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Revista Elas por elas 2016

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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de mulheres e meninas. Tal episódio<br />

se configura como violência política<br />

sem precedentes. Nenhuma discordância<br />

política ou protesto pode abrir margem<br />

e/ou justificar a banalização da<br />

violência contra as mulheres – prática<br />

patriarcal e sexista que lhes invalida a<br />

dignidade humana”, diz a nota.<br />

A professora Piedra Magnani ressalta<br />

que nos discursos destacados a<br />

respeito de Dilma não está em questão<br />

apenas a emergência de uma mulher<br />

que alcançou o cargo de presidente do<br />

país, mas de uma mulher aparentemente<br />

fora dos padrões de<br />

fe mi nilidade (constituídos <strong>por</strong> visões<br />

machistas e finalidades mercadológicas).<br />

“Nesses discursos, ela aparece<br />

como figura destoante, distinta do<br />

modelo ‘esperado’ de mulher, e parece<br />

não ser aceita pelo fato de encarnar<br />

uma dureza que não condiz com sua<br />

condição de mulher”, avalia.<br />

Outra agressão à presidenta Dilma<br />

na mídia foi o texto “Dilma e o sexo”,<br />

assinado pelo jornalista e editor da revista<br />

Época, João Luiz Vieira, em<br />

agosto de 2015. O autor atribui os<br />

problemas da presidenta Dilma Rousseff<br />

à “falta de erotismo”. Diante da repercussão<br />

negativa, o artigo foi retirado<br />

do ar no mesmo dia. No artigo O Machismo<br />

e a presidenta, publicado no<br />

site Blogueiras Feministas (27/08/15),<br />

a autora Máira Nunes comenta o texto<br />

da revista Época e avalia que a argumentação<br />

central do jornalista João<br />

Luiz Vieira é a de que para fazer o<br />

jogo político Dilma precisa se erotizar.<br />

Segundo Máira, na nossa sociedade<br />

machista e patriarcal, a política é considerada<br />

um jogo masculino e a<br />

maioria das estadistas passaram <strong>por</strong><br />

um processo de “masculinização” e<br />

“dessexualização”. “Dilma, que já era<br />

uma mulher considerada dura, fez um<br />

caminho inverso, abrandou-se ainda<br />

na campanha para tornar-se mais amigável<br />

ao eleitorado. Mas, pelo visto,<br />

não foi o suficiente. É preciso mais.<br />

Segundo a autora, é preciso não só<br />

expressar sua sexualidade, mas também<br />

ser desejável”, cita.<br />

Em abril de <strong>2016</strong>, a revista IstoÉ<br />

protagonizou mais um episódio da mídia<br />

golpista, estampou em sua capa uma<br />

foto da presidenta de costas com as<br />

Desrespeito: presidenta recebeu xingamentos na Copa do Mundo.<br />

12 <strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Junho <strong>2016</strong>

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