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NOVEMBRO 2016 - edição 223

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Novembro <strong>2016</strong><br />

Comunidade<br />

Lusitano de Zurique<br />

7<br />

Maria José Guedes Bernardo da Silva é<br />

uma das muitas portuguesas que reside<br />

em Zurique! Mulher determinada e<br />

com capacidade de enfrentar todos os<br />

desafios culturais, sociais e desportivos<br />

do C.L.Z. deixou-nos entrar na sua vida<br />

através desta pequena cavaqueira.<br />

De sorriso contagiante e olhar brilhante,<br />

esta pequena - grande mulher tem<br />

as mais variadas histórias para contar,<br />

sobre nós portugueses que durante os<br />

anos 80 decidimos recomeçar a vida<br />

neste país dos Alpes!<br />

Sempre bem-disposta e humorada a<br />

Maria José é conhecida como a Zé do<br />

Lusitano (pelo menos para mim). Sincera<br />

e directa ela tenta fazer o que melhor<br />

sabe em prol da nossa Comunidade.<br />

Está de parabéns pela dedicação do<br />

seu tempo livre ao voluntariado que ao<br />

longo de tantos anos pôs ao dispor de<br />

todos nós!<br />

Maria dos Santos<br />

Centro Lusitano de Zurique — Desde<br />

quando estás ligada a esta Associação<br />

Maria José da Silva — Estou ligada ao<br />

CLZ há cerca de 10 anos quando o meu<br />

marido entrou para a direcção foi aí que<br />

tomei conhecimento do trabalho que se<br />

fazia nos diversos departamentos.<br />

Mas foi no futebol que me integrei mais<br />

rápido pois havia um grupo espectacular<br />

na altura e fizemos coisas incríveis. Mas<br />

foi em 2007 que entrei para a direcção<br />

com o actual presidente.<br />

C.L.Z. — Após tantos anos a defender os<br />

interesses desta casa, decidistes fazer<br />

uma pausa. Que guardas de melhor destas<br />

experiências?<br />

M.J.S — Foi muito gratificante todos<br />

estes anos. Todos os projectos em que<br />

estive presente tiveram pernas para andar<br />

e ainda continuam quase todos. Mas<br />

sem dúvida o que mais me preencheu foi<br />

o contacto com as pessoas, é muito gratificante.<br />

Também as duas semanas que<br />

ficávamos no Buffet na época do Natal e<br />

Ano Novo e que era ali que estava a nossa<br />

família mesmo não tendo cá ninguém,<br />

nunca nos sentimos sozinhos.<br />

C.L.Z. — Quais foram as tuas prioridades<br />

em servir a Comunidade Portuguesa,<br />

que passou ao longo destes anos<br />

pelo C.L.Z.?<br />

M.J.S. — Sempre tentamos ajudar quem<br />

nos procurou dentro das nossas possibilidades.<br />

As pessoas que chegaram aqui<br />

sem nada nem comida tinham, foi no Bufet<br />

do CLZ que reconfortaram o estômago<br />

e a alma. Temos que agradecer a Dona<br />

Zeza e Rosa Pereira pois muitas vezes<br />

eram elas que davam as refeições. Também<br />

crianças com dificuldades escolares<br />

foram por nós ajudadas e algumas com<br />

sucesso, mas a prioridade foi fazer um<br />

trabalho sempre bem feito e justo.<br />

C.L.Z. — A revista do C.L.Z. é sem duvida<br />

um “selo” na nossa comunidade. Como<br />

vês a evolução desde que foi lançada há<br />

mais de 25 anos?<br />

M.J.S. — A menina dos nossos olhos tem<br />

tido uma evolução positiva sem dúvida<br />

mas estamos em tempo de contenção e<br />

também aqui se nota nos nossos patrocinadores<br />

alguma redução de custos e<br />

isso também nos limita o trabalho, mas<br />

vamos continuando. É de realçar que é<br />

um trabalho não é renumerado pois além<br />

de dizermos que é um trabalho voluntário<br />

ainda há quem não entenda esta palavra.<br />

Quanto ao aumento na paginação<br />

acho que não é o momento, mas quem<br />

está neste momento com essa responsabilidade<br />

sabe o que fazer certamente. A<br />

informação sobre o que a nossa comunidade<br />

faz, é certamente uma mais-valia,<br />

mas para ser possível precisávamos de<br />

colaboradores que fossem a esses eventos<br />

e que os relatassem à nossa revista,<br />

mas quem trabalha a 100% e ainda tem<br />

tempo para a comunidade é de louvar.<br />

C.L.Z. — Como mulher, esposa, Mãe e<br />

trabalhadora, que pensas da ideia dos<br />

suíços quererem a idade da reforma aos<br />

65 anos, para ambos os sexos?<br />

M.J.S. — Nós mulheres trabalhamos a<br />

100% no emprego e ainda temos casa<br />

filhos e marido a nosso encargo, que<br />

traduzido cada um faça o seu cálculo de<br />

quantos % uma mulher trabalha, penso<br />

que aos 65 anos a reforma é muito tarde.<br />

Nós estamos cansadas e merecíamos<br />

mais respeito, mas isso não nos é atribuído<br />

pois dizem que se queremos igualdade,<br />

tem que ser em tudo, mas não temos<br />

salário igual para trabalho igual. Todos<br />

sabem que uma mulher é sempre discriminada<br />

em relação ao colega homem.<br />

Estamos muito mal servidos com estes<br />

políticos que vivem na maior e não têm<br />

respeito por quem trabalha no duro.<br />

C.L.Z. — António Guterres um politico<br />

português, consegue chegar ao mais<br />

alto cargo da O.N.U. Sendo ele um profundo<br />

conhecedor da política dos refugiados,<br />

será capaz de conseguir algo que<br />

até hoje ninguém consegui?<br />

M.J.S. — Um grande orgulho para o nosso<br />

país ter António Guterres no mais alto<br />

cargo da ONU é sem duvida um grande<br />

homem e conhecedor deste flagêlo que<br />

nos é infligido pelas politicas desastrosas<br />

dos senhores das grandes potencias<br />

económicas. Tudo isto serve para alguém<br />

vender o que tem em excesso, armamento,<br />

etc, etc. Mas vamos ter esperança que<br />

António Guterres tenha mão forte.<br />

C.L.Z. — E para finalizar, diz-nos qual é o<br />

teu prato preferido no C.L.Z.?<br />

M.J.S. — O bacalhau à Lusitano ou ao<br />

Domingo, grelhado com batata a murro.<br />

Aconselho, é delicioso e como portuguesa<br />

que tenho muito orgulho em o ser não<br />

podia trair o “fiel amigo”.<br />

O Centro Lusitano de Zurique, agradece<br />

a tua disponibilidade o teu voluntariado<br />

e o tempo que tens dedicado a toda<br />

a comunidade portuguesa e em especial<br />

a esta segunda casa que conheces tão<br />

bem!<br />

SEGUROS<br />

Doença ( krakenkasse )<br />

210.70 Chf ( adultos / +25 anos )<br />

205.90 Chf ( adultos / 19-25 anos )<br />

47.40 Chf ( menores / 0-18 anos )<br />

VIDA, JURÍDICO<br />

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Junto à Estação de Wiedikon<br />

Frente ao Centro Lusitano de Zurique<br />

Telm.: 076 336 93 71 * Tel.: 043 811 52 80<br />

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