de restabelecer o equivalente à igualdade entre sujeitos com o mesmodireito. Essa é uma questão fundamental, não somente de direito, e quesó será adequadamente respondida na medida em que essa prática dacompensação não seja também uma prática da marginalização.E não são apenas as diferenças individuais que precisam ser superadas,mas também as discriminações coletivas. Na necessidade de superara diferença, a sociedade encontrou formas compensatórias, individuaisou coletivas, de intervenção. O reconhecimento da diferença, autilização de mecanismos especiais para proporcionar igualdade sãofruto de uma consciência coletiva, onde um processo de conscientizaçãoatuou de forma a encontrar mecanismos que amainassem a violênciapor ele mesmo tornada aparente.Quando a diferença é a legitimação do paradigma mesmo outro, elaestá colocada à margem e naturaliza o funcionamento paradigmático.Mas nessa participação ela vai se tornando peça da engrenagem, margeme parte de um sistema, na negação ou na afirmação de ser o outroou ser o mesmo. E porque é parte do todo é que tem direito a ser omesmo e ser o outro.O deficiente, porque é diferente, pode ser igual. Ele vai ser sempre adiferença. E o que é preciso respeitar é essa diferença. Quando a diferençafor não só reconhecida mas também respeitada, ela vai poder estardentro do paradigma. E serão outras as margens. Outro o paradigma.Quando na sociedade consciência houver que permita o reconhecimentoda violência existente no trato da diferença, então se estarácaminhando para o reconhecimento da diferença e da igualdade.O respeito pelas diferenças poderá surgir desse reconhecimento. Quandono paradigma não houver mais margem. Quando não houver maisparadigma. Quando na sociedade a marginalização for superada pelaconvivência, quando ainda for permitido ao cidadão buscar a igualdadee acreditar na democracia. Quando ainda for permitido ao homem sonharcom a utopia.“Que as pessoas do sonho não desistam” 4148
Notas* Trabalho defendido como dissertação de Mestrado na Escola de Comunicaçãoda UFRJ em 1992. Orientador, Prof. Dr. Muniz Sodré deAraújo Cabral.1 BAUDRILLARD, Jean. La Transparence du Mal, p.117.2 WIENER, Norbert. Cibernética e Sociedade, p. 50.3 LAMBERT, Jean-Luc. Handicap mental et sociéte, p. 41.4 LÊNIN, Vladimir Ilitch. O Estado e a Revolução, p.285.5 Baudrillard, Jean. La Transparence du mal, P.134.6 FREUD, Sigmund. Sobre o Narcisismo: Uma Introdução (1914),In: Obras Psicológicas Completas, p. 118.7 BAUDRILLARD, Jean. La Transparence du Mal, p .133.8 BAUDRILLARD. Jean. Op. Cit, p. 137.9 GOFFMAN, Erving. Notas sobre a Manipulação da IdentidadeDeteriorada, p. 14110 BAUDRILLARD. Jean. Les Stratégies Fatales, p. 43/44.11 GOFFMAN, Erving. Op. Cit. p. 141.12 GOFFMAN, Erving. Op. Cit. p. 138.13 FÉDIDA, Pierre. A negação da deficiência, in: A negação da deficiência:A instituição da diversidade, p. 146.14 FÉDIDA, Pierre. Op. Cit, p.14615 WIENER, Norbert. Op. Cit, p.51.16 WIENER, Norbert. Op. Cit, p.93.17 Segundo estimativas da ONU, dez por cento da população de paísescom as características sócio-econômicas do Brasil é deficiente. Outrosdez por cento se formam pela família do deficiente, por seus amigos epor profissionais ligados à questão.18 GOFFMAN, Erving. Op. Cit. p.125.19 À part...égale publicação do Departamento das Pessoas Deficientesdo Governo do Quebec, p.13.49
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