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Edição 97 download da revista completa - Logweb

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| edição nº<strong>97</strong> | Mar | 2010 | <strong>Logweb</strong>53representar entre 60 a 70% docusto logístico de umaempresa, sob o ponto de vistafinanceiro. Porém, considerandoa logística como elementoestratégico, por exemplo, ocusto stock out, que representaa ven<strong>da</strong> devi<strong>da</strong>, pode ter umsignificado mais impactante doque o financeiro, na visão dele.Em contraparti<strong>da</strong>, Rago, doCeteal, entende que otransporte é um dos custosmais visíveis, mas pode nãoser o principal em algumasempresas onde o produto é degrande valor agregado. Nestecaso, o estoque terá maisrepresentativi<strong>da</strong>de.“O transporte é um dos maisfáceis de gerenciar, mas nãopodemos afirmar que sempreserá o principal custo. Emalguns casos, pode ser aarmazenagem, em função deto<strong>da</strong> estrutura para armazenar,por exemplo produtos refrigeradosou de alto valor”, explica.Seguindo esta mesmalinha, Carillo, <strong>da</strong> GlobalConnexxion, garante que não épossível afirmar diretamenteque o impacto do custo detransporte seja o maior doscustos relacionados àlogística, já que em váriossegmentos o custo demanutenção dos estoques(inventário) é o mais significativo.“Depende do valor doproduto, <strong>da</strong>s distâncias apercorrer, dos níveis defracionamento, dos canais dedistribuição, etc.”,complementa Rezende, <strong>da</strong>IMAM Consultoria.Da mesma forma, Gasnier,do IMAM, prefere não ser tãotaxativo quanto à participaçãodo transporte nos custoslogísticos. Ele partilha <strong>da</strong>análise de Carillo e destacaque há produtos de alto valorespecífico, que fazem com queo custo financeiro do capitalimobilizado em estoques sejaproporcionalmente maior. Poroutro lado, os gastos comtransportes inbound e/ououtbound são proporcionalmentemaiores para itens combaixo valor específico.Medindo arepresentativi<strong>da</strong>dedos custoslogísticosA maneira mais utiliza<strong>da</strong> dese medir os custos logísticos,segundo Lima, do ILOS, é pelopercentual <strong>da</strong> receita. A pesquisarealiza<strong>da</strong> pelo Instituto mostraque no Brasil, em média, o custologístico representa 8,3% <strong>da</strong>receita líqui<strong>da</strong> de uma empresa.No entanto, é importante salientarque este percentual varia muitode um segmento de atuação paraoutro. No agronegócio, por exemplo,os custos logísticos representam13,3% <strong>da</strong> receita líqui<strong>da</strong>,ao passo que no varejo e atacadoequivale a somente 3,1%.“É possível medir o custo logísticopelo estoque, por volume naarmazenagem, pelo custologístico administrativo e pelocusto do transporte”, comenta.Os custos logísticos precisamser gerenciados diariamente e aadoção de indicadores precisaser repensa<strong>da</strong> pelas organizaçõese pratica<strong>da</strong>s de forma pragmática.“O indicador mais fácil de seradotado é a relação percentualcom volume financeiro de saí<strong>da</strong>:o faturamento. Esta relação poderepresentar até 7%, dependendodo segmento industrial e do nívelde automação operacional, sendonecessária a realização debenchmarking setorial”, explicaTrigueiro.Vantine: existe muitacontrovérsia sobre a realrepresentação do custologístico nas empresas,pois são muitas asvariáveis que asdiferenciamConforme análise do diretorexecutivo<strong>da</strong> FTLOG, estes valoresreferenciais devem servir demetas e transformados em açõesde melhoria nas rotinas operacionais.As boas práticas operacionaisapontam que o trabalho deexcelências em custos logísticoscomeça com a consciência <strong>da</strong>base operacional e de como ca<strong>da</strong>ativi<strong>da</strong>de impacta no custo.“Desta forma, o indicador devepercorrer sob a responsabili<strong>da</strong>dede todos, <strong>da</strong> base operacionalaté a presidência”, salienta.Para ele, o principal aliado<strong>da</strong> Gestão de Custo é umaferramenta apropria<strong>da</strong> para amedição e o acompanhamento.A ferramenta principal é oCusteio ABC, mas as empresasain<strong>da</strong> encontram dificul<strong>da</strong>des emapurar os custos com esta metodologiapela falta de investimentosem tecnologia de gestão.“O importante deste processo évocê ter as informações em tempode promover ações corretivas.O que acontece em muitasempresas é que suas metodologiasde apuração só tiram afotografia de como foi o mêsanterior e não conseguem enxergaro desempenho do mês eman<strong>da</strong>mento para evitar, em tempohábil, que se tenha problemasain<strong>da</strong> no mesmo mês”, ressalta.Sendo assim, o diretorexecutivo <strong>da</strong> FTLOG garante quea tecnologia e a capacitaçãodos recursos humanos nesteprocesso é fun<strong>da</strong>mental para quese tenha posturas proativas degestão com ações de melhorias,e não posturas reativas comações corretivas.Rago, do Ceteal, comentaque a forma mais simples demedir a representativi<strong>da</strong>de doscustos logísticos é através dovalor do custo gerado sobre ovalor de faturamento. Ele contaque esta porcentagem serve debalizamento para indicar o teto degasto, frente ao que foi ofertadode preço final. Caso haja umpercentual de participação maiordo que o previsto, constata-se quea empresa reduziu sua margem,ou seja, aumentou o custo.Com este indicador simples, aempresa pode entender o motivode se gastar mais ou menos.“Quando há uma mensuraçãodefini<strong>da</strong> numa métrica, ficaCarillo, <strong>da</strong> GlobalConnexxion: custoslogísticos, que na ver<strong>da</strong>desão despesas, por suanatureza contábil, devemser apurados e gerenciadosmuito mais fácil o gerenciamentoe a identificação de onde e porquese gasta, ofertando, assim,possibili<strong>da</strong>des de melhoras nosprocessos e, consequentemente,nos custos”, revela, apontandoque a gestão dos custos logísticospode ser feita por aspectoscomo operação, cliente, região,transporte, armazenagem,estoque, entrega, etc.Carillo, <strong>da</strong> Global Connexxion,também afirma que o percentualsobre o faturamento é o modelomais usual para medir os custoslogísticos. Segundo ele, a adoçãode um indicador padrão permitecomparações e análises sobre odesempenho atual e definição demetas, em comparação comoutras empresas de um mesmosegmento. “Como em qualqueranálise, os custos logísticosdevem ser compreendidos, istoé, apurados. É preciso estabelecerexatamente as fontes doscustos, como eles são compostose permitir estratégias deredução/melhoria”, aconselha.Gasnier, do Grupo IMAM,também aponta a comparaçãocom outros players como umaspecto importante <strong>da</strong> mensuraçãodos gastos logísticos, além <strong>da</strong>evolução histórica. Ele informaque usualmente se mede aproporção do gasto logístico emrelação ao valor de bens transportadose/ou armazenados, masalém dos percentuais relativostambém é importante observaros valores absolutos, pois sãoestes que contam no final do dia.

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