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LANAGRO-MG: EXCELÊNCIA E VALORIZAÇÃO DA ... - CRMV-MG

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tomicina e penicilina, por via parenteral e (ou) em infusõesuterinas e no prepúcio, o custo é alto para o uso em largaescala. Várias combinações de antibióticos são sugeridascom o propósito de controlar o C. fetus em sêmen bovino,tanto fresco como congelado. A incubação do sêmen contaminadoa 35 °C durante 40 minutos em presença depenicilina, estreptomicina, lincomicina e espectinomicina,é capaz de reduzir o número de C. fetus no sêmen a níveisnão detectados em amostras testadas (Shin et al., 1988).Atualmente, o tratamento de machos infectados de corteestá desaconselhado, pois os resultados são insatisfatórios.Dificilmente, os locais de permanência do agente (criptasprepuciais) são modificados pelos antimicrobianos,além de ser anti-econômico. O valor do tratamento nasfêmeas está limitado, especialmente pela resposta montadapelo hospedeiro (Gomes, 2009).A vacinoterapia consta da vacinação de todos os animaissexualmente maduros do rebanho, touros e vacas, utilizando-seuma bacterina em adjuvante geralmente oleoso.Vacinas em adjuvante oleoso são consideradas eficazespara prevenir a infecção, perdas reprodutivas e tambémpara curar animais infectados (Cobo et al., 2003). Atualmente,a vacinoterapia é a medida terapêutica mais amplamenterecomendada para rebanhos positivos para a CGB.No caso de bovinos de corte, preconiza-se a vacinação aos60 e 30 dias antes de se iniciar a estação de monta, com revacinaçãoanual. Em bovinos leiteiros, como geralmentenão existe estação de monta, preconiza-se a vacinação detodos os animais em idade reprodutiva, tão logo seja feitoo diagnóstico, também com reforço anual. Além de ter açãoterapêutica, essa medida tem fins preventivos, diminuindoos riscos de infecção em reprodutores e matrizes que aindanão tiveram contato com o agente. Existe o risco de quetouros imunizados possam veicular mecanicamente o agente,principalmente quando é curto o intervalo entre as cobrições.Por esse motivo, recomenda-se vacinar touros evacas para acelerar o controle da doença no rebanho (Leiteet al., 1980).Essas vacinas, para serem efetivas, devem conter o antígenoK (antígeno da microcápsula), contra o qual se objetivaa produção de anticorpos opsonizantes. De acordo comtrabalhos experimentais, duas doses vacinais, cada umacontendo 20 mg de bactérias, intervaladas de cerca de 30-45 dias conferem imunidade que dura em torno de um ano.Devido à grande similaridade antigênica entre C. fetussubsp. venerealis e C.fetus subsp. fetus as bacterinas podemser preparadas com quaisquer das subespécies. Observou-seque a vacinação de bovinos com bacterinascontendo o Campylobacter fetus resultou na produção deanticorpos que reagiam frente ao Tritrichomonas foetus,outro agente infeccioso de grande importância na reproduçãoe também de transmissão venérea.De acordo com trabalhos de avaliação de bacterinas contendoo Campylobacter fetus, a vacinação de bovinos pelavia IM ou SC induz à produção de altos títulos de anticorposséricos, sendo IgG os predominantes. Na mucosagenital, os títulos de IgG são bem menores em relação aosobservados no soro sanguíneo, mas geralmente são suficientespara debelar a infecção.No Brasil, o uso de bacterinas no combate da CGB foi,pioneiramente, realizado por Leite (1977), em Minas Gerais,e por Ramos et al. (1986), no Rio de Janeiro. Esses autoresproduziram bacterinas, utilizando culturas autóctones deCampylobacter fetus subsp venerealis e seu subtipo intermediuse o C. fetus subsp. fetus, em adjuvante oleoso. Estestrabalhos são os primeiros relatos brasileiros, objetivandoo controle da doença através de imunobiológicos(Gomes, 2009).A vacinação aliada ao tratamento com antibióticos é ométodo mais eficiente de tratamento, mas devido ao seucusto é recomendado apenas para rebanhos infectados e parareprodutores, em especial aos touros, pois esses eventualmentenão apresentam uma resposta positiva à vacinação.Considera-se recuperado o animal que apresentar três examesconsecutivos intervalados de 15-20 dias negativospara a IFD ou cultura. Outra opção, no caso de touros,seria a realização do teste de cobrição de pelo menos trêsnovilhas virgens e observar se elas apresentam alteraçõesindicativas de CGB.A relação custo-benefício do tratamento deve ser bem avaliadapelo veterinário.8- ControleUma das principais armas para o controle da CGB é a utilizaçãoda inseminação artificial (Lage e Leite, 2000). Aintrodução da inseminação artificial com sêmen de boaqualidade associada à eliminação dos touros bloqueia atransmissão da doença, que se dá pelo coito. Como medidasprofiláticas também são recomendadas: repouso sexualde fêmeas por um período aproximado de 90 a 150dias, embora seja uma medida de alto custo e que apresentao risco de permitir a ocorrência de animais carreadores;cuidados com a desinfecção das instalações e fômites,e com o trânsito de animais, principalmente quandoda introdução de reprodutores em sistemas que utilizama monta natural. Nesses casos, é recomendada a realizaçãode três testes laboratoriais negativos antes de utilizaros animais na função reprodutiva. Uma atenção especialdeve ser direcionada para a manutenção de cercas para adiminuição de promiscuidade com propriedades adjacentes.Tratamento/vacinaçãoou descarte de touros infectados,dependendo da qualidade do animal; vacinação dosanimais em idade reprodutiva, já que apresenta boa relaçãocusto-benefício.ARTIGO TÉCNICO 7V&Z EM MINAS53

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