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146Reh<strong>de</strong>r JRCL, Paulino LV, Paulino Evisualização <strong>da</strong> marcação dos pontos <strong>de</strong> aplicação corneanos sãofacilitados quando realizados sob microscópios com iluminaçãocoaxial (microscópios acoplados a aparelhos <strong>de</strong> excimer laserdificultam a marcação).Outrossim, po<strong>de</strong>-se afirmar que esta cirurgia é “cirurgião <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte”ou seja, a posição do probe e sua profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> penetração,assim como a compressão corneana durante aplicação sãofatores importantes para a obtenção <strong>de</strong> melhores resultados, pois umamá centralização <strong>da</strong> marcação <strong>de</strong>termina resultados refracionais comastigmatismos elevados e piores acui<strong>da</strong><strong>de</strong>s visuais.Com relação aos resultados po<strong>de</strong>-se afirmar que ocorre umabaixa acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual para longe no pós-operatório imediato, queé relata<strong>da</strong> como <strong>de</strong>sconfortável pela maioria dos pacientes. Este<strong>de</strong>sconforto diminui após o período <strong>de</strong> 30 dias <strong>em</strong> média com aestabilização do efeito <strong>da</strong> curvatura corneana.Existe uma per<strong>da</strong>parcial do efeito cirúrgico ao redor <strong>de</strong> 6 meses <strong>de</strong> pós-operatório,quando o paciente relata uma diminuição <strong>da</strong> AV para perto. Tambémocorre um fenômeno <strong>de</strong> dissociação entre a refração obti<strong>da</strong>no pós-operatório com a acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual do olho operado, ou seja,a refração medi<strong>da</strong> para longe no olho operado não condiz com aacui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual encontra<strong>da</strong>. Esta característica fomenta a teoriado efeito “blend” <strong>de</strong>scrita por Holla<strong>da</strong>y, na qual ocorreria um efeito<strong>de</strong> multifocali<strong>da</strong><strong>de</strong> corneana <strong>de</strong>vido ao “prolamento” central <strong>da</strong>córnea que seria responsável pela melhora <strong>da</strong> visão <strong>de</strong> perto, enão a miopização induzi<strong>da</strong> inicialmente.Com relação às indicações <strong>da</strong> Radiofrequência para a correção<strong>da</strong> presbiopia po<strong>de</strong>-se afirmar que o paciente i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>veapresentar obrigatoriamente no pré-operatório acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual<strong>de</strong> 20/20 <strong>em</strong> ambos os olhos, s<strong>em</strong> correção.A hipermetropia eventualmente existente após cicloplegianão <strong>de</strong>ve ultrapassar + 0.50 DE com + 0.50 DC, <strong>em</strong> ambos osolhos, para que não ocorram per<strong>da</strong>s visuais para longe quandoinstala<strong>da</strong> a visão balancea<strong>da</strong> pós-operatória.A faixa etária i<strong>de</strong>al está entre 45 e 55 anos pela característica<strong>da</strong> presbiopia evolutiva e pelas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>sacomo<strong>da</strong>tivas. Pacientes com acomo<strong>da</strong>ções muito funcionais oucompletamente falhas não possu<strong>em</strong> boa indicação.O efeito t<strong>em</strong>porário <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado uma característicapositiva <strong>da</strong> cirurgia, pois a presbiopia po<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> estar <strong>em</strong>evolução nesta faixa etária, sendo os procedimentos <strong>de</strong>finitivosmal indicados.A reaplicação po<strong>de</strong> ser indica<strong>da</strong> ao paciente apenas quandoo efeito cirúrgico obtido tiver regredido completamente e,segundo a literatura, <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>da</strong> nos mesmos pontos <strong>da</strong>aplicação anterior.Nesta técnica cirúrgica também não ocorre per<strong>da</strong> <strong>de</strong>finitiva<strong>de</strong> tecido corneano; o centro ótico <strong>da</strong> córnea é preservado, eos resultados d<strong>em</strong>onstraram que a monovisão obti<strong>da</strong> mantémuma acui<strong>da</strong><strong>de</strong> visual para longe satisfatória no olho operado.Ain<strong>da</strong> <strong>em</strong> relação às aplicações refrativas exist<strong>em</strong> váriostrabalhos utilizando a termoceratoplastia com radiofrequênciapara correção do astigmatismo.Wen Xuet al. <strong>em</strong> 2010 concluíram que com o nomogramaestabelecido para CK po<strong>de</strong>r-se-ia obter um resultado eficientepara o tratamento <strong>de</strong> astigmatismos hipermetrópicos. (26)Outras indicações oftalmológicasNa medicina mo<strong>de</strong>rna po<strong>de</strong>-se observar que muitas técnicasutiliza<strong>da</strong>s para procedimentos terapêuticos diversos apresentampossibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s diferentes <strong>de</strong> uso. Os diversos tipos <strong>de</strong>lasers como os diversos aparelhos que utilizavaa radiofrequênciamostram <strong>em</strong> comum a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cauterização, coagulação,contração dos tecidos, vaporização e realização <strong>de</strong> cortes. (33-39)Com a radiofrequência po<strong>de</strong>-se, <strong>em</strong> varias situações, obterresultados s<strong>em</strong>elhantes aos dos lasers com menores custos simplesment<strong>em</strong>odulando a frequência, potência, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposição,pulso e utilizando probes uni, bi ou tri polares. (25,26,38,39)Plástica ocularNa plástica ocular a radiofrequência t<strong>em</strong> sido utiliza<strong>da</strong> <strong>em</strong>blefaroplastias, exérese <strong>de</strong> tumores, para o tratamento <strong>de</strong>xantelasma, triquíase, e na reconilização do ductonasolacrimal. (9,18)ConjuntivaNa conjuntiva a radiofrequência é utiliza<strong>da</strong> para coagulação,síntese cirúrgica, tratamento <strong>de</strong> pterígios e exérese <strong>de</strong> tumores.(10)Musculatura extrínseca ocularNos estrabismos a radiofrequência po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> no enfraquecimentolateral ou medial dos músculos extrínsecos, noscasos <strong>de</strong> estrabismos leves, ou mesmo no corte dos músculos durantea cirurgia.CórneaNas doenças externas a radiofrequência é utiliza<strong>da</strong> no tratamentodo ceratocone e <strong>da</strong>s ceratopatias bolhosa. (11,12,24,30,33-37,40-45)Cirurgia <strong>de</strong> catarataNas cirurgias <strong>de</strong> catarata o uso mais frequente é na realização<strong>de</strong> capsulorrexes anterior ou também nas capsulorrexesposteriores <strong>em</strong> cataratas congênitas. (13,14)GlaucomaNo glaucoma, atualmente, vários são os estudos que mostrama utilização <strong>da</strong> radiofrequência para a realização <strong>de</strong> fístulastransconjuntivais na região do trabeculado com o aparelho <strong>de</strong>nominadoTrabectome.REFERÊNCIAS1 Rowsey JJ,Gaylor JR,Dahlstrom R, Doss JD. Los Alamoskeratoplastytechniques. Contact Intraocul Lens Med J. 1980;6:1-12.2 Doss JD,Rowsey JJ. A technique for the selective heating of cornealstroma. Contact Intraocul Lens Med J. 1980;6:13-7.3 Rowsey JJ,Doss JD. Preliminary report of Los Alamos KeratoplastyTechniques. Ophthalmology. 1981;88(8):755-60.4 Doss JD. Multipolar corneal-shaping electro<strong>de</strong> with flexible r<strong>em</strong>ovableskirt.U.S. Patent 4 381 007, Apr 26. 1983.5 RowseyJJ. Electrosurgical keratoplasty: up<strong>da</strong>te and retraction.InvestOphthalmol Vis Sci. 1987;28:S224.6 Neumann SM,Kainer RA, Severin GA. Reaction of normal equineeyes to radio-frequency current-induced hyperthermia. Am J Vet Res.1982;43(11):1938-44.7 Glaze MB, Turk MA. Effects of radiofrequency hyperthermia on thehealthy canine cornea. Am J Vet Res. 1986;47(4):913-8.8 Paulino LV, Paulino E, Barros RA, Salles AG,Reh<strong>de</strong>r JRCL. Alteraçãotopográfica <strong>da</strong> curvatura corneana após aplicação <strong>de</strong> radiofrequência<strong>em</strong> mo<strong>de</strong>lo animal.ArqBras Oftalmol. 2005;68(4):451-6.9 Polyak SL. Historical appendix to the human eye in anatomical transparencies.Rochester, New York: Baush& Lomb; 1943. 30p.10 Waring GO 3rd, Lynn MJ, McDonnell PJ. Results of the prospectiveevaluation of radial keratotomy (PERK) study 10 years after surgery.Arch Ophthalmol. 1994;112(10):1298-308.11 Stevens SX,Polac PJ, Young DA. Complications of radial keratotomy.In: Krachmer JH, Mannis MJ, Jolland EJ, Palay DA. Cornea:text andcolor atlas [CD-ROM]. St Louis: Mosby; 1998. 3(168).Rev Bras Oftalmol. 2013; 72 (2): 142-7

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