25organizados e distribuídos em 32 associações. Todo esse leite é entregue a 22 mini-usinas, quepasteurizam, envasam e entregam aos postos de distribuição espalhados por todo estado. Alémde algumas delas produzirem derivados lácteos destinados à meren<strong>da</strong> escolar ecomercializarem alguns produtos, licor de leite de ca<strong>br</strong>a, doces de leite, queijos de coalho equeijos finos, iogurtes e requeijão, nos mercados locais, feiras e eventos (FAC, 2007;SEBRAE, 2007).Dados <strong>da</strong> FAO (2000), mostram que mesmo com todo potencial <strong>da</strong> caprinocultura<strong>br</strong>asileira, existia ain<strong>da</strong> a necessi<strong>da</strong>de do melhor aproveitamento desta ativi<strong>da</strong>de, visto que oBrasil apresentava cerca de 12.600.000 milhões de cabeças de caprinos, possuía o 11º maiorrebanho do mundo e contribuía com apenas 1,3% <strong>da</strong> produção de leite de ca<strong>br</strong>a. E asestimativas de produção de leite de ca<strong>br</strong>a variavam de 6.100.000 a 7.920.000 milhões deL/ano, com uma produtivi<strong>da</strong>de crescente em torno de 30 Kg de leite/ano, enquanto que ademan<strong>da</strong> de potencial estima<strong>da</strong> era de 12.000.000 a 15.840.000 milhões de litros por ano. Jásegundo Costa (2004), as regiões Sudeste e Nordeste eram responsáveis por praticamente100% <strong>da</strong> produção <strong>br</strong>asileira de leite de ca<strong>br</strong>a sendo de 54,6% e 45,4%, respectivamente. E naregião Nordeste, destacavam-se os estados do Rio Grande do Norte e <strong>da</strong> Paraíba.No entanto, oito anos depois, o que pode ser observado é uma que<strong>da</strong> no número deanimais e produção de leite caprino na maioria dos estados <strong>br</strong>asileiros, haja vista que, deacordo com os resultados preliminares do censo agropecuário de 2006, o rebanho <strong>br</strong>asileiropossui 7.109.052 milhões de cabeças de caprinos. As regiões que se destacam são a Nordeste:6.452.373 milhões, Sul: 289.201 mil e Sudeste: 156.862 mil cabeças, ou seja, a regiãonordeste representa aproxima<strong>da</strong>mente 90,76% do rebanho caprino <strong>br</strong>asileiro (IBGE, 2006).Dentre os estados nordestinos, a Bahia assume o topo, segui<strong>da</strong> do Piauí, Pernambuco, Ceará eem quinto lugar está a Paraíba com rebanho de 458.911 mil cabeças cria<strong>da</strong>s em 21.839 milproprie<strong>da</strong>des, que apesar de não possuir o maior número de animais, destaca-se com maiorprodução de leite de ca<strong>br</strong>a do país, com produção anual aproxima<strong>da</strong> em 6.570.000 milhões delitros (IBGE, 2006; SEBRAE, 2007). Nas microrregiões do Cariri e Médio Sertão, desteestado, municípios como Prata e Passagem que possuem respectivamente 4.681 e 3.033 milcabeças de caprinos, distribuídos em sua maioria em pequenas proprie<strong>da</strong>des, totalizando 115em Prata e 24 em Passagem, apresentam produção anual de 232.000 e 90.000 mil litros deleite, respectivamente (IBGE, 2006).
262.2 O leite de ca<strong>br</strong>a e sua importânciaA maior parte do leite de ca<strong>br</strong>a (93% a 95%) é consumi<strong>da</strong> na forma de leite fluidobeneficiado ou não, nos municípios e até em ci<strong>da</strong>des vizinhas de onde ele é produzido. Já osderivados lácteos do leite de ca<strong>br</strong>a ain<strong>da</strong> representam uma pequena porcentagem do consumototal, sendo 3,0% a 4,0% em forma de leite em pó e 2,0% a 3,0% como queijos, doces,iogurtes, sorvetes e cosméticos (SIMPLÍCIO & WANDER, 2003; COSTA, 2004).Segundo Dubeuf (2005), grande parte <strong>da</strong> população mundial tem acesso ao leite deca<strong>br</strong>a. Somente em 2005 foram produzidos no mundo 12,5.000.000 milhões de tonela<strong>da</strong>s,porém menos de cinco por cento deste total foi comercializado. Uma vez que a maior parte doleite de ca<strong>br</strong>a produzido no mundo é utilizado no consumo doméstico <strong>da</strong>s famílias, vendidopara a vizinhança ou usado para alimentação <strong>da</strong>s crias.Composto quimicamente por 87% de água; 3,2 a 6% de gordura (rico em ácidos graxosde cadeia curta ou satura<strong>da</strong> e com menor diâmetro, possibilitando alta digestibili<strong>da</strong>de de suasgorduras); 28,18 g/1000g de proteínas (destacando a β-lactoalbumina, α-lactoalbumina, K -caseina, β-caseína e α-caseína); 0,8% de sais, ausência do pigmento β-caroteno conhecidocomo provitamina A, responsável pela cor amarela do leite de vaca); apresenta ain<strong>da</strong> enzimascomo lactoperoxi<strong>da</strong>se, lipase, catalase, fosfatase e r<strong>edu</strong>tase e vitaminas lipossolúveis ehidrossolúveis. Por conter notáveis quanti<strong>da</strong>des de vitaminas A (1850 UI a 2264 UI deretinol), B 1 (68 mg/100 mL), B 12 (210 mg/100 mL), D (0,70 UI/g de gordura), Ca++ (111mg/100 mL), Na+ (45 mg/100mL) e K+ (206 mg/100mL), que acaba exercendo umainfluência reguladora so<strong>br</strong>e a flora bacteriana do trato intestinal (FURTADO, 1985;RIBEIRO, 1997).Como foi citado acima, percebe-se que o leite de ca<strong>br</strong>a tem em sua composição umadiversi<strong>da</strong>de de nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo humano. AOrganização <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s para a Agricultura e a Alimentação – FAO (2002) mostra queum litro de leite de ca<strong>br</strong>a por dia proporciona to<strong>da</strong>s as proteínas que uma criança de até seisanos precisa, 60% <strong>da</strong>s proteínas que crianças de 6 a 14 necessitam e metade <strong>da</strong>s proteínas quejovens de 14 a 20 anos precisam. Além de todo cálcio para crianças até 10 anos, 90% do cálcioque jovens de 10 a 18 necessitam e todo cálcio necessário para um adulto.
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