gosto. Vou ao teatro com certa freqüência, porque no palco o texto émais importante e, para mim, mais fácil de acompanhar do que o filme.Mas já fui muitas vezes ao cinema. Existem filmes, é claro, em que aparte visual é indispensável e, nesses casos, é útil ter alguém ao ladopara ir dizendo o que acontece na tela. Mas é perfeitamente possívelassistir a um filme sem vê-lo.MSC A entrevista dá a impressão de que não houve frustrações emsua vida.ECC Estou tentando me lembrar agora de frustrações sérias que eupossa ter tido. Mas francamente estou com dificuldade. Talvez porqueem grande parte eu tenha procurado basear minha vida na autoconfiança,na vontade de vencer. Eu me lembro de estar no Benjamin Constant aosnove anos já pensando no meu futuro, o que faria ao longo da vida.Provavelmente, amadureci muito cedo. Com o sofrimento, ou vocêamadurece ou sucumbe. Sem energia para a vida, você se transformanuma pessoa amargurada. A vida impõe desafios o tempo todo e ocego precisa ter coragem no cotidiano, nas pequenas coisas, em cadapequena coisa. Para um cego, a queda de um objeto pode significaruma dificuldade muito grande. Então, ele tem que ser uma pessoa organizada.Eu me organizo da melhor forma possível, porque sei que umobjeto no lugar errado é uma barreira de trabalho. Você tem que seprogramar, ser metódico, atacar cada pequeno desafio com determinaçãoe planejamento.MSC Para que este relógio de pulso?ECC Parece comum, mas é um relógio falante. Diga-se de passagem queainda está no horário de verão. Está atrasado uma hora, o que é engraçadoporque eu tenho muita preocupação com o tempo. Na minha mesa detrabalho há um relógio que fala baixinho, para não incomodar as pessoas,mas de meia em meia hora ele diz que horas são. Com isso, vou controlandomeu tempo. Às vezes minhas reuniões são longas demais. Eu costumodizer que sofro de “reunite”. Tenho reuniões de manhã à noite, todos osdias, praticamente das nove da manhã às nove da noite74
MSC Isso é vício de consultor de empresas?ECC É, e eu não me livrei dele. Na minha atual atividade, tocandomeus próprios negócios, também me reúno o tempo todo. Por isso, orelógio me ajuda bastante.MSC Nas cem empresas a que deu consultoria, o senhor tentou tambémdeixar a marca de programas para deficientes?ECC Os primeiros deficientes empregados em programação de computadoresno Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) forampostos ali por nós, se não me engano, em 1974. Quase trinta anosatrás. Houve um movimento para isso. Fazíamos campanha pela imprensa,programas de rádio, levávamos o assunto a jornais e à televisão.Tentávamos influenciar nesse sentido os legisladores na época.Esse movimento funcionava na FGV. Tinha um nome curioso: CentroOperacional Pedro de Alcântara, porque foi Dom Pedro II quem fundouo Benjamin Constant. Durante uns três ou quatro anos, eu participei domovimento, cheguei até a dirigi-lo. Depois, comecei a ficar muito envolvidocom a consultoria e não tive mais tempo de me dedicar a issodiretamente. Mas confesso que aproveitei pouco essa oportunidade deconsultoria para chamar a atenção das empresas sobre o problema dodeficiente, embora ache que meu exemplo de algum modo já fosse umaforma de divulgar o assunto. Mas de forma concreta acho que fiz pouco.Na Dataprev, como consultor, empregamos alguns deficientes. Maseram ações eventuais.MSC O sucesso, na sua opinião, depende do mérito individual ou doesforço coletivo?ECC De ambos. Desde que saí do Benjamin Constant, houve avançosimportantes na legislação brasileira para a integração do deficiente,embora o mercado para ele ainda seja muito limitado. Nisso também oBrasil continua muito atrás dos Estados Unidos, da Europa, do Japão. Épreciso que a sociedade brasileira avance muito nesse sentido. Mas eu,que fui professor, consultor e atualmente sou empresário, acho essencialpôr a competência à frente da deficiência.75
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