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MOBILIDADE URBANA NO BRASIL

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<strong>MOBILIDADE</strong> <strong>URBANA</strong> <strong>NO</strong> <strong>BRASIL</strong>:<br />

DESAFIOS E ALTERNATIVAS<br />

97<br />

fora da área de influência dos corredores<br />

estruturais e tem se fundamentado na<br />

acessibilidade oferecida por eixos rodoviários<br />

ou por antigos caminhos rurais<br />

que são ineptos para exercer a função de<br />

corredores viários urbanos. Portanto, se<br />

quisermos intervir sobre o processo de<br />

expansão urbana do município de Curitiba<br />

e sua área de influência novos eixos<br />

de expansão devem ser construídos em<br />

direção às novas fronteiras urbanas, associando-se<br />

à criação desses eixos a produção<br />

da habitação de interesse social.<br />

Segundo, eliminar o déficit de conexões<br />

viárias perimetrais entre os municípios<br />

vizinhos e de conexões viárias<br />

radiais entre estes com Curitiba. Toda<br />

a expansão urbana, tanto em território<br />

curitibano quanto em território de municípios<br />

vizinhos, para além das áreas<br />

previstas pelo PPU de 1965 para ocupação<br />

e densificação, não teve a sustentação<br />

de corredores viários em condições<br />

de exercer funções de vias arteriais urbanas<br />

seja para o transporte individual ou<br />

transporte coletivo, aos moldes do que<br />

foi efetuado para as áreas de consolidação<br />

urbana (PPU 65) com o sistema trinário<br />

de vias. Este fato representa enorme<br />

dificuldade em canalizar viagens de<br />

carga e passageiros e promover deslocamentos<br />

de maior percurso entre as porções<br />

urbanas periféricas e as áreas mais<br />

estruturadas que concentram a maioria<br />

dos empregos em serviço e comércio.<br />

Da mesma forma, a dificuldade em canalizar<br />

viagens entre as zonas periféricas<br />

entre si acaba por fortalecer a tendência<br />

de concentração de atividade econômica<br />

nas regiões mais centrais e mais bem estruturadas<br />

do ponto de vista da mobilidade<br />

e da acessibilidade.<br />

Terceiro, consolidar a Rede Integrada<br />

de Transportes Coletivo Metropolitano<br />

dando a ela unidade operacional,<br />

tarifária e administrativa e segurança<br />

institucional e jurídica. Para isto é fundamental<br />

que se estabeleça um novo<br />

processo de planejamento urbano que<br />

contemple a totalidade da cidade metropolitana<br />

onde habitam hoje mais de três<br />

milhões de habitantes e que esta cidade<br />

metropolitana não seja tratada de forma<br />

fragmentada em porções municipais.<br />

Além do mais, quando falamos sobre<br />

planejamento de cidades é impossível fazermos<br />

uma abordagem analítica sobre o<br />

ponto de vista exclusivamente setorial,<br />

todas as questões territoriais, sociais e<br />

econômicas estão imbricadas e representam,<br />

ao mesmo tempo, causa e efeito sobre<br />

a vida urbana.<br />

Portanto, seria impraticável abordar<br />

as questões da mobilidade em Curitiba<br />

sem analisar os fatores que lhes dão causa,<br />

principalmente os relacionados aos<br />

aspectos econômicos da renda disponível<br />

pelas populações e pelo poder público,<br />

do uso do solo na distribuição das diversas<br />

funções urbanas em seu território<br />

e do processo de produção da habitação,<br />

especialmente a de interesse social.<br />

A realidade atual da cidade metropolitana,<br />

que se expandiu sem obedecer aos<br />

preceitos urbanísticos do PPU de 1965 e<br />

do PDI/RMC de 1978, somente poderá<br />

ser transformada no sentido de se constituir<br />

uma unidade urbana integrada,

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