a matéria permanece. Aí, você vem e diz: você pode ir além da matéria,você pode ir além em vida. Você não precisa morrer, você precisaviver. E não é uma tarefa fácil não. Ele está enterrado para a sociedade.Esse é o grande barato da vida hoje. Trazer esse cidadão que estámorto em vida para a vida em vida. É isso que faz o esporte, é isso quefaz a empresa ao dar emprego”, emociona-se.E quando volta a falar de mercado de trabalho, mais uma vez a barreiraentre indivíduo e coletivo cai. Luis vê a sua responsabilidade e a decada pessoa com deficiência por rever conceitos e enfrentar preconceitos.Ele acredita que é quase uma obrigação que cada um seja bomprofissional, porque precisa deixar um lugar para os outros que vêmdepois. Prático, ele explica com simplicidade este pensamento: “O Brasiltem 10% de pessoas com deficiência, é um número muito grande eeles têm que encontrar espaço. E quem é responsável por essa inserção?É a sociedade, perdendo seus preconceitos, é o empresário, empregandoe vendo um bom resultado, mas especialmente, sou eu, comoum exemplo”.E finaliza fazendo uma pergunta, a resposta na ponta da língua: “Qualo melhor presente que você pode dar para o segmento do deficiente?Você. Porque você vem com acúmulo de informação e sairá mais rico,porque você trouxe e você leva. É uma via de mão dupla. Você nãoconsegue só estabelecer o que você deseja. Você aprende, acaba sendoabsorvido por coisas que você desconhece. Isso é a construção dacidadania. Quanto mais gente vier para o movimento, mais gente vaiser trabalhada e menos preconceito vai existir”.João Carlos Martins, pianista e maestropor Ana Claudia MonteiroConsiderado o maior especialista mundial na obra do compositor alemãoJohann Sebastian Bach e profundo conhecedor de Haydn, Ravel,Mozart e Chopin, o pianista João Carlos Martins, aos 64 anos de idade,prepara-se para novos desafios na vida. Acaba de estrear como regente,lança sua orquestra, a Bach Chamber Orchestra, e estrela um86
documentário sobre sua vida e obra. Não é pouco para ele, que começoua estudar piano aos 8 anos, idade em que ganhou seu primeiroprêmio num concurso, apenas seis meses depois do início das aulas. Oprimeiro prêmio internacional, João Carlos ganhou aos 18 anos, numfestival em Porto Rico, que o lançou no circuito mundial. Aos 20 anos,conduzido pela primeira-dama Eleanor Roosevelt, estreou no CarnegieHall, em Nova York, palco onde, anos depois, artista consagrado, foiaplaudido de pé por cinco minutos. “Meus pais não eram músicos,mas meu pai gostaria de ter sido pianista e não pôde, pois perdeu oquinto dedo da mão direita aos 10 anos, num acidente de trabalho, emPortugal. Se existe talento, vem de Deus”, acredita.O New York Times chama este talento de ‘técnica que produz fogosde artifício em todas as direções’ e pode-se mesmo ver os fogos saíremdas teclas quando toca, como nas cenas exibidas no premiadodocumentário A Paixão Segundo Martins, da alemã Irene Langemann,sobre sua vida e obra.Acometido por uma grave atrofia nas mãos, João Carlos se despediudo piano no final de 2003. A deficiência começou aos 25 anos, quandoele jogava futebol durante o intervalo de uma turnê em Nova York com otime da Lusa. Numa queda, teve uma séria lesão que poderia tê-lo afastadodefinitivamente do piano. Na época, ficou sete anos sem tocar, umdrama que o fez acreditar ainda mais na sua força interior e que ajudou aprepará-lo para enfrentar diversidades: “Foi dramático, mas hoje a recordaçãoé de ter redobrado a minha força interior. Parar a minha carreirapor sete anos foi criar um vazio na alma, o que hoje me dá força paracorrer atrás do tempo perdido”, conta, e acrescenta: “As dificuldadesforam psicológicas e físicas, estas vencidas à custa de muito estudo efisioterapia, as psicológicas à custa de muita fé e determinação”.João Carlos retomou a carreira e se consagrou. Sabe de cor 400 peçasde Bach, que foram gravadas em 21 discos, o único registro da obracompleta do compositor alemão em CD, totalizando 30 horas de música.Gravou também os prelúdios de Bach e Chopin, entre outras obras. Descobriu,há pouco tempo, uma peça inédita de Tchaikovski e mandouanalisar, em Moscou. Era original. Já está estudando para regê-la.87
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