NOVEMBRO 2016 - edição 223
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Novembro <strong>2016</strong><br />
Comunidade/Ensino<br />
Lusitano de Zurique<br />
9<br />
António Louro<br />
Comunicado<br />
SINDICATO DOS PROFESSORES NAS COMUNIDADES LUSÍADAS<br />
Os Portugueses Pagam mas para os Estrangeiros é de graça<br />
António Louro, 49 anos é treinador do Lafões<br />
há duas épocas.<br />
Antes de chegar ao Lafões, trinou algumas<br />
equipas da 4ª e 5ª liga.<br />
Lusitano de Zurique - Como começou então<br />
a sua ligação ao Lafões?<br />
— Começou através director desportivo<br />
Luís Coutinho juntamente com o presidente<br />
onde chegamos a acordo logo na reunião.<br />
LZ - Quantos elementos constituem o plantel?<br />
— Neste momento o plantel é constituído<br />
por 27 jogadores. Com média de 20/21 jogadores<br />
por treino.<br />
LZ - Como avalia este início de época?<br />
— Podia estar melhor porque o empate não<br />
foi merecido, tivemos um grande obstáculo<br />
a impedir-nos. A derrota contra o FC Glattbrugg<br />
merecíamos bem o empate, fazendo<br />
as contas, poderíamos ter mais 4 pontos.<br />
Mas em comparação para o ano passado estamos<br />
muito melhor.<br />
LZ - Quais os objectivos do clube para a época?<br />
— O objectivo da direcção é evitar a descida,<br />
o Lafões foi sempre uma equipa de zona de<br />
perigo. No ano passado já ficamos a meio<br />
da tabela. Mas eu disse aos meus jogadores<br />
que o o meu objectivo pessoal era no mínimo<br />
“roer os calcanhares” aos líderes e no<br />
final da época é que se fazem as contas.<br />
LZ - Que acha da iniciativa da revista em<br />
entrevistar as equipas portuguesas?<br />
— Acho sinceramente que devia haver mais<br />
iniciativas assim, as equipas portuguesas<br />
deviam ser mais unidas e noto uma certa rivalidade<br />
entre as equipas portuguesas. No<br />
meu ponto de vistas é triste, com tão bons<br />
jogadores portugueses não termos nenhuma<br />
equipa na 3ª liga.<br />
LZ - Qual a mensagem que deixa aos jogadores<br />
e aos leitores da revista?<br />
— Aos meu jogadores desejo-lhes tudo de<br />
bom desportivamente e pessoalmente e<br />
que continuem empenhados como até agora.<br />
Em primeiro parabéns a direcção da revista<br />
e que teve esta iniciativa e que os leitores<br />
continuem sempre apoiá-la para não<br />
acabar.<br />
Os resultados da reunião no passado dia 7 com o Secretário de Estado das Comunidades<br />
para a chamada “Revisão” do Regime Jurídico para professores, leitores e coordenadores<br />
no estrangeiro ficaram aquém das expectativas.<br />
O fim do limite de permanência no estrangeiro, à primeira vista positivo, irá na realidade<br />
beneficiar mais os coordenadores e adjuntos, cujos os cargos poderão ter caráter quase<br />
vitalício.<br />
Quanto aos professores, a comissão de serviço poderá sempre ser terminada por extinção<br />
do posto de trabalho, visto que a tutela se recusou a definir critérios para a mesma como<br />
tinha sido proposto pelo nosso Sindicato.<br />
Com a rápida diminuição do número de alunos, especialmente nos países onde é obrigatória<br />
a propina, será evidentemente fácil despedir professores.<br />
Os professores têm de ter números suficiente de alunos para manter os seus postos de<br />
trabalho. Já os coordenadores não precisam de ter qualquer número específico de<br />
professores a seu cargo para se manterem em funções.<br />
Também preocupantes são os dois novos artigos introduzidos no Regime Jurídico que<br />
permitem ao Instituto Camões colocar e renumerar professores nas escolas estrangeiras<br />
para lecionar Português a alunos desses países, que poderão assim usufruir de ensino<br />
gratuito enquanto os filhos dos trabalhadores portugueses, na Alemanha, Suíça, Reino<br />
Unido, parte do Luxemburgo e ensino associativo em França, continuarão a pagar propina.<br />
A proposta do nosso Sindicato, de que todos os alunos passassem a pagar os manuais e a<br />
prova para a obtenção do Certificado, que é voluntária, eliminando assim a propina, não foi<br />
sequer considerada, possivelmente porque os lucros seriam mais reduzidos.<br />
Portanto os coordenadores estão favorecidos, os alunos estrangeiros estão favorecidos,<br />
mas a situação dos professores permanece instável e os alunos portugueses continuam a<br />
ser discriminados.<br />
De realçar de que em 2013/2014, quando foi aplicada a propina, 30 professores ficaram<br />
desempregados e 9 000 alunos foram retirados do sistema, o que rendeu ao Instituto<br />
Camões a verba extra de quase 3 milhões de euros.<br />
Um milhão, a verba correspondente aos vencimentos dos 30 professores despedidos<br />
adicionada ao 1,9 milhões da propina.<br />
Atualmente, devido à constante diminuição do número de alunos, desmotivados pelo ensino<br />
obrigatório do Português como língua estrangeira e pelo pagamento a receita obtida é de<br />
1,2 milhões.<br />
Os fundamentos para obter esta taxa obrigatória são os habituais: a falta de verba, o alto<br />
preço dos manuais - 25 euros em média - , a formação de professores e a crise económica,<br />
que estranhamente não afeta os alunos da França, Espanha, Bélgica e África do Sul, onde o<br />
ensino do Português é gratuito.<br />
Teresa Duarte Soares<br />
Sindicatos dos Professores nas comunidades lusíadas<br />
__________________________________________________________________________________________<br />
Contacto: Maria Teresa Duarte Soares Tel/Fax: 0049 911 941 9854<br />
Kantstrasse 7<br />
teresa.duartesoares@t-online.de<br />
90489 Nuernberg- Alemanha<br />
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