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Jornal das Oficinas 146

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Colaboração<br />

CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com<br />

69<br />

planificação de cada oficina.<br />

Com uma programação contínua,<br />

que permita a receção de um número<br />

semelhante de veículos todos os dias da<br />

semana, obteremos um valor constante.<br />

Por outro lado, se o número de entra<strong>das</strong><br />

diárias não for constante – por exemplo,<br />

uma planificação semanal na qual<br />

a maioria <strong>das</strong> receções se concentre nos<br />

primeiros dias da semana –, obteremos<br />

valores diferentes de segunda a sexta-<br />

-feira. Neste caso, poderá ser útil calcular<br />

o valor médio de uma semana para obter<br />

dados representativos.<br />

A melhor opção para obter este índice<br />

é confiar no sistema informático de gestão<br />

da oficina. A maioria destes sistemas<br />

dispõe de funções para um cálculo automático<br />

do tempo de ciclo, com filtros<br />

em função do tipo de cliente, marca do<br />

veículo e tipo de reparação, entre outros.<br />

Por exemplo, é conveniente separar as<br />

reparações dos veículos que podem circular<br />

dos que não circulam. Conhecer o<br />

tempo destes últimos é, igualmente, interessante,<br />

mas o respetivo valor dependerá<br />

de diferentes circunstâncias alheias<br />

à gestão da oficina. A única precaução a<br />

ter na utilização do sistema informático<br />

é assegurar que as datas de receção e<br />

entrega de cada reparação são sempre<br />

introduzi<strong>das</strong> corretamente, assim como<br />

os restantes dados que quisermos utilizar<br />

como filtro no cálculo. Se os dados<br />

registados no sistema não forem exatos,<br />

os resultados também não o serão e, por<br />

conseguinte, não vão refletir a situação<br />

real da oficina.<br />

n TEMPO MÉDIO<br />

Numa oficina de chapa e pintura, o<br />

tempo médio de permanência de um<br />

automóvel para reparação é de, aproximadamente,<br />

nove a 10 dias, dado que<br />

permite avaliar a situação particular como<br />

empresa e a necessidade ou não de melhoria.<br />

Não obstante, este dado não tem<br />

em conta a magnitude <strong>das</strong> reparações<br />

mais frequentes. O tempo de ciclo não<br />

deveria ser o mesmo numa pequena intervenção<br />

– uma ou duas peças – e numa<br />

repintura completa ou numa reparação<br />

em bancada. O tipo de reparação mais<br />

frequente na oficina marcará o respetivo<br />

tempo médio. Por conseguinte, é<br />

conveniente incluir nesta medição uma<br />

variável que contemple a magnitude<br />

<strong>das</strong> reparações. Isto pode ser feito com<br />

um índice que represente as horas que<br />

a oficina é capaz de faturar por dia em<br />

cada ordem de trabalho. Informa sobre<br />

É interessante integrar<br />

o controlo do tempo<br />

de ciclo na própria<br />

gestão da oficina<br />

o ritmo de produção por ordem e pode<br />

ser calculado dividindo o tempo médio<br />

faturado por reparação pelo tempo de<br />

ciclo. Por exemplo, se uma oficina fatura<br />

uma média de 10 horas por reparação e<br />

o seu tempo de ciclo for de 10 dias, será<br />

capaz de produzir uma média de uma<br />

hora de faturação/dia em cada reparação.<br />

Este índice proporciona uma ideia bastante<br />

aproximada dos dias necessários<br />

para concluir uma reparação em concreto<br />

tendo em conta unicamente as horas a faturar<br />

na mesma. Revela-se muito útil para<br />

determinar a data prevista de entrega e<br />

prever as necessidades no que respeita<br />

a veículos de cortesia ou de substitui-<br />

ção, entre outros aspetos, embora seja<br />

absolutamente necessário dispor, previamente,<br />

do relatório da peritagem ou do<br />

orçamento completamente terminado.<br />

Valores baixos deste índice não indicam<br />

que a oficina está a produzir abaixo do<br />

esperado, mas que durante a maior parte<br />

da permanência dos veículos na oficina<br />

não estão a ser realizados trabalhos nos<br />

mesmos. Frequentemente, encontram-<br />

-se à espera de vez em alguma etapa da<br />

cadeia de produção.<br />

Esta situação agrada a algumas oficinas,<br />

porque lhes dá a segurança de terem<br />

sempre um excesso de trabalho a decorrer<br />

nas suas instalações. Desta forma, há<br />

uma redução no risco de paragem nos<br />

meios de produção por falta de veículos<br />

para trabalhar e a planificação da produção<br />

é menos sensível a imprevistos.<br />

Contudo, não será do agrado do cliente.<br />

Além do mais, supõe o aumento do custo<br />

com automóveis de cortesia ou substituição.<br />

E gerir desta forma a agenda da oficina<br />

implica um elevado tempo de ciclo.<br />

Logo, um número excessivo de dias de<br />

permanência dos veículos. Assim, se no<br />

exemplo anterior reduzirmos o trabalho<br />

a decorrer para 25 veículos na oficina, o<br />

tempo de ciclo será de cinco dias e será<br />

necessário investir duas horas de média<br />

por dia em cada reparação.<br />

Por outro lado, isto só será possível com<br />

uma planificação minuciosa da oficina,<br />

recebendo todos os dias um número semelhante<br />

de veículos que não exceda a<br />

capacidade de produção diária e que,<br />

além do mais, proporcione o volume<br />

de trabalho necessário para assegurar<br />

a plena ocupação de bate-chapas, pintores<br />

e estufa de pintura. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I 2018

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