Alexandre Damasceno, A<strong>do</strong>lfo Sachsidaganham mais de 5.000 reais por mês. Entre os indivíduos que ganham menos de 500 reais/mês7,4% deles se declararam infelizes ou muito infelizes, este número se reduz para 5,3% quan<strong>do</strong>analisamos os indivíduos da classe de renda mais alta. Olhan<strong>do</strong> o extremo oposto, isto é, osindivíduos que se declararam felizes ou muito felizes, temos que nessa classe de felicidade estão84,2% das pessoas que recebem menos de 500 reais/mês. Contu<strong>do</strong>, este número sobe para88,5% quan<strong>do</strong> fazemos a mesma análise para indivíduos que recebem mais de 5.000 reais/mês.Dessa maneira, temos alguns indícios de que rendas mais elevadas podem estar associadas aníveis mais altos de felicidade.Tabela 3 - Renda e FelicidadeRenda Mensal Muito infeliz Infeliz Pouco Feliz Feliz Muito FelizInferior a 500 reais 5,4% 2% 8,3% 56% 28,2%Entre 501 e 1.000 reais 2,8% 2,8% 9,5% 59,7% 25,1%Entre 1.001 e 2.000 reais 3,6% 1% 10,8% 60,6% 23,8%Entre 2.001 e 3.000 reais 4,6% 2,3% 10,3% 49,4% 33,3%Entre 3.001 e 5.000 reais 3,6% 2,1% 3,6% 62,8% 27,8%Superior a 5.000 reais 4% 1,3% 6,1% 58,1% 30,4%Existe um antigo dita<strong>do</strong> popular que diz que mentes desocupadas se preocupam combesteiras. A Tabela 4 verifica se o nível de felicidade das pessoas está associada a uma jornadade trabalho mais ou menos extensa. De acor<strong>do</strong> com a Tabela 4, a maior concentração de indivíduosmuito infelizes se dá justamente entre as pessoas com as menores jornadas de trabalho.Isto é, 7,1% <strong>do</strong>s indivíduos com jornada semanal de trabalho inferior a 10 horas/semana sedeclararam muito infelizes. Soman<strong>do</strong> este número ao <strong>do</strong>s indivíduos que se declararam infelizes,temos que 8,3% das pessoas com uma jornada de trabalho inferior a 10 horas/semana sedeclararam muito infelizes ou infelizes. Este mesmo número atinge 9,5% para trabalha<strong>do</strong>rescom uma carga semanal de trabalho entre 10 e 20 horas. No extremo oposto temos que apenas4,4% <strong>do</strong>s indivíduos com uma carga semanal de trabalho superior a 50 horas se declararammuito infelizes ou infelizes. De maneira interessante, o nível de felicidade parece aumentar coma quantidade de horas trabalhadas, a única exceção ocorre para indivíduos com uma jornada detrabalho entre 40 e 50 horas semanais (o que pode indicar um descontentamento com a jornadasemanal de 44 horas).Tabela 4 - Felicidade e Duração da Jornada Semanal de TrabalhoJornada Semanal Muito infeliz Infeliz Pouco Feliz Feliz Muito FelizJornada
Felicidade, casamento e choques positivos de renda: um estu<strong>do</strong> para o Distrito <strong>Federal</strong> (Parte 2)Ainda de acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s presentes na Tabela 4, 88,2% <strong>do</strong>s indivíduos que trabalhammais de 50 horas por semana se declararam felizes ou muito felizes. Esse número sereduz para 80,9% para trabalha<strong>do</strong>res com uma jornada semanal entre 10 e 20 horas. De maneiracuriosa, 82,1% <strong>do</strong>s indivíduos que têm jornada semanal inferior a 10 horas se disseram felizesou muito felizes. Dessa maneira, esse grupo parece ter um nível de satisfação pela sua vida superiorao <strong>do</strong>s indivíduos que trabalham entre 40 e 50 horas por semana. Em termos técnicos, issopode indicar algum grau de não-linearidade entre felicidade e duração da jornada de trabalho.Qual é o efeito da garantia das leis trabalhistas sobre o nível de felicidade de umapessoa? Será que estar ampara<strong>do</strong> pela Convenção das Leis Trabalhistas (CLT) propicia um graumais eleva<strong>do</strong> de felicidade? A Tabela 5 mostra a relação entre felicidade e relações de trabalhoformais. Isto é, será que indivíduos que tenham a carteira de trabalho assinada são mais felizes?De acor<strong>do</strong> com as informações presentes na Tabela 5, temos que 6,9% <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>setor informal se disseram infelizes ou muito infelizes contra 5,6% <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> setorformal. Na outra ponta da Tabela 5 temos que 81,9% <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> setor informalresponderam que são felizes ou muito felizes, mas esse número sobe para 86,7% quan<strong>do</strong> nosreferimos aos trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> setor formal. Dessa maneira, parece que a garantia de estarampara<strong>do</strong> pelas leis trabalhistas fornece uma melhor qualidade de vida, aumentan<strong>do</strong> o nível defelicidade <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r. Mas é importante ressaltar que a diferença nas respostas é pequena,ou seja, a magnitude <strong>do</strong> efeito da carteira assinada sobre a felicidade <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r não é tãoalta quanto seria de se esperar.Tabela 5 - Felicidade e Proteção pelas leis trabalhistasCarteira de Trabalho Assinada Muito infeliz Infeliz Pouco Feliz Feliz Muito FelizNão (setor informal) 5,8% 1,1% 11,1% 56,5% 25,4%Sim (setor formal) 3,3% 2,3 7,5% 58,9% 27,8%Devi<strong>do</strong> as características <strong>do</strong> Distrito <strong>Federal</strong>, onde o setor público tem um peso grande,é interessante tentarmos associar o grau de felicidade de uma pessoa a esta desfrutar daestabilidade <strong>do</strong> funcionalismo público. Isto é, será que funcionários públicos têm um nível defelicidade superior aos trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> setor priva<strong>do</strong>? A Tabela 6 tenta responder essa questão.De maneira surpreendente 9% <strong>do</strong>s funcionários públicos se dizem muito infelizes e infelizes,contra apenas 3,6% <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> setor priva<strong>do</strong>. Talvez a rotina, falta de dinamismo eescassez de oportunidades para inovar imponha um alto grau de insatisfação a determinada parte<strong>do</strong>s funcionários públicos. Contu<strong>do</strong>, na parte oposta da Tabela 6 os números são pareci<strong>do</strong>s:87% <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> setor priva<strong>do</strong> se dizem felizes ou muito felizes, para os funcionáriospúblicos esse número é de 86%. Interessante notar os extremos <strong>do</strong> setor público: enquanto 32%<strong>Economia</strong> & <strong>Tecnologia</strong> - Ano 06, Vol. 22 - Julho/Setembro de 201093
- Page 3 and 4:
ECONOMIA & TECNOLOGIAPublicação d
- Page 5 and 6:
ECONOMIA & TECNOLOGIAPublicação d
- Page 7 and 8:
Índice............................
- Page 9 and 10:
EditorialCom grande satisfação, c
- Page 11 and 12:
IN MEMORIAM DE FRANCISCO MAGALHÃES
- Page 13 and 14:
Agentes Sociais no Paraná †Franc
- Page 15 and 16:
Agentes Sociais no Paranáprimeiro
- Page 17 and 18:
Agentes Sociais no Paranáoperária
- Page 19 and 20:
Agentes Sociais no Paranácontínua
- Page 21 and 22:
Agentes Sociais no Paranálo e, con
- Page 23 and 24:
Agentes Sociais no Paranásendo fei
- Page 25 and 26:
Agentes Sociais no Paranáem parte
- Page 27 and 28:
Agentes Sociais no Paranáram os co
- Page 29 and 30:
Agentes Sociais no ParanáNo plano
- Page 31 and 32:
Agentes Sociais no ParanáEssas con
- Page 33 and 34:
Agentes Sociais no Paranátornarão
- Page 35 and 36:
Agentes Sociais no Paranáexportado
- Page 37 and 38:
Agentes Sociais no Paranádos forte
- Page 39:
Agentes Sociais no ParanáMAGALHÃE
- Page 42 and 43:
Igor Zanoni Constant Carneiro Leão
- Page 45 and 46:
MACROECONOMIA E CONJUNTURADéficits
- Page 47: Déficits, câmbio e crescimento: u
- Page 50 and 51: Luiz Carlos Bresser-Pereira1994-199
- Page 53 and 54: Recessões e recuperações na ativ
- Page 55 and 56: Recessões e recuperações na ativ
- Page 57 and 58: Recessões e recuperações na ativ
- Page 59 and 60: A teoria e a prática dos regimes c
- Page 61 and 62: A teoria e a prática dos regimes c
- Page 63 and 64: A teoria e a prática dos regimes c
- Page 65 and 66: A teoria e a prática dos regimes c
- Page 67 and 68: A teoria e a prática dos regimes c
- Page 69 and 70: A teoria e a prática dos regimes c
- Page 71 and 72: A teoria e a prática dos regimes c
- Page 73 and 74: A teoria e a prática dos regimes c
- Page 75: A teoria e a prática dos regimes c
- Page 78 and 79: Luma de Oliveira, Marina Silva da C
- Page 80 and 81: Luma de Oliveira, Marina Silva da C
- Page 82 and 83: Luma de Oliveira, Marina Silva da C
- Page 85 and 86: Relações entre câmbio e mudança
- Page 87 and 88: Relações entre câmbio e mudança
- Page 89 and 90: Relações entre câmbio e mudança
- Page 91 and 92: Relações entre câmbio e mudança
- Page 93 and 94: Relações entre câmbio e mudança
- Page 95 and 96: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E REGION
- Page 97: Felicidade, casamento e choques pos
- Page 101 and 102: Felicidade, casamento e choques pos
- Page 103 and 104: Felicidade, casamento e choques pos
- Page 105 and 106: Felicidade, casamento e choques pos
- Page 107: Felicidade, casamento e choques pos
- Page 110 and 111: Irineu de Carvalho Filho, Renato Pe
- Page 112 and 113: Irineu de Carvalho Filho, Renato Pe
- Page 114 and 115: Irineu de Carvalho Filho, Renato Pe
- Page 117 and 118: Impactos da inflação sobre a desi
- Page 119 and 120: Impactos da inflação sobre a desi
- Page 121 and 122: Impactos da inflação sobre a desi
- Page 123 and 124: Impactos da inflação sobre a desi
- Page 125: Impactos da inflação sobre a desi
- Page 128 and 129: Maria Dolores Montoya Diazexemplo,
- Page 130 and 131: Maria Dolores Montoya DiazOnde corr
- Page 132 and 133: Maria Dolores Montoya Diazrealizada
- Page 134 and 135: Maria Dolores Montoya DiazFERREIRA,
- Page 136 and 137: Igor Zanoni Constant Carneiro Leão
- Page 138 and 139: Igor Zanoni Constant Carneiro Leão
- Page 140 and 141: Igor Zanoni Constant Carneiro Leão
- Page 142 and 143: Igor Zanoni Constant Carneiro Leão
- Page 144 and 145: Marcos Paulo Fuck, Maria Beatriz Bo
- Page 146 and 147: Marcos Paulo Fuck, Maria Beatriz Bo
- Page 148 and 149:
Marcos Paulo Fuck, Maria Beatriz Bo
- Page 150 and 151:
Marcos Paulo Fuck, Maria Beatriz Bo
- Page 152 and 153:
Marcos Paulo Fuck, Maria Beatriz Bo
- Page 154 and 155:
Carlos Roberto Alves de Queiroz, Fe
- Page 156 and 157:
Carlos Roberto Alves de Queiroz, Fe
- Page 158 and 159:
Carlos Roberto Alves de Queiroz, Fe
- Page 160 and 161:
Carlos Roberto Alves de Queiroz, Fe
- Page 163 and 164:
O perfil tecnológico das exportaç
- Page 165 and 166:
O perfil tecnológico das exportaç
- Page 167 and 168:
O perfil tecnológico das exportaç
- Page 169 and 170:
O perfil tecnológico das exportaç
- Page 171 and 172:
O perfil tecnológico das exportaç
- Page 173 and 174:
O perfil tecnológico das exportaç
- Page 175 and 176:
O perfil tecnológico das exportaç
- Page 177:
O perfil tecnológico das exportaç
- Page 180 and 181:
Armando Dalla Costa, Elson Rodrigo
- Page 182 and 183:
Armando Dalla Costa, Elson Rodrigo
- Page 184 and 185:
Armando Dalla Costa, Elson Rodrigo
- Page 186 and 187:
Armando Dalla Costa, Elson Rodrigo
- Page 188 and 189:
Armando Dalla Costa, Elson Rodrigo
- Page 191 and 192:
OPINIÃOBrasil vive desindustrializ
- Page 193 and 194:
Fazer melhor, e não menos †David
- Page 195:
Fazer melhor, e não menosveiculado
- Page 198 and 199:
Demian Castroto maior do que é obt
- Page 200 and 201:
Demian Castroeventos nos obrigarão
- Page 202 and 203:
Índices de PreçosIGP-MIGP-DIPerí
- Page 204 and 205:
Índice do Volume de Vendas Reais n
- Page 206 and 207:
Finanças PúblicasDescrição 2004
- Page 208 and 209:
Consumo de EnergiaCarga de energia
- Page 210 and 211:
Taxa de Juros e Reservas Internacio
- Page 212 and 213:
Taxa de CâmbioPeríodoTaxa de câm
- Page 216:
ECONOMIA & TECNOLOGIAPublicação d