11.05.2018 Views

Matéria Prima 100 - Maio 2018

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

NOMES & NOTAS<br />

PARECE QUE CADA BRASILEIRO<br />

QUER SER SEU PRÓPRIO<br />

CANDIDATO A PRESIDENTE<br />

De acordo com a lei, podem ser candidatos<br />

à Presidência da República<br />

todos os cidadãos brasileiros maiores<br />

de 35 anos – mas nenhum de seus<br />

parágrafos proíbe que todos se candidatem<br />

ao mesmo tempo.<br />

A cinco meses da eleição, já temos uns<br />

quinze candidatos declarados e outros tantos<br />

ponderando candidatura.<br />

O ex-ministro Aldo Rebelo (SD) é o 15º<br />

postulante nanico ou mini-candidato a se<br />

lançar ao Planalto. A lista dos presidenciáveis<br />

com baixa expressão nas pesquisas<br />

já inclui Meirelles, Rodrigo Maia, Paulo<br />

Rabello, Amoêdo, Flávio Rocha, Álvaro<br />

Dias, Valéria Monteiro, Boulos e Manuela.<br />

Isso, citando apenas os mais conhecidos.<br />

Ainda tem Alckmin, cujos índices não estão<br />

muito acima do pelotão de baixo e<br />

que pode ser considerado um nanico mais<br />

robusto, um nanicão. Alguns candidatos<br />

são verdadeiros idiotas e há<br />

risco que ganhem a eleição,<br />

como já ocorreu em passado<br />

recente.<br />

Há também mentirosos e<br />

demagogos, que representam<br />

a possibilidade de fraudes. Se<br />

o futuro presidente ou presidenta<br />

fosse sorteado numa<br />

cumbuca, o risco de fraude<br />

não estaria eliminado, mas o<br />

custo da campanha seria<br />

nulo. Não será pouco dinheiro.<br />

Se o eleitor imaginar que,<br />

para ser deputado federal ou estadual em<br />

Minas Gerais, o candidato terá que percorrer<br />

853 municípios, poderá entender<br />

por que as eleições brasileiras são consideradas<br />

pelos especialistas como as mais<br />

caras do mundo. O estudo do brasilianista<br />

David Samuels, publicado em 2006 continua<br />

a ser referência. Samuels comparou<br />

os gastos eleitorais de 1994 no Brasil, entre<br />

US$ 3,5 bilhões e US$ 4,5 bilhões,<br />

com os dos Estados Unidos em 1996, de<br />

cerca de US$ 3 bilhões. O valor não inclui<br />

os custos do horário gratuito na TV. A<br />

cumbuca poderia liberar muitos recursos<br />

para a educação, segurança e saúde,<br />

como todos desejam.<br />

PS. E olha que não incluímos na lista<br />

aqueles que aparecem – e nem são candidatos<br />

– na Globo, em todos os seus telejornais,<br />

explicando com o celular na horizontal,<br />

o Brasil que eles querem.<br />

8<br />

MAIO DE <strong>2018</strong> • MATERIAPRIMAREVISTA.COM.BR

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!