Revista Apólice #215
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uma carência de bons corretores. Muita<br />
gente fazia seguro fora da cidade por conta<br />
disso”, explica Daniela Rollo Imbriani,<br />
sócia da GG Corretor de Seguros, que<br />
exerce a corretagem há dois anos e meio.<br />
Em outros casos, a sucessão empresarial<br />
fala mais alto. Ocupando a função<br />
desde 2009, Rafael Crisostomo Paes de<br />
Proença escolheu a profissão devido aos<br />
pais, que já trabalhavam na área desde o<br />
início dos anos 1990. “Hoje dou continuidade<br />
aos negócios”, revela o proprietário<br />
da Uniporto Corretora de Seguros.<br />
Pode ser ainda que a atividade já<br />
esteja no código genético do indivíduo,<br />
como aconteceu com Karina Hazan.<br />
“Quando pensei que estava seguindo a<br />
carreira de minha mãe, que é psicóloga,<br />
me deparei com a atividade exercida pelo<br />
meu pai”, declara a diretora administrativa<br />
da Potência Corretora de Seguros.<br />
A executiva estudou Psicologia e<br />
se formou em Piscodrama. No entanto,<br />
as primeiras mudanças ocorreram em<br />
2006, quando entrou para a corretora da<br />
família para trabalhar na área de Recursos<br />
Humanos, Seleção e Treinamento.<br />
Inicialmente, o objetivo era conhecer o<br />
mundo corporativo e exercer a Psicologia<br />
Empresarial. “Não fazia ideia do que<br />
era uma corretora de seguros na prática,<br />
somente no inconsciente mesmo. Ou talvez<br />
soubesse muito mais do que poderia<br />
imaginar”, afirma.<br />
Para conduzir a gestão da companhia,<br />
tanto os seguros quanto a psicologia<br />
foram necessários. Depois de passar<br />
pelas áreas administrativa, comercial e<br />
financeira, em 2014 Karina estudou para<br />
ser uma corretora de seguros.<br />
O que evoluiu<br />
A categoria se deparou com uma<br />
longa caminhada para chegar ao patamar<br />
atual e, inclusive, conquistar direitos. Um<br />
dos mais recentes foi a inclusão dos corretores<br />
de seguros no SuperSimples, em<br />
agosto de 2014, requerimento antigo dos<br />
profissionais. Hoje, mais de 30 mil corretoras<br />
fazem parte do sistema que, como<br />
o próprio nome remete, simplifica o pagamento<br />
de impostos aos corretores com<br />
faturamento anual de até R$ 3,6 milhões.<br />
Há de se considerar ainda a evolução<br />
da tecnologia, apontada por muitos como<br />
aliada do setor. Contudo, Karina faz algumas<br />
ressalvas. “Esta é uma profissão<br />
em que os corretores sempre tiveram que<br />
lutar muito para serem reconhecidos,<br />
mesmo quando a tecnologia não favorecia<br />
em nada”, afirma. “Lembro do meu pai<br />
contando como era emocionante fechar<br />
um negócio, levar pessoalmente a apólice<br />
de seguros na seguradora e protocolar o<br />
documento manualmente. Ele se sentia<br />
especial e importante na vida dos clientes,<br />
pois realmente sabia fazer a diferença no<br />
atendimento. Com o avanço tecnológico,<br />
perdemos esta intimidade nas relações<br />
humanas”, argumenta.<br />
Mas nem tudo são críticas. O destaque<br />
fica para a evolução do portfólio de<br />
produtos, agora apresentado ao consumidor<br />
final de uma maneira bem ampla.<br />
No ramo de automóvel, por exemplo, há<br />
seguros de todas as formas, medidas,<br />
conteúdos e preços, totalmente customizados<br />
às necessidades dos clientes.<br />
A executiva da Potência Corretora de<br />
Seguros acredita que cada vez mais isto<br />
irá acontecer, tornando fundamental a<br />
aquisição de uma proteção.<br />
“São tantas as opções existentes no<br />
mercado que somente um bom especialista<br />
está apto a entender o melhor<br />
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