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DEZEMBRO 2015

Edição 213 - Dezembro 2015

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Dezembro <strong>2015</strong><br />

Poesia<br />

Lusitano de Zurique<br />

37<br />

Natal da<br />

Minha Terra<br />

Abraço de<br />

Natal<br />

Euclides Cavaco<br />

www.euclidescavaco.com<br />

BOAS FESTAS!<br />

Natal do<br />

Ausente<br />

No coração dum ausente<br />

Está sempre bem presente<br />

O seu velho Portugal<br />

Que recorda com saudade<br />

E mais emotividade<br />

Nesta altura de Natal...<br />

O Natal traz-lhe à lembrança<br />

Os seus tempos de criança<br />

Que não voltarão jamais<br />

Da sua terra afastado<br />

Recorda emocionado<br />

Memórias dos seus Natais.<br />

Lembra a família e amigos<br />

Revive os tempos antigos<br />

Onde tudo era diferente<br />

Mais pobre no seu país<br />

Mas contudo mais feliz<br />

Que o seu Natal hoje ausente.<br />

Sente imensa nostalgia<br />

Ao recordar este dia<br />

Que dentro da alma chora...<br />

A quanto a saudade obriga<br />

Calado ausente mitiga<br />

Os seus Natais de outrora !...<br />

Conservo em meu coração<br />

Uma aldeia de Portugal<br />

Que foi meu berço de infância<br />

E tem tão grande importância<br />

Nas tradições do Natal.<br />

Eu recordo com saudade<br />

A Terra por mim amada<br />

Hoje de mim tão distante<br />

Onde era significante<br />

A noite da consoada .<br />

Nesta aldeia bela e simples<br />

Como é diferente este dia<br />

Nele se esquecem ofensas<br />

Congraçam-se as indif’renças<br />

Voltando à doce harmonia.<br />

Ai que saudades que eu sinto<br />

Do Natal na minha aldeia<br />

Onde ao redor da lareira<br />

Se unia a família inteira<br />

À luz tosca da candeia.<br />

Como é terno alimentar<br />

Esta suave lembrança<br />

Como era o dia de ceia<br />

E o Natal na minha aldeia<br />

Nos meus tempos de criança !…<br />

Euclides Cavaco<br />

Como será o Natal<br />

De quem vive em solidão<br />

Com mágoa sentimental<br />

E quem está na prisão?...<br />

Como será o Natal<br />

Dos tristes e sem abrigo<br />

E quem tem a infernal<br />

Desdita de ser mendigo?...<br />

Como será o Natal<br />

Dos sem família e ausentes<br />

Dos que estão no hospital<br />

Sem alegria e doentes?...<br />

Como será o Natal<br />

De quem perdeu o emprego<br />

Seu bem mais essencial<br />

Sem esp’rança nem sossego?<br />

Como será o Natal<br />

Dos que o passam sem amor<br />

E de quantos afinal<br />

O sofrem em luto e dor?...<br />

Tentemos dar-lhes este ano<br />

Em partilha fraternal<br />

Com todo o calor humano<br />

Nosso abraço de Natal.<br />

Euclides Cavaco<br />

Euclides Cavaco

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