Revista Apólice #215
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evento | conec<br />
O corretor tem<br />
alternativas para o futuro<br />
Não é fácil acompanhar todas as mudanças em<br />
termos de produtos e serviços no mercado,<br />
mas esta tarefa fica mais simples quando<br />
vários especialistas se reúnem em um mesmo<br />
ambiente<br />
Quem teve a oportunidade de<br />
participar do XVII Conec,<br />
organizado pelo Sindicato<br />
dos Corretores de Seguros de<br />
São Paulo, verificou que há luz, sim, no<br />
fim do túnel. Diversos produtos pouco<br />
explorados pelo mercado podem mostrar<br />
para os corretores que existe vida além<br />
da comercialização de seguro auto e<br />
transformar diversificação em palavra<br />
de ordem para empreender no mercado.<br />
Para isso, duas dicas de atuação: em<br />
curto prazo, faça parceria com corretores<br />
especializados, com os quais possa dividir<br />
os lucros e compartilhar os clientes<br />
que demandam maior conhecimento de<br />
determinada carteira; em longo prazo:<br />
estude e se especialize, conforme incentiva<br />
Samuel Lasry Sitnoveter, corretor de<br />
seguros. “É preciso estar preparado para<br />
surfar na onda da boa economia. Quem<br />
14<br />
Amanda Cruz, Kelly Lubiato e Lívia Sousa<br />
não se preparar agora, pode perder a<br />
oportunidade no futuro”, alerta.<br />
Seguro fiança, seguro de crédito e<br />
garantia judicial são alguns exemplos<br />
de produtos pouco explorados na linha<br />
financeira. Rodrigo Jimenez, CEO da<br />
Euler Hermes diz que “muitas empresas<br />
quebram por falta de crédito e inadimplência”<br />
– é preciso que os corretores<br />
ofereçam essas alternativas.<br />
Assim são também o seguro de<br />
transporte e o seguro agrícola. O primeiro<br />
conta apenas com 500 corretores<br />
especializados nesse segmento no Brasil<br />
e, apesar de obrigatório, 70% das empresas<br />
não o contratam. “Temos o risco do<br />
desaparecimento da carga e esse evento<br />
tem índices alarmantes no País”, alerta<br />
Artur Santos, vice-presidente de Operações<br />
da Pamcary Seguros.<br />
Já o segundo produto, apesar de<br />
contar com programa de subvenção do<br />
governo, é carente de profissionais que<br />
entendam como funciona não apenas as<br />
colheitas ou criações, mas a mentalidade<br />
dos clientes. É o que afirma Wady Cury,<br />
diretor geral de Seguros Habitacional e<br />
Rural, que se refere não só aos corretores.<br />
“As seguradoras não têm a cultura da<br />
agricultura. Não vamos ao campo para<br />
conhecer o segurado. O agricultor, sim,<br />
tem a cultura do seguro”<br />
Em termos de expectativas para novos<br />
produtos que surgiram no mercado<br />
este ano, “a maior redução de preço no<br />
seguro auto popular deve acontecer nas<br />
localidades fora dos grandes centros.<br />
O encarecedor do custo de sinistro nas<br />
maiores cidades é o roubo e furto. Para<br />
este tipo de sinistro, o seguro auto popular<br />
não terá uma relevante redução de<br />
custo”, avisou Fabio Luchetti, presidente<br />
da Porto Seguro Cia de Seguros Gerais.<br />
O que deve ser<br />
Para todas as mudanças: tecnologia.<br />
Ainda que exista resistência, ela já está<br />
presente no mercado. “Dados compilados<br />
até agosto de 2016 mostram que 28%<br />
das pesquisas sobre seguros vêm desses<br />
aparelhos”, informa Guilhermo Bressane,<br />
head do setor de finanças da Google