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disciplinas, que vinham desde os tempos dos sofistas gregos. Na Idade Média elas<br />

constituíram o trivium e o quadrivium.<br />

O trivium (gramática, retórica e dialética), corresponderia atualmente ao ensino<br />

médio era mais comum e de caráter mais popular, encontrava-se abaixo do quadrivium<br />

(geometria, aritmética, astronomia e música) que seria uma categoria superior de ensino.<br />

Assim o conteúdo de ensino passou a ser chamado de “as sete arte liberais e dividiamse<br />

em o trivium e o quadrivium, que estão brevemente resumidos na tabela abaixo:<br />

TRIVIUM<br />

Estudo de gramática, retórica e<br />

dialética corresponderia atualmente ao<br />

ensino médio era mais comum e de<br />

caráter mais popular, menos complexo<br />

que o quadrivium.<br />

QUADRIVIUM<br />

Estudo de geometria, aritmética,<br />

astronomia e música, era considerada como<br />

uma categoria superior de ensino.<br />

Geralmente só a elite econômica tinha<br />

acesso ao mesmo.<br />

Apesar de fortemente ligadas ao catolicismo, as escolas monacais e catedralícias,<br />

de início, educavam os burgueses, mas em seguida estes procuraram uma educação<br />

que atendesse aos objetivos da vida prática. Alterações importantes no<br />

sistema educacional só vão ocorrer por volta do século XI, com o<br />

fortalecimento do comércio, isso resulta em algumas coisas<br />

importantes para a educação. Uma delas foi o surgimento das<br />

escolas seculares. Com efeito, o desenvolvimento do comércio<br />

faz brotar novamente a necessidade de se aprender a ler,<br />

escrever e calcular. Nessas escolas burguesas, acontece<br />

uma forte contestação à Igreja, pois as mesmas se opunham<br />

ao ensino puramente religioso. Na verdade essas escolas<br />

queriam uma proposta ativa, que atendesse aos interesses<br />

da classe burguesa.<br />

A educação medieval vai sofrer mudança<br />

novamente por volta do século XII, pois a sociedade vai<br />

ficando cada vez mais complexa. Assim houve ampliação<br />

dos estudos (filosofia, teologia, leis e medicina);<br />

surgimento de mestres especializados; exigência de<br />

provas para a aquisição dos títulos de bacharel,<br />

licenciado e doutor e por fim o surgimento das<br />

universidades.<br />

Por outro lado, na época medieval a maior parte<br />

das mulheres não tinham acesso à educação<br />

formal. Apesar de trabalharem arduamente ao lado<br />

do marido, continuariam analfabetas. As meninas<br />

nobres aprendiam alguma coisa em seu próprio castelo,<br />

ocasião em que recebiam aulas de artes domésticas. Quando surgiram as escolas<br />

seculares, as meninas burguesas, começaram a ter acesso à educação. Porém nos<br />

mosteiros (alunas internas) e nos educandários (alunas externas) as meninas aprendem a<br />

ler, escrever, fazer artes da miniatura executar cópia de manuscritos (raramente).<br />

Já que somos educadores ou futuros educadores, é bom nos perguntar quem eram<br />

esses mestres medievais? Os pedagogos – no sentido exato da palavra – não aparecem<br />

na época medieval. As questões pedagógicas eram objeto de reflexão de qualquer pessoa<br />

que se dedicasse à interpretação dos textos sagrados, na preservação dos princípios<br />

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