24 <strong>Logweb</strong> | edição nº<strong>97</strong> | Mar | 2010 |EmpilhadeirasAcessórios: um futurobastante promissorApós passar pela crise econômica de 2009 e fechar o ano já com uma relativa recuperação nas ven<strong>da</strong>s,o setor se apresenta otimista quanto ao futuro, com base no desempenho econômico e nas várias obrasde infraestrutura que estão por vir.Osetor de acessórios paraempilhadeiras – fun<strong>da</strong>mentaisna operacionali<strong>da</strong>dedestas máquinas – passou por2009 enfrentando, como todos,os percalços <strong>da</strong> crise econômicamundial, mas fechou o ano comven<strong>da</strong>s em ascensão e ótimasperspectivas para os próximosanos. Veja porque nesta matériaespecial.2009Começamos por fazer umaanálise do que ocorreu no setorem 2009, ano marcado pela criseeconômica.De fato, Ramatis Fernandes,diretor-presidente <strong>da</strong> Cascade doBrasil (Fone: 13 2105.8800), dizque o ano passado foi difícilpara vários segmentos e aCascade do Brasil, como asdemais empresas do setor demovimentação de materiais,sofreu as consequências <strong>da</strong>retração <strong>da</strong> economia nacional emundial. “Nossos negócios comgarfos e acessórios, em comparaçãoao período fiscal anterior,reduziram-se em torno de 45%.Ain<strong>da</strong> assim, este número émenor do que a que<strong>da</strong> de 55%no volume total de empilhadeirasnovas que foram comercializa<strong>da</strong>sno mesmo período”,destaca.Victor Cruz, gerente deMarketing & Ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> MSI-ForksGarfos (Fone: 11 5694.1000),também atesta que o ano quepassou foi de grande retração novolume de ven<strong>da</strong>s. “Durante o 1ºsemestre tivemos uma que<strong>da</strong>nas ven<strong>da</strong>s de aproxima<strong>da</strong>menteBoettcher, <strong>da</strong> Movikraft:haverá retoma<strong>da</strong> dosinvestimentos que ficaramrepresados no ano passado,beneficiando todo omercado40% em relação ao mesmoperíodo do ano anterior.A retração em nosso caso se deupor dois motivos principais.O primeiro foi excesso deestoque de nossos clientesfrente à desaceleração súbita desuas deman<strong>da</strong>s. E o segundomotivo foi a falta de confiança/incerteza do mercado como umtodo. Nossas ven<strong>da</strong>s semantiveram em 60% de volume,sustenta<strong>da</strong>s, basicamente, pelomercado de reposição que, emcontraparti<strong>da</strong>, experimentou umincremento no volume de ven<strong>da</strong>sem decorrência do congelamentode investimentos em novosequipamentos. Já no 2º semestre,mais especificamente de agostoem diante, pudemos perceberFoto: Osni Alvesum incremento gradual de nossasven<strong>da</strong>s e a clara retoma<strong>da</strong> domercado mês a mês. O últimotrimestre do ano foi umaavalanche de pedidos paraatender deman<strong>da</strong>s que estavamrepresa<strong>da</strong>s durante todo o ano,culminando com o maior mês deven<strong>da</strong>s em dezembro, que emnossa série histórica sempre foio mais baixo.”Cruz complementa dizendoque o balanço final do ano foirazoável em termos de resultadosfinanceiros e extremamentegratificante em termos deamadurecimento <strong>da</strong> empresa.“O ano de 2009 foi duro emfunção <strong>da</strong> redução drástica naven<strong>da</strong> de empilhadeiras novas.Por outro lado, reforçamos nossaposição como líder no desenvolvimentode soluções paramovimentação de materiais.Como exemplo, projetamosequipamentos para giro eposicionamento de rolos de fiomáquina,equipamento pararemoção de carepa em cadinhode alumínio de grande porte ecarreta bidirecional de grandeporte, entre outros. Isso permitiuum posicionamento emsegmentos que requeremsoluções mais ‘engenheira<strong>da</strong>s’ eespeciais, mantendo, assim, osníveis de faturamento próximosa 2008.” A avaliação é de RafaelKessler, consultor de negócios<strong>da</strong> Saur (Fone: 55 3376.9300).Sem falar em crise econômica,Gilberto Guilherme Boettcher,diretor <strong>da</strong> Movikraft Indústria deEquipamentos para Movimentação(Fone: 47 3425.0044),ressalta que a sua empresaregistrou, em 2009, um significativoaumento nas ven<strong>da</strong>s,principalmente no segmento deacessórios automatizados, ondea concorrência é crescente e ademan<strong>da</strong> do mercado manteveuma certa estabili<strong>da</strong>de, apesar<strong>da</strong> crise.2010E o ano que se inicia, o quepromete? Para Boettcher, <strong>da</strong>Movikraft, este será um ano derecuperação para a indústria.“As perspectivas de funcionamentode um novo porto naregião (Itapoá, SC) e a ampliaçãode outros dois (São Francisco eItajaí, também em Santa Catarina),irão aquecer sobremaneira anecessi<strong>da</strong>de de movimentaçãode materiais. Serão inúmeras asoportuni<strong>da</strong>de que surgirão nesteano. Haverá uma retoma<strong>da</strong> dosinvestimentos que ficaramrepresados no ano que passou ecom isso todo o mercado serábeneficiado”, aposta.O gerente de Marketing &Ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> MSI-Forks também éotimista. Ele ressalta que ain<strong>da</strong>estamos experimentando o final<strong>da</strong> deman<strong>da</strong> reprimi<strong>da</strong> de 2009 eacredita na continui<strong>da</strong>de do ciclovirtuoso de crescimento que foiinterrompido em 2008, pré-crise.“Estamos investindo na ampliaçãode nossa capaci<strong>da</strong>de de produçãoe na qualificação de nossoscolaboradores para atender anossa expectativa de crescimentoem 2010”, informa Cruz.De fato, o ano começouaquecido, há uma série deprojetos iniciados em 2009 quejá estão sendo efetivados,
| edição nº<strong>97</strong> | Mar | 2010 | <strong>Logweb</strong>25revela, por sua vez, Kessler, <strong>da</strong>Saur. “Estamos acompanhando oprocesso de mecanização <strong>da</strong>construção civil e a expansão doóleo e gás”, destaca.Por último, Fernandes, <strong>da</strong>Cascade do Brasil, também dizque as perspectivas para 2010são boas. “Esperamos umamelhora em virtude <strong>da</strong> retoma<strong>da</strong>dos investimentos pelas empresas(expansão e novas tecnologias),do reaquecimento <strong>da</strong> economiadoméstica e internacional (PAC,futuros eventos esportivos, etc.)e <strong>da</strong> liberação de linhas decrédito pelos bancos (públicos eprivados).Eventos esportivosJá que se está falando emrecuperação econômica e eventosesportivos, como as obras doPAC, para as Olimpía<strong>da</strong>s e aCopa do Mundo no Brasil podemaju<strong>da</strong>r o setor de acessórios paraempilhadeiras?Para Fernandes, <strong>da</strong> Cascadedo Brasil, esses eventos irãoaquecer todos os setores <strong>da</strong>economia. De acordo com odiretor-presidente, altos investimentosdeverão ser realizadospelo governo e setor privado,ativando a economia e to<strong>da</strong>s asetapas <strong>da</strong> cadeia produtiva, oque gerará milhares de empregose estimulará o consumo.“As indústrias de bebi<strong>da</strong>s,alimentos e logística/transportesdeverão estar entre as maisaqueci<strong>da</strong>s. Todos os setores irãoprecisar de acessórios quesolucionem problemas, ofereçamsegurança na operação, proporcionemaumento de produtivi<strong>da</strong>dee redução de <strong>da</strong>nos na áreade produção, logística, armazenamentoe movimentação demateriais”, comemora.Para Boettcher, <strong>da</strong> Movikraft,com a carência de infraestruturano setor de movimentação demateriais são grandes as oportuni<strong>da</strong>desapresenta<strong>da</strong>s nestesprojetos, pois no caso <strong>da</strong> CopaCruz, <strong>da</strong> MSI-Forks:o balanço final do ano de2009 foi extremamentegratificante em termosde amadurecimento<strong>da</strong> empresado Mundo e <strong>da</strong>s Olimpía<strong>da</strong>s, irãomovimentar o país por pelomenos seis anos consecutivos,sem considerar a veloci<strong>da</strong>deacima do normal com que estesprojetos deverão ser executados.Outro otimista é Cruz, <strong>da</strong>MSI-Forks. Ele acredita que osinvestimentos diretos e indiretos,principalmente na área deconstrução, trarão enormesbenefícios ao setor, principalmentena ampliação do número deveículos industriais do tipoempilhadeira to<strong>da</strong>-terreno (telehandler)e minicarregadeiras(Skid-Steer), devido a sua versatili<strong>da</strong>de.“Esses dois equipamentossão amplamente utilizados nomercado americano em quasetodos os canteiros de obras,enquanto no Brasil sua participaçãoé quase desprezível. Uma veztendo um maior número demáquinas no mercado, osacessórios certamente acompanharãoa nova deman<strong>da</strong>”, relatao gerente de Marketing & Ven<strong>da</strong>s.Finalizando, Kessler, <strong>da</strong> Saur,também não tem dúvi<strong>da</strong> de queestes eventos, juntamente com oPrograma “Minha Casa, MinhaVi<strong>da</strong>”, irão contribuir para especializaçãoe eventual escassez demão de obra qualifica<strong>da</strong>, o queirá aumentar a deman<strong>da</strong> porsoluções mais seguras e produtivaspara a construção civil.