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me engana que eu gosto

E a corrupção se torna patrimônio cultural da população de uma cidade chamada Lindópolis. O jeitinho, o pequeno delito, pecados perdoáveis e uma ampla rede de fofocas e intrigas fazem parte do cotidiano dos moradores. Tudo é muito dinâmico e tendencioso, onde um fato se desdobra antes mesmo de acontecer. A população mostra em cada acontecimento social e cada fato do cotidiano uma grande degradação, até mesmo folclórica do caráter. A influência da mídia enganosa dominando moralmente a população e exercendo um poder paralelo na ingenuidade do povo.

E a corrupção se torna patrimônio cultural da população de uma cidade chamada Lindópolis. O jeitinho, o pequeno delito, pecados perdoáveis e uma ampla rede de fofocas e intrigas fazem parte do cotidiano dos moradores. Tudo é muito dinâmico e tendencioso, onde um fato se desdobra antes mesmo de acontecer.
A população mostra em cada acontecimento social e cada fato do cotidiano uma grande degradação, até mesmo folclórica do caráter.
A influência da mídia enganosa dominando moralmente a população e exercendo um poder paralelo na ingenuidade do povo.

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Me Engana Que <strong>eu</strong> Gosto<br />

dizia <strong>que</strong> estava trabalhando apenas como garçonete e <strong>que</strong> deveriam<br />

procurar outra camélia.<br />

Foi aí <strong>que</strong> Rubino Palhares, um dos candidatos a vereador<br />

pelo partido de Jeremias foi se <strong>que</strong>ixar no canto com Dona Flor:<br />

- Escute mulher: <strong>eu</strong> venho aqui já faz tempo, e agora essa sua<br />

camélia está fazendo char<strong>me</strong>. Pois cha<strong>me</strong> atenção dela agora <strong>me</strong>smo<br />

e <strong>que</strong>ro estar com ela pra já.<br />

- Eu vou lá falar com ela. Que fogo ho<strong>me</strong>m, espere aqui <strong>que</strong><br />

ela vai vir nesse mo<strong>me</strong>nto.<br />

Então Dona Flor foi até Tieta e a puxando pelo braço sem <strong>que</strong><br />

os fre<strong>que</strong>ntadores percebessem, a trouxe até Rubino Palhares para<br />

<strong>que</strong> cumprisse sua obrigação.<br />

-Escute aqui Morena: você não está sendo atenciosa com os<br />

clientes. Só por causa desse s<strong>eu</strong> namorico com o professor. Pois faça<br />

logo sua lida. Não <strong>que</strong>r <strong>que</strong> <strong>eu</strong> faça não é verdade? Minhas polpas já<br />

estão bem caídas no auge dos <strong>me</strong>us mais de quarenta anos só de<br />

bordel.<br />

Miranda observava a cena de longe e antes <strong>que</strong> Vargas<br />

percebesse, pois tomava um wisky caro <strong>que</strong> o vereador mandou abrir<br />

pra todos, e disse logo ao Galbi para ir até lá e entregar uma coisa.<br />

- Licença Dona Flor.<br />

- Espere Galbi, estou resolvendo um assunto aqui. - Disse ela.<br />

- Vargas mandou te entregar esses mil Contos de Réis e disse<br />

<strong>que</strong> de agora em diante a Tieta não atenderá nenhum cliente.<br />

- Mil Contos? - Se assustou Rubino Palhares engasgando. -<br />

Isso é mais do <strong>que</strong> <strong>eu</strong> vou gastar na campanha toda de vereador!<br />

Como o professor…<br />

- Dê <strong>me</strong> logo isso s<strong>eu</strong> mancebo! - Puxou Dona Flor com um<br />

sorriso vasto! - Estamos combinados senhor Rubino? Vai cobrir a<br />

proposta? - Disse a cafetona de um jeito suave e moroso.<br />

- Não Dona Flor. Pode es<strong>que</strong>cer a<strong>que</strong>la nossa conversa.<br />

Nisso Galbi voltou até Miranda, o qual apenas fez um gesto<br />

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