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MOBILIDADE URBANA NO BRASIL

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<strong>MOBILIDADE</strong> <strong>URBANA</strong> <strong>NO</strong> <strong>BRASIL</strong>:<br />

DESAFIOS E ALTERNATIVAS<br />

51<br />

atrelados de alguma forma aos megaeventos<br />

esportivos. A Transcarioca, por<br />

exemplo, fazia parte dos compromissos<br />

para a Copa do Mundo de Futebol 2014.<br />

O conjunto principal de intervenções<br />

se refere à implantação dos BRTs.<br />

Ao todo foram ou ainda serão construídos<br />

160 quilômetros de vias dessa modal<br />

de transporte, com quatro linhas: Transoeste<br />

(Barra da Tijuca-Santa Cruz e<br />

Barra da Tijuca-Campo Grande); Transcarioca<br />

(Barra da Tijuca-Aeroporto Internacional<br />

do Galeão); Transolímpica<br />

(Barra da Tijuca-Deodoro) e Transbrasil<br />

(Centro-Deodoro). Todas essas intervenções,<br />

em especial os BRTs, contaram<br />

com enorme empenho dos três níveis de<br />

governo, a Prefeitura do Rio, obviamente<br />

a mais interessada, o Governo do Estado<br />

e o Governo Federal.<br />

A Transcarioca, única das ações vinculadas<br />

oficialmente à Copa do Mundo<br />

2014, foi quase que inteiramente financiada<br />

com recursos do Banco Nacional<br />

de Desenvolvimento (BNDES). Do seu<br />

custo total, aproximadamente 1,9 bilhão<br />

de reais, 1,7 bilhão foi financiada pelo<br />

banco. O BNDES também é o principal<br />

financiador da Linha 4 do metrô. A obra,<br />

inicialmente orçada em R$ 7 bilhões já<br />

vai custar R$ 9,1 bilhões, sendo que no<br />

mínimo R$ 6,6 bilhões são financiados<br />

pelo BNDES.<br />

Tanto o VLT, com um investimento<br />

prevista de 1,5 bilhão de reais, quanto o<br />

Metrô Linha 4 foram implantados muito<br />

recentemente e funcionaram com relativa<br />

eficiência durante os Jogos Olímpicos.<br />

No caso do segundo, vale destacar, seu<br />

acesso foi permitido apenas para os portadores<br />

de ingressos para os jogos.<br />

Outra frente de atuação inclui a iniciativa<br />

de reorganização do sistema de<br />

ônibus municipais na cidade do Rio de<br />

Janeiro, iniciada em junho de 2010. Naquele<br />

ano, a prefeitura divulgou o edital<br />

de licitação que concederia a prestação<br />

do serviço público de transporte coletivo<br />

de passageiros a empresas que se encaixassem<br />

nas regras do novo plano de funcionamento<br />

do sistema.<br />

Desde então, instaurou-se o modelo<br />

de concessão à prestação do serviço,<br />

como o estabelecimento de contrato<br />

com atribuições definidas e o prazo<br />

máximo de 20 anos para exploração das<br />

linhas e que previa também o comprometimento<br />

das empresas e cumprir um<br />

plano de “racionalização” das linhas de<br />

ônibus na Zona Sul.<br />

A primeira etapa dessa racionalização<br />

na Zona Sul da cidade ocorreu no<br />

início de 2011 com a implantação de<br />

diversos Bus Rapid System (BRS), que<br />

consiste na delimitação de faixas existentes<br />

em avenidas importantes para a circulação<br />

exclusiva dos ônibus.<br />

Ao longo de 2016, a prefeitura tem<br />

colocado em prática um novo “pacote<br />

dessa racionalização”, que inclui a exclusão<br />

e o encurtamento de linhas que passam<br />

pela Zona Sul da cidade. Ao todo,<br />

serão eliminadas 28 linhas e o encurtamento<br />

de outras 21.<br />

Essas mudanças vêm acompanhadas<br />

de um arsenal de argumentos técnicos.<br />

No entanto, esse plano, ao seccionar o<br />

sistema de ônibus e extinguir linhas que

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