232 REVISÃO DE LITERATURA2.1 A caprinocultura no mundo, no Brasil, no Nordeste e na ParaíbaOs pequenos ruminantes, com destaque para a espécie caprina, possuem atributosespeciais, resultantes do seu processo de evolução. Quando desenvolveram característicasanatômicas, fisiológicas e comportamentais que lhe conferem um papel importante dentro dosistema de produção familiar nas regiões de clima Semi–árido. Dentre estas característicaspodem ser destaca<strong>da</strong>s: sua capaci<strong>da</strong>de de aproveitar a vegetação nativa, habili<strong>da</strong>de paracaminhar longas distâncias, curto intervalo entre partos, alta prolifici<strong>da</strong>de, carcaças pequenasque podem ser vendi<strong>da</strong>s ou consumi<strong>da</strong>s em um curto período de tempo (fator importante emregiões onde não existe refrigerador para conservar os alimentos) sendo um rebanho de fácilmanejo que pode ser realizado por pessoas jovens ou idosas <strong>da</strong> família (LEBBIE, 2004).As características biológicas de a<strong>da</strong>ptabili<strong>da</strong>de dos caprinos possibilitam a exploraçãode uma diversi<strong>da</strong>de de produtos que são valorizados no mundo inteiro, como: carne, leite,esterco, pele, pêlo dentre outros. Tais produtos podem cumprir o papel de geração de ren<strong>da</strong> econtribuir diretamente ou indiretamente para a garantia <strong>da</strong> segurança alimentar <strong>da</strong> família.Diretamente porque a carne e o leite podem ser as principais fontes de proteína <strong>da</strong> dieta <strong>da</strong>sfamílias e indiretamente na fertilização do solo, possibilitando o aumento <strong>da</strong> produçãoagrícola. Na China, o leite de ca<strong>br</strong>a é utilizado na medicina tradicional chinesa e o estercoquando utilizado para fertilizar o solo pode aumentar a produtivi<strong>da</strong>de de grãos entre 15% e30% (SINN et al., 1999).A criação de pequenos ruminantes nas uni<strong>da</strong>des de produção familiar tem também,como papel social, contribuir para uma maior relação entre os mem<strong>br</strong>os <strong>da</strong> família, visto que,podem ser manejados por jovens e adultos. No entanto, historicamente, tem sido a mulherquem mais se envolve com esta ativi<strong>da</strong>de. A mulher que normalmente trabalha de 12 a 16horas por dia desenvolvendo ativi<strong>da</strong>des domésticas e contribuindo na agricultura, nem sempretem seu trabalho reconhecido como ativi<strong>da</strong>de importante para a segurança alimentar e geraçãode ren<strong>da</strong> para a família. É através <strong>da</strong> criação de caprinos e ovinos que seu trabalho em muitos
24casos, passa a ser reconhecido como ativi<strong>da</strong>de geradora de alimento e ren<strong>da</strong> (SINN et al.,1999).Pelas potenciali<strong>da</strong>des acima cita<strong>da</strong>s, esta ativi<strong>da</strong>de tem sido incorpora<strong>da</strong> nas políticaspúblicas de cunho social que visam à melhoria de condições de vi<strong>da</strong> de famílias que habitamregiões po<strong>br</strong>es. Na Ásia, a criação de pequenos ruminantes faz parte do programa paradesenvolvimento de pessoas na China, Coréia, Tailândia, Índia, Sirilanka, Nepal, Bangladeshee Vietnam (PELANT et al., 1999).No Panamá a criação de ca<strong>br</strong>as leiteiras foi incentiva<strong>da</strong>, por meio de projetosdesenvolvidos pelo governo e a Organização <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s para a Agricultura e aAlimentação - FAO, no intuito de combater a po<strong>br</strong>eza e a desnutrição em áreas rurais do país,uma vez que: o leite de ca<strong>br</strong>a constitui um alimento de alto valor nutritivo; a criação de ca<strong>br</strong>asdiferencia <strong>da</strong> criação de outros animais de pequeno porte como galinhas e porcos, pois asca<strong>br</strong>as não competem com a alimentação familiar, já que elas podem alimentar-se <strong>da</strong>vegetação disponível no local; o esterco produzido pelos animais pode servir de aduboorgânico para produção de hortaliças e outros cultivos; os caprinos necessitam de menorespaço de terra em relação à criação de grandes animais, que é o principal limitante defamílias po<strong>br</strong>es para desenvolver projetos produtivos; as ca<strong>br</strong>as são mais pacientes, afetuosas esupostamente dóceis, permitindo envolver em seu manejo to<strong>da</strong> família, incluindo crianças;além de possuírem reprodução rápi<strong>da</strong>, alcançando maturi<strong>da</strong>de sexual e reprodutiva entre sete e10 meses de i<strong>da</strong>de e poder <strong>da</strong>r mais de uma cria por parto (FAO, 2002).Para Martins et al. (2006), a indução <strong>da</strong> deman<strong>da</strong> de leite de ca<strong>br</strong>a através de comprasgovernamentais, com o objetivo de inseri-lo no cardápio <strong>da</strong> meren<strong>da</strong> escolar, poderátransformar a produção de leite de ca<strong>br</strong>a em uma viável alternativa na geração de emprego eren<strong>da</strong> para a população, especialmente aqueles que vivem na região Nordeste.No estado <strong>da</strong> Paraíba existe um exemplo do impacto <strong>da</strong>s políticas públicas so<strong>br</strong>e aprodução de leite de ca<strong>br</strong>a, onde há produção diária de 18.000 mil litros de leite por dia(L/dia), sendo 15.000 mil L/dia destinados para programas governamentais como: Conab,Programa Leite <strong>da</strong> Paraíba e Fome Zero, que atendem a 137 municípios paraibanos, sendobeneficia<strong>da</strong>s 120.168 mil famílias, com o recebimento de leite de ca<strong>br</strong>a pasteurizado edistribuição de iogurtes e bebi<strong>da</strong>s láctea na meren<strong>da</strong> escolar. Esses programas compram leitede 1.500 produtores, sendo que 900 têm a ativi<strong>da</strong>de como principal fonte de ren<strong>da</strong>,
- Page 1 and 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRA
- Page 3 and 4: MARIA JÚLIA NARDELLIRESÍDUOS ANTI
- Page 5 and 6: AGRADECIMENTOSA Deus por ter permit
- Page 7 and 8: Aos produtores de leite de cabra do
- Page 9 and 10: 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....
- Page 11 and 12: LISTA DE TABELASII CAPÍTULO - RES
- Page 13 and 14: LISTA DE QUADROSI CAPÍTULO - CONSI
- Page 15 and 16: Gráfico 8 - Número de casos suspe
- Page 17 and 18: Figura 15 - Antimicrobianos utiliza
- Page 19 and 20: ABSTRACTThis work was conducted in
- Page 21 and 22: 1 INTRODUÇÃO GERALA criação de
- Page 23: 22presença, rastrear as principais
- Page 27 and 28: 262.2 O leite de cabra e sua import
- Page 29 and 30: 28bem e argumenta que a produção
- Page 31 and 32: 30Costa (1996), afirma que a quanti
- Page 33 and 34: 32saúde humana, expressada em: mil
- Page 35 and 36: 34grave problema, tanto por aumenta
- Page 37 and 38: 36confirmada pela primeira vez no B
- Page 39 and 40: 38leite tratado termicamente, dar a
- Page 41 and 42: 40degradam ou modificam fármacos e
- Page 43 and 44: 42A Organização Mundial de Saúde
- Page 45 and 46: 44recebimento de leite nas usinas,
- Page 47 and 48: 46AZEVEDO, E.O.de. Aspectos clínic
- Page 49 and 50: 48CORREA, F.; CASTRO, R.S.de. Conta
- Page 51 and 52: 50LANGONI, H.; DOMINGUES, P.F.; BAL
- Page 53 and 54: 52NERO, L.A.; MATOS, M.R.; BELOTI,
- Page 55 and 56: 54SILVA, E.R.; SIQUEIRA, A. P; MART
- Page 57 and 58: 56II CAPÍTULORESÍDUOS ANTIMICROBI
- Page 59 and 60: 58ANTIMICROBIALS RESIDUES IN GOAT O
- Page 61 and 62: 60mesmo em concentrações muito ba
- Page 63 and 64: 62A economia dos municípios baseia
- Page 65 and 66: 64de vidro, de 250 mL, bocas largas
- Page 67 and 68: 66Figura 6 - Banho-maria a 64° C.F
- Page 69 and 70: 68rebanho; medidas de higiene e man
- Page 71 and 72: 703 RESULTADOS E DISCUSSÃO3.1 Pres
- Page 73 and 74: 72precária disponibilidade de recu
- Page 75 and 76:
74que foi processado por tratamento
- Page 77 and 78:
76Tabela 4 - Valores absolutos e pe
- Page 79 and 80:
78Tabela 5 - Número de produtores,
- Page 81 and 82:
80que recebiam antimicrobianos, res
- Page 83 and 84:
823.3 Investigação da utilizaçã
- Page 85 and 86:
84Não SabePós-parto37,50%6,25% 16
- Page 87 and 88:
86questão de resistência microbia
- Page 89 and 90:
88Tabela 9 - Produtores de leite de
- Page 91 and 92:
90maiores índices de resistência
- Page 93 and 94:
92Marinho et al. (2008) desenvolver
- Page 95 and 96:
945 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALM
- Page 97 and 98:
96CLAVIJO, A.M.; MELENDEZ, B.; CLAV
- Page 99 and 100:
98NARDELLI, M.J.; NOGUEIRA, F.R.B.;
- Page 101 and 102:
100O presente artigo foi formatado
- Page 103 and 104:
102USO DE ANTIMICROBIANOS EM SISTEM
- Page 105 and 106:
104sofrerem menos influência das c
- Page 107 and 108:
106distintas: período chuvoso come
- Page 109 and 110:
108enfermidades em seus rebanhos, d
- Page 111 and 112:
110Foi mapeado um conjunto de prát
- Page 113 and 114:
112“Há um ano foi comprado 15 ca
- Page 115 and 116:
114BRASIL. Ministério da Agricultu
- Page 117:
ANEXOS116
- Page 120 and 121:
O periódico Arq. Bras. Med. Vet. Z
- Page 122 and 123:
eletrônico e a data de acesso.CARA
- Page 124 and 125:
1967. 981p.LOPES, C.A.M.; MORENO, G
- Page 126 and 127:
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
- Page 128 and 129:
12- Quando tem animais em tratament
- Page 130 and 131:
12 - Lava as mãos no momento da or