Edição Nº 237 - Janeiro 2018

Saúde
JANEIRO 2018 15
Obesidade
genética para a doença. Esta predisposição tem origem em vários
genes que controlam o apetite e o metabolismo orgânico, associados
ao desenvolvimento da obesidade.
V Zuila Messmer
A obesidade é o acúmulo de tecido adiposo (gordura) no organismo,
considerada actualmente como um dos mais graves problemas
de saúde do século XXI e uma das causas de mortes no
mundo que pode ser evitada. As estatísticas indicam que, existem
tantos casos de obesidade em adultos como em crianças.
Esse acúmulo de peso é calculado através do índice de massa
corporal (IMC), que é uma medida internacional adoptada pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), com finalidade de avaliar
o peso ideal das pessoas, representada pela fórmula abaixo, na
qual consiste em se dividir o peso corporal (em quilogramas) pelo
quadrado da altura (m). O resultado é interpretado de acordo com
a tabela de classificação.
- Alguns medicamentos como a insulina, antidepressivos, glucocorticóides
e hormónios utilizados no tratamento de doenças físicas
e mentais são desencadeadores, bem como os utilizados em
problemas da glândula tiróide e nos transtornos do crescimento,
aumentam o risco da obesidade.
Entre outros factores que influenciam no aumento do peso, destaca-se,
a descarga hormonal lançada no organismo durante a
gravidez, consequentemente a quantidade de gravidez, o número
de filhos.
- No caso do stress, muitas pessoas o compensam, alimentando-se.
- Os fumantes, ao pararem com o vício, tendem a princípio aumentar
de peso.
Consequências
A obesidade aumenta a possibilidade de doenças cardiovasculares,
tais como (colesterol e pressão arterial alta, problemas nas
artérias coronárias - do coração), diabetes, apnéia do sono, cancro,
asma, doenças hepáticas (no fígado), osteoartrite (nos ossos,
juntas e ligamentos do corpo) bem como, complicações físicas e
psicológicas.
O excesso de peso reduz o tempo de vida e leva cerca de 3,4
milhões de adultos à morte em cada ano.
Tratamento
O tratamento básico é uma dieta apropriada, a prática de exercícios
físicos e alterações no estilo de vida. Diante da redução do
peso, o qual dever ser a longo prazo, as mudanças e evolução
do tratamento, se faz necessário um acompanhamento contínuo,
para adaptá-lo a nova realidade clínica do paciente.
Vale informar que, o cálculo e a classificação desses dados
se diferenciam para as crianças e idosos, visto que, se leva
em consideração a idade e o sexo da pessoa.
As causas mais comuns da obesidade estão associadas a uma
alimentação híper energética, a falta de exercício físico, a genética,
aos transtornos endócrinos, mentais e certos medicamentos.
Existem dois aspectos importantes concernentes à alimentação
os quais são - a grande quantidade de alimento ingerido e o tipo
de alimento, se é saudável ou não. Acontece que, no geral, na
vida moderna, a maior parte da energia consumida em excesso
provém dos hidratos de carbono, encontrados nas bebidas açucaradas,
frituras (batatas fritas e outras), e nos fast-food, considerados
alimentos hipercalóricos, vinculados a obesidade.
- O estilo de vida sedentário. A redução das actividades físicas, a
moderna tecnologia e o uso de maquinarias no trabalho faz com
que se necessite cada vez menos de movimentos e esforços. No
caso das crianças, os brinquedos electrónicos, a proximidade das
escolas com as residências dos alunos, reduzem o percurso feito a
pé, a caminhada, consequentemente os movimentos, os esforços.
- Genética: A obesidade é maior nas pessoas com predisposição
Com relação à dieta, se elimina ao máximo alimentos calóricos,
ou seja, que contenham grande quantidade de gordura e açúcar.
Vale salientar que, as alterações na dieta e no estilo de vida são
fundamentais na limitação e controle do ganho de peso, principalmente
durante uma gravidez, e os reflexos positivo na saúde da
mãe e da criança.
Também existe o tratamento medicamentoso, prescrito com o objectivo
de reduzir o apetite e a ingestão de alimentos.
Quando a dieta, os exercícios e a medicação não são suficientes
e satisfatórios para reduzir o peso ideal, pode-se recorrer a
um tratamento radical, a cirurgia bariátrica, na qual consiste na
redução no volume do estômago e do comprimento do intestino,
fazendo com que a pessoa sinta-se rapidamente saciada de sua
fome, alimentando-se menos e havendo menor absorção dos nutrientes
alimentares.
Importante informar que, é fundamental, mesmo após o tratamento
cirúrgico, manter os cuidados necessários. Praticar exercícios,
manter dieta e alimentação saudável são imprescindíveis, pois
os riscos do sobrepeso continuam a existir e a obesidade poderá
ainda voltar.
No tratamento contra a obesidade é fundamental ter disciplina
e determinação. Lembre-se: Se queres, tu podes, Se podes, tu
consegues !