12.07.2015 Views

i seminário do npgau - Escola de Arquitetura - UFMG

i seminário do npgau - Escola de Arquitetura - UFMG

i seminário do npgau - Escola de Arquitetura - UFMG

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

NÚCLEO TEMÁTICO I: Cida<strong>de</strong> em movimento e movimento na cida<strong>de</strong>programa <strong>de</strong> pós-graduação em arquitetura e urbanismo da ufmg (org.)A produção <strong>do</strong> espaço não construí<strong>do</strong>: reflexões sobre áreasprotegidas <strong>de</strong> Belo Horizonte e sua periferia sul‐metropolitanaThe production of unconstructed space: thoughts on the protected areas in BeloHorizonte's southern suburbs.Ana Carolina P. EUCLYDESMestre em Geografia/<strong>UFMG</strong>; Doutoranda em <strong>Arquitetura</strong> e Urbanismo pelo NPGAU/<strong>UFMG</strong>; Consultora<strong>de</strong> meio ambiente e <strong>de</strong>senvolvimento sustentável da Assembleia Legislativa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais.anacpeucly<strong>de</strong>s@gmail.comisbn: 978-85-98261-08-9RESUMOCom Henri Lefebvre (1991), po<strong>de</strong>‐se afirmar que, na socieda<strong>de</strong> capitalista, tanto a construção civilcomo a restrição à construção – ou a quaisquer outros usos – são faces da produção <strong>do</strong> espaço. Nessaperspectiva, a reflexão sobre os espaços intencionalmente não construí<strong>do</strong>s, como os parques e outrasáreas protegidas, po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada um prisma pertinente para a apreensão <strong>de</strong> regras,conhecimentos, i<strong>de</strong>ologias e simbolismos que pautam o processo <strong>de</strong> produção <strong>do</strong> espaço. Nesteartigo, combinan<strong>do</strong> a história da instituição <strong>de</strong> áreas naturais protegidas com a história da expansãoda capital mineira na direção sul, ressalta‐se a relevância <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> das áreas ver<strong>de</strong>s e áreasprotegidas para a compreensão das dinâmicas históricas e contemporâneas da produção <strong>do</strong> espaço naRegião Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte. Com essa reflexão, verifica‐se que essas áreas, registros <strong>de</strong><strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s tempo e espaço, compõem o palimpsesto da construção <strong>do</strong> espaço urbano,expressan<strong>do</strong> diferentes representações <strong>de</strong> natureza e distintos projetos <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>.PALAVRAS‐CHAVE: parque, região metropolitana, produção <strong>do</strong> espaço, áreas protegidas, BeloHorizonte13ABSTRACTLefebvre's (1991) work suggests that, in capitalist society, both the construction and the restriction toconstruction – or to any other uses – are aspects of space production. From that point of view, the studyof the spaces that are intentionally not built, such as parks and other protected areas, can be consi<strong>de</strong>redan appropriate perspective to perceive the rules, the knowledge, the i<strong>de</strong>ologies and the symbols thatsteer space production processes. In this paper, compounding the history of the institution of protectedareas with the history of the expansion of state capital towards south, we highlight the relevance of thestudy on green areas and protected areas for the comprehension of the historical and contemporarydynamics of space production in Belo Horizonte's metropolitan region. With such contributions, we attestthat these areas refer to <strong>de</strong>termined space and time conditions inhering the palimpsest of urban spaceconstruction, expressing different representations of nature and distinct city projects.KEYWORDS: parks, metropolitan region, space production, protected areas, Belo Horizonte.1 A PRODUÇÃO DO ESPAÇO NÃO CONSTRUÍDOO espaço não é um objeto científico <strong>de</strong>scarta<strong>do</strong> pela i<strong>de</strong>ologia ou pela política; ele sempre foi político e estratégico.Se o espaço tem um aspecto neutro, indiferente em relação ao conteú<strong>do</strong>, (…) é precisamente porque ele já estáocupa<strong>do</strong>, or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>, já foi objeto <strong>de</strong> estratégias antigas, das quais nem sempre se encontram vestígios. O espaço foiforma<strong>do</strong>, mo<strong>de</strong>la<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> elementos históricos ou naturais, mas politicamente (LEFEBVRE, 2008, p. 61).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!