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NOVEMBRO 2016 - edição 223

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Novembro <strong>2016</strong><br />

Comunidade<br />

Lusitano de Zurique<br />

19<br />

18° Festival<br />

34 anos, 34 rosas e muito Folclore<br />

Maria dos Santos<br />

Sierre, uma cidade com 10%<br />

de portugueses a ocuparem<br />

um destaque privilegiado<br />

nesta cidade, em que o folclore<br />

tem dado que falar e<br />

tem encantado todos os que<br />

por ele se deixam envolver.<br />

Foi assim que a sala polivalente<br />

de Réchy, em Vaud de<br />

Chalais, recebeu mais um<br />

serão onde o rodopiar das<br />

saias estiveram na linha da<br />

frente!<br />

Quatro ranchos folclóricos,<br />

um deles vindo de França,<br />

outro de Portugal e mais<br />

dois de terras helvéticas:<br />

Aarburg e o rancho organizador,<br />

A.C.R.P. de Sierre.<br />

A sala, com um ambiente<br />

muito acolhedor, recebeu a<br />

comunidade portuguesa que<br />

estava preste a entregar-se<br />

ao ritmo das danças e cantares<br />

das nossas regiões.<br />

Depois de um jantar suculento,<br />

os grupos davam o último<br />

retoque para que nada<br />

falhasse, enquanto os aplausos<br />

já se faziam sentir. A alegria<br />

era contagiante; amigos<br />

que se revêm; comentários<br />

sobre a evolução do folclore;<br />

críticas positivas a uma<br />

comunidade dedicada à sua<br />

cultura e um grupo estimado<br />

de Alentejanos que fizeram<br />

as delícias deste sarau.<br />

O Rancho Folclórico de Aarburg<br />

foi o encarregado de<br />

abrir a festa. Alegres, populares,<br />

bem trajados e com<br />

uma garra folclórica indiscutível<br />

mostraram que as danças,<br />

cantares e coreografias<br />

não são segredo para o grupo.<br />

Os mais pequenos, atentos,<br />

memorizaram tudo o<br />

que entre eles se passava, já<br />

que o rancho infantil é o responsável<br />

de dar continuidade<br />

a esta nossa cultura. É<br />

sempre um mimo ver estes<br />

jovens em cima de um palco!<br />

O Rancho Folclórico Flores<br />

de Anglet que veio de França,<br />

deu uma grande lição de<br />

como poupar tempo e aproveitar<br />

para dançar o maior<br />

numero de danças possível.<br />

Entre cada vira, chula, malhão<br />

ou o que fosse para se<br />

bailar, o grupo dispunha-se<br />

em palco com uma rapidez<br />

e elegância, que podemos<br />

qualificar como nunca visto!<br />

O Rancho da A.C.R.D.P. Sierre<br />

subiu ao cenário, orgulhosos<br />

dos seus trajes, que são<br />

verdadeiras cópias do Alto<br />

Minho, no nome das Lavradeiras<br />

da Meadela, das suas<br />

coreografias, dos seus cantadores<br />

e cantadeiras e de todos<br />

os mais de 50 elementos.<br />

Sorridentes, felizes e encorajados<br />

por um público que lhes<br />

pertence, este rancho dançou<br />

como se o palco fosse um mar<br />

de nuvens!<br />

Os dançarinos e as dançarinas<br />

mostraram, com elegância<br />

e subtileza, como dominam<br />

com sabedoria, o folclore. Todos<br />

estavam a transbordar de<br />

satisfação e, por conseguinte,<br />

o publico retribui.<br />

A surpresa da noite estava<br />

por chegar com o rancho do<br />

Ciborro, uma aldeia que pertence<br />

a Évora e que fez o<br />

público vibrar! As suas danças<br />

em forma de marchas, o<br />

vira, malhão, o picadinho entre<br />

outras e, também, para<br />

entusiasmo do público, o<br />

fandango do Ribatejo, arrebatou<br />

o entusiasmo eufórico<br />

de todos. Um grupo muito divertido<br />

que, apesar da brincadeira<br />

com o vocabulário alentejano,<br />

soube respeitar os<br />

trajes e a cultura. Deixaram-<br />

-nos com boas recordações<br />

e esperemos que, num outro<br />

festival em terras helvéticas,<br />

possam mostrar o humor<br />

alentejano traduzido em folclore.<br />

Foi um frenesim de um<br />

grupo que chegou e marcou<br />

muitos pontos, deixando saudades<br />

de uma flama que não<br />

esqueceremos!

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