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PME Magazine - Edição 2 Outubro 2016

Beatriz Rubio, Copidata, os feitos da Seleção Nacional e muito mais. Leia a PME Magazine.

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Copidata: o salto<br />

para o sucesso<br />

casos de<br />

sucesso<br />

Nascida em 1970, começou pelos formulários. Em 2000 entrou no mundo dos envelopes e passou<br />

a líder nacional. Em três meses fez três fusões e continuou a apostar na internacionalização.<br />

Conheça esta <strong>PME</strong> adepta do método Kaisen<br />

Por: Mafalda Marques<br />

Quando António Brum aceitou o desafio de liderar a Copidata<br />

tinha 18 anos de experiência comercial na área de embalagem. A<br />

empresa tinha culminado um ciclo de três anos desde a aquisição<br />

pela espanhola Tompla até ao final de 2010, um ano bastante bom.<br />

Os sinais da crise apenas chegaram em finais de 2010 e, em 2011,<br />

a empresa decidiu implementar uma nova gestão. Poucos dias<br />

depois, o Governo de José Sócrates pedia ajuda ao FMI e aí deu-se<br />

o início da crise.<br />

“O mercado onde a Copidata se inseria, formulários e<br />

envelopes, começou a sofrer um desgaste acelerado devido<br />

à desmaterialização de processos, ou seja, começaram<br />

a entrar em força tudo o que eram e são faturas eletrónicas<br />

como grande ameaça ao nosso negócio principal.<br />

Esse processo hoje ainda continua, talvez um pouco mais<br />

atenuado, mas teve consequências bastante graves no<br />

mercado, como nas gráficas e muitas fecharam”, explica<br />

António Brum, diretor-geral da Copidata.<br />

O mercado sofreu uma revolução muito acelerada em muito pouco<br />

tempo, pelo que a primeira ação a tomar pela equipa de gestão<br />

foi reestruturar a empresa. Apesar de saudável financeiramente,<br />

o negócio caiu abruptamente e teve de ajustar-se, optando pela<br />

internacionalização e, internamente, trabalhando a produtividade<br />

através do método Kaisen, a partir no final de 2012. De 2011 ao<br />

início de 2013 passaram-se tempos de profunda reestruturação,<br />

chegando mesmo a empresa a registar resultados negativos, mas a<br />

partir daí a Copidata nunca mais deixou de crescer.<br />

No entanto, o crescimento só por si não chegava: “Começámos<br />

a ir às empresas, a ir às bases de dados ‘comprar’<br />

relatórios de empresas e a perceber o que era bom e<br />

começámos a notar uma tendência muito clara: atravessando<br />

a crise como se nada existisse, as empresas de<br />

rotulagem, etiquetas e também as de embalagem tinham<br />

crescimentos de lucros e volumes. Aí começou o nosso<br />

interesse por essa área”.<br />

Brum fez um estudo mais alargado e propôs à administração em<br />

Espanha que olhasse para esses setores ao ponto de o próprio<br />

presidente se dedicar à procura de empresas em Portugal, Espanha<br />

e França.<br />

“Em Portugal vimos muitas empresas que, mesmo com a<br />

crise, não se deixavam comprar. A procura decorreu em<br />

todo o ano de 2013 e a primeira concretização surgiu em<br />

2014, numa empresa especializada de rótulos de vinhos<br />

na zona de Burgos, com uma faturação de 6 milhões de<br />

euros, mas muito rentável”, conta.<br />

Em 2015, a Copidata entra numa nova dinâmica com o desafio da<br />

Etiforma, quase à beira da falência, para aproveitar o seu fundo<br />

de comércio e dar-lhes apoio no processo de transição que lhes<br />

permitisse comprar os seus ativos.<br />

“Avaliámos e corremos o risco porque a Etiforma já foi<br />

líder de mercado, era uma empresa com muito knowhow<br />

técnico. Era uma oportunidade para a Copidata”,<br />

adianta Brum.<br />

No fim do processo, foi feita uma ação comercial agressiva no<br />

mercado com o apoio da equipa da Etiforma, junto dos fornecedores.<br />

Conseguiram revitalizar a unidade de produção e normalizar<br />

o serviço ao mercado.<br />

“Apanhámos a Etiforma numa fase bastante crítica, mas<br />

os clientes ainda deram o beneficio da dúvida e apostaram.<br />

A aquisição correu muito bem, mas foi muito<br />

trabalhosa”, desabafa.<br />

No dia 30 de dezembro de 2015, a Copidata comprou os ativos<br />

e tornou-se industrial de etiquetas. A meio do ano começou<br />

<strong>PME</strong><br />

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