Os itens <strong>de</strong> configuração possuem atributos que o <strong>de</strong>finem, como banda <strong>de</strong> re<strong>de</strong>,espaço em disco, quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> memória RAM, versão do software, entre outros. Um dosatributos mais importantes é o status do item <strong>de</strong> configuração, responsável por <strong>de</strong>finir se eleestá em uso, se está suspenso, em estoque ou foi <strong>de</strong>scontinuado. Manter uma fotografiaataualizada dos itens <strong>de</strong> configuração po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>finir todos os equipamentos <strong>de</strong> <strong>TI</strong> utilizadospela organização.


55A linha <strong>de</strong> base (baseline) é uma fotografia específica do estado dos itens <strong>de</strong>configuração, utilizada <strong>para</strong> com<strong>para</strong>ção com situações posteriores e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong>referência.Dentre as ativida<strong>de</strong>s do gerenciamento <strong>de</strong> configuração, po<strong>de</strong>mos dividir em cincopartes:PlanejamentoDefinir a estratégia, política, escopo, objetivos, processos e procedimentos<strong>para</strong> ativos <strong>de</strong> Serviços e gerenciamento da configuração;Definição <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s dos envolvidos e equipe <strong>de</strong> gerenciamento;Definição dos locais <strong>de</strong> armazenamento dos equipamentos e bibliotecas <strong>de</strong>software e documentação;Desenho do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> BDGC;Convenções <strong>de</strong> nomes dos Itens <strong>de</strong> Configuração;Definição do processo <strong>de</strong> manutenção do BDGC, como arquivamento <strong>de</strong> itensantigos e controle <strong>de</strong> licenças <strong>de</strong> software.I<strong>de</strong>ntificaçãoDe Hardware e Software, como <strong>Sistema</strong> Operacional;<strong>Sistema</strong>s <strong>de</strong> Negócios padrões e customizados;Pacotes <strong>de</strong> softwares sendo utilizados;Bancos <strong>de</strong> dados;Configuração <strong>de</strong> relacionamento dos bancos <strong>de</strong> dados;Versões <strong>de</strong> software;Documentação que <strong>de</strong>va ser tratada como item <strong>de</strong> configuração.ControleRegistro dos novos Itens <strong>de</strong> Configurações e versionamento;Atualização <strong>de</strong> Itens <strong>de</strong> Configuração já existentes e controle <strong>de</strong> licenças;Garantia <strong>de</strong> que todas as modificações são controladas pelo gerenciamento<strong>de</strong> Mudanças;Atualização periódica do BDGC da configuração <strong>de</strong> todos os itens físicos.Controle <strong>de</strong> StatusDefinição da Linha <strong>de</strong> Base;Controle das últimas versões <strong>de</strong> Software;Definição dos recursos <strong>de</strong>stinados a controlar as alterações no BDGC;Controle <strong>de</strong> mudanças, inci<strong>de</strong>ntes e problemas nos itens <strong>de</strong> configuração.


56Verificação e auditoriaAuditorias em intervalos irregulares;Respostas a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Itens <strong>de</strong> Configuração não autorizados;Após uma recuperação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sastre (Disaster Recovery Process).10.3. Gerenciamento <strong>de</strong> MudançasO Gerenciamento <strong>de</strong> Mudanças po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado um dos processos com maioraceitação pelas organizações nos últimos anos. Seu objetivo é padronizar os métodos usados<strong>para</strong> controlar e aplicar mudanças nos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>, minimizando os riscos <strong>de</strong> impacto nonegócio e garantindo a qualida<strong>de</strong> das operações. Nem todas as mudanças que ocorrem noambiente tecnológico po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas melhorias, entretanto todas as melhorias<strong>de</strong>vem ser tratadas como mudança: alterar ou atualizar a prestação <strong>de</strong> um serviço <strong>para</strong> onegócio implica diretamente na realização <strong>de</strong> uma mudança.O gerenciamento <strong>de</strong> mudanças é o principal meio utilizado <strong>para</strong> atualizar aconfiguração. A garantia <strong>de</strong> consistência das informações do BDGC ocorre através dogerenciamento <strong>de</strong> mudanças, que por sua vez, permite que o controle dos possíveisimpactos e inci<strong>de</strong>ntes relacionados tendam a zero.O gerenciamento <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong>ve possuir mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> mudança, que <strong>de</strong>finem suacriticida<strong>de</strong>, níveis <strong>de</strong> aprovação, priorida<strong>de</strong> e risco <strong>para</strong> o negócio. Os mo<strong>de</strong>los formalmenteaceitos como melhor prática são: Mudanças Normais, Mudanças Padrões e Mudançasemergenciais.Mudanças Padrões são aquelas em que os profissionais <strong>de</strong> <strong>TI</strong> enten<strong>de</strong>m comoprocedimentos já conhecidos, <strong>de</strong> baixo risco, baixa complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação e, emalguns casos, mo<strong>de</strong>los pré-<strong>de</strong>finidos. Mudanças normais são conhecidas por implementaralterações nos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> já previstas e previamente planejadas, com o envolvimento dosresponsáveis técnicos e conhecimento da equipe <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> mudanças. Asmelhores práticas <strong>de</strong>scritas no ITL <strong>de</strong>finem três tipos <strong>de</strong> mudanças normais: Menores,Significativas e Maiores.As mudanças do tipo (ou categoria) Menor, ocorrem quando o impacto é baixo e aimplementação possui baixa complexida<strong>de</strong>. Em geral, estas mudanças necessitam somenteda aprovação da equipe <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> mudanças e dos responsáveis técnicos, comocoor<strong>de</strong>nadores ou gerentes <strong>de</strong> área. Para o tipo Significativa, os riscos são maiores, suacomplexida<strong>de</strong> é significativa e o esforço <strong>de</strong> implementação po<strong>de</strong> envolver muitas áreastécnicas. Estas mudanças <strong>de</strong>vem possuir o aval <strong>de</strong> representantes <strong>de</strong> todas as áreas <strong>de</strong>tecnologia, que normalmente ocorre através <strong>de</strong> uma reunião conhecida como ComitêConsultivo <strong>de</strong> Mudanças – CCM (do inglês Change Advisory Board – CAB). Depen<strong>de</strong>ndo dacriticida<strong>de</strong> da implementação, são <strong>de</strong>finidas aprovações das áreas <strong>de</strong> negócio ou até mesmodo corpo executivo.


57As mudanças Maiores são aquelas que envolvem gran<strong>de</strong>s implementações, on<strong>de</strong> énecessário o envolvimento <strong>de</strong> diversas áreas técnicas, po<strong>de</strong>m possuir alto risco <strong>para</strong> onegócio e po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> alta complexida<strong>de</strong>. O Comitê Consultivo <strong>de</strong> Mudanças <strong>de</strong>veobrigatoriamente discutir as mudanças <strong>de</strong>ste tipo, estas são levadas a representantes <strong>de</strong>nível executivo e, em alguns casos, <strong>de</strong>mandam projetos <strong>para</strong> sua execução.As mudanças emergenciais normalmente partem <strong>de</strong> uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio,uma norma jurídica ou governamental (como alteração <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> impostos) ou risco <strong>de</strong>segurança. Estas mudanças não são planejadas <strong>de</strong>vido a urgência <strong>de</strong> implementação e orisco <strong>de</strong> impacto financeiro <strong>para</strong> a organização. Um grupo pré-<strong>de</strong>finido <strong>de</strong> especialistas,gerentes e executivos formam o Comitê Consultivo <strong>de</strong> Mudanças Emergenciais – E/CCM (doinglês Emergencial Change Advisor Board - E/CAB), que <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>cidir sobre a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>implementação <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> mudança.Para todos os tipos <strong>de</strong> mudança, o fluxo <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ve seguir o mesmo mo<strong>de</strong>lo:Preechimento da requisição <strong>de</strong> Mudança;A Requisição <strong>de</strong> Mudança é revisada;A Requisição <strong>de</strong> Mudança é avaliada quanto a viabilida<strong>de</strong> técnica e o impactoao negócio;Após a validação <strong>de</strong> todos os envolvidos, o gerente <strong>de</strong> mudanças realiza aaprovação do registro;As tarefas <strong>de</strong> construção da mudança são realizadas;O Gerente <strong>de</strong> mudanças acompanha a execução e garante a sincronia dastarefas;A requisição <strong>de</strong> mudança é revisada pelo solicitante;O responsável preenche o feedback final e a requisição <strong>de</strong> mudança éencerrada.O processo <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> mudança é uma das principais maneiras <strong>de</strong> garantirque os serviços prestados <strong>para</strong> o negócio possuirão a mesma qualida<strong>de</strong> durante todo o ciclo<strong>de</strong> vida do serviço. Apesar disso, existem muitos <strong>de</strong>safios relativos a execução <strong>de</strong> umgerenciamento <strong>de</strong> mudança efetivo:Tornar a alteração dos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> através <strong>de</strong> requisições <strong>de</strong> mudança umhábito por parte dos profissionais;Reduzir a execução <strong>de</strong> alterações no ambiente tecnológico sem que exista umregistro <strong>de</strong> requisição <strong>de</strong> mudança relacionado;Otimizar o relacionamento com o gerenciamento <strong>de</strong> configuração;Compromisso dos envolvidos tanto <strong>de</strong> áreas técnicas como <strong>de</strong> negócio;Consciência do corpo executivo sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se executar alteraçõescontroladas e registradas.


5810.4. Gerenciamento <strong>de</strong> LiberaçãoO Gerenciamento <strong>de</strong> Liberação é o processo responsável por garantir que aatualização <strong>de</strong> software e hardware ocorra com o menor impacto ao negócio. Hoje em dia,observamos que diversos sistemas e equipamentos ficam obsoletos em prazos cada vez maiscurtos; po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como um diferencial <strong>de</strong> negócio manter a infraestrutura <strong>de</strong> <strong>TI</strong>atualizada. Exemplo disso são os sistemas e equipamentos dos caixas eletrônicos dos bancosbrasileiros: enquanto algumas instituições utilizam terminais com visualização pobre,utilizando sistemas lentos e obsoletos, outras utilizam terminais com uma série <strong>de</strong>funcionalida<strong>de</strong>s, exibindo ví<strong>de</strong>os com os produtos e monitores “touchscreen”, sensíveis aotoque, em que o usuário seleciona as opções diretamente sobre a tela do monitor.O gerenciamento <strong>de</strong> liberação também trabalha diretamente com o gerenciamento<strong>de</strong> configuração, com o objetivo <strong>de</strong> manter as últimas versões <strong>de</strong> software e hardwaredocumentadas e, se necessário, remover as versões antigas e inutilizadas. Em alguns casos, aorganização po<strong>de</strong> utilizar o BDGC inclusive <strong>para</strong> administrar customizações <strong>de</strong> softwares,garantindo que toda e qualquer modificação, por menor que seja, esteja registrada nogerenciamento da configuração.O processo <strong>de</strong> liberação po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong> diversas maneiras, sendo elas:Big BangO Serviço que está sendo incluído ou alterado po<strong>de</strong> ser disponibilizado <strong>para</strong>todos os usuários que irão utilizá-lo. Isso normalmente ocorre, por exemplo,<strong>para</strong> alterações em aplicações. O aspecto negativo é que o risco é maior e oimpacto po<strong>de</strong> ser mais significativo caso a implementação não ocorra comsucesso.Implementação por FasesA implementação ocorre <strong>para</strong> um grupo específico <strong>de</strong> usuários, e então estaoperação é repetida <strong>para</strong> grupos subsequentes através da liberação doacesso. Este tipo <strong>de</strong> implementação é viável quando é introduzido um novoserviço.Implementação “Impulsionada” (Push)Ocorre quando a implementação é realizada <strong>de</strong> forma centralizada e então éimpulsionada ou “empurrada” <strong>para</strong> as localida<strong>de</strong>s alvo. Ocorre <strong>de</strong> acordocom a avaliação do gerenciamento <strong>de</strong> liberação e não conforme a expectativado usuário.Implementação “Puxada” (Pull)A implementação é realizada <strong>de</strong> forma centralizada e o usuário fica livre <strong>para</strong>“puxar” ou “extrair” a atualização quando lhe for conveniente. Ocorre comoatualizações <strong>de</strong> sistema operacional: Quando o usuário achar conveniente, eleaplica as atualizações e estas são instaladas na próxima reinicialização.Implementação Automatizada


59Esta implementação utiliza recursos tecnológicos <strong>para</strong> que o release <strong>de</strong>software seja implementado automaticamente. As organizações <strong>de</strong> softwareantivírus possuem larga experiência neste tipo <strong>de</strong> implementação, pois asatualizações são constantes e automatizadas, em que os usuários sequerpossuem controle das versões.Implementação ManualA implementação ocorre <strong>de</strong> forma manual <strong>para</strong> distribuir a nova versão. Estemo<strong>de</strong>lo é utilizado com ressalvas, pois exige a execução <strong>de</strong> tarefas repetitivase po<strong>de</strong> ser ineficiente e propícia a erros.O Processo <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Liberação ocorre através <strong>de</strong> quatro fases:Planejamento <strong>de</strong> Liberação: Define os conteúdos <strong>para</strong> versionamento, a agenda <strong>de</strong>release e os papéis e responsabilida<strong>de</strong>s necessários;Desenho e Teste: Produz instruções <strong>para</strong> construção, cria scripts <strong>de</strong> instalação e<strong>de</strong>senvolve planos <strong>de</strong> retorno a situação anterior (Back-out plans).Planejamento <strong>de</strong> implantações: Define horário <strong>de</strong> distribuição, i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Itens<strong>de</strong> configuração, Planos <strong>de</strong> comunicação e treinamento <strong>de</strong> usuários e equipe <strong>de</strong> suporte.Logística, Distribuição e Instalação: a Ação <strong>de</strong> implantação propriamente dita,conforme as seguintes ativida<strong>de</strong>s:• Transferir ativos financeiros• Transferir mudanças requeridas <strong>para</strong> o negócio• Implanta processos e materiais• Implementa aptidões <strong>para</strong> o Gerenciamento <strong>de</strong> Serviço• Transfere o serviço• Implementa o serviço• Remove um serviço <strong>de</strong>scontinuado• Remove ativos redundantes


6011. Operação <strong>de</strong> ServiçosA operação <strong>de</strong> serviços possui como objetivo garantir a efetivida<strong>de</strong> e eficiência naentrega e suporte dos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. É através da operação <strong>de</strong> serviços que os acordos <strong>de</strong>nível <strong>de</strong> serviços po<strong>de</strong>m são atendidos e a manutenção e continuida<strong>de</strong> da tecnologianecessária <strong>para</strong> provimento <strong>de</strong>sses serviços são executados.Os serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da utilização <strong>de</strong> tecnologia <strong>para</strong> sua continuida<strong>de</strong>;contudo, a tecnologia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção e administração. Equipamentos <strong>de</strong>tecnologia sofrem problemas ao longo do tempo, e estes <strong>de</strong>vem ser corrigidos através dasubstituição por equipamentos atualizados ou manutenção dos já existentes. Vemos, porexemplo, servidores que apresentam problemas físicos e indisponibilizam sistemas, bemcomo queda em links <strong>de</strong> re<strong>de</strong> e falhas <strong>de</strong> software. Sem uma operação efetiva, o usuáriofinal e o negócio são impactados e em muitos casos ficam impossibilitados <strong>de</strong> operar.A correção <strong>de</strong> erros no menor prazo possível reduz o impacto no negócio e diminui oprejuízo financeiro. Áreas <strong>de</strong> negócio como mercado financeiro são complemente<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> recursos tecnológicos, e caso estes recursos fiquem indisponíveis, ainstituição po<strong>de</strong> ter prejuízo tanto financeiro quanto comercial. A manutenção contínua e osuporte ao usuário final <strong>de</strong>vem ser realizados com eficiência <strong>para</strong> que situações como essaocorram cada vez com menor frequência.Dentre as principais funções da operação <strong>de</strong> serviços, o Service Desk é responsávelpor manter o contato com o cliente ou usuário final, registrando os inci<strong>de</strong>ntes que ocorreme resolvendo problemas e dando o suporte inicial <strong>para</strong> garantir a continuida<strong>de</strong> do serviço. Osuporte oferecido pelo Service Desk também é conhecido como suporte <strong>de</strong> Primeiro Nível.As áreas técnicas são responsáveis por garantir o funcionamento dos equipamentos <strong>de</strong>tecnologia, aten<strong>de</strong>r inci<strong>de</strong>ntes e retomar a operação do serviço através da resolução <strong>de</strong>problemas técnicos que ocorrem na infraestrutura <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. As áreas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> operaçãosão responsáveis por monitorar o ambiente tecnológico e localizar reativamente ou próativamenterupturas no serviço e acionar as áreas técnicas <strong>para</strong> realizar a manutenção.Áreas <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> aplicações são responsáveis por implementar e garantir aoperação dos sistemas que suportam a operação dos negócios.Os principais processos <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> serviços são:Gerenciamento <strong>de</strong> Inci<strong>de</strong>ntes;Gerenciamento <strong>de</strong> Requisições <strong>de</strong> serviço;Gerenciamento <strong>de</strong> Problemas.


6111.1. Gerenciamento <strong>de</strong> Inci<strong>de</strong>ntesO gerenciamento <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes é responsável por reestabelecer a operação normaldos serviços no menor tempo possível <strong>para</strong> minimizar o impacto nas operações <strong>de</strong> negócio,garantindo os melhores níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e disponibilida<strong>de</strong>. A operação normal do serviço<strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>finida através dos acordos <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> serviço.Um inci<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong> ser uma interrupção não planejada na prestação <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> <strong>TI</strong>.Neste caso, o inci<strong>de</strong>nte é consi<strong>de</strong>rado reativo, isto é, as equipes técnicas <strong>de</strong>vem realizar amanutenção <strong>para</strong> reestabelecer a operação normal do serviço. O inci<strong>de</strong>nte também po<strong>de</strong> seruma falha num item <strong>de</strong> configuração que não afete a operação normal do serviço, porémexiste a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a operação seja afetada por esta falha. Este tipo <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>nte éconsi<strong>de</strong>rado pró-ativo.Inúmeros inci<strong>de</strong>ntes ocorrem na operação diária dos serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Estes inci<strong>de</strong>ntes<strong>de</strong>vem ser categorizados através o impacto <strong>para</strong> o negócio e a urgência <strong>de</strong> correção. Oimpacto e a urgência <strong>de</strong>finem a priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento do inci<strong>de</strong>nte conforme aequação abaixo:(impacto + urgência) – 1 = Priorida<strong>de</strong>Figura 15: Matriz <strong>de</strong> Impacto e Urgência que <strong>de</strong>finem a priorida<strong>de</strong>.Além da <strong>de</strong>finição da priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um inci<strong>de</strong>nte, existe também o fator humano:algumas soluções <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> especialistas ou pessoas com maior domínio técnico ougerencial. No caso <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes que <strong>de</strong>vem ser escalados <strong>para</strong> especialistas, existe aescalada horizontal, que baseia-se exclusivamente no conhecimento ou expertise técnica. Aescalada vertical é relacionada a necessida<strong>de</strong> do envolvimento gerencial <strong>para</strong> aprovação <strong>de</strong><strong>de</strong>terminadas soluções ou quando a solução não po<strong>de</strong>rá ocorrer <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um prazosatisfatório.Os inci<strong>de</strong>ntes Críticos (Critical Inci<strong>de</strong>nts) são aqueles que causam uma ruptura em todo oserviço e afeta diretamente o negócio. Estes inci<strong>de</strong>ntes sempre serão <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> 1. Em geral,existe um procedimento específico nestes tipos <strong>de</strong> rupturas, em que o Gerenciamento <strong>de</strong> Problemasé envolvido <strong>para</strong> que a causa raiz possa ser i<strong>de</strong>ntificada e esta situação não ocorra novamente.


62O processo <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes possui, como melhores práticas, oseguinte ciclo <strong>de</strong> vida:Li<strong>de</strong>rança, monitoração, rastreamento e comunicaçãoO Service Desk normalmente assume a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abrir, acompanhar,monitorar e escalar todos os inci<strong>de</strong>ntes da organização; é o ponto único <strong>de</strong> contato entre ousuário final e a equipe <strong>de</strong> tecnologia (proveniente do inglês Single Point of Contact – SpoC).I<strong>de</strong>ntificação e preenchimento do Inci<strong>de</strong>nteTarefa normalmente realizada pelo Service Desk ou pelas <strong>de</strong>mais áreas <strong>de</strong> tecnologia.O usuário final não trata diretamente quanto a abertura e preenchimento <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes,<strong>de</strong>vido ao caráter técnico e priorização das ativida<strong>de</strong>s. Nesta tarefa, é necessário <strong>de</strong>finir ousuário afetado, o inci<strong>de</strong>nte ocasionado e o Item <strong>de</strong> configuração que está sendoimpactado.Categorização, Priorização e Suporte InicialNa categorização é <strong>de</strong>finida a estrutura <strong>de</strong> tipo <strong>de</strong> problema que está ocorrendo noambiente tecnológico, através <strong>de</strong> uma estrutura <strong>de</strong> tabelas relacionadas; a priorização éuma das tarefas mais críticas, on<strong>de</strong> são <strong>de</strong>finidos o impacto e urgência do inci<strong>de</strong>nte. Nestafase é avaliado se já existe um registro <strong>de</strong> Problema ou Erro Conhecido relacionado erealizado um suporte preliminar com base nas informações já recebidas.Investigação e DiagnósticoAvalia todo o escopo do inci<strong>de</strong>nte e investiga a possível solução <strong>de</strong> contorno; escala<strong>para</strong> outras especialida<strong>de</strong>s técnicas (horizontal) ou <strong>para</strong> a linha gerencial (vertical).Resolução e RecuperaçãoSoluciona o Inci<strong>de</strong>nte ou <strong>de</strong>termina se este <strong>de</strong>ve ser tratado através <strong>de</strong> umarequisição <strong>de</strong> Mudança, caso seja necessário alterar ou criar um serviço.Encerramento do inci<strong>de</strong>nteAtualiza o registro com os <strong>de</strong>talhes da solução, classifica a solução através <strong>de</strong> umcódigo <strong>de</strong> encerramento e valida com o usuário ou com o Service Desk se a soluçãorealmente solucionou o inci<strong>de</strong>nte.


6311.2. Gerenciamento <strong>de</strong> ProblemasUm problema é um inci<strong>de</strong>nte que não possui solução final. Todos os inci<strong>de</strong>ntes<strong>de</strong>vem ser tratados e encerrados; caso estes não possam ser efetivamente solucionados evoltem a ser registrados por outros usuários ou em outro momento, <strong>de</strong>verá ser analisadopelo gerenciamento <strong>de</strong> problemas. A principal tarefa do gerenciamento <strong>de</strong> problemas éacompanhar os casos em que não há uma solução imediata e gerenciar equipes técnicas<strong>para</strong> investigar e encontrar a causa raiz que originou o problema.Quando a causa raiz é encontrada, normalmente também é <strong>de</strong>finido uma açãoconhecida como solução <strong>de</strong> contorno: não se trata exatamente da solução do problema,porém retorna a operação normal e permite que o usuário final possa utilizar o serviço <strong>de</strong> <strong>TI</strong>.quando o registro <strong>de</strong> problema evolui <strong>para</strong> esta situação, <strong>de</strong>verá ser preenchido um registro<strong>de</strong> Erro Conhecido (do inglês Known Error). Este registro fica disponível <strong>para</strong> consulta doService Desk: caso o usuário final torne a registrar um inci<strong>de</strong>nte da mesma natureza, oService Desk aplica a solução <strong>de</strong> contorno e reestabelece o serviço, evitando assim oacionamento <strong>de</strong> outras áreas técnicas e reduzindo o tempo <strong>de</strong> ruptura no serviço.Existem problemas em que a solução final envolve altos custos, como troca <strong>de</strong>servidores, implantação <strong>de</strong> novos serviços que suprirão a necessida<strong>de</strong> e até a contratação <strong>de</strong>profissionais <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r uma <strong>de</strong>manda. Nem sempre é possível aplicar a solução final<strong>de</strong>ntro do prazo esperado, e existem problemas que ficam em aberto por anos.Os problemas po<strong>de</strong>m ser registrados <strong>de</strong> forma pró-ativa, on<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntifica-se apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ruptura na entrega do serviço porém esta ainda não ocorreu; realiza-se umaanálise e investigação da causa raiz e, se possível, efetiva a solução sem que o negócio tomeciência da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ruptura. Já os problemas registrados <strong>de</strong> forma reativa partemnormalmente <strong>de</strong> um inci<strong>de</strong>nte, i<strong>de</strong>ntificando que a ruptura do serviço <strong>de</strong> <strong>TI</strong> já ocorreu. Osproblemas reativos são os que geram maior prejuízo nas organizações.Po<strong>de</strong>mos observar que o processo <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> problemas é similar aoprocesso <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes, em que o objetivo final é reestabelecer <strong>de</strong> forma<strong>de</strong>finitiva um serviço que está sendo impactado. Apesar disso, a principal diferença entreestes processos são os prazos: os inci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>vem ser solucionados no menor tempopossível <strong>para</strong> que o cliente ou usuário final possa retornar as suas ativida<strong>de</strong>s. Os problemas,por outro lado, são <strong>de</strong> análise mais criteriosa, necessitam <strong>de</strong> estudos, em geral <strong>de</strong>morammais tempo e envolvem mais pessoas.O processo <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> problemas possui as seguintes fases:Detecção do Problema;Preenchimento do Problema;Categorização do Problema;Investigação e diagnóstico;


64Definição da solução <strong>de</strong> contorno;Criação <strong>de</strong> um Erro Conhecido;Solução do Problema;Encerramento do Problema.11.3. Cumprimento <strong>de</strong> RequisiçãoO processo <strong>de</strong> cumprimento <strong>de</strong> requisição compete em cumprir requisições <strong>de</strong>serviço solicitadas pelos usuários finais utilizando procedimentos consistentes e métodosconhecidos. Seu objetivo é fornecer um canal <strong>de</strong> comunicação com o usuário final <strong>para</strong>solicitar serviços padrões com aprovações pré-<strong>de</strong>finidas; fornecer informações <strong>para</strong> osusuários finais sobre serviços disponíveis e o procedimento <strong>para</strong> solicitá-lo. Em geral,algumas solicitações <strong>de</strong> serviços são provenientes do gerenciamento <strong>de</strong> mudanças, em queo volume <strong>de</strong> solicitações são altos e a criticida<strong>de</strong> é baixa, e por isso não precisamnecessariamente ser realizados através <strong>de</strong> requisições <strong>de</strong> mudança: <strong>para</strong> tanto, <strong>de</strong>ve seri<strong>de</strong>ntificadas as mudanças elegíveis a solicitação <strong>de</strong> serviços e alterar seu escopo, tornando oprocesso mais dinâmico e aumentando a qualida<strong>de</strong> da prestação <strong>de</strong> serviço.Um exemplo muito utilizado como cumprimento <strong>de</strong> requisições é o gerenciamento<strong>de</strong> acesso: a alteração <strong>de</strong> permissões e troca <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> usuários geralmente são realizadosutilizando aprovações específicas e procedimento conhecido e <strong>de</strong> baixo impacto. Instalação<strong>de</strong> softwares utilitários nos equipamentos dos usuários finais também é consi<strong>de</strong>radocumprimento <strong>de</strong> requisição, pois geralmente são procedimentos padrões e <strong>de</strong> baixoimpacto. Em alguns casos, é necessário que o gerenciamento <strong>de</strong> requisições possua tarefas<strong>de</strong> atualização do BDGC, pois <strong>de</strong>vem ser encarados como solicitações <strong>de</strong> mudanças padrões.Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> requisição <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>vem possuir algumas <strong>de</strong>finições, como:Quais ativida<strong>de</strong>s serão necessárias <strong>para</strong> cumprir a requisição <strong>de</strong> serviço;Os papéis e responsabilida<strong>de</strong>s envolvidas no processo;Prazos <strong>de</strong> atendimento e formas <strong>de</strong> escalação;Políticas <strong>de</strong> segurança e regras pré-estabelecidas pela organização.Algumas ativida<strong>de</strong>s são necessárias <strong>para</strong> que o cumprimento <strong>de</strong> requisições sejaefetivo, sendo consi<strong>de</strong>radas como melhores práticas:Menu <strong>de</strong> Seleção ou Catálogo <strong>de</strong> ServiçoNormalmente disponibilizado como um acesso <strong>de</strong> auto-atendimento, o catálogo <strong>de</strong>serviços permite que o usuário navegue pelas categorias e subcategorias <strong>de</strong> requisições <strong>de</strong>serviço e conheça todos os serviços que são oferecidos. Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>ve funcionar comoum cardápio <strong>de</strong> restaurante, em que o cliente avalia os serviços que po<strong>de</strong>m ser prestados,neste caso, os pratos que são servidos, e realiza a solicitação.


65Aprovação FinanceiraNormalmente o cumprimento <strong>de</strong> requisição possui um valor pré-fixado que <strong>de</strong>ve seraprovado por um resposável financeiro. Algumas organizações utilizam o gerente imediatodo funcionário que realiza a solicitação; em outros casos, são <strong>de</strong>finidos centro <strong>de</strong> custos poráreas <strong>de</strong> negócio e o valor relativo a cada solicitação é cobrado <strong>de</strong>ste centro <strong>de</strong> custo.Organizações que trabalham com fornecedores <strong>de</strong> serviço costumam utilizar a opção <strong>de</strong>aprovação por grupo específico, conforme a utilização dos serviços previstos em contrato.Outras AprovaçõesExistem solicitações que não só <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> uma aprovação financeira comotambém <strong>de</strong> uma aprovação por parte do negócio ou até mesmo técnica. Um exemplo ésolicitações <strong>de</strong> acesso a sistemas específicos do negócio: po<strong>de</strong> ser necessário que o umgestor da área <strong>de</strong> negócio avalie quem são os usuários que solicitam acesso e tenha apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprovar ou negar o acesso. Solicitações <strong>de</strong> relatórios também seguem estamesma linha: caso o usuário realize uma solicitação em que a complexida<strong>de</strong> seja alta, oresponsável técnico po<strong>de</strong> direcionar o usuário a realizar a solicitação pelo gerenciamento <strong>de</strong>mudanças.Cumprimento da requisiçãoO cumprimento da requisição po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong> diversas formas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo danatureza da requisição. Em alguns casos, é possível que o processo seja totalmenteautomatizado; imediatamente após as aprovações, o próprio sistema se encarrega <strong>de</strong>executar uma integração e executar a ativida<strong>de</strong>. Em outros casos, o serviço po<strong>de</strong> serrealizado pelo Service Desk; em outros casos, a solicitação requer o envolvimento <strong>de</strong>especialistas internos ou externos. Em qualquer um dos casos, o Service Desk permanececom a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhar e manter controle sobre as solicitações em andamento.EncerramentoApós o cumprimento da requisição, o registro <strong>de</strong>ve ser redirecionado ao Service Desk<strong>para</strong> iniciar o encerramento; algumas ferramentas permitem que o registro sejaredirecionado diretamente <strong>para</strong> o usuário final, <strong>para</strong> que este possa avaliar quanto aexecução da ativida<strong>de</strong> e seu grau <strong>de</strong> satisfação.


6612. Melhoria Contínua do ServiçoO processo <strong>de</strong> melhoria contínua é responsável por garantir que todos os <strong>de</strong>maisprocesso do gerenciamento <strong>de</strong> serviços são executados da melhor forma possível eestabelecer mecanismos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> falhas e aumentar o grau <strong>de</strong> satisfação dousuário final com a área <strong>de</strong> Tecnologia da Informação <strong>de</strong> modo geral.Figura 16: O processo <strong>de</strong> melhoria contínuaEste processo sumariza o ciclo constante <strong>de</strong> melhoria. Estas perguntas <strong>de</strong>monstram orelacionamento com todos os processos do gerenciamento <strong>de</strong> serviços:1. Qual é a Visão? Estratégia <strong>de</strong> Serviços, Portfólio <strong>de</strong> Serviços.2. On<strong>de</strong> estamos agora? Linha <strong>de</strong> base usando o Portfólio <strong>de</strong> Serviços,Gerenciamento <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Serviços e Gerenciamento Financeiro.3. On<strong>de</strong> queremos chegar? Portfólio <strong>de</strong> Serviços, Gerenciamento <strong>de</strong> indicadores erelatórios.4. Como Chegaremos lá? Todos os processos <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> Serviços.5. Como po<strong>de</strong>mos checar se chegamos? Gerenciamento <strong>de</strong> indicadores e relatórios.6. Como Mantemos? Melhoria Contínua do Serviço12.1. Gerenciamento <strong>de</strong> Indicadores e RelatóriosO objetivo do Gerenciamento <strong>de</strong> Indicadores e Relatórios é coor<strong>de</strong>nar e <strong>de</strong>senharmétricas, coletar dados e criar relatórios <strong>de</strong> todos os processos do Gerenciamento <strong>de</strong>Serviços. Existem quatro razões básicas a se consi<strong>de</strong>rar <strong>para</strong> geração <strong>de</strong> indicadores ecriação <strong>de</strong> relatórios:1. Validação: os processos estão dando o suporte necessário a visão?


672. Direcionamento: baseado nos fatos, os profissionais po<strong>de</strong>m ser guiados <strong>para</strong>mudanças <strong>de</strong> comportamento.3. Justificativa: Os objetos e métricas estão corretos?4. Intervenção: Tomar ações corretivas <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria.Existem três tipos <strong>de</strong> métricas usualmente utilizadas:Métricas tecnológicasMétricas relacionadas a infraestrutura tecnológica, como performance <strong>de</strong>equipamentos e software, <strong>de</strong>senhadas por especialista técnicos e arquitetos <strong>de</strong> aplicação.Métricas <strong>de</strong> ProcessoI<strong>de</strong>ntificadas por Indicadores Chave <strong>de</strong> Performance (Key Performance Indicators –KPIs), indicam a saú<strong>de</strong> geral dos processos <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Serviços. Estes indicadoresauxiliam na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> dos Serviços, <strong>de</strong>sempenho, valor etendências. O Processo <strong>de</strong> Melhoria Contínua utiliza estes indicadores <strong>para</strong> i<strong>de</strong>ntificaroportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria na qualida<strong>de</strong> do serviço.Métricas <strong>de</strong> ServiçoMétricas utilizadas <strong>para</strong> avaliar o Serviço <strong>de</strong> <strong>TI</strong> <strong>de</strong> ponta a ponta. Os Gerentes <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong>Serviço e responsáveis por cada processo são os responsáveis por <strong>de</strong>finir quais métricas sãonecessárias <strong>para</strong> avaliar o Serviço como um todo.


Parte 3: Estudo <strong>de</strong> Caso e Conclusão68


6913. Estudo <strong>de</strong> Caso: Grupo Carrefour BrasilO grupo Carrefour é uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> internacional <strong>de</strong> hipermercados fundada na Françaem 1960. Em 1975, veio ao Brasil e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então vem se expandindo com velocida<strong>de</strong>,atuando em diversos estados e atualmente conta com 190 unida<strong>de</strong>s e possui cerca <strong>de</strong> 55 milfuncionários, entre colaboradores e terceiros.Atualmente é um dos lí<strong>de</strong>res do segmento <strong>de</strong> hipermercados, com uma operação <strong>de</strong>24 horas por dia, 7 dias por semana. O gerenciamento <strong>de</strong> serviços possui gran<strong>de</strong>consistência e atua fortemente em diversas frentes, principalmente quanto a operação eentrega <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>.Sua estrutura possui um Service Desk robusto que atua sem intervalo <strong>para</strong> garantir oatendimento inclusive nas lojas que operam na madrugada. O gerenciamento <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntesconta com fornecedores altamente capacitados, atuando com prazos <strong>de</strong> solução agressivos<strong>para</strong> manter o nível <strong>de</strong> serviço das operações das unida<strong>de</strong>s.O trabalho foi realizado atuando fortemente no processo <strong>de</strong> cumprimento <strong>de</strong>requisição, utilizando a ferramenta HP Service Manager 9.30. Foi <strong>de</strong>senhado um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>catálogo <strong>de</strong> serviços e criada uma infraestrutura com acesso web <strong>para</strong> permitir que qualquerusuário do grupo possa realizar solicitações <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>.O levantamento ocorreu utilizando as categorizações das requisições <strong>de</strong> serviços quejá haviam sido mapeadas e utilizadas através do Service Desk. Os serviços inicialmenteconcebidos <strong>para</strong> disponibilização dos usuários finais foram gerenciamento <strong>de</strong> Acesso,solicitações <strong>de</strong> email, serviços <strong>de</strong> impressão e suporte técnico.Para gerenciamento <strong>de</strong> acesso, foram criadas categorizações relacionadas aAlteração <strong>de</strong> Perfil, Bloqueio <strong>de</strong> Perfil, Criação <strong>de</strong> Perfil, Desbloqueio <strong>de</strong> Perfil e Exclusão <strong>de</strong>Perfil <strong>para</strong> 55 sistemas que são utilizados por usuários das áreas <strong>de</strong> negócio e usuários finaisalocados nas lojas.Os serviços <strong>de</strong> email consistem em ativida<strong>de</strong>s relacionadas a Caixa Postal, comosolicitações <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> caixa postal, Permissionamento <strong>de</strong> acesso, como criação <strong>de</strong> login<strong>para</strong> acesso e Grupos <strong>de</strong> distribuição, como criação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> distribuição.Para os serviços <strong>de</strong> impressão, foram criados itens <strong>de</strong> catálogo em que o usuáriopo<strong>de</strong> solicitar Instalação e configuração <strong>de</strong> impressoras no seu equipamento local, alteração<strong>de</strong> impressoras e alteração <strong>de</strong> drivers <strong>de</strong> impressão.Para os serviços <strong>de</strong> suporte técnico, foram mapeadas solicitações <strong>de</strong> acesso ainternet, reimpressão <strong>de</strong> relatórios, configuração <strong>de</strong> ambiente e configurações globais doequipamento.


70Além <strong>de</strong>stes serviços, foram mapeados serviços que são solicitados exclusivamentepela área técnica, como solicitações <strong>de</strong> Backups eventuais, Elaboração <strong>de</strong> scripts,Reinicialização <strong>de</strong> processos dos sistemas operacionais e levantamento <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>servidor.O Catálogo <strong>de</strong> Serviços foi <strong>de</strong>senhado e disponibilizado <strong>para</strong> os homologadores daárea <strong>de</strong> Tecnologia e serão disponibilizados <strong>para</strong> os usuários finais. Com isso, haverá umagran<strong>de</strong> melhoria na velocida<strong>de</strong> do serviço prestado por <strong>TI</strong> e aumento no grau <strong>de</strong> satisfaçãodo usuário final.


7114. ConclusãoEste tema possui gran<strong>de</strong> relevância no mercado atual. Isso tem ocorrido, poisdificilmente as organizações conseguem realizar um alinhamento efetivo no negócio com aspráticas <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Executando uma gestão efetiva da Tecnologia e dos profissionais envolvidos, épossível alinhar as áreas <strong>de</strong> <strong>TI</strong> com as áreas <strong>de</strong> negócio e garantir que a estratégia daorganização se <strong>de</strong>senvolva satisfatoriamente.Simplesmente implantar ferramentas <strong>de</strong> gestão não garante que os serviçosprestados pela área <strong>de</strong> tecnologia sejam eficazes: é necessário o envolvimento <strong>de</strong> todos osprofissionais que atuam <strong>de</strong>ntro do processo. Envolver os profissionais é um trabalho longo e<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> principalmente da mudança cultural. Executar ativida<strong>de</strong>s conforme é conveniente<strong>para</strong> cada funcionário torna extremamente difícil o controle dos processos e dos recursos.O gerenciamento efetivo da tecnologia ocorre através <strong>de</strong> indicadores, que <strong>de</strong>vem sergerados através <strong>de</strong> relatórios que <strong>de</strong>screvam a real situação <strong>de</strong> utilização da tría<strong>de</strong> recursoshumanos, tecnológicos e financeiros. A obtenção <strong>de</strong>stes indicadores somente ocorre <strong>de</strong>forma satisfatória se os profissionais envolvidos seguirem o processo <strong>de</strong> gestão conformeestabelecido pela linha gerencial. Uma ferramenta <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> serviços torna-se o pilarcentral <strong>de</strong> sustentação dos processos e torna-se naturalmente um repositório <strong>de</strong> dadosconfiável <strong>para</strong> extração <strong>de</strong> informação com valor agregado <strong>para</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Informações como necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimento técnico por parte do usuário final,produtos <strong>de</strong> tecnologia que apresentam <strong>de</strong>feitos sucessivos, redimensionamento dacapacida<strong>de</strong> pré-<strong>de</strong>finida <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> software e serviços, prestação <strong>de</strong> novos serviços <strong>de</strong><strong>TI</strong> <strong>para</strong> as áreas <strong>de</strong> negócio, dimensionamento da força <strong>de</strong> trabalho a fim <strong>de</strong> evitarsobrecarga, garantia da disponibilida<strong>de</strong> dos serviços tecnológicos após a realização <strong>de</strong>alterações no ambiente, investigação e correção <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong>sconhecidos que afetam osusuários das áreas <strong>de</strong> negócio <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados como indicadores relevantes <strong>para</strong> atomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.O investimento necessário <strong>para</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços é muitas vezes malempregado em virtu<strong>de</strong> da falta <strong>de</strong> informação sobre como realizar um trabalho efetivo <strong>de</strong>melhoria contínua <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços. Com isso, não existe visibilida<strong>de</strong> clara doretorno sobre o investimento e a linha executiva muitas vezes permanece relutante emaprovar novos investimentos <strong>para</strong> corrigir fracassos anteriores <strong>de</strong> gerenciamento. Issotambém ocorre, inclusive, pela falta <strong>de</strong> conhecimento sobre melhores práticas como I<strong>TI</strong>L,CobIT e ISO/IEC 20000. Com a padronização dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> serviços,muitas organizações precisarão se a<strong>de</strong>quar aos processos <strong>para</strong> garantir a entrega efetiva <strong>de</strong>serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Atualmente não existe pressão por parte do mercado <strong>para</strong> que asorganizações busquem certificações <strong>para</strong> garantir a qualida<strong>de</strong> do serviço; por outro lado,este cenário em breve <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> existir e a garantia da qualida<strong>de</strong> será um fator diferencial<strong>para</strong> os negócios.


72Referências1. FITZSIMMONS, James; FITZSIMMONS Mona. New Service Development: CreatingMemorable Experiences. New Delhi, India: Sage Publications, 2000.2. OGC, UK. I<strong>TI</strong>L Service Strategy. United Kingdom: The Stationery Office, 2007.3. OGC, UK. I<strong>TI</strong>L Service Transition. United Kingdom: The Stationery Office, 2007.4. OGC, UK. I<strong>TI</strong>L Service Design. United Kingdom: The Stationery Office, 2007.5. OGC, UK. I<strong>TI</strong>L Service Operation. United Kingdom: The Stationery Office, 2007.6. OGC, UK. I<strong>TI</strong>L Continual Service Improvement. United Kingdom: The StationeryOffice, 2007.7. OGC, UK. I<strong>TI</strong>L Official Introduction. United Kingdom: The Stationery Office, 2007.8. ITGI. COBIT 4.1. USA: ISACA, 2007.9. FERNANDES, Aguinaldo Aragon; ABREU, Vladimir Ferraz. Implantando aGovernança <strong>de</strong> <strong>TI</strong>: da estratégia a gestão dos processos e serviços. 2.a Edição.Rio <strong>de</strong> Janeiro: Brasport, 2008.10. IBM Brasil, Serviços <strong>de</strong> <strong>TI</strong>. Disponível em . Acesso em 04/05/2012.11. CIO, ABC do Outsourcing. Disponível em . Acesso em 04/05/201212. HP, HP Service Manager Software. Disponível em .Acessado em 05/05/2012.13. HP, HP Service Manager Software. Disponivel em . Acessado em 05/05/2012.14. Wikipedia, Peregrine Systems. Disponível em . Acessado em 05/05/12.15. SocialTech, HP Buys Peregrine Systems. Disponível em . Acessado em 05/05/12.16. Yahoo Finance. Peregrine Systems Company Profile. Disponível em . Acessado em 05/05/12.17. Wikipedia. MRO Maximo Software. Disponível em. Acessado em 07/05/12.18. MACS. IBM Maximo Asset Management. Disponível em .Acessado em 07/05/12.19. IBIS INSTRUMENTS. IBM Maximo Suite Overview. Disponível em . Acessado em 07/05/12.20. FUNDING UNIVERSE. Remedy Corporation Company History. Disponível em. Acessado em 09/05/12.21. Rowshay. History of BMC Remedy Action Request System. Disponível em. Acessado em 09/05/12.


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