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especial grandes riscos mercado<br />
❙❙Patricia Marzullo, da AGCS<br />
24<br />
trutura precisam ser feitas no País e que<br />
ainda há capacidade das empreiteiras de<br />
entregarem o que foi contratado. Isso<br />
mantém o apetite das companhias seguradoras,<br />
que embora mais cautelosas,<br />
esperam o momento certo para negociar.<br />
Smith diz que a própria Tokio Marine tem<br />
em sua carteira obras já fechadas, aguardando<br />
apenas o aval dos contratantes para<br />
serem iniciadas.<br />
A autarquia também deverá fazer<br />
uma movimentação em relação a esses<br />
fatores. O mercado de D&O, por exemplo,<br />
reagiu no sentido de discutir e pedir revisões<br />
de coberturas obrigatórias que, acreditavam,<br />
impediam o produto de circular<br />
de maneira mais sadia. Esse pedido está<br />
aguardando a decisão final, mas Marcia<br />
acredita que o órgão regulador deverá<br />
entender a seguradora. “São coberturas<br />
demais que, muitas vezes, podem ser<br />
contratadas em outras apólices. Acho que<br />
esse excesso de regulação, como dito anteriormente,<br />
vai contra o mercado mundial,<br />
onde há uma preocupação em estabelecer<br />
princípios, mas não ter uma regulação de<br />
clausulado tão limitadora”, analisa.<br />
Outras áreas<br />
As grandes empresas, de maneira<br />
geral, são contratantes em potencial de<br />
apólices de grandes riscos, seja qual for<br />
sua área de atuação. Os riscos nomeados,<br />
dirigidos especialmente a grandes<br />
empresas industriais, e os seguros de<br />
propriedade, também estão em um ritmo<br />
menor de crescimento de vendas, de acordo<br />
com Smith, mas o executivo acredita<br />
que o ramo mais afetado por esse declínio<br />
deva ser o de seguros de transporte.<br />
“Essa carteira tem diminuído. Vemos<br />
uma desaceleração na movimentação de<br />
carga, por conta da situação atual das<br />
importações e exportações e também<br />
no transporte interno. A economia desaquecida<br />
movimenta menos mercadoria<br />
e menos prêmios são arrecadados pelo<br />
mercado. Essa é uma das carteiras mais<br />
rapidamente afetadas, porque o transporte<br />
é bastante atrelado à economia”, afirma<br />
o executivo, que diz que a própria área da<br />
Tokio Marine percebeu essas mudanças.<br />
A grande diferença entre as carteiras<br />
que conseguem se manter estáveis e as<br />
que sofrem mais o impacto da crise é<br />
a quais fatores elas estão atreladas. Se<br />
não há mercadoria, não há transporte de<br />
cargas. Masferrer explica que “quanto aos<br />
riscos patrimoniais das empresas, a contratação<br />
continua aquecida porque você<br />
❙❙Mauricio Masferrer, da Aon