32 <strong>Logweb</strong> | edição nº<strong>97</strong> | Mar | 2010 |Veículos levesFord e Iveco comentam utilização deveículos leves e furgões no paísCom os grandes centrosurbanos ca<strong>da</strong> vez maisabarrotados de carros ecaminhões, acarretando um dosgrandes entraves logísticosexistentes no Brasil na atuali<strong>da</strong>de,gerando inclusive a criação dezonas de restrição paracirculação de veículos de grandeporte, uma saí<strong>da</strong> encontra<strong>da</strong> porempresas de logística e outrasque necessitam circular porestes locais é a utilização deveículos leves e furgões.Segundo Uilson Campana,supervisor de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> FordCaminhões (Fone: 08007033673),as restrições de circulação nosgrandes centros urbanos estãotrazendo frotistas tradicionais decaminhões acima de 3,5 tonela<strong>da</strong>spara o segmento de comerciaisleves. “Essa deman<strong>da</strong>ain<strong>da</strong> está vindo, principalmentepara o transporte de bebi<strong>da</strong>s,abastecimento <strong>da</strong> rede varejista,entrega fraciona<strong>da</strong> e algunsDa<strong>da</strong>lti, <strong>da</strong> Iveco:“Tanto os veículos levescomo os furgões sãobastante utilizados nosserviços de entrega decargas em grandes centrosurbanos. Isso porque sãofáceis de manobrar,estacionar e possuem boacapaci<strong>da</strong>de de carga”serviços públicos, comomanutenção de rede elétrica ede telefonia”, explica.De acordo com AntonioDa<strong>da</strong>lti, vice-presidentecomercial e institucional <strong>da</strong>Iveco (Fone: 08007023443) paraa América Latina, o uso dosveículos leves na área delogística é ca<strong>da</strong> vez maiscrescente, pois eles atendemaplicações de resgate esalvamento, transporte de cargageral, posto de atendimentomóvel, transporte de produtosresfriados ou congelados,serviços gerais, oficina volante,lanchonete móvel, transporte devalores e estande móvel, entreoutros ligados ao comércio, àindústria e ao fornecimento deprodutos aos grandes centrosurbanos.Da<strong>da</strong>lti destaca que tanto osveículos leves como os furgõessão bastante utilizados nosserviços de entrega de cargasem grandes centros urbanos.Isso porque são fáceis demanobrar, estacionar e possuemboa capaci<strong>da</strong>de de carga.No entanto, o que define acompra de um ou outro modelo ediferencia sua aplicação é anecessi<strong>da</strong>de do cliente.Ele comenta que os furgões,por exemplo, têm menor alturado solo à plataforma de carga,acesso pela porta traseira elateral e são veículos prontospara o trabalho, que nãorequerem encarroçamento, comoo modelo leve. Além disso, têmmaior veloci<strong>da</strong>de, mobili<strong>da</strong>de,concepção ergonômicaapropria<strong>da</strong> e o custo deproprie<strong>da</strong>de/investimento équase o mesmo de umcaminhão leve.Campana, <strong>da</strong> Ford, diz queos furgões são indicados paracasos em que a necessi<strong>da</strong>de épor densi<strong>da</strong>de de carga epratici<strong>da</strong>de nas entregas, aoCampana, <strong>da</strong> FordCaminhões: “as restriçõesà circulação nos grandescentros urbanos estãotrazendo frotistastradicionais de caminhõesacima de 3,5 tonela<strong>da</strong>spara o segmento decomerciais leves”passo que os chassi/cabine sãomais indicados quando anecessi<strong>da</strong>de é volume de cargae customização do implemento.“Essas são as diferenciações<strong>da</strong>s aplicações entre essesmodelos, considerando apenasaspectos técnicos. Sempreexiste a predileção do transportador,que pode optar por umdos modelos, de acordocom outras necessi<strong>da</strong>des”,esclarece.Um dos modelos <strong>da</strong> Fordque pode ser aplicado para osdois casos é a Transit, lança<strong>da</strong>em janeiro de 2009. Segundo osupervisor de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> FordCaminhões, o estudo deviabili<strong>da</strong>de de lançamentodeste veículo já projetava ocenário de aumento <strong>da</strong>deman<strong>da</strong> por veículos leves efurgões nas grandes ci<strong>da</strong>des.“Os volumes já estavampreviamente ajustados a umcenário de crescimento <strong>da</strong>indústria desde o lançamento<strong>da</strong> Transit, que ultrapassou amarca de 1.000 uni<strong>da</strong>desemplaca<strong>da</strong>s no ano passado.Em dezembro, este produtoconquistou 7,5% de participaçãono segmento em que atua,com o recorde de 180 uni<strong>da</strong>descomercializa<strong>da</strong>s no período”,revela.A Iveco, por sua vez, parali<strong>da</strong>r com este crescimento dedeman<strong>da</strong>, aumentou suacapaci<strong>da</strong>de produtiva expandindosua fábrica em Sete Lagoas,MG. Projeta<strong>da</strong> inicialmentepara ser uma montadora decomerciais leves e caminhõesleves, com duas linhas demontagem e capaci<strong>da</strong>de totalcombina<strong>da</strong> pra 27.000uni<strong>da</strong>des/ano, atualmente, aplanta tem capaci<strong>da</strong>deprodutiva de 70.000 veículoscomerciais/ano, dividi<strong>da</strong> emtrês linhas de montagem: Daily(18.000 uni<strong>da</strong>des/ano),caminhões pesados (24.000uni<strong>da</strong>des/ano) e Ducato (28.000uni<strong>da</strong>des/ano).Segundo o vice-presidentecomercial e institucional <strong>da</strong>Iveco para América Latina,embora a produção <strong>da</strong>smontadoras no ano passadotenha sido menor do que em2008, a reação positiva domercado a partir do segundosemestre fez com que asven<strong>da</strong>s voltassem a crescer.Por fim, um ano que a princípioseria péssimo para a indústriade caminhões superou o de2007, até então considerado osegundo melhor ano <strong>da</strong> história<strong>da</strong> indústria.Ele afirma que, em todos osmomentos, mesmo quando aeconomia não mostrava sinaisde crescimento, a Ivecocontinuou pisando no aceleradore investindo. Fechou o anode 2009 com 7,3% de marketshare, o mesmo resultado de2008. ●
| edição nº<strong>97</strong> | Mar | 2010 | <strong>Logweb</strong>33CaminhõesVolvo teve ano históricono Brasil e quer maisNo último ano, a Volvo Trucks (Fone:0800 41.1050) alcançou a marca de8.730 caminhões vendidos noBrasil, o que representa o segundomelhor ano <strong>da</strong> história <strong>da</strong> companhia nopaís, perdendo apenas para 2008, quando10.134 uni<strong>da</strong>des foram comercializa<strong>da</strong>s.Além disso, a Volvo do Brasil, cujofaturamento foi de R$ 3,2 bilhões em2009, representou, pela primeira vez, omaior mercado de caminhões <strong>da</strong> empresano mundo: nos Estados Unidos foramcomercializa<strong>da</strong>s 6.622 uni<strong>da</strong>des, aopasso que na França, Grã-Bretanha eSuécia foram vendidos, respectivamente,3.020, 2.551 e 1.803 caminhões. Tambémsegundo o gerente de PlanejamentoEstratégico, Sérgio Gomes, em 2008, aAmérica do Sul detinha 12% de participaçãonos negócios <strong>da</strong> Volvo Trucks, e em2009 este número subiu para 21%.De acordo com Tommy Svensson,presidente <strong>da</strong> Volvo do Brasil, o primeirosemestre de 2009 foi muito complicado,mas as medi<strong>da</strong>s adota<strong>da</strong>s pelo governobrasileiro contra a crise mundialaju<strong>da</strong>ram muito para que houvesse umareviravolta no mercado a partir do meiodo ano e a companhia conseguiu serecuperar bem.Outros aspectos que contribuírampara o bom desempenho <strong>da</strong> empresa noúltimo ano, segundo Svensson, foram oSvensson, sobre 2010: “a empresaestá muito bem prepara<strong>da</strong> para termais um ano de bons resultados”sucesso <strong>da</strong> nova linha F e a consoli<strong>da</strong>ção<strong>da</strong> linha VM. “O FH 440cv foi o caminhãopesado mais vendido em 2009”,acrescenta Bernardo Fe<strong>da</strong>lto Jr., gerentede caminhões <strong>da</strong> linha F.E se o ano passado foi bom, a Volvoespera que 2010 seja ain<strong>da</strong> melhor.“A empresa está muito bem prepara<strong>da</strong>para ter mais um ano de bons resultados”,garante Svensson, endossado porGomes, que cita algumas razões quelevam a Volvo a crer que poderá produziralgo em torno de 15.000 uni<strong>da</strong>des noBrasil: crescimento com base no consumodoméstico, aumento dos investimentosna indústria e crescimento de 8%, safrade grãos 5% maior do que em 2009,aumento de 28% na produção de aço,compras antecipa<strong>da</strong>s de bitrens e arecuperação econômica de países comoChile e Peru.Para alcançar esta produção recorde,os executivos garantem que a Volvo jáestá prepara<strong>da</strong>, tanto que contratou 250funcionários e criou o segundo turno paraa produção de caminhões, que teve iníciono final de janeiro último. Além disso, osinvestimentos para o triênio 2009/10/11preveem R$ 460 milhões, dos quaisapenas algo próximo de R$ 60 milhões jáforam gastos.FinanciamentosA Volvo Financial Services Brasil,braço <strong>da</strong> empresa na área de serviçosfinanceiros, encerrou o último ano comuma carteira de R$ 2,4 bilhões, superandoem 41% a marca alcança<strong>da</strong> em 2008,quando obteve R$ 1,7 bilhão. “Em 2009,44% dos caminhões vendidos pela Volvoforam financiados pela VFS”, comemorao diretor-presidente <strong>da</strong> divisão, AdrianoMerigli.Um ponto de destaque nestedesempenho é que no ano passado aVFS foi o único banco a financiarcaminhões usados pelo BNDES,destinando boa parte dos recursos parapessoas físicas e pequenas empresas,que dos aproxima<strong>da</strong>mente R$ 80 milhõesfinanciados no segundo semestrereceberam cerca de 85%. ●