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Revista Apólice #215

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especial corretor | especialização<br />

Encontrando nichos<br />

Corretores devem olhar oportunidades<br />

novas e se especializar para atender seus<br />

clientes<br />

Amanda Cruz<br />

A<br />

máxima “menos é mais” está<br />

cada vez mais próxima de<br />

alguns corretores de seguros.<br />

Pelo menos no que diz respeito<br />

à quantidade de produtos vendidos por<br />

eles. Enquanto muitos tentam atuar no<br />

máximo de ramos possíveis, outros optam<br />

por uma especialização que garanta<br />

seu espaço em nichos nos quais não há<br />

alguém que se debruce para entendê-los e<br />

para saber que seguros, e as suas vendas,<br />

não são todos iguais.<br />

Em um evento do setor, executivos<br />

do mercado discutiram a necessidade de<br />

ampliação das carteiras para além das<br />

que os profissionais da corretagem costumam<br />

atuar, ao mesmo tempo em que<br />

enxugam aquelas que já estão saturadas e<br />

têm muita concorrência, como o auto, por<br />

exemplo, que continua a ser a locomotiva<br />

do mercado, conforme relatório divulgado<br />

pela Moody’s, agência de classificação de<br />

risco de crédito, que afirma que o setor<br />

teve prêmio bruto de R$ 33 bilhões em<br />

dezembro de 2015, mas corre riscos com<br />

o decréscimo na venda de automóveis. Já<br />

Marco Antonio Gonçalves,<br />

❙❙da Bradesco Seguros<br />

32<br />

segundo relatório divulgado pela Associação<br />

Nacional dos Fabricantes de Veículos<br />

Automotores- ANFAVEA – em maio<br />

de 2016, a queda foi de 25,8% no último<br />

ano. Marco Antonio Gonçalves, diretor<br />

executivo da Bradesco Seguros, falou em<br />

evento do setor sobre como o corretor de<br />

seguros precisa se reinventar. “Do jeito que<br />

o mercado está competitivo, com as vendas<br />

de automóvel caindo, o corretor de seguro<br />

auto tem que fazer uma reflexão”, afirmou.<br />

O executivo destacou ainda que de<br />

25% a 40% das vendas no mundo acontecem<br />

sempre com os mesmos clientes. O<br />

que isso quer dizer? Que é preciso estar<br />

atento e próximo a esse consumidor. “Isso<br />

mostra como é positivo conhecer esse<br />

cliente e poder acompanhá-lo”. Assim,<br />

o corretor está pronto para oferecer o<br />

produto que sabe que o cliente precisa,<br />

mas às vezes não tem nem conhecimento<br />

de que essa opção existe.<br />

A Aon, apesar de ser uma grande<br />

corretora que atua em todas as linhas,<br />

também tem a especialização como um<br />

de seus pilares, seja por segmento ou<br />

por produto. “A empresa acredita na sua<br />

diferenciação por meio de uma proposta<br />

de valor que se baseia em conhecimento<br />

técnico e expertise”, afirma Marcelo<br />

Homburger, vice-presidente de Relacionamento<br />

da empresa.<br />

Enquanto isso, já existem empresas de<br />

porte menor se armando de corretores que<br />

se dedicam exclusivamente a um nicho.<br />

É o caso de Cláudio Macedo, corretor da<br />

CredRisk, especializada no seguro de crédito.<br />

Tendo passado por outras experiências<br />

no mercado segurador, Macedo aderiu<br />

à companhia fundada em 2007. “Apesar de<br />

já ter dez anos no Brasil, o produto ainda<br />

é muito incipiente e tem estruturas muito<br />

específicas. Exige que se saiba lidar com<br />

diferentes mercados”, afirma.<br />

Claro que não é apenas o seguro de<br />

crédito que serve como especialização:<br />

transporte, garantia, benefícios, saúde,<br />

vida etc. Todos esses têm suas características<br />

únicas que podem ser destrinchadas<br />

por um profissional que conheça bem a<br />

área. No caso de Macedo, ele lembra até<br />

que o segurês é deixado um pouco de<br />

lado, porque os corretores precisam se<br />

adaptar à linguagem dos clientes. “Ao<br />

cuidar de crédito você mexe com diferentes<br />

mercados. Você se adapta ao mercado<br />

do segurado. Acaba ficando diferente de<br />

todos os demais ramos”, conta.

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