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me engana que eu gosto

E a corrupção se torna patrimônio cultural da população de uma cidade chamada Lindópolis. O jeitinho, o pequeno delito, pecados perdoáveis e uma ampla rede de fofocas e intrigas fazem parte do cotidiano dos moradores. Tudo é muito dinâmico e tendencioso, onde um fato se desdobra antes mesmo de acontecer. A população mostra em cada acontecimento social e cada fato do cotidiano uma grande degradação, até mesmo folclórica do caráter. A influência da mídia enganosa dominando moralmente a população e exercendo um poder paralelo na ingenuidade do povo.

E a corrupção se torna patrimônio cultural da população de uma cidade chamada Lindópolis. O jeitinho, o pequeno delito, pecados perdoáveis e uma ampla rede de fofocas e intrigas fazem parte do cotidiano dos moradores. Tudo é muito dinâmico e tendencioso, onde um fato se desdobra antes mesmo de acontecer.
A população mostra em cada acontecimento social e cada fato do cotidiano uma grande degradação, até mesmo folclórica do caráter.
A influência da mídia enganosa dominando moralmente a população e exercendo um poder paralelo na ingenuidade do povo.

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Me Engana Que <strong>eu</strong> Gosto<br />

Chega a droga em Lindópolis<br />

- Usando droga Caim? O <strong>que</strong> <strong>eu</strong> vou fazer com você? - Disse<br />

Jurema.<br />

- Eu faço o <strong>que</strong> <strong>eu</strong> quiser da minha vida. Não te devo<br />

satisfação de nada sua velha maldita! Sou <strong>eu</strong> <strong>que</strong> pago o <strong>que</strong> uso e se<br />

<strong>me</strong> encher vou sair de casa.<br />

- Eu não aceito você tirar nada de dentro dessa casa. - Disse<br />

Jurema olhando para o filho e para a janela pra ver se Vargas passava<br />

- Não <strong>que</strong>ro ver você com essas más influências. Se vier policial aqui<br />

em casa de novo vou te colocar na rua <strong>me</strong>smo. O <strong>que</strong> as pessoas vão<br />

dizer?<br />

- Eu saio dessa casa a hora <strong>que</strong> <strong>eu</strong> bem entender. Nunca<br />

dependi de você pra nada e sei <strong>me</strong> virar.<br />

Jurema de novo olhou pela janela. Queria gritar para Vargas<br />

ajudá-la, estava com <strong>me</strong>do do filho.<br />

O filho mais novo de Jurema foi pego pelos policiais usando<br />

maconha junto com outros <strong>me</strong>nores. Chegou em casa com um olho<br />

roxo e inchaços pelo rosto.<br />

O policial ainda alertou <strong>que</strong> era a última vez <strong>que</strong> pegaria leve,<br />

e <strong>que</strong> das próximas vezes a conversa seria outra.<br />

Caim foi tomar banho e Jurema aproveitou para escapar dali.<br />

Uma saída e Jurema co<strong>me</strong>çou a perguntar a alguns de s<strong>eu</strong>s<br />

correligionários sobre o comporta<strong>me</strong>nto do filho quando sai, então<br />

veio a descobrir <strong>que</strong> s<strong>eu</strong>s olhos de águia <strong>que</strong> tudo enxergavam na<br />

cidade não eram capazes de ver o <strong>que</strong> acontecia dentro da própria<br />

casa.<br />

Um mal <strong>que</strong> afeta as pessoas <strong>que</strong> se preocupam demais com o<br />

<strong>que</strong> os outros estão fazendo: deixam de viver a própria vida e de se<br />

importar com o <strong>que</strong> deveriam.<br />

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