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me engana que eu gosto

E a corrupção se torna patrimônio cultural da população de uma cidade chamada Lindópolis. O jeitinho, o pequeno delito, pecados perdoáveis e uma ampla rede de fofocas e intrigas fazem parte do cotidiano dos moradores. Tudo é muito dinâmico e tendencioso, onde um fato se desdobra antes mesmo de acontecer. A população mostra em cada acontecimento social e cada fato do cotidiano uma grande degradação, até mesmo folclórica do caráter. A influência da mídia enganosa dominando moralmente a população e exercendo um poder paralelo na ingenuidade do povo.

E a corrupção se torna patrimônio cultural da população de uma cidade chamada Lindópolis. O jeitinho, o pequeno delito, pecados perdoáveis e uma ampla rede de fofocas e intrigas fazem parte do cotidiano dos moradores. Tudo é muito dinâmico e tendencioso, onde um fato se desdobra antes mesmo de acontecer.
A população mostra em cada acontecimento social e cada fato do cotidiano uma grande degradação, até mesmo folclórica do caráter.
A influência da mídia enganosa dominando moralmente a população e exercendo um poder paralelo na ingenuidade do povo.

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Me Engana Que <strong>eu</strong> Gosto<br />

miolos! Não d<strong>eu</strong> tempo nem de gritar. Desc<strong>eu</strong> direto!<br />

O segundo capanga tomou quatro tiros e ainda agonizava<br />

quando Vargas se aproximou e d<strong>eu</strong> o último tiro na boca do infeliz do<br />

leão de chácara de Libório.<br />

E saiu Vargas atrás do Libório de carro.<br />

Na verdade Jeremias <strong>que</strong> ficou paralisado no centro do salão<br />

com o barulho dos tiros, não conseguia se <strong>me</strong>xer e por pouco não<br />

urinava nas calças. Mas sentiu quando Vargas passou correndo em<br />

direção à porta do bordel. O ar ficou gelado com a passada de Vargas<br />

e Jeremias estava paralisado de <strong>me</strong>do e o resto de consciência <strong>que</strong><br />

ainda possuía não lhe permitia abrir a boca pra falar nada pois se<br />

tentasse alguma coisa mijava nas calças.<br />

Libório gritava por ajuda no carro, buzinando muito para<br />

tentar chamar atenção de algum guarda, se tivesse algum nas<br />

i<strong>me</strong>diações. Era hora da janta, então não teria muito sucesso.<br />

Vinha sendo seguido por Vargas, tomado por um ódio<br />

sanguinário <strong>que</strong> jamais poderia se esperar de uma pessoa como ele!<br />

Encontrar o revólver <strong>que</strong> foi de s<strong>eu</strong> pai e estava es<strong>que</strong>cido em uma<br />

caixa de madeira fez se transformar num novo ho<strong>me</strong>m! A alma<br />

sanguinária de s<strong>eu</strong> pai <strong>que</strong> adorava matar animais renasc<strong>eu</strong> e ele<br />

estava matando os animais <strong>que</strong> sujaram s<strong>eu</strong> jardim e reviraram o s<strong>eu</strong><br />

lixo. Um bom moço se transformou em minutos em um assassino<br />

frio e impiedoso!<br />

A essa hora alguém ainda estava tentando ligar pra fração da<br />

polícia da cidade, mas com os telefones da fração estragados e sem<br />

verba para consertar, o jeito era ir até lá e tentar uma viatura. Mas até<br />

<strong>que</strong> chegasse uma patrulha já teria sido tarde.<br />

Libório acelerava muito, cortando as ruas tentando despistar<br />

Vargas <strong>que</strong> o seguia sem se preocupar com sua vida nem com a das<br />

outras pessoas.<br />

Ele tentou reduzir para ter acesso à rua <strong>que</strong> vai pra delegacia,<br />

mas Vargas estava muito perto então passou direto.<br />

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