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Newslab 144

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sobre os compradores dos serviços (clientes/convênios):<br />

a saída mais fácil, natural<br />

do ser humano, é buscar a culpa fora de si,<br />

em qualquer coisa, desde que seja externa!<br />

Evidentemente, onde a remuneração e o<br />

número dos exames não forem compatíveis<br />

com a qualidade dos produtos, mesmo<br />

tendo uma gestão eficiente, o negócio é<br />

inviável. Em última análise, somente com<br />

subterfúgios à margem da lei ou da moral,<br />

poderá o laboratório sobreviver. Sinteticamente:<br />

“Um finge que paga, outro finge<br />

que presta os serviços”. Se a situação não<br />

permitir de forma alguma melhorar o valor<br />

médio dos exames e, o laboratório já dispuser<br />

de uma gestão profissional, eficiente,<br />

então não resta alternativa que não seja a<br />

rápida saída do negócio, para evitar maiores<br />

prejuízos. Se não existe remuneração<br />

compatível com os valores agregados aos<br />

insumos, fica evidente a inviabilidade do<br />

investimento. Não tem que se lamentar,<br />

deve-se agir e agir rapidamente!<br />

3) Secundariamente aparecem como<br />

motivadores da situação difícil dos laboratórios<br />

clínicos, os fornecedores de insumos<br />

em geral: os custos variáveis (de produção)<br />

estão sob controle, praticamente sem inflação<br />

nos últimos tempos. Isto é reforçado<br />

pela alta concorrência entre os laboratórios<br />

de apoio. Já os custos fixos sofrem inflação<br />

de forma contínua. Isto exige um controle<br />

permanente destes insumos, lembrando<br />

que comprar bem às vezes é melhor do que<br />

cortar gastos. E, você gestor, deve cortar<br />

todos os custos “dispensáveis”. Os custos de<br />

produção devem ser conhecidos e a rentabilidade<br />

dos equipamentos, setores e clientes<br />

bem determinada. Tudo aquilo que não é<br />

medido não é gerenciado e, o que não é gerenciado<br />

não pode ser controlado. Em suma,<br />

os laboratórios clínicos atualmente não podem<br />

prescindir de gestão profissional.<br />

4) Em seguida o Governo é citado, mediante<br />

a tributação excessiva e por não corrigir<br />

os preços da tabela do Sistema Único<br />

de Saúde (SUS): não existem dúvidas referentes<br />

à estas afirmações. O Brasil tem uma<br />

das maiores cargas tributárias do planeta,<br />

e em contrapartida, os serviços públicos<br />

estão entre os piores no ranking mundial.<br />

Tudo fruto da incompetência gerencial, da<br />

corrupção vergonhosa e do Estado gigantesco!<br />

Para sustentar isto tudo, somente<br />

com muitos impostos. Como a palavra já diz<br />

tudo, o “imposto” não é negociado, senão<br />

não seria imposto, resta aos laboratórios<br />

optar pela forma certa de modalidade de<br />

declaração tecnicamente mais eficiente, que<br />

resulte numa menor carga tributária. Hoje é<br />

comum os laboratórios clínicos pagarem<br />

mais impostos do que o lucro resultante da<br />

operação. O Governo é um “sócio” que não<br />

investe, não corre riscos, não trabalha e o<br />

que, muitas vezes, mais lucra na sociedade.<br />

Já a tabela do SUS é um caso à parte, pois<br />

ela serve de piso referencial para outros<br />

convênios, dificultando de uma forma geral<br />

as negociações. É uma vergonha nacional,<br />

o maior comprador de serviços do País<br />

manter sua tabela de preços por 23 anos<br />

sem correções notáveis. Neste período, a<br />

inflação, inclusive dos preços controlados<br />

pelo Governo, ultrapassou em muito a casa<br />

dos 400%. Entretanto, se o laboratório não<br />

consegue atender com qualidade o convênio<br />

SUS, na medida em que a negociação<br />

não lhe é possível, simplesmente deixe de<br />

atender este cliente. Ninguém é obrigado<br />

a fazê-lo! Muitos laboratórios oferecem<br />

descontos nas licitações públicas! Se alguém<br />

não tem competência para produzir com<br />

qualidade dentro das regras de mercado,<br />

não se meta neste negócio. Simples assim.<br />

Não adianta ficar se lamentando. O Governo<br />

não tem capacidade para recepcionar,<br />

coletar, processar e entregar exames para<br />

toda a população brasileira, como manda<br />

a Constituição. Ele é obrigado a contratar<br />

serviços privados, a rede pública é insuficiente.<br />

A tabela do SUS é ruim, ninguém<br />

nega, então porque tantos laboratórios<br />

“brigando” para atender o SUS, inclusive<br />

dando descontos expressivos nas<br />

licitações? Saiba calcular seus custos, sua<br />

rentabilidade, sua competitividade e, se<br />

for possível, atenda o SUS, do contrário,<br />

retire-se da competição.<br />

5) Chegada dos grandes investidores,<br />

sejam nacionais ou estrangeiros originando<br />

“Trustes” que desequilibram o mercado: a<br />

realidade é inegável, a época é de fusões,<br />

aquisições, o mercado está comprador. São<br />

os tempos, de nada adianta reclamar. O que<br />

fazer? Entre na moda, se for o caso, venda o<br />

seu laboratório, ou torne-se mais competitivo,<br />

ache nichos especiais de mercado, reduza<br />

o risco de insolvência. Volto a insistir num<br />

ponto: a saída é gestão profissional. Ela, sem<br />

dúvidas, hoje é o único meio de sobreviver e<br />

lucrar de forma honesta. Com o atual mercado<br />

competitivo, sem gestão profissional<br />

não existem perspectivas de sobrevivência<br />

no longo prazo. Trata-se somente de uma<br />

questão de tempo.<br />

6) A concorrência provocada pela “verticalização”<br />

dos grandes convênios: esta<br />

constatação é um outro lado da mesma<br />

moeda do item anterior, ou seja, o enxugamento<br />

do mercado por meio de novos<br />

entrantes! Não há como impedir. A saída:<br />

competitividade pela gestão profissional.<br />

7) Exigência mandatória por aumento<br />

da qualidade, por parte dos órgãos oficiais<br />

de regulação e fiscalização: este é um papel<br />

que o Governo faz corretamente, ou<br />

seja, buscar adotar medidas para melhorar<br />

a atenção básica de saúde da população.<br />

Não se pode reclamar disto, por questões<br />

inquestionáveis de ética. A saída: competitividade<br />

pela gestão profissional.<br />

8) Cultura das ações trabalhistas e cíveis:<br />

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