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LANAGRO-MG: EXCELÊNCIA E VALORIZAÇÃO DA ... - CRMV-MG

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por meses ou mesmo anos, antes de ser reconhecida oudetectada.Os achados patológicos são de pouca aplicabilidade noque se refere ao estudo dessa doença, sobretudo em funçãoda baixa taxa de mortalidade e da ausência de lesões específicasnos reprodutores e fetos abortados. O examevaginal inicialmente revela uma vaginite catarral com secreçãomucosa que pode durar até três a quatro meses. Omuco é geralmente claro, mas pode ser ligeiramente turvoou, em casos excepcionais, purulentos. Ao mesmo tempo,acontece o processo de endometrite que nem sempre podeser detectado clinicamente. Na placenta é possível observaredema, placentite supurativa e necrótica focal e vasculite,com necrose da parede dos vasos e infiltração neutrofílica.A inflamação do trato genital está associada a um períodode infertilidade temporária causada pela impossibilidadede nidação e, consequentemente, morte do embrião em desenvolvimento.A morte fetal e o aborto são atribuídos àslesões placentárias e também ao choque séptico provocadopela presença de níveis elevados de LPS na circulaçãofetal. Geralmente o período de infertilidade está associadocom a fase aguda da doença, e o aborto com a fasecrônica, embora o aborto possa ocorrer também, na faseaguda.A resposta imune na CGB é predominantemente local. Inicia-secom o aparecimento de anticorpos IgM, os quaislogo declinam, seguidos da produção de IgA que geralmentese estende por vários meses. As bactérias que escapamda fagocitose são capazes de multiplicar-se e invadiro útero, durante a fase luteal, quando a resposta deneutrófilos é menor. Este fato, permite a produção de anticorposIgG, no útero e, IgA na vagina. A IgG possui atividadeopsonizante na fagocitose do agente pelos neutrófilose células mononucleares, mas não na mediada pelocomplemento. Anticorpos da classe IgG aparecem maistardiamente, geralmente após 60 dias de infecção, debelandoo agente infeccioso principalmente do útero e restaurandoa fertilidade do animal. Entretanto, uma parcela deaté 10% dos animais que se recuperam, podem apresentaro patógeno na cérvix por vários meses, em alguns casosaté 10 meses, funcionando como carreadores. A IgA imobilizao microorganismo nas superfícies cérvico-vaginais,limitando sua entrada no útero e mucosas e impedindonovas infecções. Anticorpos IgA não possuem ação opsonizante,daí a possibilidade de isolamento do agente apartir de muco cérvico-vaginal de vacas que apresentamaltos títulos aglutinantes.As imunoglobulinas contra o C. fetus, nos touros portadores,estão em baixos níveis, provavelmente pela localizaçãosuperficial do agente no prepúcio e o pequeníssimoestímulo ao sistema imune do hospedeiro ou ainda pelotratamento com antimicrobianos e vacinação.No que diz respeito à imunidade celular, acredita-se nodesenvolvimento de uma reação de hipersensibilidade emconsequência ao estímulo antigênico intenso, mas poucosestudos foram desenvolvidos nesta linha.6- DiagnósticoDiversas são as alternativas de diagnóstico para a CGB,entre elas estão o diagnóstico clínico, bacteriológico e sorológico.O diagnóstico clínico, a campo, é difícil em razão da diversidadede fatores, principalmente de manejo, que podemlevar os animais à repetição de cios. Taxas de fertilidadeda ordem 60-70% são frequentemente observadas, podendoa doença passar despercebida dentro de sistemas de produção.A CGB, entretanto, pode ser avaliada por meio dohistórico da propriedade e do desempenho reprodutivo esinais clínicos apresentados pelas fêmeas. Caso a propriedadepossua ficha de controle reprodutivo, esta se torna umaferramenta valiosa para o diagnóstico da doença. A ocorrênciade um número elevado de vacas apresentando repetiçãode cios em intervalos irregulares, o aumento no númerode serviços por concepção, a ocorrência de abortosocasionais no terço médio de gestação e o aumento no intervaloentre partos, principalmente quando subsequentesà introdução de animais sexualmente maduros no rebanho,constituem indícios bastante significativos da ocorrênciade CGB.Os sinais clínicos associados à CGB, embora indicativos,não são específicos, portanto não eliminam a necessidadede realização de exames laboratoriais. Existem diversasoutras doenças infecciosas e fatores ambientais e de manejoque podem determinar quadro de repetição de cio eabortos, com consequente queda nos índices de fertilidadedo rebanho, justificando a necessidade do diagnósticodiferencial. As doenças mais importantes para estabelecimentodo diagnóstico diferencial são: Tricomonose Bovina,Leptospirose, Rinotraqueíte Infecciosa Bovina e DiarréiaBovina a Vírus. Já os fatores ambientais e de manejoa serem considerados, os mais importantes são: anestronutricional; estresse calórico; falhas na detecção do cio;erros de inseminação; sêmen de qualidade inferior; tourosubfértil e relação touro x vaca inadequada.6.1- DIAGNÓSTICO LABORATORIALO diagnóstico da campilobacteriose genital bovina podeser realizado pelas técnicas de imunofluorescência direta(IFD) (Mellick et al., 1965; Winter et al., 1965; Figueiredoet al., 2002), de isolamento e identificação do agente (Leite,1977; Stoessel, 1982), de aglutinação com muco cérvicovaginal(Eaglesome, Garcia, 1992), por testes imunoenzimá-50 V&Z EM MINAS

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