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Newslab 144

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laboratório em destaque<br />

visita ao laboratório foi o panorama do<br />

mercado profissional laboratorial atual<br />

para os patologistas clínicos. Segundo o<br />

Profº Alberto Duarte há um movimento<br />

nacional de valorização do patologista<br />

clinico em laboratórios hospitalares, ao<br />

qual ele pertence. “Há uma discussão<br />

em andamento para que, ao menos nos<br />

hospitais, os laboratórios empreguem<br />

patologistas clínicos pela sua formação<br />

podem contribuir para inúmeras situações<br />

dos pacientes internados. Além da<br />

comunicação mais precisa com o corpo<br />

clinico. Não é raro nos depararmos com<br />

resultados críticos, os quais representam<br />

uma possibilidade de morte do<br />

paciente, caso não sejam comunicados e<br />

o clinico assistente não tome uma conduta<br />

especifica. Ninguém melhor que o<br />

patologista clinico para contribuir para a<br />

correlação clinico laboratorial com o colega,<br />

demonstrando muitas vezes como<br />

interpretar determinados resultados de<br />

exames.”<br />

O uso racional de recursos<br />

Dr Sumita, como membro do grupo<br />

de uso racional dos exames laboratoriais<br />

da DLC, explica que cabe ao patologista<br />

clinico também divulgar a necessidade<br />

do uso racional dos exames laboratoriais<br />

para que o sistema de saúde seja sustentável.<br />

Por fim, o diretor da DLC alerta<br />

que, acima de tudo, essa é uma questão<br />

de economia: “No exterior, notamos<br />

cada vez mais, que o médico clinico reporta<br />

para o patologista o histórico do<br />

paciente, para que esse indique os exames<br />

adequados, evitando assim o desperdício.<br />

Normalmente o médico pede<br />

uma bateria de exames, onde 70% dos<br />

resultados são normais. Em uma medicina<br />

cada vez mais cara, isso é desperdício.<br />

E para evitar isso, é necessário ser cada<br />

vez mais objetivo. O patologista clinico é<br />

aquela pessoa que conhece as metodologias<br />

e a por sua capacidade diagnóstica<br />

vai indicar quais os exames exatos que<br />

devam ser usados”.<br />

Estimulo à pesquisa<br />

No que importa à pesquisa, a DLC é<br />

bastante atuante nesse tema. De acordo<br />

com o Dr. Marcelo Faulhaber, consultor<br />

da divisão, a USP possui mais de 60<br />

Laboratórios de Pesquisa Médica (LIM),<br />

cada qual tratando de sua especialidade,<br />

a DLC conta com o LIM 03 na FMUSP.<br />

Diante disso, o laboratório central<br />

trabalha em duas frentes. A primeira é<br />

servindo de apoio para pesquisa de várias<br />

especialidades - atualmente há 442<br />

trabalhos ativos nesse sentido.<br />

Dentro do LIM 03 há pesquisadores<br />

associados interdisciplinares, cuja finalidade<br />

é a pesquisa sempre voltada aos<br />

diagnósticos. “Atualmente temos vários<br />

temas como: a citogenômica, espectrometria<br />

de massas, na identificação de<br />

fungos, investigação de hemoglobinopatias,<br />

gestão da qualidade, monitoramento<br />

de drogas imunossupressoras,<br />

citologia de líquidos cavitários e citometria<br />

de fluxo. Sobre estes estudos, o Profº<br />

Alberto Duarte ainda destaca uma linha<br />

que o tem deixado entusiasmado. “Uma<br />

área que estamos iniciando agora é a de<br />

microbioma. Cada vez mais tomamos<br />

conhecimento que a fauna existente em<br />

nosso intestino é extremamente importante<br />

e o tanto que ela é responsável<br />

pela síntese de muita coisa. O número de<br />

bactérias existente em nosso intestino é<br />

uma coisa incrível. Porém, só sofre uma<br />

série de influências, com o que comemos<br />

e o que bebemos. Então tudo isso tem<br />

um contexto bastante importante. Es-<br />

036<br />

Revista NewsLab | Out/Nov 17

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