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Revista Economia & Tecnologia - Universidade Federal do Paraná

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A teoria e a prática <strong>do</strong>s regimes cambiais (ou de como Davi está vencen<strong>do</strong> Golias)Albânia sofre uma mudança de regime em direção ao regime tipo 2, de características mais fixas.Seu movimento (distância entre as modas) é portanto -2. Como o movimento é negativoa direção da mudança é <strong>do</strong> tipo A – Flexível para Fixo e portanto a Albânia é um <strong>do</strong>s 27 paísesclassifica<strong>do</strong>s com A na tabela 2.Tabela 2 - Resumo das Mudanças de RegimeTipo Direção Quantidade %A Flexível para Fixo 27 16,5%B Fixo para Flexível 13 7,9%C Estável em Fixo 93 56,7%D Estável em Flexível 23 14,0%nd Não Disponível 8 4,9%Total 164 100,0%Total Movimento (Σ Mov) -33A tabela 2 resume a tendência geral <strong>do</strong>s regimes cambiais de facto até antes da crisefinanceira. Os da<strong>do</strong>s revelam um comportamento real <strong>do</strong>s países diferente daquele previstopela teoria macroeconômica que estabelece a necessidade de a<strong>do</strong>ção de regimes de câmbioflutuante. Mesmo sen<strong>do</strong> um perío<strong>do</strong> de reformas liberalizantes, especialmente no que se referea fluxos de capitais financeiros, a realidade mostra que os países estão caminhan<strong>do</strong> em direçãoa regimes mais fixos e não o contrário. De um total de 164 países, 56,7% são classifica<strong>do</strong>s emregimes fixos estáveis (1 e 2) e 16,5% migraram de um regime mais flutuante em direção à umregime mais fixo. Pode ocorrer neste resulta<strong>do</strong> que um país migre de 4 para 3, permanecen<strong>do</strong>como um regime flutuante (embora um pouco menos), como é o caso <strong>do</strong> Haiti, ou de 5 para 4,como é o caso da Turquia, mas estes casos são poucos. O resulta<strong>do</strong> geral é de que o sal<strong>do</strong> <strong>do</strong>smovimentos de menos para mais flutuante e vice-versa foi negativo em 33 pontos. Isto significaque os regimes cambiais mun<strong>do</strong> afora, são mais rígi<strong>do</strong>s e não menos, como quer dar à entenderparte da teoria macroeconômica prevalecente nos anos 1990 e 2000.Por fim os países <strong>do</strong> gráfico 3 mostram a evolução <strong>do</strong>s regimes cambiais. O eixo vertical<strong>do</strong>s gráficos contém a classificação dada pelo algoritmo de classificação de Ilzetski, Reinharte Rogoff (2008) para cada mês, o qual pode variar de 1 a 6. Portanto a cada mês, desde janeirode 1994 até dezembro de 2007 temos, para os países seleciona<strong>do</strong>s, um ponto no tempo à umaaltura que varia de 1 a 6. Os painéis mostram um fato espera<strong>do</strong> e nada surpreendente que osregimes se alteram poucas vezes no tempo, sen<strong>do</strong> que alguns países permanecem nos mesmosregimes to<strong>do</strong>s os perío<strong>do</strong>s.As consequências destes resulta<strong>do</strong>s serão exploradas na conclusão deste artigo. Aapresentação destas evidências descritivas sobre regimes cambiais revela o quão importanteainda é o problema da determinação <strong>do</strong>s regimes cambiais adequa<strong>do</strong>s à uma economia. Este<strong>Economia</strong> & <strong>Tecnologia</strong> - Ano 06, Vol. 22 - Julho/Setembro de 201063

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