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Revista Tributária N.02

Administração Geral Tributária - Angola Setembro/2017

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ENTREVISTA<br />

<strong>Tributária</strong>: Como é que o CSTA interage com os operadores<br />

do comércio internacional sobre o funcionamento do Conselho<br />

e sobre as exigências internacionais?<br />

Dr. SLF: O CSTA interage com os operadores do comércio<br />

através das suas actividades de publicitação, com a realização<br />

de seminários de divulgação da sua natureza jurídica,<br />

objectivos e atribuições, visitas a estâncias aduaneiras e encontros<br />

de trabalho com operadores do comércio internacional,<br />

transmitindo as vantagens do recurso e do exercício ao<br />

contraditório quando necessário. O CSTA, desde a sua génese,<br />

tem realizado acções nas principais Regiões <strong>Tributária</strong>s,<br />

como na 1ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª regiões, faltando visitar duas. Nestes<br />

eventos foram visados mais de 1200 participantes, entre<br />

os quais 350 despachantes ou os seus representantes, mais<br />

de 200 importadores, acima de 20 agentes e/ou oficiais da<br />

polícia fiscal e cerca de 130 funcionários tributários.<br />

<strong>Tributária</strong>: Que tipo de litígios são julgados pelo CSTA?<br />

Dr. SLF: Por enquanto, o CSTA resolve litígios de natureza<br />

técnica aduaneira, conforme já foi referido.<br />

<strong>Tributária</strong>: Os importadores têm, de facto, apresentado reclamações<br />

ou recursos?<br />

Dr. SLF: Hoje o cenário reflecte um pouco a situação económica<br />

que vivenciamos, marcada por uma drástica diminuição<br />

das importações. Ainda assim, os operadores apresentam<br />

recursos que sobem para o CSTA, embora tenhamos também<br />

a noção de alguns casos que são resolvidos a nível das<br />

regiões, mediante discussão entre os intervenientes e os casos<br />

em que os processos objecto de reclamação foram mal<br />

instruídos. Outro facto que determina alguma tacanhez na<br />

apresentação de recursos, refere-se a alguma falta de cultura<br />

em recorrer, assim como o deficiente nível de informação<br />

muitas vezes demonstrado.<br />

<strong>Tributária</strong>: Que estatísticas sustentam<br />

a actividade do CSTA?<br />

Dr. SLF: Desde a sua criação, o CSTA emitiu seis acórdãos<br />

sobre processos técnicos e esclareceu muitos casos que<br />

não vincaram, sobretudo por má informação na sua instrução<br />

e por falta de informação. Nota-se, no entanto, que este<br />

cenário não é o idealizado. Ou seja, não é o que retracta um<br />

ambiente de satisfação plena, razão pela qual se admite que<br />

os desafios na missão de informar ainda se impõem.<br />

<strong>Tributária</strong> - Que outras acções são desenvolvidas para estreitar<br />

o relacionamento com os parceiros e operadores?<br />

Dr. SLF: A nível nacional realizamos seminários, somos<br />

procurados para prestar informações aduaneiras de carácter<br />

técnico e legal pelos contribuintes e a nível internacional<br />

realizamos visitas às nossas congéneres, visando a troca de<br />

experiências, além de participarmos em fóruns internacionais<br />

sobre matérias técnicas.<br />

<strong>Tributária</strong> - O CSTA fará dez anos em 2018. Que perspectivas<br />

projectam para os próximos anos?<br />

Dr. SLF: Para a comemoração dos dez anos, o CSTA está a<br />

fazer o possível para realizar um conjunto de actividades de<br />

forma a assinalar a data. Assim, pretende-se promover, entre<br />

outras acções, uma conferência de carácter internacional<br />

e publicar uma obra bibliográfica da sua história. Por outro<br />

lado, o actual Conselho espera concluir ainda nesta missão a<br />

adequação das normas do Conselho à realidade actual, participando<br />

da actualização de toda a legislação relacionada com<br />

o CSTA, de forma a implementar um órgão inovado, moderno<br />

e ajustado às condições e realidade vigentes. O CSTA tem<br />

também em vista a transição para instalações com melhores<br />

condições, dotadas de recursos humanos adequados, com<br />

capacidade financeira capaz de corresponder aos seus intentos.<br />

Na verdade, pretende-se efectuar nos próximos anos<br />

a modernização do órgão, facto que passa também pela sua<br />

expansão, incrementando a cooperação com os organismos<br />

congéneres, bem como o alargamento do respectivo âmbito<br />

e atribuições.<br />

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