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Revista Economia & Tecnologia - Universidade Federal do Paraná

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Arman<strong>do</strong> Dalla Costa, Elson Rodrigo de Souza-Santosos requisitos britânicos. Em 1991 a França adquiriu 80 aeronaves Tucano. Atualmente operaem 15 forças aéreas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.• AMX: na década de 1970 a Embraer estudava a viabilidade de um avião supersônicode treinamento e, principalmente, volta<strong>do</strong> para a função de ataque, que fosse superior aoXavante e atendesse as necessidades crescentes da FAB. Na mesma época os italianos buscavamuma aeronave parecida abrin<strong>do</strong> caminho para a associação entre Brasil-Itália envolven<strong>do</strong>a Embraer e as italianas Aeritália (hoje Alenia) e Macchi na década de 1980. A Embraer ficouresponsável pelas asas <strong>do</strong> avião, além de desenvolver os sistemas hidráulicos, elétricos e eletrônicos,enquanto que a fuselagem seria de fabricação italiana. O primeiro protótipo brasileirofoi apresenta<strong>do</strong> em 1985 e, em 1989, ocorreu a primeira entrega totalizan<strong>do</strong> 54 aeronaves, maiscerca de uma centena italianas.Os <strong>do</strong>is primeiros projetos constituem uma trajetória natural de busca de aquisiçãode tecnologia estrangeira seguida da tentativa de transformá-la em novos produtos. Ambos seprestaram ao seu fim. Entretanto o AMX pode-se chamar de um enorme fracasso comercial,mas grande sucesso em aquisição e desenvolvimento de tecnologia de caças a jato. O fracassoprovém de não ter si<strong>do</strong> comercializa<strong>do</strong> na quantidade esperada devi<strong>do</strong> ao fim da guerra fria e adisponibilidade de caças superiores usa<strong>do</strong>s a custos menores. Assim, os custos de desenvolvimento<strong>do</strong> AMX se tornaram proporcionalmente grandes da<strong>do</strong> o pequeno número de aeronavesproduzidas. Além <strong>do</strong> mais as versões brasileiras foram ceifadas de equipamentos sofistica<strong>do</strong>sdevi<strong>do</strong> a redução de custos e dificuldades financeiras <strong>do</strong> país. No âmbito tecnológico o AMXpermitiu a Embraer e a suas parcerias entender como funciona o projeto de um avião a jato.Fundamental para o projeto <strong>do</strong> jato regional ERJ 145 inicia<strong>do</strong> em 1989.No decorrer da década de 1990 embarca em três projetos chaves:• Desenvolvimento <strong>do</strong>s aviões de inteligência: a implantação <strong>do</strong> projeto SIPAM /SIVAM (Sistema de Proteção da Amazônia / Sistema de Vigilância da Amazônia) constituin<strong>do</strong>um conjunto de radares, satélites e sistemas de sensoriamento remoto da região amazônica.Parte <strong>do</strong> programa previa a aquisição de aviões de inteligência, mas também considerava apossibilidade de <strong>do</strong>tar a FAB de sistema de inteligência capaz de colocá-lo em pé de igualdadecom a estrutura encontrada em países de primeiro mun<strong>do</strong>. Para isso a Embraer formulou oprojeto de transformar o ERJ 145 em bases de inteligência móveis, mais baratos que os usa<strong>do</strong>spela OTAN e mais flexíveis devi<strong>do</strong> ao menor tamanho. Entregues no fim da década de 1990,despertaram o interesse de Grécia e México, como também, recentemente da Índia.• Mirage2000BR: o programa de reaparelhamento da FAB inicia<strong>do</strong> em 2000 vislumbroua oportunidade da Embraer produzir e absorver tecnologias duais de um caça conside-180<strong>Economia</strong> & <strong>Tecnologia</strong> - Ano 06, Vol. 22 - Julho/Setembro de 2010

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