consiste de um cesto forma<strong>do</strong> de barras de aço retangular distancia<strong>da</strong>s, por meio de lâminas,cuja espessura varia de acor<strong>do</strong> com a semente. O espaçamento <strong>da</strong>s barras é regula<strong>do</strong> parapermitir a saí<strong>da</strong> <strong>do</strong> óleo e ao mesmo tempo agir como filtro para as partículas <strong>do</strong> resíduo <strong>da</strong>prensagem (torta). No centro <strong>do</strong> cesto gira uma rosca que movimenta o material para frentecomprimin<strong>do</strong>-o ao mesmo tempo. A pressão é regula<strong>da</strong> por meio de um cone de saí<strong>da</strong> ealcança centenas de atmosferas/cm 2 (MORETTO, 1998).Já na extração <strong>do</strong>s óleos vegetais por solvente a recuperação <strong>da</strong> matéria oleosa é feitapor meio de solvente. O material a ser extraí<strong>do</strong> é previamente tritura<strong>do</strong> e lamina<strong>do</strong>, parafacilitar a penetração <strong>do</strong> solvente. O material extraí<strong>do</strong> pode ficar mistura<strong>do</strong> na forma de umacama<strong>da</strong> ao re<strong>do</strong>r <strong>da</strong>s partículas <strong>da</strong>s sementes tritura<strong>da</strong>s e lamina<strong>da</strong>s, poden<strong>do</strong> ser recupera<strong>do</strong>por processo de simples dissolução. Esse material pode também ficar conti<strong>do</strong> em célulasintactas, que é removi<strong>do</strong> destas por difusão (MORETTO, 1998).As etapas de secagem e branqueamento <strong>do</strong> processamento <strong>do</strong> coco rala<strong>do</strong> são muitocríticas e influenciam nas proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong> farinha de coco, pois pode afetar a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>snutrientes, principalmente a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s proteínas. Para obtenção de uma copra de boaquali<strong>da</strong>de, a secagem não deve ser nem muito rápi<strong>da</strong> nem muito lenta. Os estágios para umaboa secagem incluem uma redução <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> de umi<strong>da</strong>de de cerca de 50% para 35% depreferência dentro de 24 horas, redução <strong>do</strong> teor de umi<strong>da</strong>de para aproxima<strong>da</strong>mente 20%durante o segun<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de 24 horas. Durante o terceiro perío<strong>do</strong> de secagem a reduçãodeverá ser de 5 a 6% (CORNELIUS, 1973).No caso <strong>do</strong> coco verde, é aconselhável deixa-lo em depósitos secos, areja<strong>do</strong>s porduas a quatro semanas, completan<strong>do</strong> a maturação e absorven<strong>do</strong> parte <strong>da</strong> água, o queenriquece o teor de óleo. A amên<strong>do</strong>a pode ser seca ao sol, sob fogo direto ou defuma<strong>da</strong> emforno ou estufa. O méto<strong>do</strong> de secar ao sol é o mais simples, necessitan<strong>do</strong>-se de quatro a setedias de forte sol para adequa<strong>da</strong> secagem. A melhor copra é produzi<strong>da</strong> em estufas, sen<strong>do</strong> esteprocesso mais moderno e a quanti<strong>da</strong>de de óleo depende, em grande parte, <strong>do</strong>s cui<strong>da</strong><strong>do</strong>sdispensa<strong>do</strong>s a esse produto durante o seu processamento (GOMES, 1976).O farelo deve ter cor clara para indicar que houve pouca ou nenhuma <strong>inclusão</strong> decascas (material fibroso). Além disso, sua composição varia muito, por vários fatores, porisso, sempre e recomendável fazer analise bromatológica.Embora algumas máquinas tenham si<strong>do</strong> desenvolvi<strong>da</strong>s para remoção <strong>da</strong> casca <strong>do</strong>coco, na maioria <strong>da</strong>s vezes este trabalho é realiza<strong>do</strong> anualmente. Depois de ser descasca<strong>do</strong>,o material deve ser desidrata<strong>do</strong> ate que tenha umi<strong>da</strong>de em torno de 5 a 6%, para evitardeterioração. A copra é então submeti<strong>da</strong> a pressão ou extração para retira<strong>da</strong> <strong>do</strong> óleo.22
Dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> equipamento utiliza<strong>do</strong>, o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> óleo <strong>do</strong> produto e variável. Acobertura fibrosa não tem qualquer valor como alimento. A torta <strong>do</strong> coco, resultante <strong>da</strong>extração mecânica <strong>do</strong> óleo <strong>da</strong> copra e o farelo de coco, proveniente <strong>da</strong> extração <strong>do</strong> óleo comsolventes, são os principais subprodutos <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> coco utiliza<strong>do</strong>s na alimentaçãoanimal. A torta ou farelo não deve ser velho ou rançoso. (GONÇALVES & BORGES,2003).De acor<strong>do</strong> com Andriguetto et al. (1983) esse subproduto apresenta de 22 a 26% deproteína bruta, 10 a 15% de fibra bruta, 35-40% de nutrientes digestíveis totais, 0,09% decálcio e 0,58% de fósforo. A quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> proteína é superior a <strong>do</strong> milho, porém, por suadeficiência em lisina é inferior a <strong>da</strong> torta de soja e <strong>do</strong> amen<strong>do</strong>im. O farelo de coco obti<strong>do</strong>por extração mecânica possui: 92% MS, 3,62 Mcal/kg EM, 22,40% PB, 0,19 % cálcio e 0,66% fósforo. No entanto, o farelo de coco obti<strong>do</strong> por solventes possui: 92% MS, 3,31 Mcal/KgEM, 23,40% PB, 0,08 cálcio e 0,57 fósforo (EMBRAPA, 2005).Fávero (2003) classifica o farelo de coco como sen<strong>do</strong> um subproduto energético,com médio a alto teor de fibra, que de acor<strong>do</strong> com Mc Donald et al. (1988) tem limita<strong>do</strong> ouso <strong>do</strong> farelo de coco nas rações de monogástricos, e está sen<strong>do</strong> considera<strong>da</strong> uma fonte deproteína de boa quali<strong>da</strong>de para ruminantes.2.2. Farelo de Coco na alimentação de RuminantesSegun<strong>do</strong> pesquisas, em nível mundial o coco e conheci<strong>do</strong> por suas proprie<strong>da</strong>desoleaginosas, depois de extraí<strong>do</strong> o óleo <strong>da</strong> copra, o resíduo, também chama<strong>do</strong> de torta, eemprega<strong>do</strong> na alimentação animal por ser um alimento rico em proteína, em torno de 20 %.No entanto, alguns autores citam restrições para este ingrediente, pois podem apresentarbaixa digestibili<strong>da</strong>de, possuem freqüentemente pouca palatabili<strong>da</strong>de, razão pela qual suaingestão voluntária e limita<strong>da</strong> (GOMES, 2006).As dietas animais têm como um de seus principais constituintes, as fontesprotéicas representa<strong>da</strong>s por ingredientes que, quanto a sua origem podem ser classifica<strong>do</strong>scomo: suplementos protéicos de origem animal e suplementos protéicos de origem vegetal,representa<strong>do</strong>s pelas sementes de oleaginosas, pelo subproduto <strong>da</strong> extração <strong>do</strong> óleo nelasconti<strong>do</strong>, chama<strong>do</strong> convencionalmente de “torta”, bem como outras substancias residuais quepodem ser usa<strong>da</strong>s como alimentos. Dietas constituí<strong>da</strong>s apenas por grãos de cereais e seussubprodutos, não atendem as necessi<strong>da</strong>des nutritivas <strong>do</strong>s animais, hoje ca<strong>da</strong> vez maisestu<strong>da</strong><strong>da</strong>s (ANDRIGUETO et al 1986).23