Newslab 144
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gestão laboratorial<br />
e profissional<br />
nada é permanente, exceto a mudança<br />
(Heráclito, 540 AC). O Brasil com a Consolidação<br />
das Leis do Trabalho (CLT), o Código<br />
de Defesa do Consumidor (CDC) e o excesso<br />
de advogados, criou uma cultura própria<br />
no que tange a gerar artificialmente litígios<br />
judiciais. Basta perder uma ação e, muitas<br />
vezes um laboratório perde anos de lucros,<br />
inclusive podendo ser conduzido irremediavelmente<br />
à falência. A saída: certificações,<br />
acreditações, gestão profissional, todas<br />
traduzem atitudes de ações preventivas<br />
contra as demandas judiciais. Porque afirmo<br />
isto? Simples. Um laboratório acreditado<br />
por terceira parte, prova que dispõem de<br />
um sistema da qualidade implantado, procedimentos<br />
operacionais padrão escritos<br />
e praticados, tudo evidenciado através de<br />
registros que atestam a execução e o controle<br />
dos processos, segundo os requisitos<br />
de determinadas normas de qualidade. Isto<br />
comprova aos juízes que julgam as causas,<br />
que o laboratório pode até ter errado (não é<br />
possível assegurar a infalibilidade), mas não<br />
por imprudência, imperícia ou negligência,<br />
como reconhecido pelas auditorias externas<br />
do sistema da qualidade. Este fato minimiza<br />
a possibilidade da culpa por parte do laboratório,<br />
aumentando consideravelmente as<br />
chances de não ser condenado, a não ser, é<br />
claro, nas causas dolosas.<br />
9) Concorrência desleal e predatória.<br />
“Liquidação – Black Friday” de exames: a<br />
competição é inerente ao mundo dos negócios.<br />
A fronteira entre o leal e o desleal<br />
é muito tênue, nebulosa, as leis que tratam<br />
do assunto são de extrema dubiedade interpretativa,<br />
facilitando a exegese apressada.<br />
Portanto, seja vitorioso nesta disputa pelo<br />
mercado através da honestidade e da competência<br />
gerencial. A saída: competitividade<br />
pela gestão profissional.<br />
10) Falta quase que absoluta de união<br />
dos laboratórios. Em outras palavras, excesso<br />
de capacidade de discórdia, de separação,<br />
de individualismo, de egoísmo, enfim, grande<br />
capacidade de desagregação da classe: a<br />
fábula da união fazendo a força é antiga e<br />
conhecida por todos, mas praticada por<br />
poucos, principalmente no mundo das análises<br />
clínicas. A concorrência deve ser pelo<br />
mercado, fora disto deveria haver união.<br />
União para comprar insumos de qualquer<br />
espécie, terceirizar exames, negociar equipamentos,<br />
negociar com sindicatos, etc.<br />
Não havendo isto, a saída: competitividade<br />
pela gestão profissional.<br />
11) Ultimamente, os laboratórios de<br />
apoio têm sido citados como “concorrentes<br />
de porta”: hoje, devido a ampliação do<br />
menu dos exames oferecidos ao mercado,<br />
implicando em tecnologias avançadas e<br />
diversificadas, o processo da terceirização é<br />
irreversível. Nenhum laboratório tem capacidade<br />
de fazer todos os tipos de exames,<br />
seja por fatores técnicos ou econômicos.<br />
Vencida esta questão, a constatação colocada<br />
se resume no jargão popular de “Não<br />
dar comida para leão”, fortalecendo quem<br />
irá fazer concorrência de porta. Pois bem,<br />
a solução passa pela já debatida união, ou<br />
falta dela, seja para conseguir uma demanda<br />
elevada de exames ou para a operação<br />
de centrais regionais, ou individualmente<br />
terceirizando para quem só faça apoio, ou:<br />
competitividade pela gestão profissional.<br />
5.- Conclusão<br />
A saída, como todos já perceberam, é pela<br />
gestão profissional. Atualmente a luta é por<br />
centavos, não existe mais espaço para amadorismos.<br />
O laboratório é uma alternativa de<br />
investimento, portanto, deve produzir lucro<br />
aos sócios, não só a satisfação da paixão pela<br />
profissão. Estamos fazendo a nossa parte na<br />
luta pela sobrevivência e lucratividade dos<br />
pequenos e médios laboratórios do Brasil.<br />
Apresentamos a seguir uma solução para<br />
os problemas (Constatações), cujo sistema<br />
já foi testado e aprovado por dezenas de laboratórios<br />
e, agora, foi disponibilizado sem<br />
custo de implantação e aquisição, operando<br />
via internet e aluguel de acesso, viabilizando<br />
seu uso pelos pequenos e médios laboratórios<br />
das mais longínquas regiões, socializando<br />
a gestão profissional no País. Trata-se<br />
do software intitulado Programa de Proficiência<br />
em Gestão Laboratorial – PPGL. O<br />
sistema do PPGL já foi implantado em aproximadamente<br />
uma centena de laboratórios<br />
clínicos, viabilizando, de forma confidencial,<br />
anônima, comparar o desempenho (mais<br />
de duzentos indicadores) dos participantes<br />
do programa. Isto possibilita identificar a<br />
existência de problemas, onde os resultados<br />
do seu laboratório forem piores que<br />
as médias dos participantes. O PPGL avalia<br />
a competitividade e o risco de insolvência<br />
de cada um dos laboratórios do programa,<br />
elabora o diagnóstico organizacional e propõe<br />
plano de ações corretivas e preventivas.<br />
Inicialmente, o alvo é o mercado composto<br />
pelos pequenos e médios laboratórios do<br />
País. O acesso é via aluguel, sem custo com<br />
implantação e os benefícios são grandes,<br />
portanto, valioso para os gestores laboratoriais,<br />
auxiliando cientificamente decisões de<br />
gestão. Trata-se de um algoritmo heurístico<br />
que agrega alto valor ao processo decisório,<br />
tendendo tornar competitivos os laboratórios<br />
que o implantam, reduzindo os riscos e<br />
incrementando a lucratividade.<br />
É um produto único, sem similar no<br />
mundo. Com este programa, não houve<br />
dúvida de gestão que não tenha sido respondida.<br />
Boa sorte e sucesso!<br />
*Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Professor e engenheiro, atualmente é<br />
diretor da Unidos Consultoria e Treinamento<br />
e do Laboratório Unidos de Passo Fundo/RS,<br />
professor do Centro de Ensino e Pesquisa<br />
em Análises Clínicas (CEPAC) da Sociedade<br />
Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e<br />
professor do Instituto Cenecista de Ensino<br />
Superior de Santo Ângelo (IESA), curso de<br />
Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
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Revista NewsLab | Out/Nov 17