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LANAGRO-MG: EXCELÊNCIA E VALORIZAÇÃO DA ... - CRMV-MG

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enérgética total, mas a exigência diária aumenta durantea gestação. A exigência de energia metabolizável (EM) paraganho uterino e de tecido mamário é cerca de 1,000 Kcaldurante a última semana de gestação (Noblet et al., 1985a.).Este grande aumento da exigência energética no final dagestação favorece um consumo maior de energia duranteeste período para evitar a mobilização de reservas corporaise para aumentar a deposição de proteína materna. Emconclusão, um único valor não pode ser recomendado comoexigência de energia para porcas em gestação. É maispertinente considerar que a exigência de EM durante a gestaçãodifere com o peso corporal (PC) (i.e., numero de parto,genótipo, etc) dos animais, ambiente (temperatura, atividade),perda de peso na lactação anterior e o ganho de pesolíquido materno desejado.A exigência diária para porcas em gestação varia de 6 a maisde 10 Mcal (Noblet et al., 1990) e segundo o NRC (1998),a exigência diária de energia para os produtos de concepçãoé 35,8 kcal de EM para cada feto. Isso significa que paracada feto produzido a mais será necessário um acréscimode aproximadamente 100 gramas de uma ração de gestaçãocom 3000 Kcal de EM /kg. Entretanto, na granja é impossívelprever quantos fetos possui um animal no final degestação sendo difícil adotar arraçoamentos específicos (individualizados).Uma alternativa para multíparas é adotarum arraçoamento diferenciado (+200 g/dia) para matrizesque apresentam um histórico de produtividade elevado,por exemplo, acima de 13 nascidos vivos/parto. Apesarde ser empírica, a adoção desse sistema em granjas comerciaistem funcionado razoavelmente bem.2.2- EXIGÊNCIA DE PROTEÍNA E LISINAPARA PORCAS GESTANTESFêmeas gestantes necessitam de proteína para mantença,crescimento e crescimento dos conceptos (fetos e membranasassociadas). Desse modo, os aminoácidos da dieta devemestar balanceados para garantir as necessidades dosfetos, das glândulas mamárias, mantença e crescimento maternal.Segundo Close (2001) matrizes modernas em crescimentoexigem de 14 a 15 g/dia de lisina, enquanto matrizespluríparas exigem de 10 a 11g/dia. As diferenças de exigênciasde aminoácidos e energia entre pluríparas e fêmeasem crescimento deixam claro que os programas de nutriçãodesses animais devem ser distintos. Por outro lado, Kim eWu (2005) propõem níveis e balanço de aminoácidos diferenciadospara fêmeas de 0 a 70 e de 70 a 112 dias de gestação.Desse modo, sugere-se que uma dieta diferenciada (ex.pré-lactação) seja utilizada no terço final de gestação.2.2.1- EFEITOS <strong>DA</strong> SUPLEMENTAÇÃO<strong>DA</strong> ARGININA DURANTE GESTAÇÃOA Arginina (Arg) desempenha múltiplos papéis no metabolismoanimal servindo de substrato para a síntese de proteína,como intermediária no ciclo da uréia e como precursorana síntese de vários compostos metabólicos importantes,incluindo o óxido nítrico (ON) e poliaminas (Wu &Morris, 1998). O óxido nítrico é o maior vasodilatador dascélulas endoteliais e desempenha um papel importante naregulação do fluxo sanguíneo placentário e, portanto, natransferência de nutrientes e oxigênio da mãe para o feto(Wu & Morris, 1998). A Arg é também um potente secretorde hormônios (Newsholme et al., 2005). Evidências crescentesmostram que o ON e as poliaminas são chaves regulatóriasda angiogênese e embriogêneses, como também docrescimento placentário e fetal (Wu et al., 2004a).Perdas embrionárias e fatais devido a condições intra-uterinasdesfavoráveis durante a gestação representam o maiorobstáculo para a maximização da eficiência reprodutiva emanimais de criação. Como o maior fator que influencia noambiente intra-uterino, a nutrição materna desempenha umimportante papel na regulação do crescimento, desenvolvimentoe sobrevivência fetal. Assim, fornecer a porca gestanteos nutrientes adequados, incluindo quantidades adequadasde aminoácidos, favorece o crescimento fetal.A arg não é somente exigida para a síntese de proteína e detoxificaçãoda amônia, mas também é uma precursora metabólicade muitas moléculas incluindo a prolina, ornitina, poliaminase ON (Kim et al., 2007). Este aminoácido é maiorcarreador de nitrogênio para os fetos suínos e é um dos aminoácidosmais abundantes nos tecidos fetais (Wu et al.,1999) e no fluido alantóide durante o início da gestação (Wuet al., 1996), demonstrando a sua importância na sobrevivência,crescimento e desenvolvimento fetal de leitões.Mateo et al. (2007), realizaram um estudo para verificar ahipótese de que aumentando o fornecimento de L-argininaaumentaria o desempenho reprodutivo de marrãs prenhasentre o 30º e 114º dias de gestação. Seus resultados indicaramque a suplementação com 1,0% de arginina-HCL entreos dias 30 e 114 de gestação, aumentaram a concentraçãode arginina, ornitina e prolina no plasma em 77, 53 e 30%,respectivamente. O tratamento com arginina não afetou opeso corporal e a espessura de toucinho nas marrãs, masaumentou o número de suínos nascidos em 22% e o pesototal da leitegada ao nascimento dos leitões nascidos vivosem 24% (Tabela 02). A concentração plasmática de arg eseus metabólitos (ornitina e prolina) foram alterados como tratamento entre o 70º e 110º dias de gestação, o qual coincidecom o período de rápido crescimento fetal (McPhetersonet al., 2004). A suplementação com arg reduziu o númerode natimortos em 65%, provavelmente devido a uma melhorano ambiente uterino para o crescimento e desenvolvimentofetal (Wu et al., 2006).Semelhantemente, outros pesquisadores relataram que suplementando1% de arginina na dieta de fêmeas suínas entreos dias 14 e 28 de gestação aumentou o número de leitõesnascido em um leitão sem afetar a média de peso aoARTIGO TÉCNICO 5V&Z EM MINAS33

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