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as pesquisas eleitorais qualitativas, a expresidente<br />
amplia sua captação de votos<br />
além dos limites do PT, tirando votos do<br />
candidato do PMDB no eleitorado flutuante.<br />
Por outro lado, o aspirante petista, Reginaldo<br />
Lopes, seria um parceiro de coligação<br />
mais adequado aos emedebistas,<br />
pois seu eleitorado não ultrapassaria as<br />
fronteiras petistas. Ou seja: Adaldever contava<br />
com um eleitorado independente, não<br />
petista, que agora estaria migrando para<br />
Dilma Rousseff.<br />
Isto tudo porque os situacionistas, em<br />
Minas, acreditam que os tucanos terão<br />
uma vaga no Senado. Ainda não se descarta<br />
inteiramente a candidatura do senador<br />
Aécio Neves, que não obstante seja<br />
espinafrado na mídia e nos conchavos,<br />
ainda bom de voto, segundo revelam pesquisas.<br />
Teve 23 por cento na última tomada<br />
de opinião do Paraná Pesquisas.<br />
Com isto, estaria de volta a Brasília.<br />
Uma cena surrealista: os arquirrivais<br />
Aécio e Dilma sentados lado a lado na<br />
bancada do Senado Federal desfrutando<br />
as mesmas legislaturas.<br />
Quatro anos antes, um derrubou o outro:<br />
Dilma bateu Aécio nas urnas e ele tirou<br />
a rival do Planalto no tapetão.<br />
A volta de Dilma à sua Minas Gerais<br />
nativa é um desdobramento das vicissitudes<br />
na carreira da ex-presidente na política<br />
regional gaúcha. Numa pesquisa de opinião,<br />
Dilma apresentou um índice de rejeição<br />
de 45% no Rio Grande do Sul. Para<br />
alegria dos petistas, ela pegou a mochila<br />
e partiu para cantar noutra freguesia.<br />
No Rio Grande do Sul, ela nunca foi<br />
considerada petista nata. Foi um quadro<br />
de proa do PDT de Leonel Brizola. Participou<br />
com destaque dos governos pedetistas<br />
e foi chefe da Fundação de Economia<br />
e Estatística do PDT, o instituto de<br />
estudos dos partidos, ou seja, Dilma era<br />
ideóloga do trabalhismo ressuscitado depois<br />
da redemocratização.<br />
Na capital gaúcha, foi secretária da Fazenda<br />
do município de Porto Alegre, na<br />
gestão do ex-prefeito pedetista Alceu Collares,<br />
entre 1986 e 1988, no mandato tampão<br />
em que as capitais recuperaram sua<br />
autonomia política. Três anos depois, com<br />
a vitória dos brizolistas, Dilma voltou ao<br />
governo como secretária de Minas e Energia<br />
do mesmo Alceu Collares, ocupando<br />
a pasta até 1994.<br />
Em 1999, indicada pelo PDT, integrou o<br />
governo do petista Olívio Dutra, ainda<br />
como secretária de Minas e Energia. Em<br />
1991 ela liderou uma dissidência no pedetismo,<br />
que não aceitou no rompimento<br />
com o governo do PT, aderindo ao partido<br />
de Luiz Inácio Lula da Silva. Aí começou<br />
nova trajetória, que a levou à presidência<br />
da República em 2010.<br />
Esse rompimento com Brizola, entretanto<br />
não lhe rendeu uma boa acolhida<br />
no PT. Dilma e os demais trabalhistas foram<br />
bem recebidos no PT nacional, onde<br />
ela se reencontrou na trincheira com antigos<br />
companheiros da luta armada. No Rio<br />
Grande as feridas dos embates entre brizolistas<br />
e petistas não cicatrizaram. Até<br />
hoje, por isto voltou para Minas Gerais.<br />
Depois do impeachment, Dilma ainda<br />
espanava o pó de seu apartamento no<br />
aprazível bairro de Vila Assunção, às margens<br />
do majestoso rio Guaíba, na Zona<br />
Sul de Porto Alegre, percebeu que não<br />
era bem-vinda e já viu os dentes arreganhados<br />
dos petistas rosnando para ela.<br />
Apenas seu antigo chefe abriu-lhe os braços,<br />
o ex-governador Olívio Dutra, líder de<br />
uma corrente à esquerda do rival da expresidente,<br />
o ex-ministro e ex-governador<br />
Tarso Genro.<br />
O ex-governador Alceu Collares e outros<br />
remanescentes do trabalhismo pré-1964<br />
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