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competição foi realizada na Lituania; dois pilotos brasileiros – Henrique Navarro ( Aeroclube Bauru-SP) e Cláudio<br />
Schmidt (Aeroclube Rio Claro-SP) –representaram o Brasil. A Federação Brasileira de Voo a Vela é uma entidade sem<br />
fins lucrativos e de caráter desportivo; criada em 15 de janeiro de 1954 e vinculada ao Comitê Olímpico Brasileiro –<br />
COB que tem como finalidade a promoção e o desenvolvimento do volovelismo brasileiro. Suas atividades esportivas,<br />
especialmente os campeonatos, são regulamentadas e supervisionadas, em nível mundial, pela FAI, vinculada<br />
ao Comitê Olímpico Internacional (COI), também responsável pela homologação de recordes, insígnias e diplomas<br />
de performances. Estas aeronaves desmotorizadas estão muito avançadas tecnologicamente e tão seguras quanto<br />
qualquer pequena aeronave motorizada.<br />
Aeroclube de Itápolis KW-1 Quero-Quero<br />
<br />
Embora já existam modelos com motor para decolagens, todos se<br />
mantêm no ar com o auxílio das correntes de ar ascendentes. O<br />
planador é um avião tradicionalmente sem motor, que precisa ser<br />
colocado no ar por meio de auxílio externo, para impulsioná-lo até certa<br />
altura, em media, até os 500 m. Isso pode ser feito de várias maneiras. A<br />
mais comum delas é a decolagem por reboque, na qual o planador é<br />
puxado por um avião pequeno até alcançar a altura adequada, onde<br />
poderá manter-se com o auxílio das correntes de ar. O planador tem<br />
controles semelhantes aos de um ultraleve. A maior parte dos<br />
planadores é equipada com freios aerodinâmicos, usados para limitar a<br />
velocidade máxima e auxiliar na aterrissagem em campos de pequena<br />
extensão. Alguns modelos possuem também paraquedas na cauda, que<br />
atuam como freios na aterrissagem. Embora o voo muitas vezes seja<br />
feito em planadores de apenas um lugar, a equipe que participa de cada<br />
voo e o torna viável, envolve muitas pessoas , como: a equipe solo, o<br />
piloto do rebocador, o chefe de pista e outros. Devido à ausência de um<br />
motor essa grande equipe é imprescindível para os voos e cria esta<br />
oportunidade de rica convivência entre os praticantes.<br />
Voo à vela ou planadorismo teve desenvolvimento acentuado no<br />
período de 1920 a 1940 na Alemanha, tornando-se uma atividade<br />
altamente competitiva e tecnologicamente avançada. Os primeiros<br />
computadores eletrônicos de planeio surgiram em 1070. Em 1992 teve<br />
início o uso de aparelhos receptores de GPS's portáteis nos cockpits de<br />
planadores de competição. Em 1995 o uso de GPS, assim como os Flight<br />
Data Recorders ou registradores de<br />
voo, tipo de GPS acoplados aos<br />
computadores eletrônicos de planeio,<br />
eram comuns nas práticas esportivas<br />
em todo o mundo, inclusive no Brasil.<br />
Na Europa o esporte é bastante<br />
difundido: existem planadores<br />
especiais para crianças começarem a<br />
voar; além disso, há campeonatos<br />
para jovens, mas por aqui o volovelismo<br />
ainda é um dos esportes aéreos<br />
com menor número de praticantes e<br />
de pilotos competidores, se comprado<br />
com outros esportes aéreos, como<br />
o consagrado voo livre (parapente e<br />
asa delta). De acordo com a FBVV, no<br />
Brasil há 50 pilotos competidores, 15<br />
aeroclubes inscritos na federação e<br />
cerca de 1000 praticantes pelo país.<br />
Apesar disso, temos pilotos de nível<br />
técnico internacional, que representam<br />
muito bem o Brasil em campeonatos,<br />
como o Mundial de<br />
Planadores. Neste ano, essa<br />
No princípio da década de 30, a maioria das estruturas<br />
de aeronaves era de madeira. Em 1934, o Instituto de<br />
Pesquisa tecnológica (IPT) publicou o boletim técnico<br />
“Emprego de madeiras nacionais em aviação” e<br />
também o apresentou o 1º Congresso Nacional da<br />
Aeronáutica, de autoria de Frederico. Dirigindo a<br />
Seção de Madeiras do IPT, o interesse de Brotero pela<br />
aviação foi suscitado pela busca de aplicações para as<br />
madeiras brasileiras na fabricação de aeronaves. Em<br />
1938, o IPT uniu-se a Orthon Hoover para projetar<br />
uma aeronave de estrutura de madeira, para uma<br />
pessoa. O primeiro dos quatro protótipos de aeronave<br />
foi construído na Escola Politécnica e terminado em<br />
Rio Claro-SP, ficando conhecido como Bichinho de Rio<br />
Claro. Mais tarde ganhou a denominação IPT-0. O<br />
aparelho trazia algumas inovações, entre elas asas<br />
dotadas de passagens aerodinâmicas hipersustentadoras<br />
no bordo de ataque. Esse modelo de asa passou<br />
a se constituir numa característica dos aviões do IPT. O<br />
protótipo inicial foi dotado de um motor importado<br />
de 60 cavalos. As nervuras das asas e da fuselagem<br />
eram de freijó. A cobertura era de contraplacado<br />
fabricado pelo IPT.<br />
Em 194, o IPT realizou um novo projeto da aeronave,<br />
para que ela pudesse contar com motores mais possantes<br />
– de, respectivamente, 65, 75 e 80 cavalos. Foram então<br />
construídos no IPT outros três aparelhos. Todas as<br />
aeronaves apresentavam excelentes condições de voo;<br />
em 1940, Clay Presgrave do Amaral dera início às<br />
atividades aeronáuticas da Seção de Madeiras do instituto,<br />
dirigida por Brotero. Em 1948, a Seção de Aeronáutica foi<br />
elevada à condição de Divisão de Aeronáutica do IPT. O<br />
primeiro projeto de aeronave desenvolvido por essa seção<br />
foi um planador para instrução primária, registrado como<br />
IPT-1 e batizado de Gafanhoto.<br />
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