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LANAGRO-MG: EXCELÊNCIA E VALORIZAÇÃO DA ... - CRMV-MG

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sem adequadamente acondicionados com identificação completa(espécie, sexo, idade, raça, nome), suspeitas diagnósticas,laudo anatomopatológico e informes clínicos.Devem ser enviados resfriados (em gelo) ou congelados,sempre no interior de sacos plásticos ou recipientes secose limpos.A história de exposição, sinais clínicos e lesões compatíveis,além do tempo de protrombina prolongado, e a respostaao tratamento com vitamina K1, fornecem o diagnósticopresuntivo da intoxicação por cumarínicos (Rennó,Sacco e Barbosa, 2007).As anormalidades nos resultados de teste de coagulaçãoabrangem prolongamento do tempo de protrombina (TP),do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) e proteínasinduzidas pela ausência ou antagonismo da vitaminaK (PIAVK). Nenhum destes testes é específico pararodenticidas anticoagulantes (Gfeller e Messonier, 2006).Segundo Damon e Dye (2005), os dados laboratoriais emum animal intoxicado são: aumentos significantes dos temposde coagulação, de protrombina ativado, de tromboplastinaparcial ativada, hematócrito baixo, hipoproteinemiae detecção dos compostos anticoagulantes no plasma,no sangue não coagulado, fígado e conteúdo gastrointestinal.Animais intoxicados exibindo dispneia devem ser radiografadospara estabelecer a presença de fluido pleural,mediastinal ou pericardial.2.4- TRATAMENTOO rápido reconhecimento de intoxicação e seu tratamentoadequado são essenciais para o prognóstico favorável quandohá intoxicação por organofosforados ou carbamatos. A-lém disso, o atendimento precoce do animal é fundamentalpara aumentar suas chances de sobrevida (Andrade, 2008).Para o tratamento da intoxicação por organofosforados ecarbamatos, a atropina é o antagonista de escolha, mesmonão inibindo o efeito muscarínico, permanecendo as fasciculaçõesmusculares e paralisia muscular (Gfeller e Messonier,2006). Deve ser administrada em cães e gatos nadose de 0,2 a 2 mg/kg endovenoso (EV) ou intramuscular(IM) ou subcutâneo (SC). Administrar um quarto da dosepor via EV e o restante IM ou SC, repetindo conforme a necessidade(Xavier e Spinosa, 2008). Como marcador clínicoda atropinização efetiva, pode-se ter a redução da sialorreiae do alívio das alterações respiratórias (ausência de dispnéiae de secreções respiratórias), já que o diâmetro pupilarnão é um indicador confiável em gatos e em alguns cães(Andrade, 2008). Nos casos de dispnéia grave associadacom toxicidade por organofosforados ou carbamatos, é importanteadministrar oxigênio antes de fornecer atropina.A falta deste pode resultar em taquicardia em paciente quenão pode se deparar com demandas aumentadas de consumode oxigênio do miocárdio (Melo, Oliveira e Lago, 2002).O uso de oximas no tratamento de intoxicações por organofosforadosé amplamente aceito e usa-se a pralidoxima(2-PAM) na dose de 15 a 40mg/kg por via EV ou IM. Nocaso de ocorrerem convulsões, pode ser feito o uso de benzodiazepínicoscomo o diazepam, 0,5 a 1mg/kg, via EV. Deveser utilizada o mais precocemente possível pois não sãoeficientes após o envelhecimento enzimático. Diversos estudose experiências clínicas mostraram que há aumentoda toxicidade ao carbamato quando alguma oxima é utilizadano tratamento (Andrade, 2008).Em medicina humana, relata-se que o uso de tiamina é recomendadopara tratamento da polineuropatia tardia poralguns autores mas aparentemente não altera o curso dapatologia, mas a hiperestesia pode ser controlada por amitriptilina,carbamazepina e capsaicina, associados ou não.A fisioterapia é indicada em tratamentos de humanos acometidos(Vasconcellos, Leite e Nascimento, 2002).Pode-se tentar o tratamento com difenidramina na dose de4mg/kg a cada 8 horas por via oral até a recuperação doanimal, na neuropatia tardia (Bardin, 1994).O tratamento da intoxicação por cumarínicos envolve a utilizaçãoda vitamina K1. O fármaco injetável deve ser administradoapenas pela via subcutânea ou, em pacientesmuito pequenos, pela via oral (Gfeller e Messonier, 2006).A dose utilizada é 5mg/kg, devendo ser aplicada em diversossítios. Após 6 a 12 horas, deve-se administrar mais 1,5– 2,5mg/kg por via oral ou subcutâneo, dando continuidadepor via oral a intervalos de 12 horas por no mínimo 14dias (Damon e Dye, 2005).O tratamento de suporte deve incluir medidas gerais e específicas:• Ingestão: recomenda-se a lavagem gástrica até duas horasapós a exposição, bem como a administração de carvãoativado. O xarope de ipeca pode ser utilizado para induzirêmese em pacientes conscientes e alertas, embora algunsautores contra-indiquem sua indução pela possibilidadede ocorrência de posterior depressão de SNC e de convulsões.Contribui para a contra-indicação o fato de que algunspesticidas são formulados juntamente com solventesorgânicos cujos vapores, quando inalados ou aspirados,podem causar pneumonite química. A terapia com carvãoativado deve ser mantida por pelo menos 12 horas nas intoxicaçõespor carbamatos e por 48 horas nas intoxicaçõespor organofosforados (Andrade, 2008). A lavagem estomacalcom água bicarbonatada e suspensão de carvão ativadoa 20% é sempre mais indicado (Fikes, 1990).• Inalação: o paciente deve ser imediatamente retirado nolocal de exposição e os sinais de dificuldade respiratóriarevertidos (Andrade, 2008).• Contato ocular: os olhos devem ser lavados abundantementecom água morna por pelo menos 15 minutos (Andrade,2008).• Exposição dérmica: a pele deve ser lavada com sabão eARTIGO TÉCNICO 3V&Z EM MINAS23

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