Alexandre Damasceno, A<strong>do</strong>lfo Sachsidaços nos direitos das mulheres obti<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> últimos 30 anos – adiciona<strong>do</strong>s ao progressotecnológico e ao aumento expressivo no padrão de vida –, seria de se esperar que praticamentetodas as mães tivessem si<strong>do</strong> consideradas mais felizes <strong>do</strong> que as avós. Contu<strong>do</strong>, os da<strong>do</strong>s parecemrevelar uma grande insatisfação de parcela expressiva das mulheres, indican<strong>do</strong> que muitasdelas preferiam viver na época de suas avós, com menos direitos, mas com uma regra bem definidapara a função da mulher, <strong>do</strong> que na época de suas mães (com mais direitos, mas com umaregra ainda não definida da função da mulher).tabela 1 - estatísticas Descritivas*VariávelMédiaJornada média de trabalho 37,16 (13,29)Formal 77,62%Público 18,53%Sindicaliza<strong>do</strong> 42,89%Idade de quan<strong>do</strong> começou a trabalhar 16,96 (3,23)Homem 46,66%Branco 40,68%Casa<strong>do</strong> 40,03%Tem filhos 47,14%Idade atual 30,57 (10,43)Mora no Plano Piloto 26,28%Anos de estu<strong>do</strong> 13,74 (4,61)Religião 65,32%Fuma 11,04%Bebe 32,99%A mãe foi mais feliz <strong>do</strong> que a avó 72,32%É mais feliz hoje <strong>do</strong> que há 5 anos atrás 73,80%Aceitaria Suborno 13,64%Aceitaria Favores Ilegais 27,17%Continuaria com o parceiro atual se ganhasse na mega sena 81,42%* Os valores entre parênteses representam os desvios-padrão.De maneira interessante, 73,8% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s se dizem mais felizes hoje <strong>do</strong> que hácinco anos. Isso implica que 26,2% <strong>do</strong>s indivíduos preferiam sua vida e rotina de 5 anos atrás àsua vida de hoje. Sobre o grau de permissividade das pessoas entrevistadas, temos que apenas13,6% delas aceitariam 100 mil reais de suborno. Contu<strong>do</strong>, esse número salta para incríveis27,1% no que tange às pessoas que aceitariam favores ilegais (tipo nomeação de parentes quan<strong>do</strong>tal prática é proibida). Também podemos notar que 81,4% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s permaneceriamcom seus parceiros atuais caso ganhassem 10 milhões de reais na mega-sena. Isto é, 18,6%<strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s trocariam de parceiros em decorrência de um choque positivo e inespera<strong>do</strong>de renda.A Tabela 2 revela o nível de felicidade <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s. De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>stemos que 3,8% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s se consideram muito infelizes. Além disso, outros 2% seconsideram infelizes. No outro extremo, temos que 27,1% <strong>do</strong>s indivíduos da amostra se consi-90<strong>Economia</strong> & <strong>Tecnologia</strong> - Ano 06, Vol. 22 - Julho/Setembro de 2010
Felicidade, casamento e choques positivos de renda: um estu<strong>do</strong> para o Distrito <strong>Federal</strong> (Parte 2)deram muito felizes.Tabela 2 - Nível de Felicidade <strong>do</strong>s Entrevista<strong>do</strong>sNível de Felicidade Frequência relativa (%)Muito infeliz 3,86%Infeliz 2,06%Pouco feliz 8,40%Feliz 58,53%Muito feliz 27,16%Mas o que é felicidade? A Tabela 2A traz a opinião <strong>do</strong> que as pessoas consideram comosen<strong>do</strong> felicidade. Para a grande maioria, felicidade está associada a realização pessoal (38,4%) e arealização familiar (33,5%). Interessante notar que apenas 9% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s associam felicidadea se acabar com <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s mais graves problemas sociais que assolam a sociedade brasileira:a fome e a violência. Ainda para 2% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s, estes ficariam mais felizes caso seu timefosse campeão <strong>do</strong> que se os problemas da fome e violência fossem resolvi<strong>do</strong>s no Brasil.Tabela 2A - O que é felicidade?Para você, felicidade está associada a: Frequência (%)Realização profissional 17%Realização pessoal 38,45%Realização familiar 33,48%Ver seu time ser campeão 2,06%Acabar com a fome e a violência no Brasil 9,01%A Tabela 2B mostra que para boa parte <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s o fracasso <strong>do</strong>s outros é “colíriopara os olhos”. Fizemos a seguinte pergunta: “Quan<strong>do</strong> uma pessoa famosa, que você nãoconhece e que não pode lhe fazer mal, como Romário ou Vera Fisher, tem um prejuízo financeiro,seu nível de felicidade aumenta?”. As respostas indicam que 3,8% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s sempreexperimentam um aumento em seu bem estar em decorrência <strong>do</strong> fracasso de outros. Alémdisso, outros 6,9% responderam que às vezes ficam felizes com a desgraça alheia. Resumin<strong>do</strong>:quase 11% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s sentem algum prazer com o fracasso de pessoas famosas.Tabela 2B - O Fracasso <strong>do</strong>s Outros lhe dá Prazer?Quan<strong>do</strong> uma pessoa famosa, que você não conhece e que nãopode lhe fazer mal, como Romário ou Vera Fisher, tem um Frequência (%)prejuízo financeiro, seu nível de felicidade aumenta?Sim, sempre 3,79%Às vezes sim 6,88%Nunca 89,33%Será que dinheiro traz felicidade? A Tabela 3 relaciona o nível de renda com o nívelde felicidade <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s. Temos que os mais pobres de nossa amostra, também apresentamo menor nível de felicidade. Por exemplo, entre os indivíduos que recebem menos de 500reais por mês 5,4% deles se declararam muito infelizes. Este número cai para 4% entre os que<strong>Economia</strong> & <strong>Tecnologia</strong> - Ano 06, Vol. 22 - Julho/Setembro de 201091
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