Newslab 144
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A mídia oficial<br />
do diagnóstico laboratorial<br />
Ano 24 - Edição <strong>144</strong> - Out/Nov 17<br />
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Inovação e<br />
Tecnologia<br />
EUROIMMUN expandirá suas operações<br />
no Brasil em 2018<br />
Meta é transformar o país em uma plataforma<br />
de desenvolvimento de produtos<br />
Laboratório em Destaque<br />
Conheça a Divisão de Laboratório<br />
Central do Hospital das Clínicas<br />
Novembro Azul<br />
O papel do patologista<br />
no câncer de próstata<br />
Artigo Científico<br />
Leucemia Mieloide Aguda<br />
de rápida evolução: um<br />
relato de caso
evista<br />
Ano 24 - Edição <strong>144</strong> - Out/Nov 17<br />
editorial<br />
Áreas de<br />
interesse<br />
Sendo a <strong>Newslab</strong> <strong>144</strong> a penúltima edição a circular<br />
em 2017, preparamos conteúdos especiais para os<br />
profissionais e acadêmicos da área de diagnósticos<br />
e análises clínicas. E como destaques desse número<br />
vamos citar nossas abordagens ao Novembro Azul e à<br />
seção Laboratório em Destaque.<br />
Na editoria Radar Científico, publicamos o artigo do<br />
Dr. Rafael Sakata, membro titular da Sociedade Brasileira<br />
de Urologia, sobre o câncer de próstata e como o<br />
PSA (Antígeno Prostático Específico) e seu subtipo, o<br />
P2PSA, são utilizados na realização do diagnóstico da<br />
enfermidade.<br />
Ainda, sobre o Novembro Azul, a Drª. Mariana Andozia,<br />
médica do laboratório PhD, disserta sobre o papel<br />
do patologista no câncer de próstata. Em seu texto,<br />
aponta a dificuldade que os médicos têm de prever<br />
quais pacientes terão um bom prognóstico ou aqueles<br />
que requerem um tratamento mais agressivo, e quão<br />
importante é a descoberta de novos biomarcadores<br />
para isso. Dois artigos interessantes para atualizar e<br />
informar sobre os aspectos mais recentes do câncer<br />
de próstata.<br />
Outrossim, o maior destaque dessa edição é a<br />
matéria da seção Laboratório em Destaque, que apre-<br />
sentará ao leitor a Divisão do Laboratório Central do<br />
Hospital das Clínicas de São Paulo. Responsável pela<br />
análise de cerca de três mil pacientes por dia, o laboratório<br />
gerido pelo Professor Doutor Alberto José da<br />
Silva Duarte, tem possibilidade de triplicar sua capacidade<br />
de exames.<br />
Em nossa visita à divisão, também conversamos sobre<br />
os desafios, dificuldades e metas que eles pretendem<br />
vencer a curto e longo prazo para efetivamente<br />
consolidar-se como laboratório de referência nacional<br />
e mundial. Não que isso esteja muito distante, já que<br />
conquistaram todas as principais certificações e acreditações<br />
disponíveis para laboratórios.<br />
Porém, mais que números e dados, é possível encerrar<br />
a leitura da matéria acreditando na possibilidade<br />
de que nós, como brasileiros, possamos ter um serviço<br />
público de qualidade, tão raro hoje em dia, num<br />
País que devolve muito pouco em comparação àquilo<br />
que toma. Isso posto, é uma matéria não apenas para<br />
conhecer institucionalmente o Laboratório Central do<br />
Hospital das Clínicas, mas sim para elevar a nossa moral<br />
e autoestima.<br />
Boa leitura e boas festas.<br />
04<br />
Expediente<br />
Ano 24 - Edição <strong>144</strong> - Our/Nov 2017<br />
DEN Editora - Revista NewsLab - Av. Paulista, 2.073 - Ed. Horsa I - Cj. 2316 - 01311-940 - São Paulo-SP<br />
tel.: 11 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />
CNPJ.: 74.310.962/0001-83 - Insc. Est.: 113.931.870.114 - Issn 0104-8384<br />
Realização: DEN Editora<br />
Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@newslab.com.br<br />
Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />
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Impressão: Vox Gráfica | Periodicidade: Bimestral<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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Ano 24 - Edição <strong>144</strong> - Out/Nov 17<br />
normas de publicação<br />
para artigos e informes assinados<br />
A Revista <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos autores interessados.<br />
Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
A Revista <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />
em divulgação científica, disponibiliza abaixo<br />
as normas para publicação de artigos, aos autores<br />
interessados. Caso precise de informações adicionais,<br />
entre em contato com a redação.<br />
Informações aos autores<br />
Bimestralmente, a Revista NewsLab publica<br />
editoriais, artigos originais, revisões, casos educacionais,<br />
resumos de teses etc. Os editores levarão em<br />
consideração para publicação toda e qualquer contribuição<br />
que possua correlação com as análises<br />
clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e analisadas<br />
pelos revisores. Os autores deverão informar<br />
todo e qualquer conflito de interesse existente, em<br />
particular aqueles de natureza financeira relativo a<br />
companhias interessadas ou envolvidas em produtos<br />
ou processos que estejam relacionados com a<br />
contribuição e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo de<br />
compromisso assinado por todos os autores, atestando<br />
a originalidade do artigo, bem como a participação<br />
de todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em português,<br />
mas com Abstract detalhado em inglês. O Resumo<br />
e o Abstract deverão conter as palavras-chave<br />
e keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />
ser enviadas na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail,<br />
pedimos que a resolução do escaneamento seja de<br />
300 dpi’s, com extensão em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e enviados<br />
por e-mail, ordenados em título, nome e<br />
sobrenomes completos dos autores e nome da<br />
instituição onde o estudo foi realizado. Além disso,<br />
o nome do autor correspondente, com endereço<br />
completo fone/fax e e-mail também deverão constar.<br />
Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />
keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos,<br />
Parte Experimental, Resultados e Discussão,<br />
Conclusão) agradecimentos, referências bibliográficas,<br />
tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto com o<br />
sobrenome do devido autor, seguido pelo ano da<br />
publicação, segundo norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada referência<br />
citadas no texto devem vir listadas no fim, com o<br />
sobrenome do autor em primeiro lugar seguido pela<br />
sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes.<br />
Título: subtítulo do artigo. Título do livro/periódico,<br />
volume, fascículo, página inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências. Referências<br />
de contribuições ainda não publicadas deverão<br />
ser mencionadas como “no prelo” ou “in press”.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
Revista NewsLab<br />
A/C: Paolo Enryco – redação<br />
Av. Paulista, 2073. Ed. Horsa I – cj. 2.315<br />
CEP 01311-940 São Paulo-SP<br />
Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />
Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />
contato<br />
A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />
vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />
REDAÇÃO: Av. Paulista, 2073. Edifício Horsa I. Conjunto 2.316 - Cep: 01311-300. São Paulo. SP<br />
TELEFONE: (11) 3900-2390<br />
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Acesse nossa homepage: www.newslab.com.br<br />
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Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e informes assinados<br />
são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da DEN Editora.<br />
Filiado à:<br />
08<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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J. R. Ehlke 10-11<br />
Lab Rede 45<br />
Laboratório PHD 85<br />
Lumira Dx 75<br />
Mayo Clinic 93<br />
Nihon Khoden do Brasil 89<br />
PNCQ 87<br />
Promed 49<br />
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Roche Diagnóstica 17<br />
Stago Brasil 15<br />
Stra Medical 23<br />
TBS Binding Site 33<br />
Vein Sight - Adaptamed 46<br />
Veolia 57<br />
Wama 91<br />
Ano 24 - Edição <strong>144</strong> - Out/Nov 17<br />
Conselho Editorial<br />
Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Prof. Dr. Carlos A.<br />
C. Sannazzaro – Professor Doutor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP | Dr. Amadeo Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Dr. Marco Antonio Abrahão – Biomédico |<br />
Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da USP |<br />
Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Jacques Elkis – Médico<br />
Patologista, Mestre em Análises Clínicas da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de<br />
Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas | Dra. Suely<br />
Aparecida Corrêa Antonialli – Farmacêutica-Bioquímica-Sanitarista, Mestre em Saúde Coletiva | Dra. Gilza Bastos Dos Santos – Farmacêutica-Bioquímica | Dra. Leda Bassit - Biomédica<br />
do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa da Fundação Pró-Sangue.<br />
Colaboraram nesta Edição:<br />
Elker Philipe Fernandes de Abreu, Fairus Duarte Nasralla, Gabriela Dotta Casagranda, Gisela Travi Rombaldi, Humberto Façanha, José de Souza Andrade-Filho, Juliana Rocha Lima, Klaus Schumacher, Lucas de Oliveira Carvalho, Luiz<br />
Guilherme Hendrischky dos Santos Aragão, Mariana Andozia Morini Matushita, Mariane Tegner, Nicole Mariele Santos Röhnelt, Rafael Sakata, Raquel Emma Rheinheimer, Renata Lima Trentin, Renata Rodrigues da Silva, RodrigoJales,<br />
Tainara Moreira, Tássia Bombardieri Hoffmann, Vanessa Rutchieli Felix Braz e Vinícius Oliveira<br />
012<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
evista<br />
Í n d i c e<br />
Ano 24 - Edição <strong>144</strong> - Out/Nov 17<br />
ARTIGO 1<br />
ANEMIA FALCIFORME<br />
ARTIGO DE REVISÃO<br />
AUTORES:<br />
GABRIELA DOTTA CASAGRANDA 1 , GISELA TRAVI ROMBALDI 2 , JULIANA ROCHA LIMA 3 ,<br />
MARIANE TEGNER 4 , RENATA RODRIGUES DA SILVA 5 , RENATA LIMA TRENTIN 6 ,<br />
VINÍCIUS OLIVEIRA 7<br />
18<br />
28<br />
Expansão<br />
de operações<br />
no Brasil<br />
ARTIGO 2<br />
LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA DE RÁPIDA EVOLUÇÃO:<br />
UM RELATO DE CASO<br />
AUTORES: NICOLE MARIELE SANTOS RÖHNELT;<br />
LUIZ GUILHERME HENDRISCHKY DOS SANTOS ARAGÃO; LUCAS DE<br />
OLIVEIRA CARVALHO; TAINARA MOREIRA; TÁSSIA BOMBARDIERI<br />
HOFFMANN; VANESSA RUTCHIELI FELIX BRAZ;<br />
RAQUEL EMMA RHEINHEIMER E FAIRUS DUARTE NASRALLA<br />
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24<br />
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
SÍNDROME DE BOERHAAVE<br />
44<br />
BOAS PRÁTICAS<br />
O PAPEL DO PATOLOGISTA<br />
NO CÂNCER DE PRÓSTATA<br />
48<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
E PROFISSIONAL<br />
MERCADO DAS ANÁLISES CLÍNICAS NO BRASIL: PONTO DE<br />
VISTA DOS PEQUENOS E MÉDIOS LABORATÓRIOS<br />
40<br />
04 Editorial<br />
16 Agenda<br />
32 Informe Científico<br />
52 Informes de Mercado<br />
92 Analogias em Medicina<br />
LABORATÓRIO EM DESTAQUE<br />
DIVISÃO DE LABORATÓRIO CENTRAL DO HCFMUSP SERVIÇO<br />
PÚBLICO DE QUALIDADE PARA A POPULAÇÃO<br />
RADAR CIENTÍFICO<br />
O CÂNCER DE PRÓSTATA<br />
E O NOVEMBRO AZUL<br />
34<br />
38
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agenda<br />
agenda<br />
Expo Hospital Brasil<br />
Data: 22 a 21/11/2017<br />
Local: Minascentro - Belo Horizonte/MG<br />
Informações: (31) 3225.7678 / expohospitalbrasil.com.br / comercial@expohospitalbrasil.com.br<br />
V Congresso Internacional Oncologia D’Or<br />
Data: 24 a 25/11/2017<br />
Local: Centro de Convenções do Hotel Windsor Oceanico - Rio de Janeiro / RJ<br />
Informações: www.abhh.org.br/evento/v-congresso-internacional-oncologia-dor<br />
I Congresso de Oncologia do Hospital Santa Lúcia<br />
Data: 24 a 25/11/2017 | Local: SHS Quadra 06 - Brasilia / DF<br />
Informações: www.abhh.org.br/evento/i-congresso-de-oncologia-do-hospital-santa-lucia<br />
Simpósio de Biomedicina do Oeste Paulista<br />
Data: 20 a 26/11/2017 | Local: Campi I da UNOESTE - Presidente Prudente / SP<br />
Informações: www.unoeste.br/site/UnoEventos/SimposioBiomedicina/2017<br />
SAHE 2018<br />
Data: 13 a 15/03/2018<br />
Local: Centro de Eventos Pro Magno<br />
Informações: sahe.com.br<br />
FCE Pharma<br />
Data: 22 a 24/05/2018<br />
Local: São Paulo Expo - São Paulo/SP<br />
Informações: fcepharma.com.br<br />
Hospitalar 2018<br />
Data: 22 a 25/05/2018<br />
Local: Expo Center Norte – São Paulo / SP<br />
Informações: www.hospitalar.com<br />
45º Congresso Brasileiro de<br />
Análises Clínicas<br />
Data: 17 a 20/06/2017<br />
Local: Centro de Convenções SulAmérica<br />
Rio de Janeiro / RJ | Informações: sbac.org.br/cbac/<br />
XXII Congresso da SBTMO<br />
Data: 02 a 04/08/2018<br />
Local: Rio de Janeiro / RJ | Informações: sbtmo2018.com.br<br />
52º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial – SBPC/ML<br />
Data: 25 a 28/09/2018<br />
Local: CentroSul - Florianópolis / SC | Informações: sbpc.org.br<br />
Hemo 2018<br />
Data: 31/10 a 03/11/2018<br />
Local: Transamérica Expo Center - São Paulo/SP | Informações: abhh.org.br/evento/hemo-2018<br />
016<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
Chegou uma nova luz<br />
para revolucionar a sua eficiência.<br />
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• Menor volume de amostra<br />
• Resultados rápidos<br />
• Consistência de resultados em toda a plataforma cobas ®<br />
• Ponteiras descartáveis, eliminando o risco de contaminação cruzada<br />
Crescimento sustentável<br />
• Uso eficiente de recursos existentes<br />
• Conceito de modularidade para o crescimento sustentável<br />
• Novo design de embalagem que facilita o armazenamento<br />
• Menor impacto ao meio ambiente<br />
• Acesso contínuo à inovação<br />
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0800 77 20 295
artigo 1<br />
Imagem Ilustrativa<br />
Anemia<br />
falciforme<br />
Artigo de revisão<br />
AUTORES:<br />
GABRIELA DOTTA CASAGRANDA 1 ,<br />
GISELA TRAVI ROMBALDI2,<br />
JULIANA ROCHA LIMA3,<br />
MARIANE TEGNER4,<br />
RENATA RODRIGUES DA SILVA5,<br />
RENATA LIMA TRENTIN6,<br />
VINÍCIUS OLIVEIRA7<br />
1 Acadêmica do curso de Biomedicina, Universidade Feevale, RS, Brasil.<br />
Rua Padre Reus, número 387, São Leopoldo, RS, Brasil.<br />
Telefone: +55 51 97008305 - E-mail: gabicdotta@yahoo.com.br<br />
2 Acadêmica do curso de Biomedicina, Universidade Feevale, RS, Brasil.<br />
Rua Tiradentes 65A, Farroupilha, RS, Brasil.<br />
Telefone: +55 54 99899453. E-mail: girombaldi@homail.com<br />
3 Acadêmica do curso de Biomedicina, Universidade Feevale, RS, Brasil.<br />
Rua Guaporé, número 200, São Leopoldo, RS, Brasil.<br />
Telefone: 51 81747373. Email: juju.rl@gmail.com<br />
4 Acadêmica do curso de Biomedicina, Universidade Feevale, RS, Brasil.<br />
Rua Rui Barbosa, número 619, apto 203, Nova Petrópolis, RS, Brasil.<br />
Telefone: +55 54 91996585 . E-mail: marianetegner@yahoo.com.br<br />
5 Acadêmicas do curso de Biomedicina, Universidade Feevale, RS, Brasil.<br />
Rua Arco Íris, número 271, Portão, RS, Brasil.<br />
Telefone: +55 51 84537666 . E-mail: reenata_roodrigues@hotmail.com<br />
6 Acadêmica do curso de Biomedicina, Universidade Feevale, RS, Brasil.<br />
Rua Bento Gonçalves, número 3029, apto 804, Novo Hamburgo, RS, Brasil.<br />
Telefone: +55 54 99264681. E-mail: re_trentin@hotmail.com<br />
7 Acadêmico do curso de Biomedicina, Universidade Feevale, RS, Brasil.<br />
Rua La Habana, número 814, Novo Hamburgo, RS, Brasil.<br />
Telefone: +55 51 99089510 . E-mail: vob_12@hotmail.com<br />
Resumo<br />
Anemia Falciforme é uma doença resultante<br />
de uma mutação genética no cromossomo<br />
11, que leva a substituição de um ácido glutâmico<br />
por uma valina. Essa doença é comum<br />
no Brasil, predominantemente em afrodescendentes.<br />
Causa alterações nos eritrócitos, tendo<br />
em vista o formato de foice como característica.<br />
A principal causa em pacientes com anemia<br />
falciforme é a menor vida das hemácias,<br />
tratando de uma anemia hemolítica, aumento<br />
dos níveis de bilirrubina e uma elevação dos<br />
reticulócitos.<br />
Palavras-chave: Anemia Falciforme;<br />
Anemia hemolítica, Foice.<br />
Abstract<br />
Sickle Cell Anemia (SCA) is a disease<br />
resulting from a genetic mutation on<br />
chromosome 11, leading to replacement of<br />
a glutamic acid for valine. This disease is<br />
quite common in Brazil, predominantly in<br />
african descendants. It causes changes in<br />
erythrocytes, in view of the characteristic of<br />
sickle shape. The main cause in patients with<br />
AF are the smallest life of red blood cells, once<br />
it is a hemolytic anemia, increased bilirubin<br />
levels and a rise in reticulocytes.<br />
Key Words: Sickle Cell Anemia; Hemolytic<br />
Anemia; Sickle.<br />
Introdução<br />
Anemia Falciforme (AF) é uma doença resultante de uma mutação genética no<br />
cromossomo 11, que leva a substituição de um ácido glutâmico por uma valina 1 .<br />
Essa alteração resulta em uma hemoglobina anormal, chamada de hemoglobina<br />
S (HbS) que, em estado de apóxia, ocorre polimerização e assumem forma<br />
semelhante a uma foice 2 .<br />
As hemácias falciformes, por serem menos flexíveis que as hemácias normais,<br />
acabam por ocluir os vasos sanguíneos, causando as crises dolorosas vaso-oclusivas<br />
3 . Outras manifestações clínicas incluem infecções recorrentes, necrose da<br />
medula óssea, gastroenterite, pneumonias, entre outras 4 .<br />
Há milhares de anos, estima-se que entre três e seis mil gerações passadas,<br />
houveram três mutações genéticas independentes que afetou povos do continente<br />
africano. Nesta época, a prevalência de malária, doença que afeta os glóbulos<br />
vermelhos através do parasita Plamodium falciparum, era muito alta. Por isso,<br />
acredita-se que a mutação tenha sido uma resposta do corpo humano contra esta<br />
doença. Além disso, sabe-se que indivíduos com traço falciforme são resistentes a<br />
malária. Com o processo de emigração da África e a miscigenação, esta mutação<br />
acabou sendo difundida mundialmente. Estes indícios levaram estudiosos a acreditarem<br />
nesta relação entre malária e AF 5 .<br />
Doença Falciforme<br />
no Brasil<br />
A AF é a doença hereditária monogênica mais comum do Brasil, ocorrendo,<br />
predominantemente, entre afrodescendentes. A distribuição do gene S é bastante<br />
heterogênea, dependendo de composição negroide ou caucasoide da população.<br />
Assim, a prevalência de heterozigotos para a hemoglobina S (HbS) é maior nas<br />
regiões norte e nordeste (6% a 10%), enquanto nas regiões sul e sudeste a prevalência<br />
é menor (2% a 3%) 6 .<br />
No país, cerca de 3.500 crianças nascem com a doença falciforme e 200 mil<br />
são portadores de traço. Este corresponde ao nascimento de uma criança doente<br />
para cada mil recém-nascidos vivos. Até o ano de 2010 estimou-se ter 20 a 30 mil<br />
brasileiros portadores da doença falciforme, o que permite tratar a doença como<br />
problema de saúde pública no Brasil 7 .<br />
Do ponto de vista da saúde pública e da epidemiologia, o uso da classificação<br />
018<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
étnico-racial é recomendado como uma<br />
medida substituta para a ancestralidade<br />
e, por conseguinte, para o risco da herança<br />
de traços genéticos mais prevalentes<br />
em determinadas áreas geográficas 8 .<br />
Fisiopatologia<br />
A AF é uma doença geneticamente<br />
herdada, também conhecida como<br />
siclemia ou drepanocitose 9 . Esta é<br />
causada por uma mutação no gene da<br />
β-globulina, no qual há uma substituição<br />
do ácido glutâmico pela valina, no sexto<br />
aminoácido do gene 10 . Essa troca de<br />
ácidos gera uma hemoglobina anormal,<br />
chamada de HbS.<br />
Quando comparada a hemoglobina<br />
normal, HbA, o HbS apresenta duas desvantagens<br />
específicas. Ela é mais lenta,<br />
uma vez que a valina apresenta ponto<br />
isoelétrico neutro e está propensa a<br />
polimerização quando em baixo teor de<br />
oxigênio, pois o ácido responsável pelo<br />
afastamento das moléculas nessa condição<br />
é o ácido glutâmico 9 . A polimerização<br />
ocorre devido a união de moléculas<br />
desoxigenadas (tetrâmeros de HbS),<br />
gerando a alteração clássica da doença.<br />
A hemácia que anteriormente apresentava-se<br />
em forma arredondada côncava,<br />
agora tem formato de foice.<br />
Como consequência, a lentidão juntamente<br />
com a nova conformação do<br />
eritrócito, pode gerar uma estagnação<br />
mecânica do sangue, o que contribui<br />
para oclusão vascular 11 .<br />
Manifestações Clínicas<br />
A alteração celular causada pelo processo<br />
de falcização dos eritrócitos influencia<br />
o fluxo sanguíneo, aumentando<br />
sua viscosidade 13 . Devido a alta viscosidade<br />
do sangue e aumento nos níveis<br />
de fibrinogênio, que ocorre em resposta<br />
natural à infecções, os eritrócitos falciformes<br />
tem um aumento na capacidade de<br />
adesão ao endotélio vascular 14 .<br />
A adesão dos eritrócitos ao endotélio<br />
vascular é provavelmente o mecanismo<br />
primário pela qual as alterações moleculares<br />
que ocorrem nas hemácias são<br />
transmitidas aos tecidos. Essa adesão<br />
pode causar hipóxia, isquemia e infarto<br />
local, agravamento da falcização, desencadeamento<br />
de processos inflamatórios,<br />
ISO 13485<br />
CERTIFICADO<br />
Dispositivos<br />
Médicos<br />
BPF<br />
anos<br />
no mercado<br />
019
artigo 1<br />
AUTORES:<br />
GABRIELA DOTTA CASAGRANDA1,<br />
GISELA TRAVI ROMBALDI2,<br />
JULIANA ROCHA LIMA3,<br />
MARIANE TEGNER4,<br />
RENATA RODRIGUES DA SILVA5,<br />
RENATA LIMA TRENTIN6,<br />
VINÍCIUS OLIVEIRA7<br />
020<br />
ativação da coagulação, causando alteração<br />
que constituem os principais sinais e<br />
sintomas da doença 15 .<br />
A principal causa de anemia em pacientes<br />
falciformes é a menor sobrevida<br />
das hemácias, tratando-se de uma<br />
anemia hemolítica, com aumento da<br />
bilirrubina indireta, hiperplasia eritróide<br />
da medula óssea e elevação dos reticulócitos.<br />
Porém, outros fatores podem contribuir<br />
para a anemia ou agravá-la, como<br />
a carência de folato, insuficiência renal,<br />
crises aplásticas e esplenomegalia. Entre<br />
os sintomas e consequências da anemia,<br />
estão o retardo da maturação sexual, insuficiência<br />
cardíaca e contribuição para a<br />
formação de úlceras nos membros inferiores<br />
16 .<br />
A crise dolorosa febril ou afebril é uma<br />
das manifestações mais características<br />
da doença falciforme 17 . A dor aguda<br />
está associada a isquemia tecidual aguda<br />
causada pela vasooclusão, abrangendo<br />
geralmente membros superiores e inferiores;<br />
em casos de maior gravidade, a<br />
dor na região torácica acompanhada de<br />
febre, dispnéia e hipoxemia caracteriza a<br />
síndrome torácica aguda 16 . A dor crônica<br />
está geralmente associada a necrose da<br />
cabeça do úmero ou fêmur, causada por<br />
uma isquemia óssea crônica em áreas<br />
pouco vascularizadas 18 .<br />
A evolução da AF é marcada por diversas<br />
complicações clínicas que atingem a<br />
maioria dos órgãos e aparelhos.<br />
Algumas dessas complicações comprometem<br />
a qualidade de vida do paciente,<br />
sem reduzir sua expectativa de<br />
vida, como a dactilite (síndrome mão-<br />
-pé), priapismo, retinopatia, cálculos de<br />
vesícula, complicações osteoarticulares,<br />
como a necrose óssea, osteomielite, artrite<br />
séptica, infarto ósseo, etc.. Outras<br />
alterações comprometem diretamente a<br />
função de órgãos vitais, como as infecções,<br />
complicações cardiorespiratórias,<br />
insuficiência renal e acidentes vasculares<br />
cerebrais 12 .<br />
diminuindo assim as taxas de<br />
mortalidade antes dos 2 anos de vida 2 .<br />
As manifestações clínicas<br />
alteram a qualidade de vida do<br />
portador, acarretando dificuldades no<br />
trabalho, estudo e lazer, além de<br />
repercussões psicológicas, como a<br />
baixa autoestima 17,19 .<br />
Figura 2. Relação entre fenômenos fisiopatológicos e<br />
manifestações clínicas nas doenças falciformes 20 .<br />
Figura 2. Relação entre fenômenos<br />
fisiopatológicos e manifestações<br />
clínicas nas doenças falciformes 20 .<br />
Os sintomas clínicos mais graves<br />
costumam aparecer após os primeiros 3<br />
meses de idade. Mas, devido aos altos<br />
níveis de HbF, os indivíduos geralmente<br />
são assintomáticos até os 6 primeiros<br />
meses de vida.<br />
A taxa de mortalidade entre crianças<br />
de até 5 anos de idade com anemia falciforme<br />
é de 25 a 30%, embora a maioria<br />
das mortes deste grupo seja secundária à<br />
crises aplásicas, infecções viras e sequestro<br />
aumentado esplênico. 21 .<br />
A pesquisa de hemoglobinopatias no<br />
exame de triagem neonatal (teste do pezinho)<br />
permite uma profilaxia adequada<br />
e acompanhamento ambulatorial, uma<br />
vez que o teste identifica precocemente<br />
o indivíduo com anemia falciforme, diminuindo<br />
assim as taxas de mortalidade<br />
antes dos 2 anos de vida 2 .<br />
As manifestações clínicas alteram a<br />
qualidade de vida do portador, acarretando<br />
dificuldades no trabalho, estudo e<br />
lazer, além de repercussões psicológicas,<br />
como a baixa autoestima 17, 19 .<br />
normal e as vezes até<br />
Devido a disfunção esp<br />
a hipóxia tecidual facilitando l<br />
foco de infecção são as p<br />
causas ao acometimento de<br />
Entre os defeitos imun<br />
descritos estão: diminuiç<br />
produção de interleucina<br />
Infecções no<br />
Paciente Falcêmico<br />
Em crianças falciformes, as infecções<br />
estão entre as principais causas de morte,<br />
quando acometidos de febre, devem<br />
ser avaliados de forma rigorosa e sistemática,<br />
uma vez que apresentam maior<br />
suscetibilidade às infecções. Tendo em<br />
vista que o paciente falcêmico tem a<br />
função esplênica comprometida já nos<br />
primeiros meses de vida, apesar do baço<br />
se apresentar ainda de tamanho normal<br />
e as vezes até mesmo aumentado 21 .<br />
Devido a disfunção esplênica e a hipóxia<br />
tecidual facilitando locais de foco de<br />
infecção são as principais causas ao acometimento<br />
de óbitos. Entre os defeitos<br />
imunológicos descritos estão: diminuição<br />
comprometimento da matura<br />
linfócito B e da produção<br />
contagem variável de linfó<br />
helper e supressor; redução no<br />
de linfócitos T helper e supre<br />
pacientes com asplenia fu<br />
rápida multiplicação bacter<br />
sangue devido aos altos níveis<br />
e transferrina circulantes; prod<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17<br />
anticorpos inadequada fr
da produção de interleucina 4, com comprometimento<br />
da maturação do linfócito<br />
B e da produção de IgM; contagem variável<br />
de linfócitos T helper e supressor;<br />
redução nos níveis de linfócitos T helper<br />
e supressor nos pacientes com asplenia<br />
funcional; rápida multiplicação bacteriana<br />
no sangue devido aos altos níveis<br />
de ferro e transferrina circulantes; produção<br />
de anticorpos inadequada frente<br />
a administração intravenosa de vacinas<br />
polissacarídica 21 .<br />
Tais disfunções resultam em fagocitose<br />
e morte intracelular ineficazes, principalmente<br />
para as bactérias encapsuladas<br />
como Streptococcus pneumoniae,<br />
Hemofilus influenza 21 .<br />
Aconselhamento<br />
Genético<br />
O aconselhamento genético tem como<br />
finalidade orientar os indivíduos sobre a<br />
tomada de decisões a respeito da concepção.<br />
Assim, os pacientes são conscientizados<br />
do problema, sem serem<br />
vedados do seu direito de decisão reprodutiva.<br />
O papel do profissional é discutir<br />
a respeito do tratamento disponível e a<br />
sua eficiência, o grau de sofrimento físico,<br />
mental e social imposto pela doença,<br />
o prognóstico, a importância do diagnóstico<br />
precoce, entre outros 22 .<br />
O aconselhamento apresenta importantes<br />
implicações médicas, psicológicas,<br />
sociais, éticas e jurídicas, acarretando um<br />
alto grau de responsabilidade às instituições<br />
que o oferecem (universidade,<br />
hospitais, hemocentros, clínicas médicas,<br />
secretarias estaduais e municipais de<br />
saúde). Cabe a tais instituições, portanto,<br />
a responsabilidade de que este seja<br />
fornecido por profissionais habilitados e<br />
com grande experiência, dentro dos mais<br />
rigorosos padrões éticos e científicos 23 .<br />
O traço falciforme é uma característica<br />
genética prevalente em virtude da<br />
quantidade de negros na população e<br />
do processo de miscigenação. Segundo a<br />
OMS, é necessário a triagem populacional<br />
de portadores heterozigotos do traço<br />
falciforme para fins de aconselhamento<br />
genético desses indivíduos, pois o casamento<br />
entre dois heterozigotos AS, ou<br />
do casamento de um indivíduo AS com<br />
heterozigotos de outras hemoglobinopatias<br />
também frequentes na população,<br />
podem nascer crianças com anemia<br />
hemolítica crônica e sem cura 22 . Apesar<br />
de sua prevalência ser maior em pessoas<br />
da raça negra, estudos populacionais<br />
têm demonstrado a crescente presença<br />
de Hemoglobina S (HbS) em indivíduos<br />
caucasóides 24 .<br />
É com essa consciência que os casos<br />
de anemia hereditária devem ser pesquisados<br />
habitualmente em todos os<br />
pacientes que tenham ou não alteração<br />
no eritrograma, uma vez que, quanto<br />
mais precocemente houver o diagnóstico,<br />
acompanhamento médico e aconselhamento<br />
genético, mais chances de<br />
diminuição da morbidade, mortalidade e<br />
transmissão gênica 25 .<br />
Tratamento<br />
A hidróxiureia é o fármaco de escolha<br />
para os portadores de anemia falciforme,<br />
sendo atualmente o único medicamento<br />
eficaz contra a doença. Apesar dos mecanismos<br />
de ação da hidróxiureia não<br />
serem totalmente conhecidos, acredita-<br />
-se que droga aumenta a produção de<br />
hemoglobina fetal (HbF), o que diminui<br />
a polimerização da hemoglobina S (HbS),<br />
bloqueia a formação de eritrócitos falciformes<br />
e previne crises vaso-oclusivos.<br />
Porém, a melhora clinica se dá antes do<br />
aparecimento da HbF, sugerindo que<br />
possa existir mecanismos simultâneos. A<br />
melhora clínica do paciente e a diminuição<br />
das crises vaso-ocusivas nos primeiros<br />
quatro a seis meses de tratamento,<br />
está associado ao aumento do VCM (volume<br />
corpuscular médio) 26 .<br />
Contudo, o uso da hidróxiureia ainda é<br />
questionável, visto que é possível causar<br />
efeitos tóxicos para o organismo. Nos dados<br />
publicados até o momento, há uma<br />
alta evidência dos pacientes que estão<br />
em tratamento apresentarem úlcera de<br />
perna, e uma baixa evidência (mas existente)<br />
destes terem leucemia ou alguma<br />
alteração citogenética 7 .<br />
Além da hidróxiureia, o transplante<br />
de células-tronco é outro opção de<br />
tratamento para a doença. Em estudos<br />
clínicos realizados na Europa e Estados<br />
Unidos, 250 pacientes com anemia falciforme<br />
fizeram o transplante, com o objetivo<br />
de definir os riscos e os benefícios da<br />
terapêutica e caracterizar a história natural<br />
após o tratamento. Depois de cinco<br />
anos de seguimento, a sobrevida global<br />
foi de 90%-95% e a sobrevida livre de<br />
80%85%, para pacientes com doador<br />
HLA compatível em todos os estudos.<br />
Entretanto, 5% a 10% destes pacientes<br />
morreram de complicações relacionadas<br />
ao transplante, sendo a doença do enxerto<br />
contra o hospedeiro e o seu tratamento<br />
as principais causas de morte 7 .<br />
Outro estudo avaliou o transplante de<br />
células-tronco em 14 crianças africanas<br />
que moravam na Bélgica e que pretendiam<br />
voltar ao seu país, onde sabiam que<br />
não teriam suporte terapêutico adequado<br />
e, assim, quiseram submeter-se a um<br />
procedimento potencialmente curável.<br />
Nestas 14 crianças com menos de 14<br />
anos não houve nenhum óbito e apenas<br />
em um caso houve recidiva da doença.<br />
Apesar dessa opção terapêutica ser rara
artigo 1<br />
AUTORES:<br />
GABRIELA DOTTA CASAGRANDA1,<br />
GISELA TRAVI ROMBALDI2,<br />
JULIANA ROCHA LIMA3,<br />
MARIANE TEGNER4,<br />
RENATA RODRIGUES DA SILVA5,<br />
RENATA LIMA TRENTIN6,<br />
VINÍCIUS OLIVEIRA7<br />
no pais, fica evidente o potencial do tratamento,<br />
sua eficácia e baixa toxicidade 7 .<br />
Conclusão<br />
Os dados epidemiológicos vêm apresentando<br />
um aumento significativo, no<br />
que se diz respeito a AF. Ela apresenta<br />
alterações nas células sanguíneas, que<br />
podem gerar manifestações clínicas.<br />
Essas células estão em forma de foice,<br />
podendo gerar dores vaso-inclusivas,<br />
que seria a manifestação clínica mais<br />
frequente. Essa doença tem como principal<br />
tratamento a hidróxiuréia, porém<br />
estão sendo evidenciados estudos que<br />
já buscam outros métodos, como por<br />
exemplo transplante de células tronco.<br />
Estes estudos têm mostrado resultados<br />
significantes para o tratamento de AF.<br />
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hematological effects of hydroxyurea therapy in<br />
sickle cell patients: a single-center experience<br />
in Brazil, São Paulo Medical Journal, vol 131 n4.<br />
São Paulo 2013. Disponível em: .<br />
Acesso em 18 de agosto de 2015.<br />
Declaração de<br />
responsabilidade e<br />
transferência de<br />
diretos autorais:<br />
Os autores, Gabriela Dotta, Gisela<br />
Rombaldi, Juliana Rocha Lima, Mariane<br />
Tegner, Renata Rodrigues da Silva, Renata<br />
Lima Trentin e Vinícius Oliveira, vem por<br />
meio desta declarar que o artigo “Artigo<br />
de revisão: Anemia Falciforme”, enviado<br />
para publicação na Revista News Lab,<br />
é um trabalho original, que não foi publicado<br />
ou está sendo considerado para<br />
publicação em outra revista, que seja no<br />
formato impresso ou no eletrônico.<br />
022<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
artigo 2<br />
024<br />
Leucemia mieloide<br />
aguda de rápida<br />
evolução:<br />
um relato de caso<br />
Resumo<br />
A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma<br />
patologia ligada a proliferação anormal das<br />
células progenitoras da linhagem mieloide,<br />
resultando na produção insatisfatórias de células<br />
sanguíneas maduras normais que são repostas<br />
por blastos, células mieloides imaturas.<br />
O presente caso relata a LMA em um paciente<br />
do sexo masculino com 82 anos, que ocorreu<br />
de forma súbita, apresentando hemograma<br />
normal em cinco meses antes do diagnóstico,<br />
sendo que o segundo hemograma já foi identificado<br />
40% de blastos. A imunofenotipagem sugere<br />
diagnóstico de LMA M4. Idosos com LMA<br />
dispõem de uma maior existência de alterações<br />
cromossômicas de alto risco, com prognóstico<br />
mais desfavorável (incluindo mutações nos<br />
cromossomos 5, 7 ou 8) se comparado a adultos<br />
jovens. Indivíduos leucêmicos com mais de<br />
65 anos possuem mau prognóstico, logo, terão<br />
dificuldades em responder à quimioterapia.<br />
Palavras-chave: Hematologia; Leucemia<br />
Mieloide Aguda; Relato de caso;<br />
Abstract<br />
Acute myeloid leukemia is a related pathology<br />
to the abnormal proliferation of progenitors from<br />
myeloid lineage, resulting in unsatisfactory production<br />
of mature blood cells that are replaced by<br />
blasts, immature myeloid cells. The reported case<br />
describes an AML of a male patient, 82 years old,<br />
with fast installation, showing a normal complete<br />
blood count (CBC) five months before the diagnosis,<br />
and a second complete blood count with<br />
40% of blasts. Immunophenotyping suggests an<br />
AML M4 subtype. Elderly people with AML tend<br />
to have more chromosomal abnormalities with<br />
high risk (bad prognostic), including mutations on<br />
chromosomes 5, 7 or 8, if compared with young<br />
people. Leukemic individuals with more than 65<br />
years old have bad prognostic and will respond<br />
less to chemotherapy.<br />
Key Words: Hematology; Acute Myeloid<br />
Leukemia; Case report;<br />
Introdução<br />
Caracterizada pela proliferação anormal<br />
de células progenitoras da linhagem<br />
mieloide, a leucemia mieloide aguda<br />
(LMA) ocasiona a produção insuficiente<br />
de células sanguíneas maduras normais.<br />
Esta alteração faz com que os blastos,<br />
células mieloides imaturas, substitua o<br />
tecido normal, resultando em redução<br />
de leucócitos, hemácias e plaquetas,<br />
desordem conhecida como pancitopenia<br />
(HERNÁNDEZ, 2008; MARTINS; FALCÃO,<br />
2000). A LMA acomete todas as faixas<br />
etárias, porém ocorre mais em adultos,<br />
representando 80% das leucemias<br />
agudas que ocorrem nesta faixa etária<br />
(MARTINS; FALCÃO, 2000).<br />
A Organização Mundial da Saúde<br />
(OMS) estabelece a infiltração da medula<br />
óssea por 20% ou mais de mieloblastos<br />
como critério diagnóstico, aspectos genéticos<br />
e moleculares, além de história<br />
prévia de mielodisplasia (FIGUEIREDO et<br />
al., 2011). O diagnóstico inicia com a suspeita<br />
clínica e com a análise do sangue<br />
periférico e da medula óssea do paciente.<br />
Os métodos para um diagnóstico preciso<br />
envolvem os avanços na imunofenotipagem,<br />
a crescente importância dos eventos<br />
genéticos incluindo análise citogenética<br />
e biologia molecular, juntamente<br />
com os sistemas de classificação, que<br />
além de permitir a distinção das categorias<br />
de LMA e Leucemia Linfocítica Aguda<br />
(LLA), indicam fatores prognósticos e<br />
uma terapia mais adequada para cada<br />
subtipo de LMA (DA SILVA et al., 2006).<br />
Devido ao seu pleomorfismo, em<br />
1975, foi introduzida uma classificação<br />
AUTORES:<br />
NICOLE MARIELE SANTOS RÖHNELT;<br />
LUIZ GUILHERME HENDRISCHKY DOS SANTOS ARAGÃO;<br />
LUCAS DE OLIVEIRA CARVALHO; TAINARA MOREIRA;<br />
TÁSSIA BOMBARDIERI HOFFMANN; VANESSA RUTCHIELI<br />
FELIX BRAZ; RAQUEL EMMA RHEINHEIMER E<br />
FAIRUS DUARTE NASRALLA<br />
- UNIVERSIDADE FEEVALE<br />
Autor correspondente: Nicole Mariele Santos Röhnelt<br />
E-mail: nicolemariele@gmail.com | Tel.: (51) 99186-1602.<br />
Endereço: Rua Jaime Bis, 640, CEP: 93120-600; São Leopoldo-RS, BR.<br />
Universidade Feevale<br />
dos diferentes tipos de LMA. Assim<br />
sendo, foi definido seis subgrupos de<br />
acordo com a diferenciação das linhagens<br />
celulares envolvidas e o grau de<br />
maturação das células, sendo eles M1,<br />
M2, M3, M4, M5 e M6 (BENNETT et al.,<br />
1976). Nos anos seguintes, o sistema de<br />
classificação foi revisado e foram acrescentando<br />
novos subtipos, M0 e M7, com<br />
base na imunofenotipagem (DA SILVA et<br />
al., 2006). Assim, a M0 inclui a linhagem<br />
mielocítica minimamente diferenciada,<br />
M1 a linhagem mielocítica sem maturação,<br />
M2 mielocítica com maturação, M3<br />
linhagem promielocítica, M4 mielomonocítica,<br />
M5 monocítica, M6 eritroleucemia<br />
e M7 a linhagem megacariocítica<br />
(HERNÁNDEZ, 2008). Sendo assim, além<br />
de examinar morfologicamente as células<br />
é necessário a imunofenotipagem e a<br />
citogenética para a pesquisa de marcadores<br />
que distinguem os tipos de LMA,<br />
conforme a Tabela 1.<br />
A causa muitas vezes é desconhecida,<br />
porém pode estar ligada a fatores como<br />
radiação ionizante, vírus oncogênicos<br />
(HTLV-I), fatores genéticos e congênitos,<br />
substâncias químicas, fármacos e predisposição<br />
a doenças hematológicas (DA<br />
SILVA et al., 2006). A Anemia de Fanconi<br />
e Síndrome de Down podem também estar<br />
associadas ao aparecimento da LMA.<br />
A incidência é de 1:150.000 na infância e<br />
na adolescência (HAMERSCHLAK, 2008).<br />
O prognóstico é baseado na idade<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17<br />
Imagem Ilustrativa
Tabela1 - Classificação FAB de LMA, Imunofenotipagem, Cariótipo e Rearranjo Gênico.<br />
do paciente junto com o diagnóstico<br />
de possíveis mutações no DNA, porém,<br />
idosos normalmente apresentam<br />
estimativa da sobrevida diminuída.<br />
Com o propósito de padronizar risco<br />
em adultos, foi criado um protocolo<br />
baseado nos conhecimentos citogenéticos<br />
e moleculares onde os pacientes<br />
são classificados em grupos de risco<br />
como: favoráveis, intermediário 1, intermediário<br />
2 e desfavoráveis. Contudo,<br />
pacientes com idade acima de 60<br />
anos, independentemente dos resultados<br />
encontrados em exames, tem mau<br />
prognóstico (SAULTZ; GARZON, 2016).<br />
A LMA tem início na medula óssea,<br />
porém, na maioria dos casos, ela extravasa<br />
rapidamente para o sangue periférico,<br />
possivelmente podendo se espalhar<br />
por outras partes do corpo, incluindo<br />
nódulos linfáticos, fígado, baço e sistema<br />
nervoso central. A série branca apresenta<br />
leucocitose e neutropenia, aumentando<br />
o risco de infecções (especialmente da<br />
boca e da garganta), já a serie vermelha<br />
se caracteriza por anemia, causando<br />
palidez, cansaço, falta de ar e palpitações<br />
cardíacas. Assim como apresenta<br />
trombocitopenia, provocando maior<br />
tendência para esquimoses, hemorragia<br />
e úlceras do lábio e da boca (APLC, 2017).<br />
Alguns pacientes acometidos da<br />
Fonte: FIGUEIREDO et al., 2011.<br />
doença sofrem de dores nos ossos e<br />
articulações. A LMA também pode ocasionar<br />
aumento do fígado e baço, esse<br />
fato pode ser notado por um inchaço<br />
ou aumento da barriga e conseguem ser<br />
detectados apalpando a região. A doença<br />
muitas vezes ocorre de forma súbita,<br />
com um agravamento progressivo dos<br />
sintomas num período de uma ou duas<br />
semanas; com menor frequência, tais<br />
sintomas vão aparecendo gradualmente<br />
durante dois ou três meses (APLC, 2017).<br />
Pacientes recém diagnosticados são<br />
tratados com Terapia de Indução (TI)<br />
para atingir uma Resposta Completa<br />
(RC), definida como menos de 5% de<br />
blastos na medula óssea normocelular,<br />
ausência de leucemia extramedular,<br />
contagem de neutrófilos acima de 1.000/<br />
mm3, contagem de plaquetas acima de<br />
100.000/mm3. A doença pode persistir<br />
após uma RC e, inevitavelmente, voltará<br />
se o tratamento for descontinuado. Após<br />
resposta favorável à TI, é necessário iniciar<br />
a Terapia de Consolidação (TC) para<br />
erradicar qualquer resíduo de células leucêmicas<br />
que persistem após a indução.<br />
(DE KOUCHKOVSKY et al., 2016).<br />
De acordo com o INCA, a terapia de primeira<br />
linha indicada é o esquema LMA AD<br />
98, para pacientes recém diagnosticados.<br />
Para TI, Citarabina (10 mg/m2 IV nos dias<br />
1, 3 e 5) mais Idarubicina (100 mg/m2 IV<br />
D1 a D7 em infusão contínua por 7 dias).<br />
A TC é idêntica a de indução. Caso seja<br />
necessária intensificação, é recomendado<br />
Citarabina em altas doses (3000 mg/<br />
m2 nos dias 1, 2 e 3, em infusão de 3h<br />
de 12/12h), total de 6 doses, e mais 2<br />
ciclos de Idarubicina (10 mg/m2 IV nos<br />
dias 1, 2 e 3). Para pacientes com mais<br />
de 65 anos, é recomendado Citarabina<br />
1000 mg/m2 nos dias 1, 2 e 3, e infusão<br />
de 3 horas de 12/12h (total de 6 doses).<br />
Outra modalidade de tratamento bem<br />
consolidada é o transplante de medula<br />
óssea. Pacientes com idade inferior ou<br />
igual a 55 anos em primeira remissão,<br />
segunda remissão ou primeira recidiva,<br />
recomenda-se o Alogênico Aparentado.<br />
No caso de pacientes com idade inferior<br />
ou igual a 50 anos em segunda remissão<br />
ou primeira recidiva, é recomendado<br />
o Alogênico Não-Aparentado. Para<br />
Transplante Autogênico, procura-se<br />
pacientes com idade inferior a 60 anos<br />
e em segunda remissão (INCA, 2002).<br />
Pacientes idosos diagnosticados com<br />
LMA ainda tiveram protocolos de tratamento<br />
bem estabelecidos. Indivíduos<br />
com mais de 65 anos apresentam um<br />
maior perfil de risco citogenético, consequentemente,<br />
possuem menos chances<br />
de responder à quimioterapia. Mesmo<br />
com mau prognóstico para idosos,<br />
a TI aumenta a sobrevida dos pacientes<br />
quando comparada com cuidados de<br />
apoio e suportes paliativos (SAULTZ;<br />
GARZON, 2016).<br />
Durante o tratamento, tanto na TI e TC,<br />
exames laboratoriais são extremamente<br />
importantes para o acompanhamento do<br />
paciente. Após início da terapia, deve-se<br />
realizar perfil da coagulação/fibrinólise e<br />
função renal a cada 1-2 dias, de acordo<br />
com as alterações presentes ao diagnóstico.<br />
Um novo mielograma deve ser<br />
realizado no 15º dia da TI, para quantificar<br />
blastos. Se a contagem dos blastos<br />
for inferior a 5%, o tratamento pode ser<br />
025
artigo 2<br />
adiado até recuperação hematológica,<br />
tempo onde é recomendado controle semanal<br />
da medula óssea. Exames cardíacos,<br />
teste de função hepática e renal, deverão<br />
ser realizados antes de cada bloco<br />
da CT. Após o tratamento, é necessário<br />
realizar hemogramas completos mensais<br />
durante o primeiro ano fora da terapia<br />
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017).<br />
Apresentação do caso<br />
Paciente do sexo masculino com 82<br />
anos diagnosticado com LMA. Prévio<br />
hemograma apresentou-se com série<br />
branca e vermelha normais e valor de<br />
plaquetas, não quantificadas, abaixo<br />
do valor de referência. Menos de 5<br />
meses após, foi realizado novo hemograma<br />
onde averiguou-se diminuição<br />
da série vermelha, anemia normocítica<br />
normocrômica com pecilocitose, policromatofilia<br />
e 5% de eritroblastos. A<br />
série branca apresentou leucocitose,<br />
com 3% de mielócitos, 2% de metamielócitos,<br />
2% de promielócitos, 40%<br />
de blastos, 6% de bastonetes, 17%<br />
de neutrófilos segmentados, 2,8% de<br />
eosinófilos, 0,1% de basófilos, 11%<br />
de monócitos e 16% de linfócitos. As<br />
plaquetas se apresentaram abaixo do<br />
valor de referência (17.000 p/mm3).<br />
O hemograma seguinte já apresentou<br />
a pancitopenia característica da LMA,<br />
série branca, vermelha e plaquetas com<br />
valor inferior a referência. A imunofenotipagem<br />
sugere diagnóstico de LMA M4.<br />
Discussão<br />
Idosos com LMA dispõem de uma<br />
menor ocorrência de alterações cromossômicas<br />
de baixo risco, com prognóstico<br />
mais favorável, t(8,21); mutação do cromossomo<br />
16, ou a t(15, 17) associado à<br />
leucemia de prómielocitos e uma maior<br />
existência de alterações cromossômicas<br />
de alto risco, com prognóstico mais<br />
desfavorável (incluindo mutações nos<br />
cromossomos 5, 7 ou 8) se comparado<br />
a adultos jovens com LMA (CAMELO, et<br />
al., 2014).<br />
No contexto da LMA, é necessário estipular<br />
o significado de um doente “idoso”.<br />
Apesar disso, não existe nenhum estudo<br />
que determine um limite de idade<br />
para classificar os pacientes como idosos<br />
ou não idosos. Na verdade, os estudos realizados<br />
definem limites de idades muito<br />
desiguais no que se refere à definição de<br />
um idoso (podendo variar entre 60 e 75<br />
anos). Deste modo, pode-se observar<br />
que a idade, não é o único fator que irá<br />
definir um idoso neste contexto, já que<br />
a faixa etária pode acarretar em um<br />
tratamento e prognóstico distintos. Por<br />
exemplo, um doente com 65 anos, com<br />
uma expectativa média de vida de 19<br />
anos, deverá ser submetido ao mesmo<br />
tratamento (intenso ou tênue) que um<br />
paciente com 85 anos com expectativa<br />
média de vida de cerca de 6 anos? Diante<br />
disto, é importante e necessário considerar<br />
outros fatores e avaliar o enfermo<br />
globalmente (CAMELO, et al., 2014).<br />
Conclusão<br />
As LMAs, clinicamente, referem-se<br />
a um conjunto de doenças distintas<br />
que se diferem por suas anormalidades<br />
genéticas, aspectos clínicos, evoluções<br />
patogênicas, prognósticos e respostas<br />
terapêuticas. A LMA do tipo M4 é uma<br />
das leucemias mais complexas quanto<br />
ao seu diagnóstico morfológico na microscopia.<br />
Por isso, o relato de caso é<br />
extremamente importante para auxiliar<br />
na identificação final.<br />
Indivíduos leucêmicos com mais de<br />
65 anos possuem mau prognóstico,<br />
logo, terão dificuldades em responder<br />
à quimioterapia. Não há informações<br />
sobre a conduta terapêutica utilizada<br />
para o paciente em questão, mas,<br />
AUTORES:<br />
NICOLE MARIELE SANTOS RÖHNELT;<br />
LUIZ GUILHERME HENDRISCHKY DOS SANTOS ARAGÃO;<br />
LUCAS DE OLIVEIRA CARVALHO; TAINARA MOREIRA;<br />
TÁSSIA BOMBARDIERI HOFFMANN; VANESSA RUTCHIELI<br />
FELIX BRAZ; RAQUEL EMMA RHEINHEIMER E<br />
FAIRUS DUARTE NASRALLA<br />
- UNIVERSIDADE FEEVALE<br />
mesmo com tratamento, os pacientes<br />
de risco evoluem ao óbito devido a<br />
hemorragias espontâneas e complicações<br />
secundárias.<br />
Referências<br />
Bibliográficas<br />
APLC Associação Portuguesa Contra a<br />
Leucemia. Disponível em: Acesso em: 28<br />
ago. 2017.<br />
BENNETT, J. M. et al. Proposals for the<br />
Classification of the Acute Leukaemias French‐<br />
American‐British (FAB) Co‐operative Group.<br />
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451-458, 1976.<br />
CAMELO, R. M. S. Tratamento de leucemia<br />
e mieloide aguda no idoso. 2014.<br />
DA SILVA, G. C. et al. Diagnóstico<br />
laboratorial das leucemias mielóides agudas.<br />
Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina<br />
Laboratorial, v. 42, n. 2, p. 77-84, 2006.<br />
DE KOUCHKOVSKY, I.; ABDUL-HAY, M.<br />
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review and 2016 update. Blood cancer journal,<br />
v. 6, n. 7, p. e441, 2016.<br />
FIGUEIREDO, M. S.; KERBAUY, J.;<br />
LOURENÇO, D. M. Guia de hematologia. 1.<br />
ed. São Paulo: Manole, 2011.<br />
HAMERSCHLAK, Nelson. Leucemia:<br />
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Pediatria, v. 84, n. 4, 2008.<br />
HERNÁNDEZ C. Leucemia mieloide<br />
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En: Rodríguez H, Negrín JA. Manual de<br />
Prácticas Médicas. Hospital Clinicoquirúrgico<br />
“Hermanos Ameijeiras”. 2da. ed. La Habana:<br />
Editorial Ciencias Médicas, 2008.<br />
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2017.<br />
SAULTZ, J. N.; GARZON, R. Acute myeloid<br />
leukemia: a concise review. Journal of clinical<br />
medicine, v. 5, n. 3, p. 33, 2016.<br />
026<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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029
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relacionadas a nefrologia, destaque<br />
para PLA2-R, marcador específico de<br />
glomerulonefrite membranosa primária<br />
que pode evitar biópsias e transplantes<br />
desnecessários e ANCA Mosaico 25 que<br />
apresenta perfil de vasculites completo,<br />
incluindo anti-GBM (Síndrome de Goodpasture)<br />
e é utilizado como perfil de<br />
emergência nos melhores hospitais do<br />
mundo.<br />
- Gastroenterologia: marcadores<br />
de doença celíaca que seguem a diretriz<br />
europeia (ESPGHAN) e oferecem<br />
diagnóstico precoce e eficiente, incluindo<br />
teste molecular DQ2/DQ8, gliadina,<br />
transglutaminase e endomísio. É a única<br />
empresa a oferecer a solução completa<br />
para esse diagnóstico.<br />
- Linha de Biologia molecular:<br />
técnica Microarray oferece qualidade<br />
incomparável nas reações, HPV dos subtipos<br />
de baixo e alto risco, detectando os<br />
oncogenes E6/E7 (único do mercado),<br />
entre outros.<br />
A EUROIMMUN lançou os testes de<br />
intolerância alimentar, neurologia, nefrologia,<br />
gastroenterologia e a linha de biologia<br />
molecular.<br />
030<br />
Revista NewsLab | | Out/Nov Ago/Set 17
São Paulo recebe unidade fabril<br />
A EUROIMMUN vai inaugurar em<br />
2018 a sua fábrica na cidade de São<br />
Caetano do Sul, em São Paulo, com<br />
um centro de pesquisa e de desenvolvimento.<br />
De acordo com Gustavo<br />
Janaudis, CEO da filial brasileira,<br />
a meta é transformar o país em uma<br />
plataforma de desenvolvimento de<br />
produtos. “Da nossa fábrica sairão<br />
BIOCHIPs® capazes de detectar doenças<br />
para o mercado internacional,<br />
por exemplo. Hoje, importamos e<br />
distribuímos 18 mil BIOCHIPs® por<br />
dia. Com a nova instalação, vamos<br />
produzir 40 mil e podemos até dobrar<br />
esse número na segunda fase<br />
de expansão”, conta.<br />
Com a instalação da fábrica, a EU-<br />
ROIMMUN se tornará o maior fabricante<br />
do país de testes para Dengue,<br />
Zika e Chikungunya. O local tem um<br />
investimento inicial de R$ 8,5 milhões<br />
e levará à melhoria na gestão de estoque<br />
de produtos, o que vai facilitar a<br />
aproximação entre fabricante e cliente.<br />
A nova sede contará com serviços de<br />
pesquisa e desenvolvimento, no qual<br />
fará produtos direcionados às necessidades<br />
brasileiras e de outros países da<br />
América Latina.<br />
Com pesquisas no Brasil, a EUROIM-<br />
MUN dará a oportunidade a cientistas<br />
nacionais de desenvolverem seus testes<br />
em larga escala. Além disso, a Universidade<br />
EUROIMMUN vai ampliar o programa<br />
de educação continuada, uma<br />
prática que já é realizada pela empresa<br />
atualmente, com a inauguração de um<br />
Centro de Treinamento para a América<br />
Latina. Oferecerá cursos de educação a<br />
distância, com estrutura de aprendizagem<br />
e treinamento e para os clientes.<br />
Na nova sede da EUROIMMUN será<br />
possível conhecer a linha de produção,<br />
instrumentos e produtos, realizar testes<br />
e validações para uso em treinamento e<br />
conhecer como são realizados os atendimentos<br />
aos clientes.<br />
A EUROIMMUN ainda criará o Instituto<br />
de Imunologia Experimental que será o primeiro<br />
fora da matriz alemã e que vai apoiar<br />
a produção científica, a pesquisa e o desenvolvimento<br />
dos pesquisadores do Brasil.<br />
EUROIMMUN<br />
SÃO PAULO<br />
SÃO CAETANO DO SUL<br />
031
informe científico<br />
Navios EX - Número do Registro do produto no Min. da Saúde: 10033120971<br />
20 de outubro de 2017<br />
Índice de Saúde da Próstata<br />
Índice de Saúde da Próstata<br />
Uma Uma nova nova ferramenta para o o diagnóstico e e<br />
seguimento do câncer de próstata<br />
seguimento do câncer de PORQUE TODO EVENTO<br />
IMPORTA<br />
por Dr. Mateus Furtado Rocha<br />
de próstata implica em se indicar o tratamento<br />
agressivo. Active Surveillance (AS)<br />
é o nome do protocolo de seguimento<br />
para esses casos de neoplasias indolentes<br />
que podem ser tratados e acompanhados<br />
de forma conservadora, sem risco para o<br />
• Fluxo de trabalho eficiente pelo gerenciamento de dados paciente. automatizados, O PHI tem sido avaliado desde em<br />
a identificação da amostra até o relatório de dados; vários protocolos no intuito de se reduzir<br />
o número de biópsias e aumentar a segurança<br />
aplicações nesse seguimento. Até clínicas o momento,<br />
• Até 12 parâmetros para identificação de populações em<br />
avançadas complexas;<br />
os dados são promissores.<br />
Atualmente, espera-se que milhares de<br />
• Resolução O câncer de próstata clara é a segunda de população neoplasia<br />
que mais mata homens no Brasil. De crônica e hiperplasia prostática benigna, o chega a reduzir em até 30% a indicação<br />
enfermidades com novos como prostatite lasers aguda de ou alta<br />
pessoas<br />
potência<br />
possam<br />
e<br />
se<br />
ótica<br />
beneficiar<br />
integrada;<br />
dessa nova<br />
ferramenta, uma vez que sua aferição<br />
• acordo A tecnologia com o INCA (Instituto inovadora Nacional de de que detecção pode levar a resultados de dispersão falso positivos. proporciona<br />
de biópsias em<br />
flexibilidade<br />
pacientes considerados<br />
para<br />
micropartículas Câncer), 61 mil novos casos são e análise registrados de população Aproximadamente de 75% fraca das biópsias fluorescência.<br />
candidatos apenas devido à alteração do<br />
anualmente no país, sendo responsáveis prostáticas realizadas têm resultado negativo<br />
para o câncer, e cerca de 2% dos doença de alto risco também tende a ge-<br />
PSA total. Além disso, a associação com<br />
por cerca de 13 mil mortes.<br />
O diagnóstico precoce pode mudar o pacientes submetidos ao procedimento rar benefícios na seleção de pacientes que<br />
paradigma do câncer de próstata. Resultados<br />
favoráveis são alcançados em até de internação hospitalar. Dessa maneira, a sivas, como o já citado AS.<br />
apresentam complicações que necessitam poderão passar por terapias menos agres-<br />
90% dos casos nessa fase. Porém, para necessidade de novos métodos diagnósticos<br />
não invasivos visa reduzir as indicações<br />
Urologista - CRM-MG 43824<br />
Dr. Mateus Furtado Rocha<br />
se chegar ao diagnóstico, são necessários<br />
procedimentos invasivos que podem ter de biópsias de próstata.<br />
consequências graves.<br />
O novo exame do PHI (Prostate Health<br />
O exame do PSA (Antígeno Prostático Index) utiliza a combinação de três marcadores<br />
presentes na amostra sanguínea:<br />
Específico), popularizou-se na década de<br />
90, após sua aprovação pelo FDA (Food o PSA livre, o PSA total e o p2PSA. Um cálculo<br />
matemático permite determinar com<br />
and Drug Administration - órgão americano<br />
equivalente à ANVISA) em 1986, mais assertividade as chances do paciente<br />
Para e, com mais ele, surgiram informações avanços relevantes : LSR.contato@beckman.com ter, de fato, câncer de próstata. Esse | www.beckman.com exame<br />
| (11) 4154-8818<br />
no tratamento e acompanhamento da é aprovado desde 2012 pelo FDA e recomendado<br />
pela National Comprehensive<br />
neoplasia maligna da próstata. Contudo,<br />
como qualquer outro, esse exame tem Cancer Network.<br />
suas limitações. Um exemplo disso é o Como citado anteriormente, muito se<br />
fato de que a elevação dos níveis séricos de evoluiu no entendimento da doença, e<br />
PSA é comum em consequência de outras hoje nem sempre o diagnóstico de câncer<br />
Anúncio_BC LifeSciences_Rev <strong>Newslab</strong> Ed. 143.indd 1 05/09/2017 16:35:0<br />
032<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
é incorporado ao Rol da ANS.<br />
O exame de quantificação das Cadeias Kappa/Lambda<br />
Leves Livres no soro é incluído no ROL de procedimentos e<br />
eventos em saúde para 2018.<br />
Através do código 4.03.19.04-0 – Cadeias Leves Livres<br />
Kappa/Lambda os laboratórios clínicos serão remunerados<br />
pelos planos de saúde.<br />
FREELITE ® Único ensaio de Cadeias Leves Livres<br />
indicado na portaria do Ministério da Saúde<br />
O que é Freelite?<br />
Freelite é o primeiro teste que quantifica<br />
os níveis de cadeias leves kappa e lambda<br />
livres presentes no soro. Único teste a<br />
utilizar anticorpos policlonais capazes<br />
de identificar e reagir com os diferentes<br />
epítopos existentes na estrutura molecular<br />
das cadeias leves livres (CLLs).<br />
Relação kappa/lambda<br />
A relação anormal entre a quantificação<br />
das cadeias kappa/lambda é um marcador<br />
sensível e específico de gamopatias<br />
monoclonais clinicamente importantes<br />
como: Mieloma Múltiplo, Amiloidose,<br />
dentre outras.<br />
Como o Freelite é usado?<br />
De acordo com as diretrizes médicas e a portaria número 708 do Ministério da Saúde,<br />
[1-5], o Freelite deve ser usado em combinação com a eletroforese de proteínas do soro<br />
(EFPs) e outros testes necessários à triagem de pacientes com suspeita de gamopatias<br />
monoclonais. Juntos proporcionam 100% de sensibilidade no diagnóstico de mielomas<br />
múltiplos [4-6]. Após o diagnóstico, o Freelite também é uma importante ferramenta de<br />
monitoramento da resposta dos pacientes aos tratamentos médicos.<br />
Para saber quais laboratórios clínicos atualmente realizam<br />
o exame Freelite visite a webpage www.freelite.com.br<br />
Freelite ® é marca registrada da empresa Binding Site Ltd, Birmingham, Reino Unido.<br />
Referências<br />
1.<br />
2.<br />
3.<br />
4.<br />
Rajkumar S V, et al. The Lancet Oncology 2014<br />
Dispenzieri A, et al. Leukemia 2009; 23:215-224<br />
Katzmann JA, et al. Clin Chem 2009; 55:1517-1522<br />
Hungria V et al. Rev Bras Hematol Hemoter<br />
2013;35(3):201-17<br />
5.<br />
6.<br />
7.<br />
Ministério da Saúde-PORTARIA Nº 708, DE 6 DE AGOSTO<br />
2015 “Aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do<br />
Mieloma Múltiplo”<br />
Keren. Warde Report 2010; 21<br />
Bakshi, et al. Am J Clin Pathol 2005; 124:214-218<br />
The Binding Site Brasil-São Paulo-SP.<br />
Tel: +55 16 98173-6436 | info@bindingsite.com.br | www.freelite.com.br<br />
A Empresa Especializada em Proteínas
na DLC tem sido efetuada nos processos<br />
laboratoriais, nas praticas de gestão laboratorial<br />
e nas relações com formadores<br />
de opinião, médicos e pacientes. Gradativamente<br />
têm sido introduzidas novas<br />
tecnologias, como a espectrometria de<br />
massas no monitoramento terapêutico,<br />
na detecção de infecções. Modernas técnicas<br />
estão sendo aplicadas na investigação<br />
e detecção de resistência bacteriana.<br />
As novas técnicas moleculares têm sido<br />
aplicadas tanto na pesquisa como na<br />
assistência. A citogenômica, já é uma<br />
realidade dentro da DLC.<br />
Segundo Dr Nairo Massakazu Sumita,<br />
diretor do serviço de bioquímica clínica<br />
e coordenador do corelab, uma das<br />
novidades na DLC, é a consolidação de<br />
áreas técnicas como Bioquimica Clínica,<br />
Hormônios, Hematologia, Sorologia e<br />
Coagulação num grande corelab, com<br />
automação total, isto é, envolvendo<br />
todo o ciclo do exame desde a fase pré-<br />
-analítica até a estocagem e o desprezo<br />
de amostras automaticamente na etapa<br />
pós analítica. Com isto, processos foram<br />
simplificados, colaboradores foram valorizados,<br />
ampliando a confiabilidade<br />
nos resultados dos exames laboratoriais,<br />
enfatizou Dr Sumita.<br />
Para o Dr Marcos Antonio Munhoz,<br />
diretor do serviço de hematologia da divisão,<br />
os analisadores hematológicos disponíveis<br />
na DLC atualmente possibilitam<br />
realizar o hemograma empregando-se<br />
automação na realização do esfregaços<br />
e coloração destes, conjugada com os<br />
analisadores de imagens e inteligência<br />
artificial. Com isto houve reduções substanciais<br />
nos tempos de atendimento tolaboratório<br />
em destaque<br />
034<br />
Divisão de Laboratório Central do<br />
HCFMUSP serviço público de qualidade<br />
para a população<br />
A Direção de Laboratório Central, liderada<br />
pelo do Professor Doutor Alberto<br />
José da Silva Duarte, médico patologista<br />
clinico e diretor da divisão desde 2009,<br />
está localizada no Hospital das Clínicas<br />
da Faculdade de Medicina da Universidade<br />
de São Paulo (HCFMUSP), maior complexo<br />
médico público da América Latina.<br />
A DLC tornou-se uma referência em<br />
serviço de Medicina Diagnostica, na área<br />
pública, graças ao trabalho intenso e<br />
persistente de uma equipe gabaritada e<br />
bem orquestrada, que conta com o apoio<br />
da Direção da Faculdade de Medicina da<br />
Universidade São Paulo e do Conselho<br />
Deliberativo do HCFMUSP.<br />
A DLC conta em seu quadro de profissionais<br />
com médicos, enfermeiras, bioquímicos,<br />
biomédicos, administradores<br />
com nível de doutorado e mestrado.<br />
Reconhecendo a grandeza dos<br />
serviços prestados<br />
A DLC, fundada em 1944, vem cumprindo<br />
sua missão de ser um serviço de<br />
Patologia Clínica que exceda as expectativas<br />
dos usuários e do corpo clinico,<br />
servindo-os com qualidade, comprometendo-se<br />
com a pesquisa e educação, fazendo<br />
das atividades do laboratório uma<br />
fonte de sucesso. Para atingir sua visão<br />
de futuro de tornar-se um centro de referência<br />
em Patologia Clínica nos aspectos<br />
assistencial, de ensino e de pesquisa.<br />
As repercussões positivas da atuação<br />
da DLC vêm se refletindo na saúde pública<br />
do estado de São Paulo, ressaltando-<br />
-se os aspectos de detecção e monitoramento<br />
da evolução de patologias, no<br />
estadiamento de moléstias, no gerenciamento<br />
das terapêuticas instituídas, nas<br />
triagens populacionais, na implantação<br />
de novos esquemas terapêuticos, no<br />
apoio à pesquisa na área médica praticada<br />
pela Faculdade de Medicina da USP.<br />
A DLC recebe 3.000 pacientes por dia<br />
(internados, urgência e ambulatoriais) e<br />
realiza em média 11 milhões de exames<br />
por ano. Empregando tecnologia de ponta<br />
para a realização de exames de áreas<br />
diversas da Patologia Clínica tais como:<br />
biologia molecular, bioquímica clínica,<br />
hematologia, coagulação e hemostasia,<br />
citometria de fluxo, citologia, urinálise,<br />
imunologia, parasitologia, hormônios e<br />
microbiologia.<br />
Também fornece apoio para vários<br />
hospitais públicos da grande São Paulo<br />
executando exames especializados.<br />
Recentemente passou por um processo<br />
de reestruturação e de remodelação<br />
que permite ampliar sua capacidade produtiva<br />
e aperfeiçoar ainda mais os níveis<br />
de eficiência isto com o intuito de servir<br />
melhor e se adaptar ao mercado laboratorial,<br />
segundo Dr Faulhaber.<br />
Laboratório do futuro<br />
Segundo Dra Mendes, medica patologista<br />
clínica e coordenadora do Núcleo de<br />
Qualidade e Sustentabilidade da divisão,<br />
a DLC vem se preparando para as necessidades<br />
futuras da medicina diagnostica<br />
de um hospital terciário inovador como o<br />
HC-FMUSP. Ela enfatiza que neste sentido<br />
a DLC vem trabalhando com gestão de<br />
riscos, em busca de uma mentalidade<br />
de prevenção cada vez maior. A inovação<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
Dr. Nairo Massakazu Sumita<br />
Dr. Marcelo Faulhaber<br />
Professor Doutor Alberto José da<br />
Silva Duarte<br />
tais para este exame, sobretudo nos pacientes<br />
da emergência do pronto socorro.<br />
Segundo o Professor Duarte sua gestão<br />
não foca apenas em equipamentos<br />
modernos, as questões referentes aos<br />
processos, tecnologia da informação e<br />
satisfação de clientes estão sendo pautadas<br />
e, consequentemente, refletem-se<br />
em qualidade e agilidade na entrega dos<br />
resultados. “Nossa ideia é fazer com que<br />
os equipamentos e toda esta tecnologia<br />
fiquem a serviço da eficiência. Queremos<br />
facilitar cada vez mais a vida do paciente.<br />
Com isso, os exames de rotina poderão<br />
estar nas mãos do médico solicitante em<br />
até 2h. Em suma, nosso objetivo é que o<br />
paciente tenha uma solução para os seus<br />
problemas de saúde sem retornar ao<br />
hospital muitas vezes facilitando a vida<br />
dele, do médico, bem como de toda a<br />
cadeia de saúde”.<br />
DLC atuando na vigilância de<br />
infecções hospitalares<br />
“Dentre as necessidades para o futuro<br />
do laboratório central é estar é estar<br />
muito atendo às infecções hospitalares.<br />
Há uma previsão que em 2050 haja um<br />
grande percentual de mortes decorrentes<br />
de infecções por bactérias resistentes”,<br />
alerta Dr. Alberto. Para isso, antes<br />
que a ameaça cresça ainda mais, há o<br />
objetivo já ser mais eficiente possível<br />
na análise e mapeamento dessas superbactérias.<br />
“O que estamos fazendo é<br />
utilizar uma ferramenta revolucionaria<br />
denominada espectrometria de massas<br />
do tipo MALDI (Matrix Assisted Lazer<br />
Desorption Ionization), seguido pela<br />
detecção em um analisador do tipo tempo<br />
de vôo, sigla TOF (do inglês Time of<br />
flight), que favorece resultados na identificação<br />
bacteriana exatos e em curto<br />
espaço de tempo. E com a identificação<br />
dos germes e o médico poderá escolher<br />
o antibiótico que deve ser utilizado.<br />
Segundo Dr Sumita a força tarefa para<br />
tornar os tratamentos mais eficazes conta<br />
com o apoio da DLC monitorando os<br />
níveis terapêuticos destes antibióticos<br />
administrados evitando-se intoxicações.<br />
“Estamos falando de drogas caríssimas<br />
e fortes, então sem uma pré-analise, o<br />
paciente pode sofrer os efeitos colaterais,<br />
mas não sente os benefícios. Estamos<br />
então evoluindo de certa maneira para<br />
uma medicina cada vez mais personalizada”,<br />
concluiu o Profº Alberto Duarte.<br />
DLC como centro formador de profissionais<br />
para o mercado laboratorial<br />
A DLC recebe estagiários não médicos<br />
para cursos de especialização, preparando-os<br />
para o mercado laboratorial brasileiro,<br />
e através de convênios internacionais<br />
tem apoiado também a formação<br />
de médicos patologistas clínicos Angola<br />
e Moçambique.<br />
Outro ponto destacado durante à<br />
035
laboratório em destaque<br />
visita ao laboratório foi o panorama do<br />
mercado profissional laboratorial atual<br />
para os patologistas clínicos. Segundo o<br />
Profº Alberto Duarte há um movimento<br />
nacional de valorização do patologista<br />
clinico em laboratórios hospitalares, ao<br />
qual ele pertence. “Há uma discussão<br />
em andamento para que, ao menos nos<br />
hospitais, os laboratórios empreguem<br />
patologistas clínicos pela sua formação<br />
podem contribuir para inúmeras situações<br />
dos pacientes internados. Além da<br />
comunicação mais precisa com o corpo<br />
clinico. Não é raro nos depararmos com<br />
resultados críticos, os quais representam<br />
uma possibilidade de morte do<br />
paciente, caso não sejam comunicados e<br />
o clinico assistente não tome uma conduta<br />
especifica. Ninguém melhor que o<br />
patologista clinico para contribuir para a<br />
correlação clinico laboratorial com o colega,<br />
demonstrando muitas vezes como<br />
interpretar determinados resultados de<br />
exames.”<br />
O uso racional de recursos<br />
Dr Sumita, como membro do grupo<br />
de uso racional dos exames laboratoriais<br />
da DLC, explica que cabe ao patologista<br />
clinico também divulgar a necessidade<br />
do uso racional dos exames laboratoriais<br />
para que o sistema de saúde seja sustentável.<br />
Por fim, o diretor da DLC alerta<br />
que, acima de tudo, essa é uma questão<br />
de economia: “No exterior, notamos<br />
cada vez mais, que o médico clinico reporta<br />
para o patologista o histórico do<br />
paciente, para que esse indique os exames<br />
adequados, evitando assim o desperdício.<br />
Normalmente o médico pede<br />
uma bateria de exames, onde 70% dos<br />
resultados são normais. Em uma medicina<br />
cada vez mais cara, isso é desperdício.<br />
E para evitar isso, é necessário ser cada<br />
vez mais objetivo. O patologista clinico é<br />
aquela pessoa que conhece as metodologias<br />
e a por sua capacidade diagnóstica<br />
vai indicar quais os exames exatos que<br />
devam ser usados”.<br />
Estimulo à pesquisa<br />
No que importa à pesquisa, a DLC é<br />
bastante atuante nesse tema. De acordo<br />
com o Dr. Marcelo Faulhaber, consultor<br />
da divisão, a USP possui mais de 60<br />
Laboratórios de Pesquisa Médica (LIM),<br />
cada qual tratando de sua especialidade,<br />
a DLC conta com o LIM 03 na FMUSP.<br />
Diante disso, o laboratório central<br />
trabalha em duas frentes. A primeira é<br />
servindo de apoio para pesquisa de várias<br />
especialidades - atualmente há 442<br />
trabalhos ativos nesse sentido.<br />
Dentro do LIM 03 há pesquisadores<br />
associados interdisciplinares, cuja finalidade<br />
é a pesquisa sempre voltada aos<br />
diagnósticos. “Atualmente temos vários<br />
temas como: a citogenômica, espectrometria<br />
de massas, na identificação de<br />
fungos, investigação de hemoglobinopatias,<br />
gestão da qualidade, monitoramento<br />
de drogas imunossupressoras,<br />
citologia de líquidos cavitários e citometria<br />
de fluxo. Sobre estes estudos, o Profº<br />
Alberto Duarte ainda destaca uma linha<br />
que o tem deixado entusiasmado. “Uma<br />
área que estamos iniciando agora é a de<br />
microbioma. Cada vez mais tomamos<br />
conhecimento que a fauna existente em<br />
nosso intestino é extremamente importante<br />
e o tanto que ela é responsável<br />
pela síntese de muita coisa. O número de<br />
bactérias existente em nosso intestino é<br />
uma coisa incrível. Porém, só sofre uma<br />
série de influências, com o que comemos<br />
e o que bebemos. Então tudo isso tem<br />
um contexto bastante importante. Es-<br />
036<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
A Direção de Laboratório Central,<br />
liderada pelo do Professor Doutor<br />
Alberto José da Silva Duarte, médico<br />
patologista clinico e diretor da<br />
divisão desde 2009, está localizada<br />
no Hospital das Clínicas da Faculdade<br />
de Medicina da Universidade de São<br />
Paulo (HCFMUSP), maior complexo<br />
médico público da América Latina.<br />
tamos estudando o microbioma em diversas<br />
situações. Por exemplo, na cirurgia<br />
bariátrica ou em pacientes com HIV, que<br />
tem sua flora alterada. E a partir daí surgem<br />
diversos probióticos, que trabalham<br />
no estimulo de determinadas bactérias,<br />
faz com que o fluxo intestinal melhore e<br />
toda produção relacionada à essas bactérias<br />
também”, conclui o diretor da DLC.<br />
Oasis no serviço público<br />
Sobre qualidade, o laboratório possui<br />
certificações e acreditações respeitáveis,<br />
dentre eles as certificações do<br />
NBR ISO 9001 (Sistema de Gestão de<br />
Qualidade), NBR ISO 14001 (Sistema de<br />
Gestão Ambiental) e OHSAS 18001 (Sistema<br />
de Gestão de Saúde Ocupacional e<br />
Segurança).<br />
Além disso, possui a acreditação pelo<br />
Programa de Acreditação de Laboratórios<br />
Clínicos – PALC da Sociedade Brasileira<br />
de Patologia Clínica / Medicina<br />
Laboratorial – SBPC/ML e a acreditação<br />
internacional do College of American<br />
Pathologists (Colégio Americano de<br />
Patologistas), junto à somente 700 laboratórios<br />
fora dos EUA.<br />
Diante da descrença dos serviços públicos<br />
nacionais, concluímos nossa visita<br />
ao Laboratório Central do HCFMUSP<br />
com uma impressão de termos visitado<br />
um oásis no serviço público. E de acordo<br />
com a Dra Mendes, conseguimos entender<br />
o motivo disso: “Nossa equipe se<br />
esforça muito para que façamos exames<br />
dentro das boas práticas, porque nossos<br />
usuários já pagaram previamente pelos<br />
exames através dos impostos. Portanto,<br />
não estamos fazendo mais que nossa<br />
obrigação, que é poder cumprir com a<br />
missão de ser um serviço público com<br />
qualidade”.<br />
037
adar cientifíco<br />
038<br />
O Câncer de Próstata<br />
e o Novembro Azul<br />
do de imagens de alta resolução, que não<br />
envolve radiação ionizante, e combina<br />
técnicas funcionais `as sequencias morfológicas<br />
ponderadas em T1 e T2, avaliando<br />
Perfusão do contraste e difusão de<br />
moléculas de água. Esse tipo de exame<br />
fornece informações complementares,<br />
como estadiamento, invasão tecidual e<br />
classificação de PIRADS, que semelhantemente<br />
a classificação para Câncer de<br />
Mama na mulher, fornece a probabilidade<br />
de acometimento neoplásico.<br />
Um exame que vem ganhando espaço<br />
no cenário atual é o P2PSA, que trata-se<br />
de um subtipo de PSA livre encontrado<br />
na corrente sanguínea, também aumenpor<br />
Dr. Rafael Sakata<br />
O Câncer de Próstata é o câncer mais<br />
comum no homem, depois do câncer de<br />
pele. No Brasil, a cada 7,6 minutos, um<br />
homem é diagnosticado com Câncer<br />
de próstata e, a cada 40 minutos, um<br />
homem morre dele. A incidência dessa<br />
doença aumenta com a idade, sendo<br />
que, aos 75 anos, aproximadamente,<br />
1 em cada 4 homens receberá esse<br />
diagnóstico. Tendo em vista tamanha<br />
importância dessa doença, foi criada<br />
uma campanha nacional com objetivo<br />
de conscientizar e de incentivar os homens<br />
à prevenção, chamada “Novembro<br />
Azul”, já que este câncer cursa de<br />
forma silenciosa nos estágios iniciais<br />
e um diagnóstico precoce representa<br />
uma chance de cura 90%.<br />
Para saber mais sobre a doença, precisamos<br />
conhecer um pouco sobre esse<br />
órgão: a Próstata. A Próstata é um órgão<br />
exclusivo do sexo masculino, localizada<br />
abaixo da bexiga e anteriormente ao<br />
reto, cuja principal função é manter os<br />
espermatozoides vivos e aptos para a<br />
reprodução. Uma das maneiras que ela<br />
realiza essa função é pela produção do<br />
PSA (Antígeno Prostático Específico),<br />
que nada mais é do que uma enzima responsável<br />
pela liquidificação do esperma.<br />
Por ser produzido exclusivamente<br />
pela Próstata e por estar presente na<br />
corrente sanguínea, o PSA é utilizado na<br />
detecção do Câncer de Próstata e, quanto<br />
maior o seu valor, maior é a probabilidade<br />
de neoplasia.<br />
Entretanto, aproximadamente 20% dos<br />
casos de Câncer de Próstata ocorrem sem<br />
aumento nos valores do PSA. Além disso,<br />
o seu aumento não é exclusivo dessa doença,<br />
podendo estar relacionado a outras<br />
patologias prostáticas, dentre eles a<br />
infecção prostática, conhecida como<br />
prostatite ou o aumento benigno da<br />
próstata conhecida como Hiperplasia<br />
Prostática Benigna.<br />
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda<br />
o início das consultas urológi-<br />
Risco de ter câncer de próstata pelo nível de PSA no sangue<br />
Risco ce câncer<br />
Nível de PSA Toque normal Toque alterado<br />
Desconhecido 10% 40%<br />
Menor que 4 5-8% 25%<br />
Entre 4 e 10 15% 80%<br />
Maior que 10 40% 95%<br />
cas anuais em todo homem a partir dos<br />
50 anos e a partir de 45 anos naqueles<br />
que possuam parentes de primeiro grau<br />
acometidos pelo Câncer de Próstata ou<br />
sejam afrodescendentes. A prevenção<br />
ocorre com história clínica detalhada,<br />
exame físico (“exame de toque”) e PSA.<br />
Já o diagnóstico de Câncer de Próstata é<br />
feito, exclusivamente, através da Biópsia<br />
de Próstata, a qual consiste na coleta<br />
de fragmentos da próstata, guiada por<br />
uma ultrassonografia transretal e posterior<br />
análise anatomo-patológica.<br />
Quando um paciente tem um PSA e/<br />
ou toque alterado, o urologista decidirá<br />
se será necessário realizar exames complementares<br />
para auxiliar no diagnóstico<br />
e diminuir os resultados falso negativos,<br />
principalmente, quando já foi realizado<br />
uma biópsia de próstata prévia ou se<br />
o valor do PSA se encontrar na “zona<br />
Cinzenta” (entre 2,5ng/ml e 10ng/ml).<br />
Nesses casos, o PSA livre é o exame mais<br />
utilizado pelos médicos, costumando ser<br />
solicitado em conjunto com o PSA total.<br />
O primeiro consiste numa fração do PSA<br />
que se encontra livre na corrente sanguínea,<br />
sem estar ligada a nenhuma proteína.<br />
Sua Utilização também é associada<br />
ao PSA total, onde se faz um Cálculo da<br />
porcentagem do PSA livre (PSA livre/PSA<br />
Total), tendo maior chance de Câncer nos<br />
resultados menores de 20% e menor<br />
chance nos casos cuja relação é maior do<br />
que 20%. Outro exame é a Ressonância<br />
Multiparamétrica de Próstata, um méto-<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
tado na presença de câncer de próstata,<br />
tendo a vantagem de ser mais específico,<br />
auxiliando assim na decisão de realizar<br />
ou não a biópsia.<br />
O tratamento do Câncer de Próstata<br />
depende de inúmeras informações e<br />
fatores, sendo as principais e mais conhecidas<br />
modalidades a radioterapia e a<br />
cirurgia. A primeira consiste na irradiação<br />
da próstata com intuito de matar as células<br />
cancerígenas, tendo avançado muito<br />
nos últimos anos com diminuição da<br />
exposição dos órgãos adjacentes à radiação.<br />
O tratamento cirúrgico por sua vez<br />
denomina-se Prostatectomia Radical, no<br />
qual ocorre a retirada total da próstata<br />
com as vesículas seminais. Assim como<br />
a radioterapia, a cirurgia, visando a diminuição<br />
dos efeitos colaterais, também<br />
progrediu. Uma das opções é a cirurgia<br />
laparoscópica, com auxílio de um robô,<br />
considerado um procedimento<br />
Dr. Rafael Sakata<br />
Membro Titular da Sociedade Brasileira de<br />
Urologia - TiSBU<br />
Pós-Graduação em Cirurgia Robótica<br />
Hospital Alemão Oswaldo Cruz<br />
Fellowship in Urology Denver Health Center<br />
Colorado University<br />
Email: rsakata@hotmail.com Tel. (11) 35491802<br />
039
gestão laboratorial<br />
e profissional<br />
A SOLUÇÃO:<br />
PROGRAMA DE PROFICIÊNCIA<br />
EM GESTÃO LABORATORIAL<br />
Trata-se de um programa de<br />
Mercado das análises<br />
clínicas no Brasil: ponto<br />
de vista dos pequenos e<br />
médios laboratórios<br />
gestão profissional implantado<br />
à distância, via internet, com<br />
processo de benchmarking para<br />
os indicadores de desempenho<br />
dos processos (mais de 200<br />
indicadores).<br />
por Humberto Façanha<br />
O sistema praticamente do se resumem PPGL a “Reclamações”, já foi implantado “verticalização” em dos aproximadamente grandes convênios. 7) uma<br />
tenho a impressão de que os que estão bem Exigência mandatória por aumento da qualidade,<br />
por parte dos órgãos oficiais de re-<br />
1.- Introdução<br />
centena de laboratórios clínicos, viabilizando, de forma confidencial,<br />
no mercado, se calam, atitude coerente em<br />
anônima, um ambiente comparar onde predominam o desempenho as dificuldades.<br />
possibilita Dito isto, identificar podemos observar a existência que: trabalhistas de problemas, e cíveis. 9) Concorrência onde os desleal resultados<br />
gulação dos participantes e fiscalização. 8) Cultura do programa.<br />
das ações<br />
Nos últimos cinco ou seis anos, tenho<br />
Isto<br />
viajado bastante por todas as regiões do 1) O Brasil é um País continental, portanto, e predatória. “Liquidação – Black Friday” de<br />
Brasil. As atividades desenvolvidas nestas do seu<br />
coexistem<br />
laboratório<br />
as mais diversas<br />
forem<br />
situações<br />
piores<br />
de<br />
que<br />
exames.<br />
as médias<br />
10) Falta<br />
dos<br />
quase<br />
participantes.<br />
que absoluta de<br />
viagens são basicamente ministrar confe-rencias, palestras, cursos e consultorias. O<br />
PPGL mercado avalia na área das a competitividade análises clínicas, contemplando<br />
laboratórios eventos nos extremos do programa, avaliados elabora excesso de o capacidade diagnóstico de discórdia, organizacional<br />
de se-<br />
união e o dos risco laboratórios. de insolvência Em outras palavras, de cada<br />
público é constituído de forma fundamental<br />
um dos<br />
por qualquer critério de medição. Não devemos<br />
generalizar plano conclusões, de ações existe corretivas choro enfim, e preventivas.<br />
grande capacidade de desagregação<br />
paração, de individualismo, de egoísmo,<br />
por profissionais, empresários e estudantes e propõe<br />
da área das análises clínicas, envolvendo e alegria neste universo! 2) Por decorrência, da classe. 11) Ultimamente, os laboratórios<br />
laboratórios, universidades e a cadeia de reafirmo que não tenho a pretensão de um de apoio têm sido citados como “concorrentes<br />
de porta”.<br />
fornecedores de insumos para o setor: reagentes,<br />
controles, calibradores, consumíveis, evidenciam simplesmente, o meu ponto de<br />
estudo científico, todas as análises feitas<br />
descartáveis, equipamentos, prestação de vista, podendo e devendo, se for o caso, ser 4.- Breve análise<br />
serviços (laboratórios de apoio), etc. Sem contestado, pois não tenho a quantificação<br />
ter a pretensão de um estudo que atenda dos dados e fatos, nem o condão da verdade 1) Sentimento que os laboratórios clínicos<br />
deixaram de ser um bom negócio:<br />
o método científico, colecionei um conjunto e razão.<br />
de observações dos diferentes mercados e<br />
se assim fosse, porque cada vez mais os<br />
atores das múltiplas regiões onde trabalhei. 3.- Constatações<br />
grandes investidores continuam aportando<br />
Na seção desta edição da Revista NewsLab,<br />
recursos e, os pequenos não param de abrir<br />
objetivando socializar e, portanto, ajudar de<br />
1) Sentimento que os laboratórios novos laboratórios? Pode-se dizer que os<br />
certa forma os pequenos e médios laboratórios<br />
do País, vou repassar uma síntese<br />
clínicos deixaram de ser um bom negócio. grandes têm os benefícios dos ganhos de<br />
2) A busca de “culpados” pelo fato citado escala, das importações diretas, dos comodatos<br />
privilegiados, das isenções fiscais, da<br />
destas informações, acompanhada de breve<br />
no item anterior recai inicialmente sobre os<br />
análise.<br />
compradores dos serviços (clientes/convênios).<br />
3) Secundariamente aparecem como pontos únicos, etc. Mas, e os pequenos? Po-<br />
filantropia, da diversificação de serviços em<br />
2.- Observações<br />
motivadores da situação difícil dos laboratórios<br />
clínicos, os fornecedores de insumos do, dos baixos custos operacionais, muitas<br />
dem ter as vantagens dos nichos de merca-<br />
Antes de enumerar as constatações, em geral. 4) Em seguida o Governo é citado, vezes o dono (a) e um (a) auxiliar, operando<br />
como não se trata de um estudo científico, mediante a tributação excessiva e por não em instalações próprias, médicos muito<br />
não irei me ater as frequências de ocorrências<br />
por região. Queremos unicamente de Saúde (SUS). 5) Chegada dos grandes in-<br />
Cada caso é um mundo específico, único,<br />
corrigir os preços da tabela do Sistema Único próximos, poucos ou nenhum concorrente.<br />
compartilhar as informações e a nossa vestidores, sejam nacionais ou estrangeiros especial. Não é possível generalizar.<br />
opinião sobre elas, com o intuito de fazermos<br />
o que cabe a nós como missão neste mercado. 6) A concorrência provocada pela tado no item anterior recai inicialmente<br />
originando “Trustes” que desequilibram o 2) A busca de “culpados” pelo fato ci-<br />
contexto mercadológico. As observações<br />
040<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
sobre os compradores dos serviços (clientes/convênios):<br />
a saída mais fácil, natural<br />
do ser humano, é buscar a culpa fora de si,<br />
em qualquer coisa, desde que seja externa!<br />
Evidentemente, onde a remuneração e o<br />
número dos exames não forem compatíveis<br />
com a qualidade dos produtos, mesmo<br />
tendo uma gestão eficiente, o negócio é<br />
inviável. Em última análise, somente com<br />
subterfúgios à margem da lei ou da moral,<br />
poderá o laboratório sobreviver. Sinteticamente:<br />
“Um finge que paga, outro finge<br />
que presta os serviços”. Se a situação não<br />
permitir de forma alguma melhorar o valor<br />
médio dos exames e, o laboratório já dispuser<br />
de uma gestão profissional, eficiente,<br />
então não resta alternativa que não seja a<br />
rápida saída do negócio, para evitar maiores<br />
prejuízos. Se não existe remuneração<br />
compatível com os valores agregados aos<br />
insumos, fica evidente a inviabilidade do<br />
investimento. Não tem que se lamentar,<br />
deve-se agir e agir rapidamente!<br />
3) Secundariamente aparecem como<br />
motivadores da situação difícil dos laboratórios<br />
clínicos, os fornecedores de insumos<br />
em geral: os custos variáveis (de produção)<br />
estão sob controle, praticamente sem inflação<br />
nos últimos tempos. Isto é reforçado<br />
pela alta concorrência entre os laboratórios<br />
de apoio. Já os custos fixos sofrem inflação<br />
de forma contínua. Isto exige um controle<br />
permanente destes insumos, lembrando<br />
que comprar bem às vezes é melhor do que<br />
cortar gastos. E, você gestor, deve cortar<br />
todos os custos “dispensáveis”. Os custos de<br />
produção devem ser conhecidos e a rentabilidade<br />
dos equipamentos, setores e clientes<br />
bem determinada. Tudo aquilo que não é<br />
medido não é gerenciado e, o que não é gerenciado<br />
não pode ser controlado. Em suma,<br />
os laboratórios clínicos atualmente não podem<br />
prescindir de gestão profissional.<br />
4) Em seguida o Governo é citado, mediante<br />
a tributação excessiva e por não corrigir<br />
os preços da tabela do Sistema Único<br />
de Saúde (SUS): não existem dúvidas referentes<br />
à estas afirmações. O Brasil tem uma<br />
das maiores cargas tributárias do planeta,<br />
e em contrapartida, os serviços públicos<br />
estão entre os piores no ranking mundial.<br />
Tudo fruto da incompetência gerencial, da<br />
corrupção vergonhosa e do Estado gigantesco!<br />
Para sustentar isto tudo, somente<br />
com muitos impostos. Como a palavra já diz<br />
tudo, o “imposto” não é negociado, senão<br />
não seria imposto, resta aos laboratórios<br />
optar pela forma certa de modalidade de<br />
declaração tecnicamente mais eficiente, que<br />
resulte numa menor carga tributária. Hoje é<br />
comum os laboratórios clínicos pagarem<br />
mais impostos do que o lucro resultante da<br />
operação. O Governo é um “sócio” que não<br />
investe, não corre riscos, não trabalha e o<br />
que, muitas vezes, mais lucra na sociedade.<br />
Já a tabela do SUS é um caso à parte, pois<br />
ela serve de piso referencial para outros<br />
convênios, dificultando de uma forma geral<br />
as negociações. É uma vergonha nacional,<br />
o maior comprador de serviços do País<br />
manter sua tabela de preços por 23 anos<br />
sem correções notáveis. Neste período, a<br />
inflação, inclusive dos preços controlados<br />
pelo Governo, ultrapassou em muito a casa<br />
dos 400%. Entretanto, se o laboratório não<br />
consegue atender com qualidade o convênio<br />
SUS, na medida em que a negociação<br />
não lhe é possível, simplesmente deixe de<br />
atender este cliente. Ninguém é obrigado<br />
a fazê-lo! Muitos laboratórios oferecem<br />
descontos nas licitações públicas! Se alguém<br />
não tem competência para produzir com<br />
qualidade dentro das regras de mercado,<br />
não se meta neste negócio. Simples assim.<br />
Não adianta ficar se lamentando. O Governo<br />
não tem capacidade para recepcionar,<br />
coletar, processar e entregar exames para<br />
toda a população brasileira, como manda<br />
a Constituição. Ele é obrigado a contratar<br />
serviços privados, a rede pública é insuficiente.<br />
A tabela do SUS é ruim, ninguém<br />
nega, então porque tantos laboratórios<br />
“brigando” para atender o SUS, inclusive<br />
dando descontos expressivos nas<br />
licitações? Saiba calcular seus custos, sua<br />
rentabilidade, sua competitividade e, se<br />
for possível, atenda o SUS, do contrário,<br />
retire-se da competição.<br />
5) Chegada dos grandes investidores,<br />
sejam nacionais ou estrangeiros originando<br />
“Trustes” que desequilibram o mercado: a<br />
realidade é inegável, a época é de fusões,<br />
aquisições, o mercado está comprador. São<br />
os tempos, de nada adianta reclamar. O que<br />
fazer? Entre na moda, se for o caso, venda o<br />
seu laboratório, ou torne-se mais competitivo,<br />
ache nichos especiais de mercado, reduza<br />
o risco de insolvência. Volto a insistir num<br />
ponto: a saída é gestão profissional. Ela, sem<br />
dúvidas, hoje é o único meio de sobreviver e<br />
lucrar de forma honesta. Com o atual mercado<br />
competitivo, sem gestão profissional<br />
não existem perspectivas de sobrevivência<br />
no longo prazo. Trata-se somente de uma<br />
questão de tempo.<br />
6) A concorrência provocada pela “verticalização”<br />
dos grandes convênios: esta<br />
constatação é um outro lado da mesma<br />
moeda do item anterior, ou seja, o enxugamento<br />
do mercado por meio de novos<br />
entrantes! Não há como impedir. A saída:<br />
competitividade pela gestão profissional.<br />
7) Exigência mandatória por aumento<br />
da qualidade, por parte dos órgãos oficiais<br />
de regulação e fiscalização: este é um papel<br />
que o Governo faz corretamente, ou<br />
seja, buscar adotar medidas para melhorar<br />
a atenção básica de saúde da população.<br />
Não se pode reclamar disto, por questões<br />
inquestionáveis de ética. A saída: competitividade<br />
pela gestão profissional.<br />
8) Cultura das ações trabalhistas e cíveis:<br />
041
gestão laboratorial<br />
e profissional<br />
nada é permanente, exceto a mudança<br />
(Heráclito, 540 AC). O Brasil com a Consolidação<br />
das Leis do Trabalho (CLT), o Código<br />
de Defesa do Consumidor (CDC) e o excesso<br />
de advogados, criou uma cultura própria<br />
no que tange a gerar artificialmente litígios<br />
judiciais. Basta perder uma ação e, muitas<br />
vezes um laboratório perde anos de lucros,<br />
inclusive podendo ser conduzido irremediavelmente<br />
à falência. A saída: certificações,<br />
acreditações, gestão profissional, todas<br />
traduzem atitudes de ações preventivas<br />
contra as demandas judiciais. Porque afirmo<br />
isto? Simples. Um laboratório acreditado<br />
por terceira parte, prova que dispõem de<br />
um sistema da qualidade implantado, procedimentos<br />
operacionais padrão escritos<br />
e praticados, tudo evidenciado através de<br />
registros que atestam a execução e o controle<br />
dos processos, segundo os requisitos<br />
de determinadas normas de qualidade. Isto<br />
comprova aos juízes que julgam as causas,<br />
que o laboratório pode até ter errado (não é<br />
possível assegurar a infalibilidade), mas não<br />
por imprudência, imperícia ou negligência,<br />
como reconhecido pelas auditorias externas<br />
do sistema da qualidade. Este fato minimiza<br />
a possibilidade da culpa por parte do laboratório,<br />
aumentando consideravelmente as<br />
chances de não ser condenado, a não ser, é<br />
claro, nas causas dolosas.<br />
9) Concorrência desleal e predatória.<br />
“Liquidação – Black Friday” de exames: a<br />
competição é inerente ao mundo dos negócios.<br />
A fronteira entre o leal e o desleal<br />
é muito tênue, nebulosa, as leis que tratam<br />
do assunto são de extrema dubiedade interpretativa,<br />
facilitando a exegese apressada.<br />
Portanto, seja vitorioso nesta disputa pelo<br />
mercado através da honestidade e da competência<br />
gerencial. A saída: competitividade<br />
pela gestão profissional.<br />
10) Falta quase que absoluta de união<br />
dos laboratórios. Em outras palavras, excesso<br />
de capacidade de discórdia, de separação,<br />
de individualismo, de egoísmo, enfim, grande<br />
capacidade de desagregação da classe: a<br />
fábula da união fazendo a força é antiga e<br />
conhecida por todos, mas praticada por<br />
poucos, principalmente no mundo das análises<br />
clínicas. A concorrência deve ser pelo<br />
mercado, fora disto deveria haver união.<br />
União para comprar insumos de qualquer<br />
espécie, terceirizar exames, negociar equipamentos,<br />
negociar com sindicatos, etc.<br />
Não havendo isto, a saída: competitividade<br />
pela gestão profissional.<br />
11) Ultimamente, os laboratórios de<br />
apoio têm sido citados como “concorrentes<br />
de porta”: hoje, devido a ampliação do<br />
menu dos exames oferecidos ao mercado,<br />
implicando em tecnologias avançadas e<br />
diversificadas, o processo da terceirização é<br />
irreversível. Nenhum laboratório tem capacidade<br />
de fazer todos os tipos de exames,<br />
seja por fatores técnicos ou econômicos.<br />
Vencida esta questão, a constatação colocada<br />
se resume no jargão popular de “Não<br />
dar comida para leão”, fortalecendo quem<br />
irá fazer concorrência de porta. Pois bem,<br />
a solução passa pela já debatida união, ou<br />
falta dela, seja para conseguir uma demanda<br />
elevada de exames ou para a operação<br />
de centrais regionais, ou individualmente<br />
terceirizando para quem só faça apoio, ou:<br />
competitividade pela gestão profissional.<br />
5.- Conclusão<br />
A saída, como todos já perceberam, é pela<br />
gestão profissional. Atualmente a luta é por<br />
centavos, não existe mais espaço para amadorismos.<br />
O laboratório é uma alternativa de<br />
investimento, portanto, deve produzir lucro<br />
aos sócios, não só a satisfação da paixão pela<br />
profissão. Estamos fazendo a nossa parte na<br />
luta pela sobrevivência e lucratividade dos<br />
pequenos e médios laboratórios do Brasil.<br />
Apresentamos a seguir uma solução para<br />
os problemas (Constatações), cujo sistema<br />
já foi testado e aprovado por dezenas de laboratórios<br />
e, agora, foi disponibilizado sem<br />
custo de implantação e aquisição, operando<br />
via internet e aluguel de acesso, viabilizando<br />
seu uso pelos pequenos e médios laboratórios<br />
das mais longínquas regiões, socializando<br />
a gestão profissional no País. Trata-se<br />
do software intitulado Programa de Proficiência<br />
em Gestão Laboratorial – PPGL. O<br />
sistema do PPGL já foi implantado em aproximadamente<br />
uma centena de laboratórios<br />
clínicos, viabilizando, de forma confidencial,<br />
anônima, comparar o desempenho (mais<br />
de duzentos indicadores) dos participantes<br />
do programa. Isto possibilita identificar a<br />
existência de problemas, onde os resultados<br />
do seu laboratório forem piores que<br />
as médias dos participantes. O PPGL avalia<br />
a competitividade e o risco de insolvência<br />
de cada um dos laboratórios do programa,<br />
elabora o diagnóstico organizacional e propõe<br />
plano de ações corretivas e preventivas.<br />
Inicialmente, o alvo é o mercado composto<br />
pelos pequenos e médios laboratórios do<br />
País. O acesso é via aluguel, sem custo com<br />
implantação e os benefícios são grandes,<br />
portanto, valioso para os gestores laboratoriais,<br />
auxiliando cientificamente decisões de<br />
gestão. Trata-se de um algoritmo heurístico<br />
que agrega alto valor ao processo decisório,<br />
tendendo tornar competitivos os laboratórios<br />
que o implantam, reduzindo os riscos e<br />
incrementando a lucratividade.<br />
É um produto único, sem similar no<br />
mundo. Com este programa, não houve<br />
dúvida de gestão que não tenha sido respondida.<br />
Boa sorte e sucesso!<br />
*Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Professor e engenheiro, atualmente é<br />
diretor da Unidos Consultoria e Treinamento<br />
e do Laboratório Unidos de Passo Fundo/RS,<br />
professor do Centro de Ensino e Pesquisa<br />
em Análises Clínicas (CEPAC) da Sociedade<br />
Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e<br />
professor do Instituto Cenecista de Ensino<br />
Superior de Santo Ângelo (IESA), curso de<br />
Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
042<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
Instrumentos de Bancada<br />
EQUIPAMENTOS PARA QUÍMICA CLÍNICA<br />
Nada mais rápido<br />
• Envoy 500+<br />
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de bancada no mercado.<br />
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de qualidade.<br />
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e fácil de usar. Ideal para<br />
aumentar sua capacidade<br />
atual do laboratório, com<br />
segurança e qualidade.<br />
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043
diagnóstico por imagens<br />
Síndrome de Boerhaave<br />
Autores: Elker Philipe Fernandes de Abreu | Klaus Schumacher<br />
Definição<br />
É uma perfuração esofágica transmural espontânea, geralmente,<br />
associada a múltiplos vômitos. Conceitualmente, é diferente da<br />
Síndrome de Mallory-Weiss, onde você tem apenas lacerações da<br />
mucosa, e um quadro de hemorragia digestiva alta.<br />
Epidemiologia<br />
É uma condição incomum, grave e<br />
potencialmente letal se não tratada a<br />
tempo. Corresponde a apenas 15% das<br />
perfurações esofágicas.<br />
Fisiopatologia<br />
A combinação de um aumento súbito<br />
da pressão intraesofágica, combinada à<br />
redução da pressão intratorácica e um<br />
fechamento do músculo cricofaríngeo<br />
é o mecanismo responsável pela lesão<br />
esofágica. O contexto mais comum são<br />
múltiplos vômitos.<br />
Este conjunto de forças gera uma ruptura<br />
transmural longitudinal de alguns<br />
centímetros (~2,2 cm) no aspecto posterolateral<br />
(mais comumente à esquerda)<br />
do esôfago intratorácico (segmento mais<br />
acometido, ~90%), cerca de 3-6 cm acima<br />
do diafragma.<br />
Outras circunstâncias mais incomuns<br />
(e até curiosas) são: parto, tosse prolongada,<br />
risadas, levantamento de peso,<br />
convulsões, crise asmática, manobra de<br />
Heimlich e até durante o sono.<br />
É mais comum ocorrer em um esôfago<br />
normal, embora em alguns casos existe<br />
patologia subjacente (como Barret, esofagite<br />
eosinofílica...).<br />
Apresentação clínica<br />
Queixa de dor retroesternal importante<br />
de início abrupto ou insidioso, precedido<br />
por importante quadro de vômitos<br />
(os vômitos podem estar ausentes em alguns<br />
casos). Associa-se, ainda, dispneia e<br />
choque circulatório mais tardiamente. No<br />
exame físico uma pista importante é a<br />
presença de enfisema subcutâneo.<br />
Tríade de Meckler: Vômitos + dor retroesternal<br />
+ enfisema subcutâneo<br />
Os sintomas podem ser variáveis na<br />
dependência do local e tamanho da perfuração:<br />
dor cervical (para perfurações<br />
altas) e dor epigástrica (para àquelas<br />
intra-abdominais).<br />
Diagnóstico<br />
A história clínica é a dica para um exame<br />
de imagem definidor.<br />
Imagem<br />
Radiografia simples<br />
A radiografia simples identifica sinais<br />
indiretos: (1) alargamento do mediastino<br />
(2) pneumomediastino (3) pneumotórax<br />
e (4) derrame pleural (geralmente à esquerda).<br />
Uma radiografia normal não é<br />
capaz de excluir o diagnóstico.<br />
Entre os sinais da radiologia convencional<br />
destaca-se:<br />
• Sinal do V de Naclerio: linha radiolucente<br />
vertical que cruza e forma o vértice<br />
do ‘V’ quando atinge outra linha radiolucente<br />
horizontal que acompanha o<br />
hemidiafragma esquerdo. É um sinal de<br />
pneumomediastino e está presente em<br />
apenas 10-20% dos casos.<br />
Radiografia contrastada<br />
O esofagograma com contraste iodado<br />
demonstra extravasamento extraluminal<br />
do meio de contraste através<br />
da parede lateral esquerda do esôfago<br />
e imediatamente acima da junção gastroesofágica.<br />
Podem ocorrer resultados<br />
falso negativos.<br />
Tomografia computadorizada<br />
Exame de maior sensibilidade para a<br />
visibilização direta da descontinuidade<br />
das camadas do esôfago, como também<br />
para identificação de achados secundários<br />
à perfuração: (1) espessamento<br />
parietal esofágico (2) gás periesofágico<br />
(3) pneumomediastino (na ausência de<br />
lesão traqueal) (4) pneumotórax e (5)<br />
derrame pleural.<br />
Em alguns casos, a confirmação de<br />
descontinuidade transmural pode ser<br />
feita com o uso de contraste via oral.<br />
044<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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045
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Diagnóstico diferencial<br />
•Iatrogênico (endoscopia, 75%; SNG)<br />
•Síndrome de Mallory-Weiss - ulceração<br />
de mucosa.<br />
•Divertículo de epifrênico (de pulsão)<br />
Tratamento<br />
O tratamento é quase sempre cirúrgico.<br />
Em alguns casos bem selecionados,<br />
pode se tentar o tratamento conservador<br />
(antibioticoterapia e/ou drenagem de<br />
abscessos) ou, como técnica mais emergente,<br />
a colocação de stent esofágico.<br />
Alguns trabalhos mostram diferentes<br />
condutas na dependência do tempo de<br />
ruptura e condição clínica do paciente.<br />
Prognóstico<br />
Em condições cirúrgicas ótimas, a<br />
mortalidade gira em torno de 15% (geralmente<br />
associado ao choque cardiocirculatório<br />
que logo aparece).<br />
Complicações<br />
•Fístula esôfagopleural<br />
•Empiema<br />
•Pneumonia<br />
•Mediastinite aguda<br />
•Sepse<br />
Tomografia computadorizada de segmento tóracoabdominal que evidencia em (A) descontinuidade parietal esofágica no seu aspecto<br />
póstero-lateral esquerdo, associado a espessamento e presença de focos gasosos em mediastino (seta branca); repare ainda,<br />
derrame pleural laminar à esquerda (seta amarela). Note em (B) que a janela para parênquima pulmonar facilita a visualização de<br />
focos gasosos. (C) é uma reconstrução multiplanar oblíqua que mostra a proximidade da lesão com o diafragma (terço distal esofágico);<br />
enquanto o marca o gás intra-gástrico que não deve ser confundido, pois é um achado normal. Achados menores: ateromatose<br />
calcificada aórtica.<br />
Dr. Pixel<br />
Disponível online desde dezembro de 2015, e atualmente com milhares de acessos<br />
por dia, o site Dr. Pixel (www.fcm.unicamp.br/drpixel) tem como objetivo o<br />
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e banco de imagens são destinados principalmente a estudantes da graduação em<br />
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O conteúdo do site é produzido no Hospital da Mulher “Prof. Dr. José Aristodemo<br />
Pinotti” - CAISM -Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas,<br />
São Paulo, Brasil, com o apoio dos Departamentos de Tocoginecologia e Radiologia<br />
e pelo setor de Medicina Nuclear da Faculdade de Ciências Médicas (FCM)<br />
-UNICAMP. A execução técnica é de responsabilidade do Núcleo de Tecnologia da<br />
Informação da FCM. Todo o conteúdo do Dr Pixel foi preparado a fim de assegurar<br />
o anonimato dos pacientes.<br />
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Revista NewsLab | Out/Nov 17
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oas práticas<br />
O papel do patologista<br />
no câncer de próstata<br />
por Drª. Mariana Andozia*<br />
O câncer de próstata é o segundo câncer<br />
mais comum entre os homens (excluindo o<br />
câncer de pele não-melanoma) e o sexto<br />
tipo mais comum no mundo, representando<br />
cerca de 10% do total de cânceres.1 No Brasil,<br />
segundo o Instituto Nacional do Câncer<br />
(INCA), para 2014/2015 estima-se uma<br />
incidência de 61.200 casos e uma taxa de<br />
mortalidade de 13.772 1 .<br />
Diversos fatores de risco já foram descritos<br />
e estabelecidos para o CaP, dentre os principais,<br />
podemos citar:<br />
• Idade: a incidência da neoplasia aumenta<br />
com o aumento da idade.<br />
• Raça: estudos mostram que a incidência<br />
e a agressividade dos tumores de próstata são<br />
maiores em indivíduos Afro-Americanos. 2,3<br />
• História familiar: há associação com história<br />
familiar e o CaP, devido a fatores genéticos.<br />
• Dieta, obesidade e síndrome plurimetabólica:<br />
o CaP está correlacionado com o alto<br />
consumo de carnes vermelhas, dieta rica em<br />
gorduras. 4 Índice de massa corporal (IMC)<br />
elevado, dislipidemia, obesidade central, resistência<br />
à insulina, também fazem parte dos<br />
fatores de risco para o CaP. 5<br />
• Fatores ambientais: o aumento no risco<br />
de CaP está relacionado com a exposição ao<br />
cádmio, pesticidas, deficiência de vitamina D.<br />
O adenocarcinoma da próstata é uma neoplasia<br />
de comportamento variável, já que<br />
pode apresentar-se desde tumores assintomáticos,<br />
até aqueles com alta agressividade. 6<br />
Historicamente, a incidência do CaP<br />
elevou-se em dois momentos: o primeiro,<br />
entre os anos 70 e 80 devido ao uso da ressecção<br />
transuretral de próstata (RTU) para<br />
tratamento da hiperplasia prostática benigna<br />
(HPB), quando em torno de 10% dos<br />
pacientes que realizavam este procedimento<br />
eram também diagnosticados com CaP no<br />
exame anatomopatológico. O segundo e<br />
mais importante foi após 1980, quando<br />
houve a aprovação e disseminação do uso<br />
do Antígeno Prostático Específico (prostate-<br />
-specific antigen – PSA), como teste para<br />
detecção e estadiamento desta neoplasia,<br />
conhecida como “a era do PSA”. 7<br />
Mundialmente, o CaP vem apresentando<br />
uma leve redução na sua taxa de mortalidade,<br />
devido ao diagnóstico precoce e à eficácia<br />
dos tratamentos. Até metade dos anos 80, o<br />
rastreamento do CaP raramente era realizado,<br />
pois antes desse período o único método<br />
diagnóstico era o toque retal (TR). O índice de<br />
mortalidade era elevado e muitos homens<br />
morriam da neoplasia, sem nunca terem sido<br />
diagnosticados. 6<br />
Quando o TR era usado como ferramenta<br />
de rastreamento isolada, em torno de 30 a<br />
35% dos homens apresentavam metástases<br />
ósseas, 40 a 45% com comprometimento<br />
linfonodal e somente um terço tinham tumor<br />
confinado ao órgão na prostatectomia radical<br />
(PR).6, 8 O PSA, foi aprovado pelo United<br />
States Food and Drug Administration (FDA)<br />
em 1986 para monitorizar a doença e rapidamente<br />
foi adotado para detecção precoce,<br />
aumentando o diagnóstico da neoplasia 6<br />
Há uma grande importância na detecção<br />
precoce do CaP pois a taxa de sobrevida média<br />
em 5 anos é elevada, sendo aproximadamente<br />
de 98%. Indivíduos que apresentam<br />
doença metastática, apresentam sobrevida<br />
média de 30 meses e quase 10% sobrevivem<br />
10 anos após o diagnóstico 9 . Atualmente, o<br />
diagnóstico é realizado através do exame digital<br />
da próstata (o toque retal), da dosagem<br />
do PSA e da biópsia transrretal. O TR é um<br />
exame simples, barato e realizado ambulatorialmente,<br />
sendo o primeiro método propedêutico<br />
utilizado. Tem importância no rastreamento<br />
e estadiamento da neoplasia, apesar<br />
de suas limitações, uma vez que somente as<br />
porções posterior e lateral da próstata podem<br />
ser palpadas, deixando aproximadamente<br />
50% dos tumores fora do seu alcance. Além<br />
da subjetividade do exame, já que há uma<br />
grande variabilidade entre os examinadores,<br />
a existência de doenças prostáticas associadas<br />
como a hiperplasia prostática benigna, prostatite,<br />
biópsias ou cirurgias prévias tornam o<br />
exame mais inespecífico.<br />
A dosagem do PSA (antígeno<br />
que não é específico do câncer de próstata,<br />
já que pode estar alterado em outras condições<br />
benignas da glândula) é sanguínea,<br />
fácil de ser realizada e com baixo custo, o valor<br />
normal geralmente estabelecido de 4ng/<br />
ml, com a sensibilidade variando entre 35 e<br />
048<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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049
oas práticas<br />
71% e a especificidade de 63 a 91%.10 Possui<br />
utilidade não somente no rastreamento<br />
como no estadiamento e monitorização do<br />
tratamento do CaP 11 .<br />
O diagnóstico definitivo é dado através do<br />
estudo histopatológico do parênquima prostático,<br />
obtido através da biópsia por agulha<br />
fina, realizada com o ultrassom transrretal,<br />
sempre que houver alterações no TR e no PSA.<br />
Atualmente recomenda-se esquemas de biópsias<br />
nos quais são retirados de 10 a 14 fragmentos<br />
(dependendo do protocolo de cada<br />
serviço) como padrão para a primeira biópsia.<br />
Em pacientes com suspeita clínica e biópsia<br />
prévia negativa pode-se fazer mais amostras,<br />
até acima de 21 (“biópsia de saturação”). A<br />
biópsia é importante não só pela detecção do<br />
CaP como também no manejo clínico ajudando<br />
a predizer prognóstico. 1<br />
Na biópsia diagnóstica de CaP é realizada a<br />
classificação do grau tumoral, graduação histopatológica<br />
de Gleason que atua como fator<br />
prognóstico isolado de extrema importância<br />
no CaP. A graduação foi desenvolvida por<br />
Donald Gleason entre 1966 e 1974. 12 Nos 40<br />
anos subsequentes diversas mudanças neste<br />
escore ocorreram já que houveram alterações<br />
no diagnóstico e tratamento da neoplasia, o<br />
que gerou revisões no Escore em 2005 e mais<br />
recentemente em 2014. 13,14<br />
Esta graduação é baseada no padrão<br />
arquitetural da neoplasia, ou seja, no quão<br />
bem diferenciado é o tumor. 13 Neoplasias<br />
mais indolentes tendem a se assemelhar ao<br />
tecido prostático normal, enquanto as mais<br />
agressivas tendem a ser pouco diferenciadas,<br />
configurando uma maior agressividade.<br />
Além de graduar a neoplasia, o médico<br />
também avalia o quão extensa é a doença,<br />
dentre outros fatores histopatológicos que<br />
influenciam o prognóstico dos pacientes.<br />
Diariamente em nossos laboratórios recebemos<br />
diversos casos de biópsias de próstata.<br />
Muitas vezes os patologistas precisam lançar<br />
mão de exames complementares para o adequado<br />
diagnóstico. Um desses exames é o<br />
imunohistoquímico, que nos ajuda por exemplo<br />
a diferenciar as neoplasias de próstata de<br />
outras afecções benignas glândula, utilizando<br />
os anticorpos p63, 34βE12 e a racemase.<br />
A dificuldade que os médicos têm de prever<br />
quais pacientes terão um bom prognóstico<br />
ou aqueles que requerem um tratamento<br />
mais agressivo, faz com que cada dia mais<br />
novos biomarcadores sejam estudados no<br />
Cap. Alguns deles estão relacionados com<br />
uma doença mais agressiva, recidiva precoce,<br />
progressão da neoplasia e com o desenvolvimento<br />
precoce da mesma. Um exemplo é a<br />
diminuição da expressão da proteína do gene<br />
NKX3.1, também muito utilizada na rotina<br />
do patologista (imunohistoquímica), que<br />
está relacionado com progressão do câncer<br />
de próstata. A diminuição da expressão do<br />
PTEN pelas células neoplásicas também está<br />
relacionada com evolução da doença.<br />
A descoberta desses novos biomarcadores<br />
irão ajudar no manejo de cada paciente<br />
isolado, de acordo com o perfil molecular de<br />
cada doença.<br />
Referências<br />
1. Câncer INd. Próstata. [Internet] Rio<br />
de Janeiro: INCA; 2016 [cited fev 3];Available<br />
from: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/<br />
connect/tiposdecancer/site/home/prostata.<br />
2. Fedewa SA, Etzioni R, Flanders<br />
WD, Jemal A, Ward EM. Association of<br />
insurance and race/ethnicity with disease<br />
severity among men diagnosed with prostate<br />
cancer, National Cancer Database 2004-<br />
2006. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev.<br />
2010;19(10):2437-44.<br />
3. Powell IJ, Bock CH, Ruterbusch<br />
JJ, Sakr W. Evidence supports a faster growth<br />
rate and/or earlier transformation to clinically<br />
significant prostate cancer in black than in<br />
white American men, and influences racial<br />
progression and mortality disparity. J Urol.<br />
2010;183(5):1792-6.<br />
4. Joshi AD, Corral R, Catsburg<br />
C, Lewinger JP, Koo J, John EM, et al. Red<br />
meat and poultry, cooking practices, genetic<br />
susceptibility and risk of prostate cancer:<br />
results from a multiethnic case-control study.<br />
Carcinogenesis. 2012;33(11):2108-18.<br />
5. Cao Y, Ma J. Body mass index,<br />
prostate cancer-specific mortality, and<br />
biochemical recurrence: a systematic review<br />
and meta-analysis. Cancer Prev Res (Phila).<br />
2011;4(4):486-501.<br />
6. Thompson IM, Ernst JJ, Gangai<br />
MP, Spence CR. Adenocarcinoma of the<br />
prostate: results of routine urological screening.<br />
J Urol. 1984;132(4):690-2.<br />
7. Thompson IM, Zeidman EJ.<br />
Presentation and clinical course of patients<br />
ultimately succumbing to carcinoma of the<br />
prostate. Scand J Urol Nephrol. 1991;25(2):111-<br />
4.<br />
8. Etzioni R, Gulati R, Falcon S,<br />
Penson DF. Impact of PSA screening on the<br />
incidence of advanced stage prostate cancer<br />
in the United States: a surveillance modeling<br />
approach. Med Decis Making. 2008;28(3):323-<br />
31.<br />
9. Klotz L. Active surveillance for<br />
prostate cancer: overview and update. Curr<br />
Treat Options Oncol. 2013;14(1):97-108.<br />
10. Programa Nacional de Controle do<br />
Câncer da Próstata: Documento de Consenso.<br />
Câncer BMdSSdAàSINd, editor. Rio de Janeiro:<br />
INCA; 2002. 24 p.<br />
11. Lilja H. A kallikrein-like serine<br />
protease in prostatic fluid cleaves the<br />
predominant seminal vesicle protein. J Clin<br />
Invest. 1985;76(5):1899-903.<br />
12. Gleason DF, Mellinger<br />
GT. Prediction of prognosis for prostatic<br />
adenocarcinoma by combined histological<br />
grading and clinical staging. 1974. J Urol.<br />
2002;167(2 Pt 2):953-8; discussion 9.<br />
13. Epstein JI, Allsbrook WC, Jr.,<br />
Amin MB, Egevad LL. The 2005 International<br />
Society of Urological Pathology (ISUP)<br />
Consensus Conference on Gleason Grading<br />
of Prostatic Carcinoma. Am J Surg Pathol.<br />
2005;29(9):1228-42.<br />
*Drª. Mariana Andozia Morini Matushita<br />
é Médica Patologista no Laboratório PHD<br />
na área de especialidade Uropatologia<br />
e Gastropatologia e imuno-histoquímica.<br />
050<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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informe de mercado<br />
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Como otimizar sua Gestão de Amostras para obter<br />
melhores resultados?<br />
Diariamente os laboratórios recebem pedidos médicos simples com pelo<br />
menos três dos seguintes exames: Hemograma, VHS, Hemoglobina glicada e<br />
Tipagem sanguínea.<br />
Independente do tamanho do seu<br />
laboratório, podemos considerar que o<br />
Hemograma é feito em equipamento<br />
interfaceado; o VHS é executado manualmente<br />
na bancada de hematologia; a<br />
Hemoglobina glicada é realizada manualmente<br />
na bancada de bioquímica; e a<br />
Tipagem sanguínea é feita manualmente<br />
na bancada de imunohematologia. Para<br />
todos os exames, o material a ser coletado<br />
é sangue total e armazenado em tubo<br />
com EDTA, que exige um determinado<br />
volume de sangue. Faz sentido coletar<br />
um tubo para cada exame ou coletar<br />
tudo em um tubo só? Quais os impactos<br />
de cada opção? O desafio é economizar<br />
com materiais de consumo de alto custo<br />
e garantir o menor prazo de entrega dos<br />
resultados ao paciente, mantendo qualidade<br />
e rastreabilidade do processo.<br />
A Hotsoft avaliou as particularidades<br />
do processo de gestão de amostras de<br />
vários laboratórios em todas as regiões<br />
do país e observou que por diversas razões,<br />
todos precisam criar adaptações,<br />
as famosas gambiarras, no LIS para<br />
atender parcialmente suas necessidades,<br />
tornando o processo moroso e passível<br />
de erros. Com base na análise das informações<br />
coletadas, foram categorizados<br />
padrões e exceções que impactam na<br />
rotina do laboratório em momentos que<br />
o software pode auxiliar com eficiência<br />
e foi desenvolvido o recurso de gestão<br />
de amostras customizável do Labmaster,<br />
permitindo que cada laboratório<br />
defina suas regras de agrupamento e<br />
fracionamento de exames, para orientar<br />
a coleta e a triagem de acordo com as<br />
suas particularidades e preferências. Essa<br />
funcionalidade causa impacto significativo<br />
para o paciente e para o laboratório,<br />
melhorando a experiência do cliente,<br />
eliminando atrasos, reduzindo o tempo<br />
de entrega dos resultados e até mesmo<br />
nas solicitações de re-coleta de material.<br />
Usando como exemplo o caso apresentado<br />
no início do texto, é possível criar regras<br />
de agrupamento de exames de forma<br />
que seja utilizado apenas 1 tubo com<br />
EDTA na coleta e quando essa amostra<br />
for triada, o Labmaster utiliza as regras<br />
de fracionamento, para orientar o triador<br />
na aliquotagem (infomando inclusive<br />
sobre volume necessário), imprimindo as<br />
etiquetas necessárias e direcionando as<br />
amostras para os devidos destinos.<br />
Como resultado tem-se a otimização<br />
do fluxo de trabalho, com especial<br />
impacto na satisfação do paciente, que<br />
teve menos sangue coletado e agilidade<br />
na entrega do laudo. Por fim, vale ressaltar<br />
os principais benefícios gerados<br />
ao laboratório: automação personalizada<br />
do processo, economia de tempo<br />
e dinheiro, produtividade, agilidade e<br />
rastreabilidade.<br />
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052<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
informe de mercado<br />
Exames de coagulação na Mayo Clinic<br />
O Laboratório Especial de Coagulação da Mayo Clinic está na linha de frente dos exames laboratoriais diagnósticos,<br />
pesquisa e gerenciamento de pacientes com foco no paciente e na geração de valor há quase 90<br />
anos. Capitaneado por uma equipe multidisciplinar de médicos, o laboratório oferece um catálogo completo<br />
de exames de coagulação que abrange um amplo espectro de distúrbios hemorrágicos e trombóticos.<br />
Exames em destaque<br />
Painéis consultivos de exames para problemas<br />
diagnósticos complexos ou difíceis:<br />
• ADAMTS13 Activity and Inhibitor Profile (ID da Mayo:<br />
ADM13)<br />
• Bleeding Diathesis Profile (ID da Mayo: BDIAL)<br />
• Factor VIII Inhibitor Evaluation (ID da Mayo: F8INH)<br />
• Factor IX Inhibitor Evaluation (ID da Mayo: F9INH)<br />
• Lupus Anticoagulant Profile (ID da Mayo: LUPPR)<br />
• Prolonged Clot Time Profile (ID da Mayo: PROCT)<br />
• Thrombophilia Profile (ID da Mayo: THRMP)<br />
• von Willebrand Disease Profile (ID da Mayo: VWPR)<br />
Exames especializados para distúrbios plaquetarios:<br />
• Platelet Transmission Electron Microscopic Study (ID da<br />
Mayo: PTEM)<br />
• Platelet Surface Glycoprotein by Flow Cytometry (ID da<br />
Mayo: PLAFL)<br />
Especialidade da Mayo Clinic<br />
O Laboratório Especial de Coagulação da Mayo Clinic<br />
tem no comando:<br />
• Diretores médicos com experiência em hematologia, hematopatologia,<br />
doenças cardiovasculares, genética molecular,<br />
função plaquetária e microscopia eletrônica, e química protéica.<br />
• Hematologistas, especialistas cardiovasculares e hematopatólogos<br />
que se concentram em hemostasia clínica<br />
e laboratorial e trombose para fornecer interpretação e<br />
consulta pelo painel de exames.<br />
• Especialistas em coagulação técnica clínica capazes<br />
de auxiliar clientes com dúvidas sobre os exames apr<br />
priados, requisitos de amostras e interpretação de resultados.<br />
Acesso aos clínicos, profissionais de laboratório e<br />
aconselhadores genéticos da Mayo Clinic<br />
A Mayo Clinic permite a prestação local de serviços de<br />
saúde, de tal modo que, quando é necessário auxílio com<br />
opções de exame, interpretação de resultados ou análise<br />
e coordenação de casos, os clínicos, profissionais de<br />
laboratório e aconselhadores genéticos da Mayo Clinic<br />
estão à disposição para esclarecer as suas dúvidas. Este<br />
entrosamento também oferece a oportunidade para<br />
discussões sobre práticas gerais entre colegas.<br />
Abordagens de exames algorítmicas e econômicas<br />
Algoritmos de coagulação desenvolvidos de forma<br />
colaborativa entre médicos, patologistas, profissionais<br />
de laboratório e aconselhadores genéticos estão disponíveis<br />
em: mayomedicallaboratories.com/algorithms.<br />
Esses algoritmos:<br />
• Recomendam abordagens para o diagnóstico de<br />
doenças específicas.<br />
• Auxiliam no tratamento e acompanhamento da assistência<br />
ao paciente.<br />
• Orientam a utilização dos exames de maneira correta<br />
e econômica.<br />
Quem somos<br />
A Mayo Medical Laboratories faz parte do Departamento<br />
de Medicina Laboratorial e Patologia da Mayo<br />
Clinic, um dos maiores laboratórios clínicos do mundo.<br />
Oferecemos mais de 3.000 exames e acesso a médicos<br />
e cientistas da Mayo Clinic. Realizamos exames de referência<br />
para mais de 4.000 hospitais, clínicas e laboratórios<br />
de mais de 70 países.<br />
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Mayo Medical Laboratories<br />
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Rochester, MN 55901 | EUA<br />
©2017 Mayo Foundation for Medical<br />
Education and Research.<br />
Todos os direitos reservados.<br />
054<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
informe de mercado<br />
Sistema de COT em tempo real<br />
O carbono orgânico total (COT) é um indicador universal da presença<br />
de impurezas orgânicas, tal como a resistividade. Medir e<br />
monitorar esses indicadores garantirá a qualidade de água adequada<br />
para as aplicações laboratoriais.<br />
Em um monitor de COT padrão, a resistividade da amostra é medida<br />
antes do processo de fotoxidação da lâmpada UV, e o valor do COT<br />
é uma função da diferença entre as medições.<br />
Processos envolvidos num monitor de COT padrão:<br />
A maior vantagem do monitoramento do COT, em tempo real, é a<br />
possibilidade de verificação imediata da qualidade da água no display<br />
do equipamento. Modelos convencionais levam, em média, de 6 a 8<br />
minutos para apresentar o resultado, pois analisam uma alíquota da<br />
água, enquanto os equipamentos da linha ELGA PURELAB são atualizados<br />
instantaneamente. Esse procedimento dá mais segurança ao<br />
processo e garante a qualidade da água que está sendo utilizada nos<br />
experimentos.<br />
Processo de monitoramento online dos sistemas ELGA PURELAB:<br />
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para o diagnóstico de proteínas plasmáticas<br />
A The Binding Site Group celebrou o<br />
terceiro aniversário de sua filial brasileira, a<br />
TBS Brazil Ltda. Fruto do plano de expansão<br />
internacional com foco em mercados<br />
emergentes, a TBS Brazil conta com equipe<br />
completa e todas as ferramentas para auxílio<br />
aos seus clientes.<br />
Fundada por pesquisadores da Universidade<br />
de Birmingham, há mais de 30 anos<br />
a The Binding Site Group continua fortalecendo<br />
os seus sólidos alicerces científicos,<br />
apoiando a pesquisa e o desenvolvimento e<br />
respondendo às necessidades de pacientes,<br />
pesquisadores e médicos.<br />
A The Binding Site é sinônimo de inovação<br />
no que se refere ao diagnóstico, prognóstico<br />
e monitoramento de Gamopatias<br />
Monoclonais. O produto Freelite é o único<br />
kit comercial recomendado pelas diretrizes<br />
internacionais e brasileiras para a dosagem<br />
de Cadeias Leves Livres Kappa e Lambda em<br />
soro. O Freelite, muito bem descrito e comprovado<br />
nas mais de 3 mil publicações da<br />
área, agora foi incorporado no ROL de procedimentos<br />
e eventos em saúde da Agência<br />
Nacional de Saúde (ANS) e a partir de 02 de<br />
janeiro de 2018 facilitará os pedidos clínicos<br />
e realização do exame pelos pacientes.<br />
Além do Freelite e do Hevylite, a The<br />
Binding Site possui um amplo menu de<br />
ensaios pelos métodos de turbidimetria,<br />
ELISA e Imunodifusão radial que a colocam<br />
na vanguarda do diagnóstico médico relacionado<br />
à:<br />
• Onco-hematologia<br />
° Gamopatias Monoclonais: Freelite e<br />
Hevylite.<br />
• Sistema Imune<br />
° Imunodeficiência: Imunoglobulinas<br />
(IgA, IgM, IgG, IgD e IgE), Suclasses IgG e<br />
IgA, Sistema Complemento (CH50, C1 inativador,<br />
C1q, C2, C3c, C4 etc.)<br />
° Respostas a Vacinas (Influenza, Polissacarídeo<br />
Capsular Pneumocóccico, Toxóide<br />
tetânico, Toxóide diftérico)<br />
• Sistema nervoso central: Albumina,<br />
Freelite e Imunoglobulinas no líquor<br />
• Nefrologia: Cistatina, Freelite, Microalbuminúria,<br />
Beta-2 Microglobulina etc.<br />
• Proteínas Específicas: Proteína C Reativa,<br />
Anti Estreptolisina O, Fator Reumatóide,<br />
Ferritina, Transferrina, Pré-Albumina,<br />
Ceruloplasmina, Haptoglobina, Alfa-1-<br />
-Antitripisina, Alfa-2-Glicoproteína Ácida,<br />
Lipoproteína(a) etc.<br />
O foco no Brasil para os próximos cinco<br />
anos é intensificar a disseminação de<br />
conhecimento aplicado à utlização e aos<br />
benefícios clínicos de nossos produtos,<br />
além de aumentar o acesso da sociedade<br />
as nossas tecnologias. “Já temos registros<br />
aprovados para nossas duas plataformas:<br />
SPA Plus e a mais recente, Optilite. Estamos<br />
presentes nos maiores grupos de medicina<br />
diagnóstica do país, temos trabalhado<br />
em sinergia com as principais sociedades<br />
médicas e associações de pacientes. O<br />
desafio de integrar esses diferentes atores<br />
e efetivamente levar o benefício de nossa<br />
tecnologia aos pacientes é o que nos move<br />
diariamente”, salienta Fúlvio Facco, Diretor<br />
Geral da TBS Brazil.<br />
Para maiores informações a<br />
respeito de nossa empresa e<br />
nossos produtos, por favor,<br />
visitem nossa página na internet<br />
www.freelite.com.br ou escrevam<br />
para info@bindingsite.com.br.<br />
056<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
informe de mercado<br />
Resultados pontuais, tecnologias comprovadas com o tempo<br />
Lançamento Beckman Coulter<br />
O mais novo analisador DxC 700 AU<br />
ilustra o diferencial da Beckman Coulter<br />
— o compromisso na parceria com os<br />
profissionais de laboratório para atingir<br />
a excelência, oferecendo uma solução<br />
integrada composta por ferramentas, insights,<br />
sistemas de gestão de informação<br />
e processos de melhoria contínua.<br />
ANALISADOR DE BIOQUÍMICA<br />
DxC 700 AU<br />
O analisador de bioquímica DxC 700<br />
AU foi criado com a colaboração de<br />
profissionais de laboratório clínico. Ele<br />
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com a função “STAT interrupt” —<br />
padrão nos analisadores de bioquímica<br />
Beckman Coulter — otimizando TAT<br />
(turnaround time).<br />
• O operador carrega as amostras críticas<br />
no carrossel STAT de 22 posições e<br />
aperta “Start”: a amostra STAT é, então,<br />
aspirada antes das tarefas de rotina.<br />
› Também padrão, a função de repetição<br />
automática para amostras que<br />
excedem valores críticos ajuda a assegurar<br />
precisão sem atrapalhar o fluxo<br />
de trabalho.<br />
EFICIÊNCIA OPERACIONAL E<br />
O TEMPO DE FUNCIONAMENTO<br />
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a máquina estiver em modo de mensuração;<br />
› 40%* mais rápida inicialização e<br />
simplificação de tarefas diárias.<br />
› Calibrações eficientes por meio da<br />
identificação por software daqueles ensaios<br />
que precisam de calibração.<br />
› Simplificado carregamento de calibradores<br />
através de código de barras<br />
para fácil processamento.<br />
› Design intuitivo e um monitor<br />
touchscreen maior, desenvolvido com a<br />
colaboração de profissionais de laboratório<br />
clínico;<br />
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sistema - menos tempo em manutenções<br />
e mais foco no que realmente importa!<br />
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Seis Sigma;<br />
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amostras);<br />
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058<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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©2017 Beckman Coulter, Inc. Todos os direitos reservados. Beckman Coulter, a logo estilizada e as<br />
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marcas comerciais ou registradas da Beckman Coulter, Inc. nos Estados Unidos e em outros países.<br />
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informe de mercado<br />
060<br />
A Bio-Rad Destaca a Importância da Detecção das<br />
Hemoglobinas Variantes no Teste de Hemoglobina Glicada (HbA1c)<br />
Porque devemos detectar as Hemoglobinas Variantes no teste de hemoglobina<br />
glicada (HbA1c) se o médico quer somente o resultado da HbA1c?<br />
Sistema Analisador de Hemoglobinas D-100<br />
Esta é uma das perguntas que atualmente,<br />
muitas pessoas da área da saúde,<br />
principalmente os que executam e analisam<br />
este teste nos laboratórios, veem<br />
fazendo. Existem muitas técnicas, tais<br />
como Turbidimetria e HPLC Afinidade<br />
Boronato, que não são capazes de detectar<br />
as hemoglobinas variantes ao realizar<br />
os testes de HbA1c.<br />
Muitos acreditam que pelo fato destas<br />
técnicas não ser capazes de detectar as<br />
hemoglobinas variantes, estas não interfiram<br />
no resultado final da HbA1c. O que<br />
é uma inverdade.<br />
Existem dois dias de interferência que<br />
podem ocorrer ao realizar o teste: interferência<br />
analítica, que depende do sistema<br />
utilizado e a interferência clínica, que<br />
depende da amostra analisada. No que<br />
diz respeito à interferência clínica, muitas<br />
hemoglobinas variantes provocam a<br />
diminuição do ciclo de vida da hemácias.<br />
Em alguns casos o tempo de vida das hemácias<br />
pode diminuir em 25%, como é o<br />
caso da Hb S, a variante da hemoglobina<br />
mais comum no Brasil. Como as técnicas<br />
de HPLC Afinidade Boronato e Turbidimetria<br />
não detectam as hemoglobinas<br />
variantes, estas informações se perdem, e<br />
podem impactar na conduta terapêutica.<br />
A ADA – Associação Americana de<br />
Diabetes – publicou em uma das suas<br />
revistas o seguinte texto:<br />
Anemias/Hemoglobinopatias<br />
“A interpretação dos níveis de A1C na<br />
presença de determinadas anemias e<br />
hemoglobinopatias é particularmente<br />
problemática. Para pacientes com uma<br />
hemoglobina anormal, mas renovação<br />
eritrocitária normal, como o traço falciforme,<br />
um ensaio de A1C sem interferência<br />
de hemoglobinas anormais deve<br />
ser usado. Em situações de renovação<br />
eritrocitária anormal, como gravidez,<br />
perda de sangue ou transfusão recente,<br />
ou algumas anemias, apenas os critérios<br />
de glicemia devem ser usados para diagnosticar<br />
o diabetes”. Diabetes Care, vol.<br />
37, Suplemento 1, Janeiro de 2014.<br />
O problema nestes casos é: como saber<br />
se o paciente é portador de algum<br />
tipo de hemoglobinopatia, se a técnica<br />
utilizada não é capaz de detectar tais<br />
condições?<br />
Já em uma publicação do Jornal Brasileiro<br />
de Patologia e Medicina Laboratorial,<br />
aborda o tema da seguinte maneira:<br />
“A dosagem de A1C em pacientes portadores<br />
de hemoglobina variante heterozigótica<br />
(exemplos: hemoglobinas C, S, E,<br />
D, Fetal, Graz, Sherwood Forest, Padova)<br />
resulta valores falsamente elevados ou<br />
diminuídos, conforme a metodologia<br />
aplicada. Alguns métodos, baseados na<br />
cromatografia por troca iônica, podem<br />
identificar a presença de alguns tipos<br />
de hemoglobinas variantes, permitindo<br />
uma análise mais criteriosa do resultado.<br />
Os métodos que utilizam o princípio do<br />
imunoensaio não são capazes de detectar<br />
a presença das diferentes hemoglobinas<br />
variantes”. J. Bras. Patol. Med. Lab.<br />
vol.45 no. 1 Rio de Janeiro Feb. 2009<br />
Já em casos de homozigoze, ou seja,<br />
o paciente não tem hemoglobina A, as<br />
técnicas de Turbidimetria e HPLC Afinidade<br />
Boronato, liberam o resultado de A1c.<br />
Como liberar o resultado de A1c, sendo<br />
esta uma das frações da HbA? Nestes casos<br />
o médico está recebendo resultados<br />
errados de hemoglobina glicada, o que<br />
pode ser um grande problema para o paciente<br />
e para a conduta terapêutica.<br />
No Brasil, Devido ao alto índice de miscigenação,<br />
a dispersão dos genes para as<br />
hemoglobinas variantes e para talassemias<br />
é alta. Isso significa que o fato de<br />
vários povos de diferentes etnias terem<br />
imigrado para o país resulta numa maior<br />
prevalência dessas doenças genéticas.<br />
(NAOUM, 1982b; VIANA-BARACIOLI el al.,<br />
2001). É um dos países onde há uma das<br />
maiores variações dessas hemoglobinas.<br />
A técnica utilizada pela Bio-Rad é<br />
o HPLC por Troca Iônica, que é “Gold<br />
Standard”, que identifica e quantifica<br />
as principais hemoglobinas variantes e<br />
algumas outras mais raras, sem que essas<br />
interfiram tecnicamente no resultado<br />
final da HbA1c. Algumas hemoglobinas<br />
mais raras podem sobrepor à hemoglobina<br />
A1c, elevando essa fração a níveis<br />
muito altos. Mas dadas as características<br />
do resultado, seria impossível a liberação<br />
errada do resultado. A indicação nestes<br />
casos seria testes tais como albumina<br />
glicada ou frutosamina.<br />
Bio-Rad<br />
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Revista NewsLab | Out/Nov 17
informe de mercado<br />
BIO ADVANCE: Testes Rápidos para diagnóstico de<br />
doenças negligenciadas<br />
O elevado número de óbitos no Brasil<br />
relacionados as Doenças Tropicais Negligenciadas<br />
(DTNs) é preocupante.<br />
É fundamental entender que este conjunto<br />
de doenças é causado por agentes<br />
infecciosos e parasitários que afetam<br />
predominantemente populações com<br />
alta vulnerabilidade individual, programática<br />
(relação com redes de atenção à<br />
saúde) e social. Na realidade, compõem<br />
um grupo de doenças intrinsecamente<br />
associado à condição de pobreza, seja<br />
como causa ou como consequência,<br />
com elevado caráter de negligência das<br />
populações acometidas. Ressalta-se que<br />
o Brasil é o principal responsável pela<br />
elevada carga de morbimortalidade relacionada<br />
às DTNs na América Latina, com<br />
uma complexa associação de diferentes<br />
determinantes sociais.<br />
Atentos a esta realidade a Bio Advance<br />
ampliou seu menu de testes, e conta hoje<br />
com a uma ampla linha de Testes Rápidos<br />
para um diagnóstico preliminar de diversas<br />
doenças tais como: Doença de Chagas,<br />
Leishmaniose, Filariose, Tuberculose,<br />
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R0053C Tuberculose IgG/IgM<br />
R0101C Leptospirose IgG/IgM<br />
R0111C Malária Pf/Pv Ab<br />
R0112C Malária Pf/Pan Ag<br />
R0121C Leishmaniose IgG/IgM<br />
R0151C Filariose IgG/IgM<br />
R0161C Tifoide IgG/IgM<br />
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Revista NewsLab | Out/Nov 17
Existe uma “esperança”<br />
Existe uma “esperança”<br />
contra Existe uma o câncer... “esperança”<br />
contra o câncer...<br />
contra o câncer...<br />
Detecção precoce melhora a taxa de sobrevida em<br />
Detecção pacientes precoce com melhora câncer a taxa de de próstata sobrevida em<br />
pacientes com câncer de próstata<br />
Detecção precoce melhora a taxa de sobrevida em<br />
TESTE RÁPIDO<br />
PSA TESTE Semi-Quantitativo<br />
TESTE RÁPIDO<br />
PSA Semi-Quantitativo<br />
PSA Semi-Quantitativo<br />
O teste rápido Onsite PSA semi-quantitativo é<br />
um O recurso teste rápido rápido, Onsite seguro PSA e semi-quantitativo confiável para é<br />
O teste determinação um<br />
rápido<br />
recurso<br />
Onsite<br />
rápido, qualitativa PSA<br />
seguro<br />
semi-quantitativo e semi-quantitativa<br />
e confiável para<br />
é<br />
um do recurso determinação antígeno rápido, prostático qualitativa seguro específico e e confiável semi-quantitativa – PSA para Total.<br />
determinação do antígeno qualitativa prostático e específico semi-quantitativa – PSA Total.<br />
do antígeno Características prostático do produto: específico – PSA Total.<br />
Fácil<br />
Características<br />
interpretação<br />
do produto:<br />
dos resultados<br />
Características Fácil interpretação do produto: dos resultados<br />
3 níveis de semi-quantificação<br />
Fácil 3 interpretação níveis de semi-quantificação<br />
dos resultados<br />
Utiliza sangue total, soro ou plasma<br />
3 níveis Utiliza de semi-quantificação<br />
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Utiliza Kits completos para 30 Testes<br />
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informe de mercado<br />
Associações entre obesidade e diminuição da<br />
glicemia de jejum em relação aos níveis de<br />
gama-glutamiltransferase sérica<br />
Apesar da relação consistente entre a<br />
glutamiltransferase (GGT) sérica e o<br />
diabetes tipo 2 (DT2), ainda não é bem<br />
compreendido o papel da GGT na associação<br />
entre obesidade e DT2. HONG et al<br />
(2014), desenvolveram um estudo para<br />
investigar se a associação entre índice<br />
de massa corporal (IMC) e a glicose de<br />
jejum alterada (IFG) modifica-se com os<br />
níveis séricos de GGT variando dentro do<br />
intervalo normal.<br />
O estudo foi realizado com 2.424<br />
homens e 3.652 mulheres com idades<br />
iguais ou superiores a 40 anos, que participaram<br />
de um programa coreano de<br />
saúde e nutrição (Fifth Korean National<br />
Health and Nutrition Examination Survey).<br />
Os níveis séricos de GGT dentro do<br />
intervalo normal foram classificados em<br />
tercis específicos por gênero. Entre homens<br />
e mulheres com níveis de GGT no<br />
tercil inferior, o IMC mostrou estatisticamente<br />
associações não significativas com<br />
o risco de IFG. No entanto, entre as pessoas<br />
com níveis no tercil superior, o risco<br />
de IFG foi de 3 a 4 vezes maior em pessoas<br />
com IMC ≥ 25 kg/m2 do que aqueles<br />
com IMC < 23 kg/m2(HONG, 2014).<br />
Os resultados obtidos permitiram verificar<br />
uma forte associação entre IMC e<br />
IFG entre as pessoas com GGT sérico em<br />
níveis fisiológicos superiores. Este achado<br />
tem uma implicação clínica importante,<br />
porque o GGT sérico poderia ser usado<br />
para detectar o risco elevado de IFG em<br />
pessoas obesas (HONG, 2014).<br />
Dentre as funções fisiológicas da GGT<br />
que podem ser consideradas para interpretar<br />
os resultados, os autores destacam:<br />
GGT como marcador inicial do<br />
estresse oxidativo (LEE, 2004) ou GGT<br />
como marcador de exposição a reagentes<br />
químicos (LEE, 2009).<br />
CERIELLO (2004) encontrou que o<br />
estresse oxidativo desempenha um papel<br />
importante na patogênese do DT2<br />
e suas complicações. Além disso, o aumento<br />
desse estresse no tecido adiposo<br />
é um mecanismo relevante na síndrome<br />
metabólica associada à obesidade (FU-<br />
RUKAWA,2004).<br />
O outro mecanismo potencial, é que<br />
a GGT no soro pode ser um marcador de<br />
exposição a reagentes químicos, porque<br />
a GGT celular é uma enzima necessária<br />
para metabolizar os conjugados de glutationa<br />
de alguns poluentes químicos, que<br />
também está intimamente relacionado<br />
com o estresse oxidativo (LEE,2009).<br />
Estudos como este mostram as diferentes<br />
relações de obesidade com IFG e<br />
DT2, de acordo com os níveis séricos de<br />
GGT dentro da faixa normal. Fatores que<br />
induzem ao aumento dos níveis séricos<br />
de GGT podem ser críticos no desenvolvimento<br />
de DT2. Além disso, como a<br />
medição da GGT no soro é um teste de<br />
simples execução, ela pode ser utilizada<br />
para a detecção precoce DT2. Estudos<br />
adicionais são necessários para investigar<br />
a possível interação entre GGT sérica<br />
e obesidade associadas ao risco de DT2<br />
(HONG, 2014).<br />
Em seu portfólio, a Biotécnica conta<br />
com o kit para determinação de GGT no<br />
soro ou plasma, de metodologia cinética<br />
e reagentes prontos para uso. Possui<br />
também uma linha de equipamentos,<br />
com diversas opções para automação em<br />
bioquímica e turbidimetria.<br />
Referências Bibliográficas:<br />
Ceriello A, Motz E: Is oxidative stress the<br />
pathogenic mechanism underlying insulin<br />
resistance, diabetes, and cardiovascular<br />
disease? The common soil hypothesis<br />
revisited. Arterioscler Thromb Vasc Biol 2004,<br />
24:816–823.<br />
Furukawa S, Fujita T, Shimabukuro M,<br />
Iwaki M, Yamada Y, Nakajima Y, Nakayama<br />
O, Makishima M, Matsuda M, Shimomura I:<br />
Increased oxidative stress in obesity and its<br />
impact on metabolic syndrome. J Clin Invest<br />
2004, 14:1752–1761.<br />
Hong et al.: Different associations between<br />
obesity and impaired fasting glucose depending<br />
on serum gamma-glutamyltransferase levels<br />
within normal range: a cross-sectional study.<br />
BMC Endocrine Disorders. 2014 14:57.<br />
Lee DH, Blomhoff R, Jacobs DR Jr: Is<br />
serum gamma glutamyltransferase amarker<br />
of oxidative stress? Free Radic Res 2004,<br />
38:535–539.<br />
Lee DH, Jacobs DR Jr: Is serum gammaglutamyltransferase<br />
a marker of exposure to<br />
various environmental pollutants? Free Radic<br />
Res 2009, 43:533–537.<br />
Enrique Juan Brown<br />
BioTécnica Ind. e Com. Ltda<br />
+55 (35) 3214-4646<br />
sac@biotecnicaltda.com.br<br />
064<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
informe de mercado<br />
Desenvolvimento profissional e oportunidade de negócios no<br />
CONDEPE 2018<br />
O Congresso de Desenvolvimento<br />
Profissional em Enfermagem, CONDEPE<br />
2018, reunirá, em 3 e 4 de abril de 2018,<br />
no Transamerica Expo Center, em São<br />
Paulo, renomados especialistas brasileiros<br />
para debater a prática diária e as<br />
novidades de áreas, como urgência e<br />
emergência, terapia nutricional e intensiva,<br />
feridas e estomas, traumas, estética,<br />
saúde e enfermagem forense. Com um<br />
programa de altíssimo nível, já disponível<br />
no endereço eletrônico condepe2018.<br />
com.br/programacao, será uma oportunidade<br />
imperdível para qualificação<br />
de enfermeiros, técnicos e auxiliares de<br />
enfermagem.<br />
“A meta é priorizar o conhecimento de<br />
excelência e, principalmente, a prática,<br />
para a criação de uma estrutura de segurança<br />
a partir da capacitação continuada<br />
e reciclagem dos profissionais. Visa beneficiar<br />
a todos, inclusive pacientes e instituições<br />
de saúde”, aponta Renata Pietro,<br />
presidente científica do Congresso.<br />
Há atualmente expectativa extremamente<br />
positiva sobre a potencialidade<br />
do CONDEPE 2018, em particular para<br />
quem busca um convite a bons negócios.<br />
Empresas poderão expor suas marcas<br />
para mais de quatro mil participantes.<br />
Trata-se de um público seleto que, no dia<br />
a dia, avalia os produtos, serviços, mate-<br />
riais, equipamentos e insumos nas instituições<br />
de saúde, com grande influência<br />
no fechamento das parcerias comerciais.<br />
“Acreditamos que o Congresso de<br />
Desenvolvimento Profissional em Enfermagem<br />
pode ser o melhor cenário para<br />
a formação de um cuidado eficaz, com<br />
alta resolubilidade e racionalidade no<br />
investimento. Queremos ajudar a mudar<br />
a forma de ver, pensar e valorizar a enfermagem<br />
brasileira”, conclui Renata Pietro.<br />
Saiba mais: Congresso de<br />
Desenvolvimento Profissional<br />
em Enfermagem – CONDEPE 2018<br />
Tel.: (11) 5643-3035<br />
condepe@transamerica.com.br<br />
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Data: 03 e 04 de abril de 2018<br />
Local: Transamerica Expo Center<br />
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A Biocon continua em plena expansão da sua linha de testes<br />
rápidos, agora com o lançamento do seu novo kit de Sífilis<br />
O Sífilis Rapid Test é um imunoensaio Sífilis Test Biocon<br />
cromatográfico rápido para a detecção<br />
qualitativa de anticorpos anti- Treponema<br />
Pallidum em amostras de sangue total,<br />
soro ou plasma. Esse teste é utilizado<br />
no auxílio do diagnóstico presuntivo de<br />
infecção por Treponema Pallidum fornecendo<br />
resultados preliminares.<br />
• Metodologia: imunocromatografica.<br />
• Sensibilidade e especificidade: 100% INCQS.<br />
• Resultados: 15 minutos.<br />
• Apresentações: Tira e cassete.<br />
Registro ANVISA: 80638720080<br />
Biocon Diagnósticos<br />
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066<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
DE DESENVOLVIMENTO<br />
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CONDEPE 2018<br />
Desafios e perspectivas para o milênio.<br />
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informe de mercado<br />
Detecção da Hemoglobina Variante nos testes de<br />
Hemoglobina glicada.<br />
O teste de hemoglobina glicada (A1C) é utilizado principalmente<br />
para a avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos.<br />
Trata-se de um recurso muito eficaz, capaz de medir as concentrações<br />
de glicose no sangue do paciente nos últimos 2 ou 3 meses.<br />
Para que um paciente seja diagnosticado com Diabetes, o nível de<br />
glicemia no sangue deve ser maior que 6,5%, enquanto que o nível<br />
normal (para não diabéticos) varia de 4% a 6%.<br />
Algumas condições clínicas e certos interferentes analíticos<br />
devem ser considerados quando o resultado da A1C não se correlacionar<br />
adequadamente com o estado clínico do paciente. As<br />
condições clínicas que interferem na meia vida das hemácias diminuem<br />
o poder diagnóstico da A1C em refletir os níveis pregressos<br />
de glicose, não se tratando de interferentes diretos sobre a metodologia<br />
utilizada.<br />
Por essa razão, é importante que o médico leve em consideração<br />
a detecção das Hemoglobinas Variantes, pois ao contrário do que se<br />
pensa, esse fator interfere diretamente no resultado final da HbA1c.<br />
Devido ao alto índice de miscigenação no Brasil, a dispersão dos<br />
genes para as hemoglobinas variantes e para talassemias é alta.<br />
Isso significa que o fato de vários povos de diferentes etnias terem<br />
imigrado para o país resulta numa maior prevalência dessas doenças<br />
genéticas².<br />
Detecção de hemoglobinas variantes |Cromatografia<br />
por troca iônica.<br />
Sabendo que estas variantes genéticas da hemoglobina podem<br />
interferir nos resultados da A1c, é aconselhável que sejam utilizados<br />
métodos que sejam capazes de detectar tais anormalidades<br />
inclusive para alertar ao médico desta condição clínica do paciente,<br />
pois em muitos casos a conduta terapêutica pode mudar.<br />
A técnica de HPLC por Troca Iônica é utilizada como referência<br />
para todos os demais testes existentes no mercado e por isso é o<br />
método utilizado pelo DB Diagnósticos em 100% da rotina, que<br />
além de ser Gold Standard para este teste, consegue detectar as<br />
principais hemoglobinas variantes, sem que estas interfiram no<br />
resultado da A1c.<br />
DB – Diagnósticos do Brasil | Tel.: (41) 3299-3400 | db@dbdiagnosticos.com.br | www.diagnosticosdobrasil.com.br<br />
Diagno inova com o lançamento do analisador hematológico<br />
100% nacional.<br />
A Diagno Soluções em Diagnóstico<br />
marcou presença no 51º Congresso Brasileiro<br />
de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial,<br />
realizado nos dias 26 a 29/09/2017<br />
no Parque Anhembi em São Paulo.<br />
A indústria Brasileira aproveitou a credibilidade<br />
do evento para lançar seu novo<br />
analisador hematológico com diferencial<br />
de 5 partes. O Icounter 5D chega para<br />
compor a linha Icounter, primeira linha de<br />
analisadores hematológicos desenvolvidos<br />
e fabricados no Brasil, que até o momento<br />
era composta apenas pelo Icounter 3D.<br />
Mas as novidades não pararam por aí.<br />
Conhecida pela atuação exclusiva no mercado<br />
de hematologia, a Diagno surpreendeu<br />
seus clientes apresentando uma nova<br />
linha de coagulação.<br />
Em mais uma parceria com a húngara<br />
Diagon, a COAG LINE oferece soluções<br />
vindas diretamente do mercado europeu.<br />
Além de reagentes e controles para testes<br />
de hemostasia, a linha conta também com<br />
equipamentos semiautomáticos e automáticos<br />
que atendem às mais diversas<br />
rotinas laboratoriais.<br />
Saiba mais:<br />
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068<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
informe de mercado<br />
Painéis de triagem neonatal na Mayo Clinic<br />
Exames em destaque<br />
• Newborn Screen Recommended<br />
Panel, Blood Spot (ID do exame: NBSR)<br />
o Detecta todos os distúrbios do Painel<br />
Recomendado de Triagem Uniforme (Recommended<br />
Uniform Screening Panel,<br />
RUSP) aprovado pelo Secretário de Saúde<br />
dos Estados Unidos<br />
• Newborn Screen Expanded Panel,<br />
Blood Spot (ID do exame: NBSE) o Detecta<br />
todos os distúrbios do RUSP, além de<br />
vários outros que podem ser detectados<br />
por meio da triagem neonatal, mas que<br />
ainda não foram recomendados ou aprovados<br />
para inclusão no RUSP<br />
Por que fazer a triagem neonatal?<br />
A triagem neonatal visa a detecção<br />
de problemas de saúde graves para os<br />
quais a intervenção precoce pode melhorar<br />
consideravelmente os desfechos.<br />
Embora sejam raros em termos individuais,<br />
esses males afetam um número<br />
significativo de recém-nascidos e, quando<br />
não tratados, podem acarretar grave<br />
comprometimento físico e neurológico,<br />
ou óbito.<br />
Nos Estados Unidos, as recomendações<br />
para a triagem neonatal ficam a<br />
cargo do Secretário de Saúde e Serviços<br />
Humanos. Essas recomendações são conhecidas<br />
como o Painel Recomendado<br />
de Triagem Uniforme (Recommended<br />
Uniform Screening Panel, RUSP), e consistem<br />
em 34 problemas básicos e 26<br />
problemas secundários para os quais<br />
todos os recém-nascidos devem passar<br />
por uma triagem. O RUSP é um painel<br />
dinâmico já que tratamentos recém-<br />
-descobertos ou novas tecnologias laboratoriais<br />
permitem o acréscimo de<br />
recomendações.<br />
Por que escolher a Mayo Clinic?<br />
Os painéis de triagem neonatal<br />
da Mayo Clinic visam oferecer resultados<br />
mais precisos por meio do<br />
seguinte:<br />
• Análise de dados por meio de<br />
um software de reconhecimento de<br />
padrões multivariados desenvolvido<br />
internamente – CLIR (Collaborative<br />
Laboratory Integrated Reports) –,<br />
que compara milhares de casos de<br />
positivos verdadeiros, em vez de apenas<br />
adotar um valor de corte padrão<br />
• Realização de um exame mais<br />
sensível, de 2º nível, da amostra original<br />
de triagem neonatal quando o<br />
estudo de triagem primário produz<br />
um resultado anormal.<br />
Resultados mais precisos<br />
Entre 2004 e 2013, a Mayo Clinic<br />
realizou exames de espectrometria<br />
de massa em tandem para o estado<br />
de Minnesota. Em 2013, o Laboratório<br />
de Genética Bioquímica realizou<br />
a detecção de distúrbios causados<br />
por aminoácidos, ácidos orgânicos<br />
e oxidação de ácidos graxos em<br />
71.000 bebês, e o número de falsos<br />
positivos foi de apenas 17. A taxa de<br />
falsos positivos correspondente foi<br />
de 0,024%, o que apresenta comparação<br />
favorável com uma média<br />
aproximada de 0,5% em outros programas<br />
nos Estados Unidos.<br />
Quem somos<br />
A Mayo Medical Laboratories faz<br />
parte do Departamento de Medicina<br />
Laboratorial e Patologia da Mayo<br />
Clinic, um dos maiores laboratórios<br />
clínicos do mundo. Oferecemos mais<br />
de 3.000 exames e acesso a médicos<br />
e cientistas da Mayo Clinic. Realizamos<br />
exames de referência para mais<br />
de 4.000 hospitais, clínicas e laboratórios<br />
de mais de 70 países.<br />
Para obter mais informações<br />
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• E-mail: mmlglobal@mayo.edu • Telefone: +1 855-379-3115<br />
Mayo Medical Laboratories | 3050 Superior Drive NW<br />
Rochester, MN 55901 | EUA<br />
©2017 Mayo Foundation for Medical Education and Research.<br />
Todos os direitos reservados.<br />
070<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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todo o território nacional através de filiais,<br />
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Saúde 1.353 e 370;<br />
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• Decreto Federal 8.077/2013;<br />
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072<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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de Hematologia, a Mindray<br />
disponibiliza no mercado os analisadores<br />
hematológicos de 3 partes. O BC-20s e O<br />
BC-30s foram desenvolvidos sob medida<br />
para atender aos laboratórios de diagnóstico<br />
que trabalham, com volume de<br />
amostra diário relativamente baixo, com<br />
restrição de espaço no laboratório e um<br />
orçamento limitado.<br />
Ambos analisadores são compactos,<br />
inovadores e de fácil utilização, oferecendo<br />
uma redução de até 40% no custo por<br />
teste em comparação com outros equipamentos<br />
de 3 partes. Esta economia é<br />
possível pois os novos modelos utilizam,<br />
de forma otimizada, apenas dois reagentes<br />
de rotina: o diluente e um lisante.<br />
O BC-30s tem velocidade de processamento<br />
de até 70 amostras por hora<br />
enquanto que o BC-20s pode processar<br />
até 40 amostras por hora. Ambos têm<br />
o objetivo de superar as expectativas<br />
dos nossos clientes, cujos laboratórios<br />
demandam por soluções mais precisas,<br />
eficientes e inovadoras.<br />
21 parâmetros reportáveis, 3 histogramas,<br />
com volume da amostra de<br />
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apenas 9˙μL, o que é ideal para pediatria.<br />
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USB (para impressora externa, atualização<br />
de software, leitor de código de barras,<br />
adaptador Wi-Fi, teclado e mouse - Opcionais),<br />
porta LAN para LIS bi-direcional.<br />
Para maiores informações, nos<br />
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A dengue é uma doença infecciosa<br />
febril aguda de origem viral, transmitida<br />
através de mosquitos da espécie<br />
Aedes, com diferentes apresentações<br />
clínicas, e de prognóstico imprevisível.<br />
Após o período de incubação, de 4 a<br />
10 dias entre a picada do mosquito infectado<br />
e a manifestação dos sintomas,<br />
a doença começa de maneira brusca,<br />
sendo similar a uma síndrome gripal.<br />
A Organização Mundial da Saúde<br />
(OMS) estima que quatro bilhões de<br />
pessoas estejam vivendo em áreas<br />
com risco de infecção pela doença.<br />
Anualmente, 3,2 milhões de casos são<br />
registrados no mundo, sendo que 500<br />
mil são considerados graves, e 21 mil<br />
resultam em morte.<br />
A LumiraDx, dispõe em seu portfólio<br />
Testes Rápidos para detecção de anticorpos<br />
e antígeno da dengue através<br />
dos cassetes Dengue Ab/Ag - DUO,<br />
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qualitativamente anticorpos IgG e IgM<br />
e antígeno NS1 para Dengue em amostras<br />
de sangue total, soro ou plasma.<br />
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074<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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• Painéis de testes<br />
Painel I (LDH/CPK/ALT/AST/URE/BIL-T)<br />
Painel II (CRE/ALB/PT/Ac. Úrico/URE)<br />
Painel III (CRE/ALT/PT/FAL/URE/GLI)<br />
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es e Peso:<br />
es e Altura Peso: Largura Profundidade<br />
de hematologia, adaptando-se<br />
Peso<br />
a diferentes<br />
cm ambientes. 23 kg<br />
r 48 Altura cm 40 Largura cm 48 Profundidade cm 23 Peso kg<br />
r 48 cm 40 cm 48<br />
Mesmo compacto, o equipamento<br />
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robusto e fornece 27 parâmetros<br />
ra (opcional):<br />
compatíveis com drivers Linux<br />
compatíveis com drivers Linux<br />
nto:<br />
hematológicos, incluindo a Contagem<br />
tras/hora nto:<br />
tras/hora<br />
Diferencial de Leucócitos completa com<br />
Som:<br />
Som:<br />
6 populações de leucócitos, utilizando<br />
s de temperatura e umidade:<br />
apenas 3 reagentes.<br />
59°F) s de temperatura a + 30°C (+86°F) e umidade: Além disso, possui software intuitivo<br />
59°F) relativa a + de 30°C 30%-80% (+86°F) máxima, sem condensação<br />
relativa de 30%-80% máxima,<br />
e fácil<br />
sem<br />
de<br />
condensação<br />
operar, que garante resultados<br />
a Amostra:<br />
a<br />
altamente confiáveis em hematologia.<br />
o: Amostra: 20µL<br />
o: 20µL<br />
o: 20µL<br />
s de Energia:<br />
Princípios de Medição<br />
s ão: de 100 Energia: V a 240 V (+ /- 10%), WBC 50 Hz & Differential a 60 Hz<br />
: ão: 165 100 VA V a 240 V (+ /- 10%), 50 Hz a 60 Hz<br />
: de 165 calor: VA 348 kJ/h (330 BTU/h) Contagem de Leucócitos e Diferencial<br />
de calor: 348 kJ/h (330 BTU/h)<br />
s:<br />
Primeira Diluição: 1/51 com ABX Diluente<br />
tes s: para análise:<br />
Diluição Final: 1/121 com Whitediff<br />
tes nte para (10L análise: ou 20L)<br />
nte (10L ou 20L)<br />
Incubação: 22 seg. a 37°C<br />
1L (livre de cianeto)<br />
1L (livre de cianeto) Métodos:<br />
te para manutenção diária: • Citometria: Sistema Sequencial Hidrodinâmico<br />
Duplo ‘DHSS’<br />
te ner para 1L manutenção diária:<br />
ner 1L<br />
• Leitura Óptica: Absorbância<br />
ípIOS De MeDIçÃO • Variação de Impedância<br />
ípIOS De MeDIçÃO<br />
Diâmetro de Abertura: 60 μm<br />
ifferential<br />
ifferential de Leucócitos e DiferencialContagem: 11 x 1 seg.<br />
Diluição: de Leucócitos 1/51 com e Diferencial ABX Diluente<br />
Diluição: inal: 1/121 1/51 com com Whitediff ABX Diluente<br />
o: inal: 221/121 seg. a com 37°CWhitediff<br />
Medição de HGB<br />
: o: 22 seg. a 37°C<br />
Primeira Diluição: 1/51 com ABX Diluente<br />
: tria: Sistema Sequencial Hidrodinâmico<br />
Diluição Final:<br />
Duplo<br />
1/121<br />
‘DHSS’<br />
com Whitediff 1L<br />
tria: Óptica: Sistema Absorbância Sequencial Hidrodinâmico Duplo ‘DHSS’<br />
o Óptica: de Impedância Absorbância Incubação: 12,5 seg. a 37°C<br />
o de de Abertura: Impedância 60 µm Método:<br />
de : 11 Abertura: x 1 seg. 60 µm<br />
: 11 x 1 seg.<br />
• Espectrofotometria : comprimento de<br />
de HGB<br />
onda de 555 nm<br />
Diluição: de HGB1/51 com ABX Diluente<br />
Medição: 10 x 0,3 seg.<br />
Diluição: inal: 1/121 1/51 com com Whitediff ABX Diluente 1L<br />
o: inal: 12,5 1/121 seg. com a 37°C Whitediff 1L<br />
o: 12,5 seg. a 37°C Detecção de RBC & PLT<br />
rofotometria : comprimento de onda de 555 nm<br />
rofotometria 10 x 0,3 seg. : comprimento de Primeira onda de Diluição: 555 nm1/51 com ABX Diluente<br />
10 x 0,3 seg.<br />
Diluição Final: 1/10000 com ABX Diluente<br />
de RBC & PLT<br />
Diluição: de RBC 1/51 & PLT com ABX Diluente<br />
Diluição: inal: 1/10000 1/51 com ABX Diluente<br />
inal: 1/10000 com ABX Diluente<br />
o de Impedância 076<br />
são o de Analógica Impedância Digital<br />
Método:<br />
eSpeCIFICAçõeS De SOFTWARe<br />
eSpeCIFICAçõeS De SOFTWARe<br />
• Variação<br />
• Processamento<br />
de Impedância<br />
de Dados<br />
• Tela Processamento LCD touch screen de Dados colorida: 12,1 in.<br />
• Conversão Tela Sistema LCD Analógica Operacional: touch screen Digital Linux colorida: 12,1 in.<br />
Contagem: Sistema Conexão: 12 Operacional: x RS232, 1 seg. Ethernet, LinuxUSB<br />
Conexão: Comunicação: RS232, protocolo Ethernet, ASTM USB<br />
Histograma Comunicação: de RBC: protocolo 256 canais ASTM de 30<br />
Capacidade: 10000 resultados + gráficos<br />
a 300 Capacidade: fL 10000 resultados + gráficos<br />
Histograma de PLT: 256 canais de 2 a<br />
limiar móvel<br />
Opções: teclado, mouse e leitor de código de barras<br />
Opções: teclado, mouse e leitor de código de barras<br />
• Controle de Qualidade<br />
• 3 Controle níveis de controle de Qualidade (baixo, normal, alto)<br />
3 Download níveis de de controle valores (baixo, alvo (USB) normal, alto)<br />
Resultados CQ compatíveis com Programa de Controle de Qualidade (QCP) da Horiba Medical<br />
Resultados CQ compatíveis com Programa de Controle de Qualidade (QCP) da Horiba Medical<br />
Medição Download de HCT de valores alvo (USB)<br />
Método: Gráficos integração Levey-Jennings analógica<br />
Gráficos Levey-Jennings<br />
de Radar<br />
Cálculo: Gráficos VCM, de HCM, Radar CHCM, RDW-CV,<br />
RDW-SD*, PCT*, PDW*, P-LCC*, P-LCR*<br />
XB em 3 ou 9 parâmetros, valor médio de 20 corridas<br />
XB em 3 ou 9 parâmetros, valor médio de 20 corridas<br />
Parâmetros pARÂMeTROS e Dados de e Desempenho<br />
DADOS DeSeMpeNHO<br />
pARÂMeTROS e DADOS De DeSeMpeNHO<br />
27 Parâmetros:<br />
27 WBC Parâmetros:<br />
NEU# WBC & NEU%<br />
RBC<br />
HGB RBC<br />
PLT<br />
MPV PLT<br />
NEU# LYM# & LYM% NEU% HGB HCT MPV PCT*<br />
LYM# MON# & LYM% MON% VCM HCT PCT* PDW*<br />
MON# EOS# & EOS% MON% VCM HCM PDW* P-LCC*<br />
EOS# BAS# & BAS% EOS% CHCM P-LCC* P-LCR*<br />
BAS# LIC# & LIC%* BAS% CHCM RDW-CV RDW-SD* P-LCR*<br />
LIC# & LIC%* RDW-CV RDW-SD*<br />
Linearidade: Limites de Linearidade Intervalo Visível Unit<br />
Linearidade: WBC 0 Limites - 300 de Linearidade Intervalo 300 - 600 Visível 109/L Unit<br />
WBC RBC 0 - 300 8 300 8 - 18 - 600 109/L 1012/L<br />
RBC HGB 0 - 8240 8240 - 18 - 300 1012/L g/L<br />
HCT HGB 0 - 0,67 240 0,67 240 - 300 0,80 L/L g/L<br />
HCT PLT 0 - 0,67 2500 0,67 2500 - 0,80 4000 109/L L/L<br />
PLT (concentrado) 0 - 2500 4000 2500 4000 - 4000 5000 109/L<br />
PLT (concentrado) 0 - 4000 4000 - 5000 109/L<br />
Precisão (Repetibilidade):<br />
Precisão Parâmetros (Repetibilidade): CV (%) Faixa Unidade<br />
Parâmetros WBC CV
informe de mercado<br />
Linha de Acessórios VACUETTE ®<br />
Inovação e tecnologia de todo processo<br />
A simplicidade e o manuseio seguro<br />
são importantes durante os procedimentos<br />
de rotina, por isso a linha VACUETTE®<br />
desenvolve produtos que atendam às<br />
necessidades de seus usuários.<br />
O Adaptador HOLDEX®, por exemplo,<br />
foi projetado especialmente para<br />
pacientes com acesso difícil. O bico<br />
excêntrico, tipo Luer, posicionado lateralmente,<br />
garante um excelente ângulo<br />
para punção venosa.<br />
O adaptador QUICKSHIELD vem para<br />
atender a uma maior segurança no manuseio<br />
e descarte de perfurocortantes,<br />
pois possui uma trava de proteção ergonômica<br />
que gira 360° e assim facilita<br />
a angulação no momento da punção<br />
venosa. No momento do descarte, a<br />
trava é acionada pressionando sobre<br />
uma superfície rígida com um único<br />
movimento.<br />
As Agulhas Múltiplas para Coleta<br />
de Sangue a Vácuo possuem o ponto<br />
indicativo sobre a tampa de proteção<br />
que indica a posição do bisel. As Agulhas<br />
VISIO PLUS possuem uma câmara<br />
transparente que possibilita a visualização<br />
do sangue no momento da inserção<br />
no vaso sanguíneo. Ambas são siliconizadas<br />
e com corte especial trifacetado,<br />
que garante uma delicada penetração<br />
na veia do paciente.<br />
As Destampadoras UNICAP VACUET-<br />
TE®, destampam os tubos para coleta<br />
de sangue com rapidez e segurança.<br />
Em uma única etapa de trabalho, são<br />
capazes de abrir tubos de diferentes<br />
tipos e tamanhos.<br />
A Linha de Transporte VACUET-<br />
TE® tem soluções completas para o<br />
acondicionamento e segurança no transporte<br />
de amostras biológicas. Dentre os<br />
produtos, há as embalagens secundárias,<br />
disponíveis nos modelos VTC e VTB;<br />
material refrigerante para acondiciona-<br />
-mento das amostras; as embalagens<br />
terciárias, em quatro tamanhos, para<br />
manter as amostras biológicas na temperatura<br />
ideal durante o transporte e o<br />
Thermoscan, software de monitoramento<br />
que permite acompanhar e registrar a<br />
temperatura das amostras.<br />
Os Recipientes para Descarte VACUET-<br />
C<br />
TE® são ideais para o descarte seguro de<br />
M<br />
materiais perfurocortantes. Com diferentes<br />
opções de tamanho, apresentam um<br />
Y<br />
recipiente apropriado para cada situação.<br />
CM<br />
Feitos de material impermeável e resistente,<br />
os modelos possuem alças para fa-<br />
MY<br />
CY<br />
cilitar o transporte e tampa com sistema<br />
CMY<br />
de fechamento permanente, que dificulta<br />
a violação. Podem ser adquiridos com<br />
K<br />
ou sem suporte.<br />
Dentre os acessórios adicionais que<br />
completam a linha de coleta de sangue,<br />
os Torniquetes Descartáveis são práticos<br />
e simples de usar, com embalagem<br />
do tipo dispenser. Protegem da contaminação<br />
cruzada, Adaptadores: são livres de látex e Padrão, QUI Q<br />
sem DEHP.<br />
Segurança e e HOLDEX®<br />
Os anéis de identificação, compatíveis<br />
com todos Escalpes os tubos VACUETTE®, com com Trava Trava de de S<br />
de 13 mm e 16 mm, Agulhas são utilizados Múltiplas para para para Co<br />
fins de análises especiais e contribuem<br />
na identificação Agulhas visual durante VISIO os pro-<br />
PLUS<br />
cedimentos de rotina.<br />
Torniquete Descartávele<br />
Destampadora UNICAP<br />
Assessoria Imprensa<br />
Anéis Anéis de Identificação<br />
Greiner Bio-One Brasil<br />
info@br.gbo.com<br />
Linha Linha<br />
www.gbo.com<br />
de de Transporte<br />
Recipientes para para Descarte d<br />
Linha de Acessórios VACUETTE®<br />
Inovação e e tecnologia de de todo processo<br />
Greiner Greiner Bio-One Bio-One Brasil Brasil | Avenida | Avenida Affonso Affonso Pansan, Pansan, 1967 1967 | CEP | CEP 13473-620 | | Americana | SP| SP<br />
Tel: Tel: +55 +55 (19) (19) 3468-9600 | Fax: | Fax: +55 +55 (19) (19) 3468-3601 | E-mail: | E-mail: info@br.gbo.com<br />
078<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17<br />
ww
Linha de Acessórios VACUETTE®<br />
Inovação e tecnologia de todo processo<br />
Adaptadores: Padrão, QUICKSHIELD com Escudo de<br />
Segurança e HOLDEX®<br />
Escalpes com Trava de Segurança<br />
Agulhas Múltiplas para Coleta de Sangue<br />
Agulhas VISIO PLUS<br />
Torniquete Descartável e Infantil (Sem Látex)<br />
Destampadora UNICAP<br />
Anéis de Identificação<br />
Linha de Transporte<br />
Recipientes para Descarte de Materiais Perfurocortantes<br />
Greiner Bio-One Brasil | Avenida Affonso Pansan, 1967 | CEP 13473-620 | Americana | SP<br />
Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />
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informe de mercado<br />
Alfa-fetoproteína<br />
Wama Diagnóstica<br />
A AFP (Alfa-fetoproteína) é o exame<br />
mais comumente utilizado em pacientes<br />
com suspeita de Câncer Hepático (Carcinoma<br />
Hepatocelular ou CHC).<br />
Como ela é produzida pelas células hepáticas<br />
imaturas do feto seus níveis estão elevados<br />
logo após o nascimento, diminuindo<br />
progressivamente até atingir níveis da idade<br />
adulta por volta de um ano de idade. Assim,<br />
crianças que apresentam defeitos do tubo<br />
neural (malformações fetais no cérebro ou<br />
na medula espinhal causadas por deficiência<br />
de ácido fólico durante a gestação), também<br />
apresentam níveis elevados de AFP.<br />
O Imuno-Rápido AFP da Wama Diagnóstica<br />
é um teste de triagem bastante útil na<br />
identificação desses pacientes.<br />
Em adultos, são observados níveis bastante<br />
elevados em apenas três condições<br />
clínicas:<br />
1. Carcinoma Hepatocelular (CHC).<br />
2. Tumores de células germinativas (tumor<br />
de testículo e ovário).<br />
3. Tumores com metástases para o fígado<br />
(com origem em outros órgãos).<br />
É importante lembrar, entretanto, que<br />
pacientes com hepatite crônica e cirrose<br />
podem apresentar níveis elevados de AFP,<br />
apesar de não apresentarem CHC. Entretanto,<br />
a persistência desses níveis elevados<br />
ou crescentes caracteriza risco elevado de<br />
desenvolvimento de CHC ou já possuírem<br />
um tumor que ainda não foi clinicamente<br />
descoberto.<br />
Do exposto, a dosagem de AFP deve ser<br />
indicada nas seguintes situações:<br />
• Suspeita de câncer de fígado, testículo<br />
ou ovário.<br />
• Para monitorar um paciente com doença<br />
hepática crônica quanto ao surgimento<br />
de carcinoma hepatocelular.<br />
• Monitorar a efetividade do tratamento<br />
de pacientes que estejam sendo tratados de<br />
câncer de fígado, testículo ou ovário.<br />
• Monitorar a possibilidade de recorrência<br />
do tumor.<br />
Apresentação: 10, 20 e 40 testes.<br />
Relacionamento<br />
Wama Diagnóstica:<br />
Tel:+55163377.9977<br />
SAC: 0800 772 9977<br />
wamadiagnostica.com.br<br />
atendimento@wamadiagnostica.com.br<br />
facebook.com/wamadiagnostica<br />
linkedin.com/wamadiagnostica<br />
instagram.com/wamadiagnostica<br />
Fanem apresenta o estado da<br />
arte em Câmaras de Conservação<br />
A Fanem, multinacional brasileira que<br />
fabrica produtos inovadores nas áreas de<br />
neonatologia e de laboratórios, apresentou<br />
lançamentos e novidades que valorizam<br />
ainda mais o seu portfólio de produtos diferenciados,<br />
durante a Hospitalar 2017.<br />
A nova família de Câmaras Hematoimuno<br />
3357 emprega o conceito Design<br />
Thinking e é o “estado da arte” em câmaras<br />
de conservação de imunobiológicos e<br />
hematológicos. Sua concepção levou em<br />
conta pesquisas com usuários e normas<br />
internacionais, resultando em excelente<br />
usabilidade, equilíbrio térmico e eficiência<br />
no consumo de energia. O projeto incorporou<br />
investimentos em modernos processos<br />
industriais e alta tecnologia.<br />
Desenvolvido exclusivamente para o<br />
produto, o sistema de refrigeração modular<br />
Plugin, da Embraco, um dos maiores<br />
fabricantes de sistemas de refrigeração do<br />
mundo, proporciona economia de até 40%<br />
no consumo de energia e utiliza hidrocarboneto<br />
(fluido refrigerante CFC free) ecologicamente<br />
correto.<br />
Criadas exclusivamente para a conservação<br />
de insumos, as câmaras possuem<br />
avançadas características de isolamento<br />
térmico que permitem que as temperaturas<br />
sejam mantidas por horas, além do sistema<br />
opcional EBS (Energy Backup System),<br />
que ajuda a garantir dias de autonomia do<br />
equipamento, em pleno funcionamento.<br />
Emprega, ainda, conceitos de IoT (Internet<br />
das Coisas) e de conectividade – conexões<br />
wi-fi, ethernet e bluetooth – e estão aptas<br />
à integração com as soluções da Sensorweb<br />
para monitoramento e controle à distância.<br />
A tecnologia SensyColor (patente Fanem),<br />
altera a cor da iluminação interna conforme<br />
a variação de temperatura e dá suporte aos<br />
alarmes sonoros e visuais.<br />
As câmaras estarão disponíveis nas versões<br />
Standard, Advanced e Premium, com<br />
capacidades de 400 litros e 500 litros, ainda<br />
em 2017.<br />
Fanem<br />
marketing@fanem.com.br<br />
www.fanem.com.br<br />
Avenida General Ataliba Leonel,<br />
1790 – Carandiru – São Paulo – SP<br />
CEP 02033-020<br />
080<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
APOIO<br />
LABORATORIAL:<br />
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de Apoio Laboratorial há mais de 20 anos.<br />
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Brasil, que já contam com a máxima<br />
agilidade e precisão em mais de 3 mil<br />
tipos de exames. Com o Hermes Pardini<br />
não tem dúvida, tem confiança.<br />
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e transferência de know-how<br />
• Controle da produção, segurança<br />
e rastreabilidade em tempo real<br />
• Validação de resultados<br />
e assessoria centralizada<br />
• Diversificação do portfólio com<br />
testes especializados<br />
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Responsável Técnico: Dr. Ariovaldo Mendonça - CRMMG 33.477 - RQE 21.876 - Inscrição CRM 356 - MG
informe de mercado<br />
Grupo DASA lança marca GeneOne e<br />
entra para o mercado de testes genéticos<br />
O objetivo da marca é que mais pessoas tenham acesso a exames<br />
genéticos que auxiliam no diagnóstico de uma doença, no seu<br />
tratamento ou até mesmo previna sua manifestação<br />
Estima-se 600 mil novos casos de câncer<br />
entre 2016 e 2017 desses, de 5% a 10% são<br />
de origem hereditária. Aproximadamente<br />
500 milhões de pessoas no mundo são afetadas<br />
por doenças raras, cerca de 80% são<br />
devido a fatores genéticos. É nesse cenário<br />
que o Grupo DASA lança a GeneOne, marca<br />
de medicina genômica que nasce com foco<br />
em oncogenética, doenças raras e cardiogenéticas,<br />
e que tem seus exames disponíveis<br />
nos laboratórios do grupo. Ainda no<br />
primeiro semestre de 2018, prevê ampliar<br />
ainda mais suas áreas de atuação em novas<br />
frentes como neurologia e reprodução e<br />
lançara o seu e-commerce, para aumentar<br />
ainda mais o acesso aos exames genéticos<br />
em todo o Brasil.<br />
Parcerias internacionais<br />
Para trazer ao Brasil exames de alta qualidade<br />
e equiparar aos países mais avançados<br />
na área de medicina genômica, a GeneOne<br />
realizou renomadas parcerias internacionais<br />
com o objetivo de transferência de tecnologia<br />
e desenvolvimento de ferramentas de<br />
análises de dados genéticos.<br />
Uma das parcerias de referência é a<br />
Sophia Genetics, empresa europeia especializada<br />
em análise de dados genéticos e<br />
conta um amplo banco de dados, validados<br />
com mais de 100 mil amostras de DNA<br />
sequenciadas.<br />
Capilaridade<br />
Um dos principais gargalos do mercado<br />
de genética no Brasil é a capilaridade, por<br />
não contar com laboratórios especializados<br />
em genética capazes de captar as amostras<br />
em todo o país. Com a GeneOne, a DASA vai<br />
suprir essa necessidade por contar com uma<br />
ampla rede de unidades laboratoriais com<br />
marcas que são referência em diagnósticos<br />
em todo o território nacional.<br />
“Estamos entrando nesse mercado em<br />
um momento que contamos com uma<br />
estrutura completa para oferecer o melhor<br />
serviço aos nossos pacientes e a melhor análise<br />
e qualidade dos exames aos médicos. A<br />
GeneOne nasce com ampla capilaridade,<br />
oferecendo em 10 estados do país acesso<br />
aos pacientes ao que há de mais avançado<br />
em medicina personalizada”, comenta Dr.<br />
Gustavo Campana, Diretor Médico de Análises<br />
Clínicas da DASA.<br />
Até o lançamento da GeneOne, todo o<br />
Grupo DASA analisava cerca de 20 exames<br />
genéticos ao mês, agora tem capacidade<br />
para analisar 1.500 por mês.<br />
Corpo clínico<br />
Com corpo clínico renomado e especializado<br />
nas suas frentes de atuação, a Gene-<br />
One conta com reconhecidos profissionais,<br />
tanto no Brasil quanto no exterior, nas áreas<br />
de genética e biologia molecular.<br />
É com o apoio e amplo conhecimento<br />
dessa equipe médica que a GeneOne vai<br />
oferecer o Serviço de Assessoria Médica<br />
em Genética, um atendimento focado nos<br />
profissionais para auxiliar na indicação e<br />
interpretação dos testes genéticos, para que<br />
os médicos possam oferecer atendimento<br />
e diagnóstico mais completo possível aos<br />
seus pacientes. “Esse é um importante diferencial,<br />
já que os médicos não contam com<br />
um suporte das análises que são realizadas<br />
em laboratórios fora do Brasil. Dúvidas na<br />
interpretação final do laudo, continuidade<br />
na investigação de resultado prévio ou<br />
relação de genes a serem pesquisados são<br />
dúvidas comuns em uma análise”, completa<br />
Dr. Gustavo Campana.<br />
O mercado e a GeneOne<br />
O mercado de exames genéticos cresceu<br />
cerca de 18% nos últimos anos em todo o<br />
mundo, além de atualmente ser a área que<br />
apresenta maior evolução dentro da medicina.<br />
O Brasil ainda conta com um grande<br />
espaço para desenvolver a área de genômica<br />
e tem potencial para se tornar referência<br />
em todo o mundo.<br />
A GeneOne inicia suas operações com<br />
cinco sequenciadores de nova geração e<br />
alta capacidade produtiva, uma das maiores<br />
instaladas no Brasil, que capacita a realização<br />
de diversos exames genéticos, incluindo<br />
os relacionados às 29 doenças que estão no<br />
rol de procedimentos da Agência Nacional<br />
de Saúde Suplementar (ANS).<br />
Um dos destaques é o painel de câncer<br />
para avaliação de tumores, chamado de<br />
TargetOne, que detecta alterações genéticas<br />
no tumor e oferece um diagnóstico completo<br />
para auxiliar na orientação terapêutica,<br />
determinação de prognóstico e definição<br />
diagnóstica de tumores sólidos. “As análises<br />
que o TargetOne oferece são essenciais para<br />
o médico definir qual é o tratamento que<br />
surtirá mais efeito no combate à doença do<br />
seu paciente, por também detectar as alterações<br />
moleculares e genéticas que o tumor<br />
apresenta”, finaliza Dr. Emerson Gasparetto.<br />
Para o lançamento da GeneOne, a<br />
DASA investiu R$ 30 milhões e prevê alcançar<br />
R$ 60 milhões em investimento<br />
nos próximos três anos.<br />
Contatos para imprensa<br />
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082<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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informe de mercado<br />
A melhor solução em diagnóstico para o<br />
Novembro Azul<br />
Depois do Outubro Rosa ter chegado<br />
ao fim, inicia-se mais um mês de prevenção<br />
e conscientização: o Novembro<br />
Azul. O mês de novembro é internacionalmente<br />
dedicado às ações relacionadas<br />
ao câncer de próstata e à saúde do<br />
homem. O mês foi escolhido em função<br />
do dia 17 de novembro ser o Dia Mundial<br />
de Combate ao Câncer de Próstata.<br />
A origem do movimento se deu na<br />
Austrália, no ano de 2013. Assim como<br />
o Outubro Rosa, o Novembro Azul é<br />
uma campanha de nível mundial, marcada<br />
por inúmeras ações de conscientização<br />
e prevenção dessa doença.<br />
O câncer de próstata é o sexto tipo<br />
mais comum no mundo e o de maior<br />
incidência nos homens.¹<br />
As taxas da manifestação da doença<br />
são cerca de seis vezes maiores nos<br />
países desenvolvidos. Muitas vezes por<br />
uma questão cultural, a visita ao urologista<br />
e o exame que identifica os sintomas<br />
não são realizados pelos homens.<br />
Homens com mais de 65 anos estão<br />
mais propensos a desenvolver a doença<br />
(3 a cada 4 casos são de homens nesta<br />
faixa etária), que se diagnosticada e<br />
tratada no início tem os riscos de mortalidade<br />
reduzidos drasticamente. No<br />
Brasil, esta é a quarta causa de morte<br />
por câncer e corresponde a 6% do total<br />
de óbitos por este grupo.<br />
Para o diagnóstico mais preciso a<br />
Stra Medical conta com o HistoPot,<br />
que são frascos plásticos rígidos de<br />
excelente qualidade, antivazamento,<br />
pré-rotulados de diversos tamanhos<br />
que contém Formol Tamponado 10%,<br />
desenvolvidos para coleta, armazenamento<br />
e transporte de biópsias.<br />
Por um baixo custo é possível aliar<br />
qualidade na fixação das amostras, diminuindo<br />
erros na fase crítica do pré-<br />
-analítico, padronização, otimizar suas<br />
atividades internas no laboratório e<br />
trazer segurança aos profissionais envolvidos,<br />
pois não terão contato direto<br />
com o formol.<br />
Fabricado na Irlanda pela Serosep<br />
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ISO:13485, no mercado desde 1997, detentora<br />
de quase 100% do mercado irlandês<br />
e com exportações para mais de<br />
25 países, é considerada líder mundial<br />
no fornecimento deste tipo de produto.<br />
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¹ Novembro Azul conscientiza homens<br />
para prevenção do câncer de próstata -<br />
http://www.brasil.gov.br/saude/2012/11/<br />
novembro-azul-conscientiza-homens-<br />
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084<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
informe de mercado<br />
Novo cobas e 801<br />
O módulo cobas e 801 é o mais<br />
novo membro da série de analisadores<br />
modulares cobas® 8000, que veio para<br />
revolucionar a eficiência dos laboratórios.<br />
Utilizando a consolidada tecnologia de<br />
Eletroquimioluminescência (ECL), o novo<br />
módulo é capaz de duplicar a capacidade<br />
de testes de imunologia atualmente<br />
disponível sem aumentar a necessidade<br />
de espaço físico. O conceito de modularidade<br />
permite mais de 450 configurações<br />
para área de soro com até quatro módulos<br />
cobas e 801 configurados em série,<br />
oferecendo até 1.200 testes/hora em até<br />
192 posições de reagente.<br />
Com amplo portfólio de mais de 95<br />
ensaios de imunologia, o sistema requer<br />
baixo volume de amostra e oferece carga<br />
contínua de consumíveis e reagentes,<br />
com tempo de reação de 18 minutos para<br />
testes de rotina e 9 minutos para testes<br />
de emergência, as ponteiras descartáveis<br />
eliminam o risco de contaminação cruzada<br />
em ensaios de imunologia. Essas características<br />
viabilizam um crescimento sustentável,<br />
beneficiam pacientes e profissionais<br />
de saúde, fornecendo resultados rápidos e<br />
precisos para suportar as decisões médicas<br />
para o melhor tratamento.<br />
Registro ANVISA: 10287411196;<br />
©2017 Roche – Agosto/2017 – ERDL1024<br />
COBAS é uma marca registrada da Roche.<br />
As demais marcas mencionadas são<br />
de responsabilidade de suas respectivas<br />
empresas.<br />
Roche Diagnóstica Brasil Ltda.<br />
Av. Engenheiro Billings, 1729, prédio 38<br />
São Paulo, SP, 05321-010 - Brasil<br />
0800 77 20 295<br />
Laboratórios também devem realizar CEQ da<br />
contagem diferencial de leucócitos<br />
Um dos exames realizados em maior<br />
número na rotina diária dos laboratórios<br />
é o Hemograma. A grande maioria dos<br />
laboratórios o realiza de maneira automatizada,<br />
em analisadores disponibilizados<br />
pelo mercado e participa de um<br />
Ensaio de Proficiência, como o PRO-EX.<br />
Como a contagem diferencial de leucócitos<br />
faz parte do exame de rotina,<br />
também deve haver controle externo<br />
de qualidade para este procedimento!<br />
Como você já sabe, de acordo com<br />
a RDC 302:2005 da ANVISA, a participação<br />
dos laboratórios clínicos em um<br />
Programa de Controle de Qualidade<br />
Externo é obrigatória.<br />
O Programa HEMATOLOGIA BÁSICA<br />
contém amostras-controle para os seguintes<br />
parâmetros:<br />
a) Contagem de células: Hemácias,<br />
Leucócitos, Plaquetas e Reticulócitos;<br />
b) Determinação: Hematócrito e Hemoglobina;<br />
c) Índices Hematimétricos: CHGM,<br />
HGM, VGM, e RDW.<br />
O Programa Avançado HEMATOLO-<br />
GIA II consiste na avaliação de imagens<br />
virtuais de células sanguíneas para<br />
identificação e contagem diferencial.<br />
Acompanha um histórico do paciente e<br />
os resultados das contagens dos parâmetros<br />
pelo equipamento.<br />
As imagens ficam disponíveis na área<br />
restrita dos Laboratórios Participantes, no lote<br />
aberto e são disponibilizadas mensalmente.<br />
Para contratar o Programa Avançado<br />
HEMATOLOGIA II basta enviar um e-mail<br />
para pncq@pncq.org.br, informando seu<br />
código de Laboratório Participante.<br />
PNCQ<br />
Conheça todos os Programas<br />
Avançados do PRO-EX em nosso<br />
Catálogo de Produtos:<br />
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086<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
informe de mercado<br />
Celltac Es MEK-7300 Sensibilidade mínima de detecção de<br />
Flag para Grandes Células Imaturas<br />
Department of Clinical Laboratory, The University of Tokyo Hospital<br />
As Grandes células imaturas (Blastos)<br />
normalmente não são encontradas no<br />
sangue periférico de indivíduos saudáveis,<br />
a não ser que haja metástases de<br />
câncer de medula ou a possibilidade de<br />
leucêmia estar presente. Para um diagnóstico<br />
clínico mais rápido e preciso, é<br />
importante notificar com precisão o médico<br />
da possibilidade de “Blastos” através<br />
do hemograma utilizando um analisador<br />
hematológico. O Celltac ES MEK-7300 da<br />
Nihon Kohden fornece um Flag “Blasts”,<br />
se possível, a presença e detecção de<br />
Grandes Células Imaturas na análise do<br />
hemograma. Para confirmar a sua sensibilidade,<br />
foi utilizada uma amostra de<br />
leucemia mielóide aguda (AML-M5a)<br />
que possui células Imaturas (Blastos) de<br />
1.202 × 102 / μL (Figura 1). Então, essas<br />
células foram adicionadas a amostra de<br />
individuos saudáveis e processadas no<br />
Celltac ES MEK-7300.<br />
Resultados:<br />
Ao usar células imaturas adicionadas a<br />
amostras normais, foram confirmados a<br />
sensibilidade mínima detectável do Flag<br />
“Blasts” como mostra o gráfico de dispersão<br />
de um analisador de hematologia<br />
Celltac ES MEK-7300.<br />
À medida que o número de células<br />
imaturas (Blastos) nas amostras de<br />
indivíduos saudáveis aumentou, foi<br />
refletido no gráfico de dispersão do<br />
Celltac Es MEK-7300 gerando alarmes<br />
e Flag “Blasts”.<br />
Conclusão:<br />
Ao medir as amostras com células<br />
imaturas, adicionando-se 4,8 x 102 /<br />
μL de “Blastos” o Celltac Es MEK-7300<br />
pode fornecer diagnóstico clínico mais<br />
rápido e preciso porque ele efetivamente<br />
detecta presença de células Imaturas em<br />
sangue periférico.<br />
NIHON KOHDEN<br />
Rua Diadema, 89 1° andar CJ11 a 17<br />
Mauá – São Caetano do sul/SP<br />
CEP 09580-670, Brasil<br />
Tel.: +55 11 3044-1700<br />
FAX + 55 11 3044-0463<br />
m.uono@nkbr.com.br<br />
088<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
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HEMATOLÓGICOS AUTOMATIZADOS<br />
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Presente em mais de 120 países<br />
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NIHON KOHDEN DO BRASIL LTDA.<br />
Rua Diadema, 89. 1º Andar, conjuntos 11 a 17 - Mauá - São Caetano do Sul-SP<br />
Tel.: +55 11 3044-1700 | Fax +55 11 3044-0463<br />
www.nihonkohden.com<br />
NIHON KOHDEN CORPORATION<br />
1-31-4 Nishiochiai, Shinjuku-ku, Tokyo 161-8560 - Japan<br />
Phone + 81 (3) 5996-8036 | Fax +81 (3) 5996-8100
informe de mercado<br />
PSYCHEMEDICS BRASIL ALERTA<br />
PARA NOVA MEDIDA DO CAGED<br />
As empresas que têm motoristas contratados<br />
pela CLT, categorias C, D e E têm<br />
que apresentar ao CAGED o exame toxicológico<br />
de larga janela nos casos de admissão<br />
e desligamento dos empregados.<br />
A exigência é do Ministério do Trabalho e<br />
está em vigor desde o mês de setembro.<br />
A Psychemedics Corporation, maior<br />
empresa do mundo na realização de<br />
exames toxicológicos de larga janela está<br />
preparada para essa nova demanda do<br />
governo. A Psychemedics Brasil, atuando<br />
aqui desde 1999, líder no país com<br />
70% do mercado corporativo preparou<br />
um fluxo especial para facilitar a relação<br />
entre os resultados dos exames, os<br />
departamentos responsáveis como RH e<br />
Pessoal e o CAGED.<br />
Fluxo do exame toxicológico CAGED<br />
- O candidato a motorista doa uma<br />
amostra de cabelo na rede conveniada da<br />
Psychemedics ou a coleta pode ser feita<br />
na própria empresa por um funcionário<br />
previamente capacitado.<br />
- A Psychemedics analisa o cabelo e<br />
envia o laudo para o motorista e o Médico<br />
Revisor.<br />
- O Médico Revisor da Psychemedics<br />
faz a análise do resultado e emite um<br />
Relatório Médico.<br />
- A Psychemedics disponibiliza o<br />
Relatório Médico ao RH que terá acesso<br />
aos dados necessários para a inclusão no<br />
CAGED.<br />
- RH/Depto. Pessoal ou até a contabilidade,<br />
informa os dados do exame através<br />
do sistema do CAGED, observando o<br />
código da Classificação Brasileira de Ocupação<br />
que varia de acordo com o tipo de<br />
trabalho que o motorista desempenha.<br />
Segundo a portaria do Ministério do<br />
Trabalho, deverão ser pesquisadas, no<br />
mínimo, as seguintes drogas: maconha,<br />
haxixe e skunk; cocaína, crack e merla;<br />
codeína, morfina e heroína; ecstasy ou<br />
MDMA e MDA; metanfetaminas e anfetaminas;<br />
mazindol; femproporex e anfepramona.<br />
Os índices após o exame toxicológico<br />
ser obrigatório<br />
Um estudo do IPEA feito para a Polícia<br />
Rodoviária Federal em 2015 mostrou que<br />
53% dos acidentes fatais envolvem veículos<br />
pesados. Desde a obrigatoriedade<br />
do exame toxicológico de larga janela<br />
em março de 2015, os resultados mostram<br />
que<br />
- os acidentes em estradas federais<br />
foram reduzidos em 38%.<br />
- 33% dos motoristas profissionais<br />
não renovaram suas habilitações após a<br />
lei entrar em vigor.<br />
- dos 650 mil motoristas que fizeram<br />
o teste, 9% tiveram algum tipo de substância<br />
detectada pelo exame.<br />
- entre os 9%, 75% dos laudos positivos<br />
apontaram uso de cocaína.<br />
A Psychemedics Brasil é a responsável<br />
pelos exames toxicológicos dos<br />
profissionais de empresas como LATAM,<br />
Azul, Petrobrás, BREDA, e autoridades<br />
governamentais como Marinha, Exército,<br />
Aeronáutica, ABIN, Polícia Rodoviária<br />
Federal, Polícia Federal e ainda várias<br />
corporações civis e militares de vários<br />
Estados brasileiros.<br />
Contato:<br />
Marcella Sanches<br />
Marketing<br />
Psychemedics Exames Toxicológicos - Líder mundial<br />
Exames Toxicológicos de Larga Janela de Detecção e Programas<br />
Corporativos de A&D<br />
Tel.: (11) 4765-4950 Ramal: 1179<br />
marcella.sanches@psychemedics.com.br<br />
090<br />
Revista NewsLab | Out/Nov 17
analogias em medicina<br />
José de Souza Andrade-Filho*<br />
*Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da Academia Mineira de Medicina<br />
e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />
Cobras no Umbigo<br />
Por José de Souza Andrade-Filho*<br />
A cirrose, doença muito<br />
comum em nosso meio, resulta<br />
do comprometimento<br />
do fígado e de vários outros<br />
órgãos dependentes da indispensável<br />
função hepática.<br />
O fígado doente pela cirrose/<br />
fibrose apresenta, entre outros<br />
distúrbios, um obstáculo<br />
ou bloqueio à circulação do<br />
sangue no seu interior, provocando<br />
um represamento<br />
sanguíneo em todo o abdome<br />
e consequente hidroperitônio<br />
(ascite). O principal canal que<br />
leva sangue ao fígado é a veia<br />
porta. Esta fica ingurgitada e<br />
com pressão elevada criando<br />
a chamada síndrome da hipertensão<br />
portal. Devido à pressão<br />
aumentada na veia porta e<br />
impedimento da passagem do<br />
sangue pelo fígado, o nosso<br />
organismo procura criar desvios<br />
para que o sangue possa<br />
atingir o tórax e o coração. Um<br />
dos principais desvios é feito<br />
pelas veias subcutâneas em<br />
torno do umbigo que se tornam<br />
dilatadas e tortuosas, isto<br />
é, varicosas, lembrando cobras<br />
azuladas serpenteando na<br />
pele abdominal. Este aspecto<br />
foi comparado ao emaranhado<br />
de serpentes da Cabeça da<br />
Medusa (Lat. caput medusae)<br />
ou Cirsônfalo (Gr. kirsós = varizes<br />
e omphalos = umbigo),<br />
isto é, veias varicosas em torno<br />
do umbigo (Fig.1). Esta comparação<br />
é creditada ao médico<br />
italiano Marcus Aurelius Severinus<br />
(1580-1656) que foi um<br />
profissional de renome e muito<br />
conceituado. Nasceu na Trasia,<br />
na Calábria, em 1580. Faleceu<br />
em Nápoles, em 1656 aos 76<br />
anos. Usamos o termo médico<br />
comparativo criado por ele há<br />
mais de 400 anos.<br />
Outras causas importantes de<br />
hipertensão portal são a esquistossomose<br />
em certas regiões<br />
endêmicas do Brasil e anormalidades<br />
vasculares no próprio<br />
fígado. O diagnóstico da hipertensão<br />
portal é feito por critérios<br />
clínicos, estudos de imagem<br />
e endoscopia digestiva. O<br />
tratamento é complexo.<br />
Na mitologia grega, Medusa,<br />
Esteno e Euríale formavam<br />
a tríade terrível – as górgonas<br />
– mulheres que tinham<br />
serpentes por cabelos e que<br />
transformavam em pedras<br />
quem as encarava. Há o relato<br />
de Medusa ter sido uma jovem<br />
tão orgulhosa de seus cabelos<br />
que ousou achá-los mais belos<br />
que os de Atena, a deusa da<br />
sabedoria, entre outras qualidades<br />
e poderes. Para punir<br />
tamanha vaidade, essa deusa<br />
transformou-os em serpentes.<br />
Todos aqueles que cruzavam o<br />
olhar com o da mortal Medusa,<br />
eram imediatamente petrificados.<br />
Perseu, filho de Zeus<br />
e considerado herói, resolveu<br />
vingar-se e matar Medusa.<br />
Para escapar de seu olhar paralisante,<br />
pediu emprestado o<br />
escudo espelhado de Atena.<br />
Medusa, ofuscada pelos raios<br />
de sol refletidos no escudo,<br />
foi então decapitada pela lâmina<br />
afiada da espada de aço<br />
de Hermes, empunhada por<br />
Perseu. Do sangue que jorrou<br />
das carótidas decepadas da<br />
Medusa, que estava grávida,<br />
nasceu Pégaso, o cavalo com<br />
asas de ouro.<br />
(Fonte: “Medicando com Arte” livro de Armando JC Bezerra e Jordano Pereira Araújo, CRM do Distrito Federal, 2006).<br />
Imagens disponíveis em:<br />
https://twitter.com/historical_iris/status/696614198948790272;<br />
http://pixshark.com/caput-medusae-anatomy.htm;<br />
https://pt-static.z-dn.net/files/d00/4a503335bfc2e0ed999cf59d3398cce0.jpg<br />
(acesso em 01/05/2017)<br />
092<br />
Revista NewsLab | Ago/Set 17
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