O coqueiro apresenta duas varie<strong>da</strong>des principais: a gigante e a anã. Segun<strong>do</strong> asevidencias históricas, o coqueiro tipo grande foi introduzi<strong>do</strong> no Brasil em 1553, procedente<strong>da</strong> ilha de Cabo Verde, enquanto o anão foi introduzi<strong>do</strong> em território nacional a partir de1925 (EMBRAPA, 1993). A varie<strong>da</strong>de gigante, caracteriza-se por produzir cocos comaptidão para copra (albúmem sóli<strong>do</strong>) e iniciar sua produção a partir de seis anos e meio. Suaprodução média é de 70 frutos/planta/ano. A varie<strong>da</strong>de anã começa a produzir com 2 anos emeio, apresenta produtivi<strong>da</strong>de de até 120 frutos/planta/ano e aptidão para água. Um terceirotipo híbri<strong>do</strong>, comumente chama<strong>do</strong> de anão gigante, resultante <strong>do</strong> cruzamento entre asvarie<strong>da</strong>des anã e gigante. O híbri<strong>do</strong> apresenta características tanto de varie<strong>da</strong>des anã quantogigante, permitin<strong>do</strong> exploração para copra e para água. (CEPLAC 2003).Estima-se que a produção de coco no Brasil seja superior a 1,5 bilhão de uni<strong>da</strong>des,colhi<strong>do</strong>s em uma área superior a 280 mil hectares, com pre<strong>do</strong>minância <strong>do</strong> coqueiro gigante,cujos frutos são colhi<strong>do</strong>s secos. Entretanto, nos últimos anos, principalmente a partir <strong>da</strong>déca<strong>da</strong> de 90, com a conscientização <strong>da</strong> população para os benefícios <strong>do</strong>s alimentosnaturais, verificou-se um grande crescimento <strong>da</strong> exploração <strong>do</strong> coqueiro anão, visan<strong>do</strong> aprodução <strong>do</strong> fruto verde, para consumo de água, que é um produto natural de excelentequali<strong>da</strong>de nutritiva. Desta forma, o merca<strong>do</strong> de água de coco verde tem cresci<strong>do</strong>mundialmente nos últimos anos, devi<strong>do</strong> à valorização de alimentos saudáveis e naturais.(COSTA, 2005).20
2. REVISÃO DE LITERATURA2.1. Valor nutritivo <strong>do</strong> farelo de cocoNa alimentação de ruminantes, tem se admiti<strong>do</strong> que, se as rações suprirem proteínaem quanti<strong>da</strong>de adequa<strong>da</strong>, as exigências em aminoáci<strong>do</strong>s podem ser atendi<strong>da</strong>s pela proteínamicrobiana, constituin<strong>do</strong> exceção os animais novos, em fase pré-ruminal. To<strong>da</strong>via, estu<strong>do</strong>smostraram que aminoáci<strong>do</strong>s como metionina, cistina, lisina e treonina podem tornar-selimitantes, desde que os microrganismos não consigam supri-los em quanti<strong>da</strong>des suficientespara altos níveis de produção. O balanceamento de rações é feito em função <strong>da</strong>s exigências<strong>do</strong>s animais em proteína bruta e, para consegui-lo, são utiliza<strong>do</strong>s os suplementos protéicos,entre os quais se incluem as tortas ou farelos de oleaginosas. Estes subprodutos <strong>da</strong>sindustrias de extração de óleo possuem altos teores de proteína bruta e, além decontribuírem para o conteú<strong>do</strong> energético <strong>da</strong>s rações, podem se destacar entre os produtos deorigem vegetal como boas fontes de aminoáci<strong>do</strong>s essenciais. (TAFURI e RODRIGUES,1983)Do processamento industrial para obtenção de coco rala<strong>do</strong> desidrata<strong>do</strong>, pode-se obtertrês subprodutos, a saber: a água de coco, óleo de coco e a torta, estes <strong>do</strong>is últimos sãoelabora<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s amên<strong>do</strong>as descarta<strong>da</strong>s no processo produtivo (COSTA, 2005).O óleo de coco é utiliza<strong>do</strong> na fabricação de margarinas, álcoois, sabões, detergentes,cosméticos, velas, bem como, de óleo comestível. A torta de coco ou farinha de coco temuso na alimentação animal.Segun<strong>do</strong> Cornelius (1973) a polpa de coco ou amên<strong>do</strong>a seca é o produto maisvalioso que o coqueiro fornece. A copra, como também é conheci<strong>da</strong>, é a matéria-primautiliza<strong>da</strong> para extração <strong>do</strong> óleo de coco, pelo méto<strong>do</strong> de prensagem ou com a utilização desolvente. Obten<strong>do</strong>-se, como subproduto, <strong>do</strong> primeiro méto<strong>do</strong> a torta e <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> o fareloou farinha de coco (Bastos, 2004). Para produção de uma tonela<strong>da</strong> de copra são necessáriosde 6.000 a 7.000 cocos. Por sua vez, o rendimento de transformação <strong>da</strong> copra em óleo é <strong>da</strong>ordem de 50 a 63% quan<strong>do</strong> seco ao sol, e de 66% de óleo quan<strong>do</strong> seca em estufa (COSTA,2005).A prensagem mecânica é efetua<strong>da</strong> com prensas contínuas que são utiliza<strong>da</strong>s parauma parcial remoção de óleo segui<strong>da</strong> por processo de extração com solvente, o que constituio chama<strong>do</strong> “processo misto”. A prensagem mecânica sob alta pressão reduz o conteú<strong>do</strong> deóleo na torta até 5%, o que dispensa subseqüente extração por solvente. O materialacondiciona<strong>do</strong> entra na prensa ou expeller, por meio de um eixo alimenta<strong>do</strong>r. A prensa21