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LANAGRO-MG: EXCELÊNCIA E VALORIZAÇÃO DA ... - CRMV-MG

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ticos (Hum et al., 1991; Pellegrin, 2001) e por PCR (Stynen,2000, Yamazaki et al., 2010).O reprodutor constitui-se num bom indicador epidemiológicopara as doenças de caráter venéreo, sendo o animalde escolha quando se objetiva o diagnóstico destas no rebanho.Nos touros, pode-se coletar esmegma prepucial atravésde raspadores, swabs ou pipeta de Bartlett ou ainda pormeio de lavados prepuciais. Deve-se, contudo, ter algunscuidados básicos antes de se proceder à colheita do materialdestinado ao diagnóstico. O primeiro aspecto a ser observadoé submeter o animal a ser examinado a um repousosexual de pelo menos duas semanas, a fim de queocorra multiplicação do agente, aumentando a sensibilidadedos testes a serem realizados. O segundo cuidado é estimularo animal a urinar para evitar a contaminação domaterial, seja este destinado ao isolamento ou à imunofluorescência.Deve-se ainda fazer a limpeza do prepúcioe, se necessário, a tricotomia, visando diminuir a contaminaçãodo material a ser coletado.Nas fêmeas, o material de eleição é o muco cérvico-vaginalque pode ser obtido com auxílio de tampões ginecológicosou pela aspiração com o uso de pipetas de inseminação.O material destinado à muco-aglutinação não deve ser coletadodurante o estro, devido à probabilidade de resultadosfalso-negativos, ocasionados pela diluição dos anticorposno muco.No caso de abortos, o material de escolha é o conteúdo estomacalfetal. Placenta, pulmões, baço, fígado e cérebrotambém devem em ser remetidos sob refrigeração para oisolamento ou em formol a 10% para a histopatologia. Acoleta deve ser feita da forma mais asséptica possível e omaterial destinado ao isolamento remetido o mais rápidopossível ao laboratório, sob refrigeração. Alguns autorestêm relatado o isolamento do Campylobacter fetus subesp.venerealis a partir de fetos, 48-72 horas após o aborto, sema necessidade de meios de transporte. Contudo, de acordocom a maioria dos trabalhos, o agente apresenta pequenaresistência no meio ambiente, o que demonstra a necessidadedo rápido processamento do material destinado aoisolamento bacteriano, no máximo seis horas, ou do empregode meios de transporte e enriquecimento.6.2- IDENTIFICAÇÃO DO AGENTEO exame direto consiste na pesquisa do patógeno em espécimesclínicos, como o conteúdo estomacal de fetos abortados,esmegma prepucial ou o muco cérvico-vaginal deanimais suspeitos. Para tal, pode-se preparar, a partir domaterial, um esfregaço corado pela técnica de Gram paraser avaliado em objetiva de imersão, ou então realizar oexame direto em microscópio de campo escuro. Essas técnicasnão são muito recomendadas devido à baixa sensibilidadee especificidade. Por exemplo, no esmegma prepucialdos reprodutores podem ser encontradas espécies nãopatogênicas como o Campylobacter sputorum subsp. bubulusque apresenta morfologia bastante parecida.Outra forma de proceder à identificação do agente é o isolamentoque pode ser realizado a partir de diversos espécimesclínicos. No touro, pode-se tentar o isolamento apartir do esmegma, lavado prepucial ou swabs da mucosaprepucial e peniana. Nas fêmeas, o isolamento geralmenteé feito a partir do muco cérvico-vaginal. O isolamento doagente de fetos abortados pode ser feito a partir do conteúdoestomacal, pulmões ou da placenta.O isolamento e a identificação do organismo pela culturaé o teste padrão e confirmatório para o diagnóstico da infecçãopor C. fetus, no entanto a cultura é dificultada pelareduzida viabilidade do agente nas amostras coletadas,além de ser trabalhosa, demorada e dispendiosa (Brookset al., 2004).Para se obter sucesso no isolamento do Campylobacter émuito importante o uso de meios de transporte e enriquecimento,especialmente nos casos onde o tempo entre a colheitae o processamento do material é superior a seis horas.Além de preservar o agente durante período de 2-3dias, os meios de transporte (TEM) ainda possuem antibióticosque inibem a multiplicação de contaminantes comoProteus spp e Pseudomonas aeruginosa, permitindo a recuperaçãodo Campylobacter no material de campo, mesmoquando em baixa concentração (Hum et al., 1994).A detecção de C. fetus subsp venerealis é favorecida quandoas amostras de lavado prepucial chegam ao laboratóriode diagnóstico dentro de quatro horas após a inoculaçãoem meio de transporte e são transferidos para ágar Skirrowno mesmo dia (Monke et al., 2002).A IFD também é utilizada para a identificação do agentee se fundamenta na pesquisa do agente infeccioso nos espécimesclínicos remetidos ao laboratório, utilizando-seum conjugado específico (anticorpo específico contra o C.fetus subsp. venerealis marcado com um fluorocromo quepode ser o isotiocianato de fluoresceína).Podem ser utilizados como espécimes clínicos o conteúdoestomacal de fetos abortados, o lavado prepucial coletadoem solução salina pH 7,0 com 0,3% de formol, o esmegmaprepucial ou o muco cérvico-vaginal.A IFD constitui-se, ao lado do isolamento e da mucoaglutinação,uma das técnicas mais utilizadas para o diagnósticoda CGB.Trabalhos mais recentes apontam uma boa sensibilidadepara essa técnica em relação às técnicas convencionais erelatam a melhoria de sensibilidade da mesma através deum pré-enriquecimento da amostra a ser testada em meiosde cultura para transporte.A IFD constitui-se em boa alternativa de diagnóstico porapresentar alta sensibilidade e especificidade, permitindoARTIGO TÉCNICO 7V&Z EM MINAS51

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