107enfermos dos rebanhos; fazer exames clínicos simples, dos animais; confirmar o uso deantimicrobianos; observar as práticas de manejo dos animais; observar o momento de ordenhae realizar registros fotográficos.Foram realiza<strong>da</strong>s três reuniões, duas no município de Prata e uma em Passagem, com aparticipação <strong>da</strong> equipe do projeto, pesquisadores, presidentes de associações, produtores erepresentantes <strong>da</strong>s usinas para discutir os resultados encontrados no decorrer <strong>da</strong> pesquisa.Nestas reuniões foram abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s questões so<strong>br</strong>e manejo sanitário dos animais, manejo deordenha, manejo de animais em tratamento e manejo do leite. Além <strong>da</strong> realização de umareunião exclusiva so<strong>br</strong>e Agalaxia Contagiosa, que abordou a etiologia, epidemiologia, ossinais clínicos, formas de tratamentos e medi<strong>da</strong>s de controle.Os resultados <strong>da</strong> pesquisa de presença de resíduos antimicrobianos nas amostras deleite foram qualificados em presença e ausência, e os resultados dos questionários foramquantificados. Sendo ambos, submetidos á estatística descritiva com os resultadosrepresentados em termos absolutos e percentuais (VIEIRA, 1998).RESULTADOS E DISCUSSÃODos 34 produtores que participaram do experimento, 85,29% deles produziu ao menosuma vez, leite com resíduos antimicrobianos. A presença dos resíduos concentrou-se nasegun<strong>da</strong> fase <strong>da</strong> pesquisa, mais especificamente no mês de novem<strong>br</strong>o. Porém só puderamparticipar <strong>da</strong> investigação epidemiológica, 32 produtores os demais não foram localizados.Na investigação epidemiológica, realiza<strong>da</strong> nas visitas as proprie<strong>da</strong>des, com amostras deleite positivas para resíduos antimicrobianos, conseguiram-se mapear, segundo oconhecimento dos produtores e os exames clínicos dos animais, as causas <strong>da</strong> presença dosresíduos, de onde foi encontra<strong>da</strong>, a mastite clínica como responsável em 100% dos casosinvestigados e confirmados a utilização recente de antimicrobianos.Já nas entrevistas com os produtores que participaram do experimento, independentede terem apresentado amostras positivas para resíduos antimicrobianos nas análiseslaboratoriais, quando questionados so<strong>br</strong>e os principais problemas sanitários que aparecem nosrebanhos de caprinos. Dos produtores entrevistados somente 38,3% afirmaram ocorrer
108enfermi<strong>da</strong>des em seus rebanhos, destes a grande maioria informaram ser a mastite a principaldelas, totalizando 49% destes, como pode ser visto na Tab. 1.Tabela 1. Prevalência dos principais problemas sanitários que acometem os caprinos, segundoEnfermi<strong>da</strong>desinformações dos produtores.% de produtores que informaram ocorrerenfermi<strong>da</strong>des em seus rebanhosMastite 49%Conjuntivite 17%Linfadenite Caseosa 11%Ectima Contagioso 9%Artrite 9%Clostridiose 5%Na opinião dos produtores e mediante o exame clínico dos animais enfermos e dohistórico epidemiológico, constatou-se que a maioria dos casos de mastite clínicaencontrados, estava associa<strong>da</strong> à Agalaxia Contagiosa dos Ovinos e Caprinos (ACOC) e aotrauma <strong>da</strong> glândula mamária.As informações conti<strong>da</strong>s na tabela 1, mais especificamente, as percentagens demastite, conjuntivite e artrite, podem ser indicativas <strong>da</strong> existência de Agalaxia Contagiosa,em alguns rebanhos estu<strong>da</strong>dos. Além disso, nas visitas às proprie<strong>da</strong>des foi possívelobservar sinais clínicos característicos dessa enfermi<strong>da</strong>de, com aumento de volume nasarticulações, an<strong>da</strong>r rígido, dor local, alguns animais também tinham irritação ocular elacrimejamento, e os principais sinais clínicos observados nas fêmeas em lactação foram:aumento de volume do úbere, dor, rubor, a palpação o úbere apresentava consistência firmee agalaxia, onde, em alguns animais a produção começava a diminuir até parar e em outrosa produção de leite parava de um dia para o outro.Os achados clínicos coincidem com os encontrados por Azevedo et al. (2006) quedescreveram os dois primeiros surtos de Agalaxia Contagiosa dos Ovinos e Caprinos, causa<strong>da</strong>por Mycoplasma agalactiae, do país, ocorridos no estado <strong>da</strong> Paraíba. Esses mesmos sinais
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