Revista Elas por elas 2016
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
com as críticas de colegas. Portanto,<br />
falar da realidade da vida das pessoas<br />
trans é falar de falta de respeito com o<br />
ser humano, a começar pelo direito a<br />
ter um nome que o represente. Para<br />
conquistarem o direito de mudar seu<br />
documento de identidade, mulheres e<br />
homens trans precisam estar dispostos<br />
a enfrentar uma luta nada fácil. E a negação<br />
deste direito leva à negação de<br />
muitos outros, promovendo uma verdadeira<br />
segregação das pessoas trans<br />
na sociedade. “Se alguém se apresenta<br />
como mulher, mas nos seus documentos<br />
tem nome de homem, ou vice-versa,<br />
sofre demais. Muitas vezes não é aceita<br />
naquele ambiente ou tem que se sujeitar<br />
a piadinhas, o que a leva a abandonar<br />
escola e trabalho, ficando ainda mais<br />
vulnerável”, afirma Libernina.<br />
MARK FLOREST<br />
Falta de políticas públicas<br />
Com certeza, todos estes problemas<br />
existem <strong>por</strong> falta de políticas públicas<br />
que atendam às pessoas trans.<br />
Aliás, oficialmente, nem <strong>elas</strong> mesmas<br />
existem para o país, <strong>por</strong>que não aparecem<br />
sequer no levantamento do<br />
IBGE, já que não existe um item em<br />
que a pessoa possa dizer, ela própria,<br />
com qual gênero se identifica (homem<br />
ou mulher), independentemente do<br />
sexo (órgão genital – masculino ou feminino)<br />
com o qual nasceu.<br />
De acordo com Carlos Magno Fonseca,<br />
presidente da Associação Brasileira<br />
de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis<br />
e Transexuais (ABGLT), nenhum país<br />
no mundo quantifica sua população<br />
<strong>por</strong> gênero e sim <strong>por</strong> sexo e “esta debilidade<br />
faz com que o estado desconheça<br />
e invisibilize pessoas trans. Igualmente<br />
ocorre quanto à orientação se-<br />
“<br />
Se alguém se<br />
apresenta como<br />
mulher, mas nos<br />
seus documentos<br />
tem nome de homem,<br />
ou vice-versa,<br />
sofre demais.<br />
32 <strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Junho <strong>2016</strong>